“Não tenho como negar isso”, diz Fávaro sobre pedido de Lula para PSD apoiar candidato do PT

Foto: Luiz Patroni/Canal Rural Mato Grosso

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), atendeu ao pedido do do presidente Lula (PT) para que seu grupo apoie o pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá indicado pelo Partido dos Trabalhadores. Em entrevista à Rádio Cultura na manhã desta terça-feira (9), Fávaro afirmou que foi convidado por Lula para participar de uma reunião após o evento “Democracia Inabalada”, ocorrido nesta segunda-feira (8), lembrando o primeiro ano dos atos antidemocráticos. 

Segundo o ministro, o presidente questionou o cenário político em Mato Grosso e solicitou apoio ao nome que o PT definirá para concorrer ao Alencastro, na ocasião o deputado estadual Lúdio Cabral ou a ex-deputada federal Rosa Neide. 

“Eu disse: presidente, não tenho como negar isso. Marcamos, então, de voltarmos a nos falar no final do mês de janeiro para definirmos a candidatura, deixamos para escolher vice na convenção junto com a Gleise (Hoffmann), Barranco, Rosa Neide, Lúdio e a gente do PSD”, esclareceu Fávaro.

A notícia causou um impacto na política mato-grossense, já que Fávaro já havia convidado o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Eduardo Botelho (UB) para se filiar na sigla para viabilizar sua candidatura ao Alencastro. 

Acontece que Botelho, vive desde 2023 um uma disputa interna dentro do UB com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia pela candidatura do grupo à Prefeitura. A disputa com Fábio levou o presidente da AL a declarar sua saída da sigla, no entanto, o presidente estadual do partido, o governador Mauro Mendes, que já declarou apoio à Garcia, ainda não deu o aval de desfiliação para Botelho. 

Corre nos bastidores, que ao receber a notícia sobre a decisão de Fávaro, Botelho se reuniu com o senador Jayme Campos (UB) e o deputado estadual Júlio Campos (UB), ambos lideranças influentes dentro da sigla e que já sinalizaram apoio à sua candidatura, inclusive ameaças de deixar o partido junto a Botelho.

“Não muda nada para mim. O ministro foi muito honesto comigo, me deu vários prazos. Eu só tenho a agradecer que teve toda paciência do mundo. Vamos continuar trabalhando. Eu já tinha sido avisado, eu não tenho que cobrar nada dele, está tudo dentro do que foi conversado“, disse Botelho em entrevista à imprensa nesta terça. 

No cenário atual, Botelho ainda tem duas opções, como o PP e o PSB, que também já sinalizaram interesse em apoiá-lo nas eleições de outubro. 

“Sempre tem outras portas, outras possibilidades. Mas que eu vou fazer é resolver essa situação o mais rápido possível.  Aí nós vamos procurar outros caminhos. Mas ainda acredito que posso reconstruir esse caminho com PSB”, concluiu.

  

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