O frentista Antônio Aluízio Conceição, acusado de matar a jovem Emily Cruz Bispo, de 20 anos, na frente do filho dela de 4 anos, prestou o primeiro depoimento na 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica de Cuiabá, na tarde desta sexta-feira (14). Ao juiz Jamilson Haddad Campos, o suspeito chorou e disse ainda que se sente arrependido de ter cometido o crime.
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Ao juiz, o frentista confessou que teria descoberto supostas traições da ex. No entanto, negou que tenha ameaçado Emily de morte. Contudo, entrou em contradição, quando relatou que, “se ela continuasse as traições, ele poderia perder a cabeça ou outra pessoa poderia fazer algo contra ela”.
“Eu estou arrependido demais. Na mesma hora que aconteceu o fato, eu me arrependi. A única coisa que veio na minha cabeça foi de se entregar e pagar tudo que fiz. Entrei em contato com a minha irmã para que ela negociasse um advogado para eu me entregar. Eu entrei em contato com ela, como ela não sabia o que eu tinha feito, e pedi que ela arranjasse o advogado para eu me entregar”, relatou.
O acusado disse também que não sabia que Emily estaria acompanhada do filho no dia que ela foi morta. Perguntado pelo juiz se sabia que ela levava a criança à escola, o acusado respondeu “mais ou menos”.
“Como ela tinha a guarda compartilhada, ela ficava 15 dias com a criança e a outra família ficava 15 dias. E nesse mês [fevereiro, mês em que foi assassinada] era vez da outra família”.
O filho de Emily, de 4 anos, testemunho o crime. Ele é fruto de outro relacionamento da vítima.
O juiz perguntou a Antônio sobre seu controle emocional, se ele era explosivo, se explodia muito fácil, conseguia controlar sua emoção ou não conseguia controlar sua emoção quando contrariado.
O acusado disse que sempre conseguiu manter suas emoções, até por ser uma pessoa que “gosta muito de conversar”. Na sequência, o juiz pergunta o que o levou a agir daquela forma, mesmo na presença do filho da ex-companheira, no entanto, neste momento o vídeo é cortado.
Ao final da audiência, defesa e Ministério Público Estadual (MPE) informaram que irão apresentar memoriais finais em até cinco dias e, depois disso, o juiz irá decidir se o caso será levado a júri popular.
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