Enfermeiros suspendem greve em Cuiabá e ampliam prazo para prefeitura conceder plano de cargos

O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen-MT), suspendeu a greve da categoria que seria deflagrada nesta quarta-feira (10), em Cuiabá, após a Secretaria Municipal de Saúde pagar o adicional de insalubridade. No entanto, o diretor-tesoureiro do Sinpen-MT, Dejamir Soares, explicou que os servidores municipais mantêm o “estado de greve”.

Os trabalhadores reivindicam a execução do plano de cargos, carreiras e vencimentos (PCCV) que, conforme Dejamir, está “congelado” há sete anos e meio pelo Executivo. A categoria deu 30 dias para que a prefeitura se manifeste e, caso não concorde em conceder o PCCV, a greve será colocada em prática. 

O anúncio foi feito na Câmara de Cuiabá, na tribuna livre, durante a sessão ordinária desta terça-feira (9).

“Essa mesa de negociação tem dia e hora para acabar. Não deflagro a greve na quarta, mas vamos ficar em estado de greve por 30 dias. Se o nosso PCCV não chegar nessa Casa para ser votado, vamos deflagrar a greve em Cuiabá. Isso está pactuado”, falou Dejamir Soares . 

 

Conforme o sindicalista, o secretário municipal de Saúde, Deiver Teixeira, conversou com a classe na última sexta-feira e afirmou que a minuta do PCCV está finalizada. O documento foi encaminhado à secretária de Gestão, Ellaine Cristina Ferreira Mendes, e será apresentado em reunião com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) nesta quinta-feira (11). Nesta ocasião, o diretor-tesoureiro vai colocar à mesa a contraproposta da categoria.

“O fato é que nosso PCCV está pronto, mas nunca é enviado à Câmara para votação. E nós, na sexta-feira, votamos o indicativo de greve. Falo de uma categoria que, se paralisar, vai causar dor, morte e sequelas. Se ela paralisar, a gente aborta a campanha de vacinação do dia 20. O estrago que a gente vai fazer na Saúde é tão grandioso que tenho medo de quando acontece, não gosto de fazer isso”, alertou o diretor-tesoureiro do Sinpen-MT.

A ampliação do diálogo por parte do Executivo ocorreu após pressão popular e interferência do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). O presidente da entidade, Sérgio Ricardo, convocou uma audiência extraordinária de câmara temática para debater a regularização da situação dos enfermeiros em Cuiabá. 

“O secretário fez a sinalização de que hoje nos mandará a minuta do estudo técnico que fez. Ele encaminhou para a secretária de Gestão e ela ficou de analisar. Ele vai repassar esse material pra gente junto com a tabela e analisaremos. Na quinta, já tem uma negociação marcada na prefeitura.  Vamos chegar com a nossa contraproposta ao que vai ser encaminhado hoje. A gente espera conseguir avançar nessa negociação. A partir de hoje começa a correr o prazo de 30 dias para nós fazermos uma greve em Cuiabá”, asseverou Dejamir Soares.

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