Edna Sampaio diz que irá recorrer após comissão aprovar relatório de cassação de seu mandato

A vereadora Edna Sampaio  recebeu a notícia de que a comissão aprovou o relatório para a cassação de seu mandato, aprovada na tarde dessa terça-feira (4). A vereadora expressou tranquilidade diante da decisão, apesar de considerá-la  um resultado de perseguição, alegando que a comissão não respeitou o devido processo legal e a condenou sem mesmo ouvi-la. A parlamentar afirmou que irá recorrer da decisão.

“Eu recebo que maior tranquilidade porque todas as pessoas já sabiam que o resultado seria esse ou alguém duvidou que  o resultado da comissão processante seria minha cassação. Desta vez, que fique bem claro, a perseguição se tornou inegável, porque novamente a comissão não respeitou o devido processo legal e me condenaram desta vez sem nem me ouvir, ou seja, um relatório que é produzido sobre a cassação de uma vereadora eleita e que dispensa qualquer prova, dispensa a própria acusada de falar”, disse Edna em conversa com jornalistas. 

Quando questionada sobre as afirmações do presidente da comissão, o vereador sargento Vidal, de que teria ignorado a comissão, a vereadora refutou, destacando que possui advogado constituído que peticionou junto à comissão e que ela própria tentou dialogar com o presidente para reagendar sua oitiva devido uma doença.

“Como eu ignorei se tenho um advogado constituído? Como eu ignorei se o advogado a todo mundo peticionou junto a comissão? Como eu ignorei se na semana passada eu vim aqui justamente para conversar com o presidente para que ele soubesse por qual razão a gente estava pedindo a redesignação da minha oitiva porque estavam sendo feito duas coisas ao mesmo tempo? Eu acho triste, lamentável”, completou.

A vereadora afirmou que irá recorrer da decisão, buscando restabelecer a ordem no processo que ela considera absurdo.

“A Câmara precisa de gente qualificada que saiba conduzir um processo. Se a maioria acha que pode cassar o mandato de uma vereadora eleita, a Câmara vai ter que responder por isso. Acredito que nessa Casa haverá pessoas que terão um entendimento diferente. Que não vão compactuar com esse processo de perseguição contra mim. Essa perseguição é ridícula porque quer tirar da política uma mulher negra que pela primeira vez chega ao mandato de vereadora”, concluiu.

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