Delegado acusado de chefiar “gabinete do crime” em Peixoto pede para cumprir medidas cautelares em Brasília

O delegado Geordan Atunes Fontenelle, solto na semana passada, requereu à Justiça a possibilidade de cumprir suas medidas cautelares em Brasília (DF). Em petição protocolada na 2ª Vara da Comarca de Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá), Fontenelle afirmou que passará a residir no Distrito Federal para ficar mais próximo da família.

Na semana passada, a prisão foi substituída por uma série de cautelares, incluindo o monitoramento eletrônico, afastamento do cargo e suspensão do porte de arma de fogo. 

Além disso, foi determinado o comparecimento a todos os atos judiciais, além de periodicamente no prazo e nas condições a serem fixadas na origem, para fins de informar e justificar suas atividades; proibição de qualquer contato com as testemunhas, vítimas, corréus e demais envolvidos na investigação e proibição de acesso à Delegacia de Peixoto de Azevedo, Matupá e de outras da região norte do Estado, assim como em manter contato com seus servidores policiais e outros que ali trabalhem. 

Geordan também foi proibido de se ausentar da cidade em que resida ou de se mudar de endereço sem autorização prévia do juízo de origem e terá que entregar o passaporte à Justiça. 

Dentre os fatos apurados na investigação contra o delegado constam cobrança de propina para liberação de bens apreendidos, arbitragem de fiança e para conceder a presos ‘acomodações especiais’ na delegacia. Ele também é acusado de tocar uma empresa de segurança privada para favorecer garimpeiros da região.

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