Desembargador nega pedido para que Carlinhos volte à prisão domiciliar

O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Marcos Regenold Fernandes, negou habeas corpus ao empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra, o Carlinhos Bezerra, que voltou à prisão preventiva no dia 28 de fevereiro. Carlinhos, como é conhecido, matou a tiros, em janeiro do ano passado, em Cuiabá, sua ex-namorada, Thays Machado, e o namorado dela, Willian César Moreno.

No recurso, a defesa do empresário alegou que a juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Correa, da 1ª Vara de Violência Doméstica, foi contra entendimento colegiado firmado no Tribunal de Justiça e determinou, sem intimar a defesa, o retorno de Carlinhos a uma unidade prisional que oferece riscos à sua integridade física.

Desde a última terça-feira, o filho do ex-deputado federal Carlos Bezerra está segregado na Penitenciária Central do Estado (PCE). 

A defesa sustentou ainda que todos os deslocamentos registrados pela tornozeleira eletrônica em desconformidade com as determinações judiciais foram, na verdade, em virtude de compromissos médicos.

Os advogados Francisco Faiad e Eduardo Ubaldo Barbosa, que assinam a peça, também reforçaram a tese de que Carlinhos está acometido com debilidades graves (hipertensão, diabetes, suspeita de doença coronariana e dislipidemia) justificando o benefício da domiciliar.

Recém-empossado, o desembargador Marcos Regenold Fernandes não identificou teratologia ou qualquer ilegalidade patente na decisão da juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Correa.

“Ao contrário, a medida combatida está devidamente fundamentada em elementos novos e relevantes de convencimento”, ponderou. 

“Outrossim, não obstante os argumentos lançados pelos Impetrantes na exordial, mostra-se imprescindível um confronto das informações a serem apresentadas pelo juízo a quo para uma análise mais acurada dos elementos de convicção constantes dos autos, a fim de verificar a alardeada existência de coação ilegal”, completou. 

Pedido ainda será analisado pelo colegiado da Segunda Câmara Criminal. 

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