A juíza da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, acolheu o pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e tornou réu, Carlos Alberto Gomes Bezerra. Em decisão de quinta-feira (4) a magistrada também pronunciou o réu, o que determina que seja submetido a júri popular por feminicídio qualificado contra ex- namorada Thays Machado, de 40 anos, e homicídio qualificado contra Willian Cesar Moreno, de 30 anos.
“Ante todo o exposto, pronuncio o acusado CARLOS ALBERTO GOMES BEZERRA, brasileiro, solteiro, natural de Cuiabá/MT, atualmente recluso na Penitenciária de Rondonópolis/MT, como incurso, nas sanções do artigo 121, §2º, incisos I (motivo torpe), III (perigo comum), IV (surpresa e impossibilidade de defesa da vítima) e VI (feminicídio) c/c § 2º-A, inciso I do mesmo artigo, do Código Penal, com relação à vítima THAYS MACHADO e art. 121, §2º, incisos I (motivo torpe), III (perigo comum) e IV (surpresa e impossibilidade de defesa da vítima), do Código Penal, com relação à vítima WILLIAN CÉSAR MORENO, com a observância das diretrizes da Lei 8.072/90 e com as implicações na Lei nº 11.340/06”, diz trecho do documento.
Na decisão, a magistrada ainda manteve a prisão preventiva do réu, preso desde o dia 18 de janeiro, quando executou à tiros a Thays Machado, e o namorado dela Willian Cesar. O casal estava na frente da casa da mãe da vítima, no bairro Consil, quando o réu passou de carro e disparou contra a ex-namorada e o atual companheiro dela.
No dia anterior, Carlos Bezerra tinha perseguido ambos, quando ela foi buscar o rapaz no aeroporto. Ela havia registrado boletim de ocorrências e solicitado medida protetiva.
Logo após o crime, o acusado foi reconhecido e preso na noite do mesmo dia, em Campo Verde, onde a família tem fazenda. Ele foi levado para a delegacia da cidade e depois removido para a Penitenciária Central do Estado (PCE). Porém, para garantir a integridade do cliente, a defesa pediu que ele fosse levado para unidade prisional de Rondonópolis, onde está desde então.
Desde o crime, foi realizada uma audiência, na qual foram 7 pessoas foram interrogadas. O réu não participou da oitiva.