“A Laura também era mulher, preta e estava grávida. Foi demitida. E aí?”, diz Michelly sobre cassação de Edna Sampaio

Foto: Assessoria

A vereadora Michelly Alencar (União) disse que jamais defenderia a vereadora Edna Sampaio (PT), que teve o mandato cassado pela Câmara Municipal na quarta-feira (11), apenas pelo fato de ela ser mulher. A petista foi acusada de suposta prática de ‘rachadinha’,com a Verba Indenizatória (V.I), destinada à chefe de gabinete, na época Laura Abreu .

Edna teve o mandato cassado após uma investigação da Comissão de Ética da Câmara Municipal. A votação ocorreu na quarta-feira, e obteve unanimidade dos vereadores a favor do processo. 

Ao longo da investigação, Edna comentou que estava sendo perseguida politicamente e sugeriu que as vereadoras, por serem mulheres, deveriam apoiá-la. Michelly considerou essa postura contraditória, pois a petista demitiu sua ex-chefe de gabinete Laura Natasha de Oliveira, que estava grávida.

“Eu jamais defenderia uma ilegalidade vinda de mulher. Quer dizer que, por ela ser mulher, ela pode cometer crimes? Não se trata de gênero, cor e partido. Trata-se de uma conduta que infringe o decoro parlamentar. Quando a Edna percebeu que não formaria uma defesa sustentável, partiu para o vitimismo. A Laura também era mulher, preta e estava grávida. Foi demitida. E aí?”, questionou.  

Michelly conclui considerando que a cassação é uma infelicidade para a Câmara, especialmente por ser o segundo parlamentar cassado em menos de quatro anos.

Para Michelly, a cassação de Edna é uma oportunidade para a Casa de Leis melhorar a imagem do Legislativo municipal que, muitas vezes, é apelidado de “Casa dos Horrores”.

“Quando as ilegalidades acontecem, temos que ter uma postura. É assim que conseguiremos limpar a imagem de ‘Casa dos Horrores’ da Câmara”, observou.

 

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