O governador Mauro Mendes (União Brasil) detonou a Câmara Municipal de Cuiabá que, mesmo após as denúncias feitas na Operação Hypnos – sobre desvio de mais de R$ 1 milhão da Empresa Cuiabana de Saúde por meio de notas frias -, não se manifestou sobre a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Para o chefe do Executivo, “isso é uma vergonha histórica”.
A operação foi deflagrada na manhã de quinta-feira (09), pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). Na ação, o ex-secretário de Saúde da Capital, Célio Rodrigues, foi preso por supostamente liderar o esquema. Essa é a segunda vez que Célio é preso por corrupção na saúde de Cuiabá.
As investigações apontaram que o secretário, em conluio com servidores, utilizou uma empresa fantasma para emitir notas frias para compra de medicamentos que nunca foram entregues. Em seguida, sacava o dinheiro.
Em entrevista na manhã desta sexta-feira (10), Mauro destacou que o papel da Casa de Leis é investigar o Executivo Municipal, que já foi alvo de diversas operações policiais nos últimos anos. Além disso, ele destacou que poderiam ser encontrados outros casos semelhantes.
“Porque o que foi denunciado ontem é: o cara entrega uma nota fria e saca dinheiro na boca do caixa. Um caso foi denunciado, mas será que existe só um ou terão dezenas, centenas? Será que está explicado a Câmara ficar quieta, quando um cara estava roubando o dinheiro da Saúde e as pessoas morrendo por falta de remédio na pandemia e até hoje? O papel da Câmara é fiscalizar”, afirmou.
Mauro ressaltou ainda que é uma boa oportunidade de o Legislativo Municipal investigar, do contrário, os vereadores também “deveriam receber prêmio histórico do Guinnes Book”.
“Seria uma boa oportunidade de a Câmara abrir uma CPI para investigar o que foi denunciado na operação que foi preso o ex-secretário. Foi levado nota fria para a secretaria e estar sacando o dinheiro na boca do caixa. Se os vereadores não investigarem isso, é a maior pouca vergonha da história da Câmara de Cuiabá. E vai entrar pro Guinnes Book também”, disparou.
REPÓRTER MT