Edna Sampaio afirma que gravidez não motivou demissão de ex-chefe de gabinete

Foto: Assessoria

A vereadora por Cuiabá Edna Sampaio (PT), em entrevista ao Jornal da Cultura, na manhã desta segunda-feira (26) explicou que a exoneração de sua ex-chefe de gabinete, Laura Natasha Oliveira de Abreu, ocorreu por falta de adaptação da servidora às funções de gestora, além de conflitos com a equipe. 

A afirmação  da vereadora vai contra o depoimento da ex-chefe de gabinete que sustentou, durante depoimento à Comissão de Ética da Câmara Municipal, na quinta-feira (23), ter sido desligada por estar grávida, passar mal frequentemente e não conseguir corresponder exclusivamente ao mandato.

“No primeiro mês, nós percebemos a dificuldade da Laura, inclusive de compreender o seu papel como chefe de gabinete. Fui sempre a pessoa que pedi aos meus assessores para terem paciência com a Laura e ajudá-la a construir um caminho ali dentro, mas, não deu certo”, declarou a vereadora. 

Edna confirmou ainda ser do seu conhecimento a falta de experiência de Laura ao convidá-la para tomar posse do cargo de confiança. Porém, de acordo com a petista, o perfil profissional dela era semelhante ao de outras pessoas da sua equipe, que foram treinadas para atuar em suas funções. O que foi determinante para optar pela demissão foi a falta de liderança e brigas repetidas com outros colegas de gabinete.

“Ela foi exonerada porque não tinha condições de continuar liderando um gabinete extremamente exigente, em que as pessoas passaram a ter um esgarçamento das relações ali. Chegou o momento que, ou eu tinha uma atitude ainda que fosse drástica, ou não iria conduzir meu mandato”, apontou Edna.   

Durante seu depoimento aos membros da Comissão de Ética, Laura chegou a chorar ao mencionar suposta discriminação por estar grávida. A ex-chefe de gabinete garantiu que a justificativa dada pela vereadora ao demiti-la, foi a gravidez.  

“Em nenhum momento a equipe ou eu criamos qualquer dificuldade ao fato de ela estar grávida, muito pelo contrário. Ali, à frente do meu gabinete, somos todas mulheres, todas com filhos e enfrentamos a mesma situação. É um absurdo querer imputar pra mim a ideia de uma pessoa perversa, cruel, a que veio pedir clemência e não atendi. Entramos num acordo sobre isso”, relatou Edna. 

“Não tinha condições de compreensão da própria função de chefe de gabinete para continuar; começou a haver conflitos internos com minha equipe e as pessoas começaram a ficar desmotivadas pelas suas funções, pelos seus trabalhos; a Laura é uma pessoa jovem e com muito caminho pela frente, mas um mandato tem início, meio e fim”, completou a vereadora.

As oitavas continuam nesta segunda-feira (26), com o diretor do RD News, o jornalista Romilson Dourado. No dia 28 será a vez da vereadora Edna Sampaio. 

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