Ex-adjunto de Saúde é um dos alvos da PF em operação deflagra nesta quarta

A 4.º fase da Operação Curare, deflagada na manhã desta quinta-feira (20), tem alvo quatro pessoas ligadas à Secretária Municipal de Saúde de Cuiabá. Entre os envolvidos, três estão confirmados e já foram alvos de outras fases da Operação: o ex-adjunto de Saúde, Milton Correa, o empresário Douglas Castro e a ex-diretora de UPA, Thamara Ferreira Torres. Ambos estariam envolvidos no esquema de desvio de verba pública, lavagens de capitais e corrupção com recursos públicos destinados à saúde do município de Cuiabá, na ordem aproximadamente de R$ 3 milhões.

O ex-secretário adjunto de Saúde de Cuiabá, Milton Correa, teve sua residência vasculhada por agentes na manhã desta quinta-feira na capital. As investigações da PF apontam que ele é dono da Family Medicina e Saúde, que mantinha contrato de R$ 5 milhões com a gestão de Emanuel Pinheiro (MDB).

Milton Correa da Costa teve a prisão pedida pelo ex-interventor da Saúde em Cuiabá, Hugo Lima, em dezembro de 2022, por abandonar um contrato em Cuiabá, para fornecimento de mão de obra médica.

O empresário Douglas Castro, da VIP Serviços Médicos, também foi alvo, da operação nesta quinta. Segundo as investigações, ele também teria uma farmácia em Chapada dos Guimarães.

Uma servidora da Saúde de Cuiabá, Thamara Ferreira Torres, deverá prestar depoimento ainda nesta manhã.

O quarto alvo da operação ainda não foi identificado. 

Como nas fases anteriores da Operação Curare, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde do Município de Cuiabá, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas. Com o aprofundamento das investigações, apurou-se que uma das empresas era controlada, através de interposta pessoa, por um ex-servidor do alto escalão da gestão da saúde do Município.

 As diligências demonstraram ainda que recursos do grupo empresarial, oriundos, em última instância, dos cofres municipais, foram empregados na aquisição de uma aeronave, que veio a se acidentar, quando supostamente estava em uso por pessoas ligadas ao ex-servidor.

1° Fase da Operação 

Na primeira fase da Operação Curare, ainda em 2021, a PF havia apontado que a empresa Douglas Castro – ME (Vip Serviços Médicos) – cujo sócio foi alvo nesta quinta-feira – seria “fantasma”. 

No total, a empresa, com endereço na Rua Cândido Mariano, na Capital, havia recebido até aquela época R$ 10 milhões de recursos da Prefeitura de Cuiabá. Diligências feitas pela PF durante a operação mostraram que o imóvel apontado como sede da Douglas Castro-ME estava desocupado há 3 anos. Além disso, o imóvel sequer tinha ligação para fornecimento de água.

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