A equipe de intervenção encontrou unidades de saúde em situação extremamente precária e de completo abandono, como a Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bairro Jardim Leblon, em Cuiabá, que tem rachaduras por todos os lados, goteiras, janelas quebradas, fiação exposta, falta de climatização, de abastecimento de água constante e de ambulância, entre outros problemas.
A unidade atende em média 60 pessoas por dia. Os pacientes aguardam em pé ou sentados em cadeiras quebradas. Praticamente todas elas estão sem encosto.
“Os móveis que temos aqui são todos frutos de doação de outras unidades de saúde que trocaram e enviaram esses para nós. Também temos problema de falta d’água e tem dias que não tem uma gota d’água. Acho difícil que tenha unidade em situação tão ruim quanto a nossa”, afirma a enfermeira responsável pela USB, Marta Cristina Cruz.
Porém, a Capital tem unidades em situações tão ruins quanto a da UBS do Leblon, como a policlínica do Bairro Planalto, que está com o box de emergência desativado por causa do desabamento do forro; banheiros dos funcionários interditados por falta de encanamento; necrotério sem porta por causa dos cupins; goteiras por toda a parte, incluindo a farmácia e caixa d’água com vazamentos.
A enfermaria está funcionando de forma improvisada, com apenas um banheiro e sem ar-condicionado, e sem enfermaria infantil.
Policlínica do Bairro Pedra 90
Na policlínica do Bairro Pedra 90, as irregularidades começam desde a entrada com a porta principal emperrada e enferrujada e os móveis encontram-se todos danificados. A unidade não tem farmácia, nem um farmacêutico responsável e nem um computador para o controle de estoque de medicamentos e insumos. Uma estrutura provisória foi improvisada com medicamentos são armazenados em potes de sorvete.
As camas e macas estão danificadas e sem grades de proteção. O telhado tem vazamentos e falta climatização na sala de medicação.
A unidade não possui necrotério e, então, quando um paciente falece, o corpo permanece no leito até ser levado para uma funerária. Também falta computador para o controle de medicamentos.
Os banheiros estão com defeito e a tampa do bueiro desmoronando.
Policlínica do Coxipó
A policlínica do Coxipó está com duas máquinas de ultrassom estão sem uso por falta de técnico especializado e o banheiro precisa de manutenção. Todos os ares-condicionados estão com defeito.
Processos físicos que precisam ser digitalizados e arquivados ocupam todo o espaço de raio-X; dois aparelhos de ultrassom encontram-se parados por falta de técnicos e de local de uso; a sala de internação e medicação possui mau cheiro de esgoto, que transborda pelo ralo em dias de chuva, e, com os aparelhos de ar-condicionado precisando de manutenção, os pacientes e funcionários enfrentam calor intenso na recepção.
UPA Pascoal Ramos
Na UPA do Bairro Pascoal Ramos, os sete aparelhos de ar-condicionado necessitam de reparos. As bombas de infusão também estão com defeito e não funcionam e os móveis estão enferrujando e os armários da sala de curativos, despencando.
Faltam cadeiras para os pacientes aguardarem atendimento e limpeza na área externa, que está tomada pelo mato.
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Com informações da Assessoria