O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo (União Brasil), suplente de deputado estadual, afirmou que irá assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), caso o presidente da Casa, Eduardo Botelho (UB), se consagre o prefeito de Cuiabá nas eleições de 2024. As declarações do secretário foram dadas na manhã desta segunda-feira (14), à imprensa, no entanto, ele não afirmou se Botelho será o candidato da sigla na disputa.
Botelho vem pleiteando sua candidatura ao Alencastro, no entanto, existe uma disputa interna no União Brasil com o atual chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (UB), que tem apoio declarado do presidente da sigla no Estado, o governador Mauro Mendes para ser o candidato do partido à Prefeitura de Cuiabá. Motivo esse que pode levar Botelho a se filiar em outra agremiação.
“Eu fui candidato para deputado, não foi para figurar, quando eu fui candidato para ser deputado eu queria ser deputado. Eu só não sou deputado, porque infelizmente eu fiquei na suplência. No meu partido tinha grandes expoentes, eu preferi não trocar de partido, fui leal, mas não logrei êxito. Se porventura, qualquer titular deixar o cargo de forma definitiva, com certeza eu vou assumir minha cadeira, porque teve mais de 28 mil pessoas no estado que quiseram que eu estivesse lá”, disse Gilberto.
“Agora, ir para a assembleia temporariamente, para ficar um mês, não é conveniente porque eu tenho uma tarefa importante dada pelo governo que é a entrega dos hospitais. Então eu não vou fazer isso dessa maneira, mas se for de forma definitiva, com certeza, eu assumo a cadeira”, complementou.
Diante da disputa interna no União Brasil entre Garcia e Botelho para a corrida ao Palácio Alencastro, Gilberto declarou apoiar ambos, pois sua torcida maior é pelo União Brasil.
“Eu me dou bem com ambos. Os dois são do meu partido, eu torço pelos dois, acho que ambos têm o direito de pleitear. Um dia já pleiteei essa posição, resolvi abrir mão, porque eu não queria ficar nessa disputa e eu continuo torcendo para que o meu partido tenha o entendimento e tenha o melhor candidato no ano que vem. Nós estamos há mais de um ano das eleições. Tem muita coisa que pode mudar nesse cenário”, afirmou.
Gilberto declarou ainda que o governador Mauro Mendes não quer a saída de Botelho, por ele ser uma grande força dentro do partido e aliado na Casa de Leis. E afirmou que até o momento não há nada que oficialize a saída de Botelho do União Brasil.
“Até onde eu sei, não há oficialização que o deputado Botelho pediu para deixar o partido. O que existe são conversas, especulações na imprensa. Ele não precisa tomar essa decisão nesse momento e eu aposto no entendimento. Eu não quero acreditar que isso vai acontecer, nosso partido é um partido de união. Eu torço para o entendimento com o Fábio e com o Botelho, para que nosso partido caminhe unido e forte para o ano que vem”, declarou.
Questionado sobre o suposto risco de ocorrer uma debandada no União Brasil, entre os apoiadores de Botelho, Gilberto pontua que a época de pré-candidatura é turbulenta e desconfortável, pois os candidatos buscam suas alianças e existem torcidas dentro do partido, que acabam manifestando a opinião publicamente.
“Eu não creio nisso, quando isso foi ventilado houve uma reunião no partido e tudo foi apaziguado. Eu tenho sido mais comedido nesse aspecto. Eu volto a frisar, eu tenho uma ótima relação com Botelho, acho que ele tem competência para ser um bom prefeito de Cuiabá, como tem Fábio Garcia. Eu espero que nós tenhamos maturidade suficiente para um entendimento e chegar à conclusão de qual é o melhor caminho para o partido ter êxito”, disse.
“Não basta você só ter um candidato, você precisa escolher um candidato para vencer. E quando eu resolvi abrir mão de pleitear essa candidatura é porque eu reconheci não ter sido eleito deputado, o Fabinho sendo um candidato mais votado para deputado federal e a expressiva votação do deputado Botelho, nós já tínhamos aí dois grandes expoentes à disposição do nosso partido. Então torço para o entendimento, porque se entrarmos divididos, as chances ficam menores”, finalizou.