A candidata a prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), aposta na sede da mudança almejada pela população para obter a vitória nas urnas no dia 6 de outubro. Em conversa com o Cuiabá Notícias, Moretti, destacou a necessidade urgente de um prefeito mais proativo e competente, especialmente para enfrentar problemas crônicos como a falta de água na cidade e saúde pública.
Um dos principais problemas em Várzea Grande é a falta de água. Segundo Moretti, a crise hídrica na cidade não é uma questão de falta de recursos, mas sim de vontade de fazer política, alfinetando a gestão do atual prefeito e adversário nas urnas Kalil Baracat (MDB) por não ter viabilizado de forma definitiva, a falta de água na cidade.
“Não podemos admitir que milhares de várzea-grandenses continuem a viver sem água em suas casas. O que falta é um prefeito com autonomia e vontade de buscar soluções. Várzea Grande precisa de um projeto de mudança e é essa minha proposta”, afirma Moretti.
Como proposta para resolução do problema da falta de água na cidade, a candidata diz que sua intenção é conceder o Departamento de Água e Esgoto (DAE) a uma empresa privada. Moretti argumenta que a atual administração do DAE não tem conseguido atender às necessidades da população de forma eficiente.
Para ela, o DAE demonstrou não ter a capacidade de realizar um bom trabalho. Ela aponta que a concessão dos serviços seria a melhor solução para melhorar a qualidade e a eficiência no fornecimento de água. A candidata destacou que a concessão não deve ser confundida com privatização.
A privatização envolve a venda total do órgão, a concessão permite que uma empresa privada assuma a gestão dos serviços por um período determinado, com metas e requisitos específicos a serem cumpridos.
“A concessão é uma forma de garantir que uma empresa possa entregar serviços de qualidade, sem transferir a propriedade do órgão público. Pretendemos juntos aos servidores públicos, o legislativo municipal e a sociedade organizada, fazer um diagnóstico geral do DAE para verificar a extensão e as causas do caos. Uma das nossas prioridades na prefeitura será levar água de qualidade para as pessoas, universalizando o abastecimento de água e esgoto. É possível acabar de vez com esse problema da água. O que falta é vontade, coragem e planejamento. O atual prefeito de Várzea Grande, que é o gerente, não resolve por falta de vontade, autonomia e competência”, ressaltou Moretti.
Para a área da saúde, a candidata propõe a construção de um hospital municipal e uma maternidade pública. Ela aponta que as Unidade de Pronto Atendimento (UPAS) e o Pronto Socorro da cidade priorizam os atendimentos de emergências e atendem toda a população de Mato Grosso. Segundo a candidata, o Hospital Municipal conseguiria realizar atendimentos não emergenciais e desafogar até mesmo as unidades de saúde na Capital.
“Na saúde pública nós temos um problema, fazer com que tenha o atendimento de saúde, e Várzea Grande não tem. Eu quero trazer um Hospital Municipal e uma maternidade. Kalil Baracat prometeu uma maternidade em sua campanha há quatro anos atrás, mas até agora não saiu do papel, e a Rede Cegonha que está lá não funciona”, destaca Moretti.
“Eu quero trazer um Hospital com a Maternidade, assim a população várzea-grandense vai deixar de atravessar a ponte para ir se cuidar em Cuiabá. Minha prioridade é humanização da saúde, o atendimento pela prevenção, ter mais remédio, essa é sem dúvida uma questão de vida. Além da água é uma questão que eu preciso dá um olhar especial”, acrescenta.
O transporte público também é um dos principais projetos abordados por Flávia. Ela garante que se for preciso irá abrir licitação para outra empresa atuar no município.
“O transporte coletivo a gente tem que melhorar. Trabalhar com a queda no monopólio se for necessário, realizando contrato, e eu sei fazer isso, sou advogada vou saber mexer onde precisa”, explica.
Segundo ela, em visita ao Terminal André Maggi, região central da cidade, ela pode ver a precariedade dos veículos e o tempo que os usuários esperam por ônibus, seja para se deslocar para Cuiabá ou dentro do próprio município.
“A pessoa leva 4h em um dia, é 2h para ir para Cuiabá e 2h para voltar, se não tiver ônibus quebrado, fora o tempo que fica no ponto ou no terminal André Maggi esperando. Essa demora chega a ser de até 2h30. Isso tem que mudar de uma forma ou de outra”, completa.
Na educação, Flávia garantiu aumentar o número de creches. Ela aponta que hoje há oito unidades de ensino em obras há mais de 6 anos.
Entre projetos voltados para assistência social, está a elaboração de capacitação profissionalizante para mulheres
“Nós queremos aumentar o número de creches, mas além disso, capacitar aquelas mães com cursos profissionalizantes reais com qualidade, não qualidade do curso em si, mas com uma profissão para elas possam ter uma renda própria”, pontua.
A candidata também falou sobre um conjunto de medidas para estimular o crescimento econômico de Várzea Grande, incluindo a atração de novas empresas, a promoção da industrialização e o investimento na capacitação da mão de obra local.
“A vocação econômica de Várzea Grande precisa ser mais bem aproveitada pelo poder público. Temos um projeto para fomentar as diversas vocações do município e retomar o crescimento. Lembrando que, para desenvolver Várzea Grande, precisamos resolver definitivamente o problema da água. Já definimos em nosso plano de governo várias ações para solucionar os problemas do nosso município e retomar o desenvolvimento, que vai gerar emprego e renda para população”, frisou a candidata.
Para finalizar, Moretti também questionou o papel do senador Jayme Campos, que ajudou a eleger Kalil para ser o seu ‘gerente’ na prefeitura.
“O Jayme já foi governador, prefeito de Várzea Grande e está em seu segundo mandato de senador, e ainda não conseguiu ajudar o nosso município. Pelo contrário, será que 50 anos exercendo mandatos não foram suficientes para resolver o problema da falta de água e impedir o empobrecimento de Várzea Grande? É triste ver que o prefeito Kalil, em quase quatro anos de mandato, não resolveu problemas essenciais como falta de água, saúde e transporte público. A gestão atual é marcada pela falta de planejamento e ação”, afirmou Flávia,