Familiares, alunos e ex-alunos fazem ato em escola de professor desaparecido em Cuiabá

Familiares, alunos e colegas de profissão do professor Celso Odinir Gomes, de 60 anos, desaparecido há uma semana em Cuiabá, se reuniram na manhã desta quinta-feira (9) na frente do Colégio Salesiano Santo Antônio, em um ato de esperança para encontrar o profissional com vida. 

O docente foi descrito como uma pessoa “serena”, “gentil” e como um “mentor” para os alunos e ex-alunos da instituição. A família, que está desolada com o desaparecimento, ele é visto como um “pilar”. 

A sobrinha do professor, Laura Marques, disse ter esperança de encontrá-lo ainda com vida. 

“Estamos completamente desesperados com a incerteza de não saber o que realmente aconteceu. Mas a família tem esperança, até que tenha uma conclusão”, afirmou. 

Familiares de outros estados, segundo Laura, vieram a Cuiabá assim que souberam do desaparecimento do professor.

“A família inteira está moribunda. Ele é o suporte, tomou para ele esse papel de manter a família unida”, disse.

O professor de história Henrique Neves, colega e amigo de Celso há 16 anos, o descreveu como uma pessoa “centralizada” e que não alterava o tom de voz. 

“Celso sempre muito sereno, muito sério, você não via nunca de mau humor ou bravo, sempre no mesmo tom de voz”, disse.

Segundo o docente, o sentimento dos alunos e da instituição é de tristeza, mas ao mesmo tempo de esperança de encontrá-lo vivo.

“Queremos uma resposta das autoridades, que esse caso não caia no esquecimento. Todos os dias a gente faz as nossas orações, pedindo pelo professor Celso”, frisou.

Segundo o coordenador Daniel Platiny, o docente dava aulas no ensino fundamental e médio na instituição há cerca de duas décadas e era correto, sem apresentar sinais de qualquer tipo de conflito. 

“Pessoa muito tranquila, profissional dedicado, preocupado com o emocional do aluno, via que o problema ia além da sala de aula, do conteúdo, um professor que dava conselho”, contou.

Daniel conta que Celso se despediu de todos como de costume, no início da tarde de sexta-feira (3). Ele não deu indício algum de que algo pudesse estar errado. 

Segundo a sobrinha, não houve tentativa de movimentação bancária até a manhã de terça-feira (7). Nesse dia, houve a localização do veículo de Celso e, na sequência, houve uma tentativa de uso do dinheiro do professor.

“A Polícia suspeita de um latrocínio, mas a família acha muito estranho, porque não houve nenhuma tentativa de movimentação, nem no dia que ele desapareceu, mas houve depois”, disse Laura. 

A perícia foi realizada no Gol branco do docente e o veículo, então, liberado para a família. 

“A perícia não identificou nenhum vestígio de sangue e que o carro estava sendo utilizado como meio transporte de uma família mesmo. Tinham roupas de criança dentro do carro, tinha sapato, roupa íntima, pertences que a gente sabe que não era do feitio dele carregar”, afirmou Laura. 

A família acredita, sem ter ideia do motivo, que Celso está sendo mantido em cativeiro. 

Para contribuir com qualquer informação que possa levar ao paradeiro dele entre em contato com o Núcleo de Pessoas Desaparecidas pelo telefone (65) 98173-0565.

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