A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) embarcou na polêmica em torno das críticas feitas por lideranças ruralistas brasileiras para “acusar” o governo federal de utilizar o Enem como meio para criminalizar o agronegócio brasileiro.
A informação consta em uma nota emitida pela entidade repudiando duas questões que caíram no primeiro dia do exame relacionadas ao agro, nas provas aplicadas em todo o Brasil, no domingo (5).
“O texto trouxe, destemidamente, ataques ao agronegócio e críticas ao capitalismo. O que mais nos preocupa é a falta de conhecimento técnico e o despreparo dos entes envolvidos na elaboração da prova. Estamos falando de uma prova que avalia e prepara estudantes para ingressarem no ensino superior. E qual o perfil dos profissionais que queremos formar? De qual educação estamos falando? Enquanto Federação, representante legal dos produtores rurais de Mato Grosso, nos sentimos desrespeitados e injustiçados com tamanha imoralidade”, diz trecho da nota.
O assunto passou a ganhar grande repercussão logo depois de a Frente Parlamentar da Agropecuária se manifestar contra a ‘conduta do Exame’ e afirmar que ingressaria com um pedido de anulação das questões na Câmara dos Deputados. Além disso, os parlamentares pediram esclarecimentos do governo Lula (PT) e um requerimento de convocação do ministro da Educação, Camilo Santana.
Até o momento, o Ministério da Educação e o Inep (Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais), que organiza o exame, não se manifestaram sobre o assunto.