O rebanho bovino mato-grossense em 2023 registrou mais de 34,1 milhões de cabeças, como aponta o relatório da segunda campanha estadual de atualização de estoque de rebanho, realizada entre os meses de novembro e dezembro. Segundo o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT), dez municípios concentram um quarto de todo o rebanho.
O rebanho bovino mato-grossense em 2023 registrou mais de 34,1 milhões de cabeças, como aponta o relatório da segunda campanha estadual de atualização de estoque de rebanho, realizada entre os meses de novembro e dezembro. Segundo o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT), dez municípios concentram um quarto de todo o rebanho.
O levantamento mostra que juntos os municípios de Cáceres, Vila Bela da Santíssima Trindade, Juara, Colniza, Juína, Alta Floresta, Pontes e Lacerda, Nova Bandeirantes, Porto Esperidião e Aripuanã contam com um rebanho bovino de 8,6 milhões de cabeças.
O Instituto frisa que o estado conta com um total de 109.751 estabelecimentos rurais com bovinos e um total de 126.441 produtores rurais. Desse total, 98,89% realizou em dezembro passado a comunicação do estoque de rebanho. Apenas 1.404 não realizaram o informe dentro do período, ficando sujeitos a multas.
Maior volume de abates impacta no saldo
Ao se comparar com a primeira campanha de atualização de estoque de 2023, realizada entre maio e junho, se observa uma redução de 346,7 mil animais. A primeira campanha havia apontado um total de 34.473.643 bovinos.
O coordenador de Defesa Sanitária Animal, João Marcelo Néspoli, explica que tal retração se deve, principalmente, ao aumento no número de abates, e, dentro desse cenário, o crescimento do abate de fêmeas.
De acordo com o Indea-MT, em 2023 Mato Grosso abateu 400 mil matrizes a mais do que em 2022.
“Com menos matrizes, a propriedade reduz a produção de bezerros, o que também contribui para a diminuição do rebanho. A análise dos nossos dados apontou ainda que houve aumento no abate de fêmeas acima de 36 meses, que é uma faixa etária de matrizes. Fêmeas criadas para o abate vão para os frigoríficos antes dessa idade”, esclarece João Marcelo Néspoli.