A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, inicia nesta sexta-feira (21), a programação alusiva ao Dia Internacional da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha, em homenagem a Tereza de Benguela, celebrada em 25 de julho.
“O Dia da Mulher Negra, Latino -Americana e Caribenha representa a força e potência das mulheres negras. Por isso, queremos com mais esse evento de mobilização popular fomentar o debate sobre a emancipação das mulheres negras e o fim da desigualdade étnico racial”, disse o secretário adjunto de Cultura, Justino Astrevo. O evento é gratuito e toda sociedade está convidada.
Para iniciar as atividades, na sexta-feira (21), a partir das 17 horas, será realizado um Ciclo de Formação – Mulheres na Capoeira, no auditório do Museu da Imagem e do Som de Cuiabá (Misc).
O evento segue com ações no fim de semana (22 e 23), de 8h às 20h.
Dando seguimento à programação, no dia que se celebra o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha, na terça-feira (25), a partir das 19 horas, será realizada uma Roda de Conversa sobre a Rota da Ancestralidade, com a jornalista Bruna Maciel.
E para encerrar, no sábado (29), a partir das 7h, haverá uma caminhada, sendo o ponto de concentração dos diversos segmentos religiosos e culturais, em frente à Igreja do Rosário e São Benedito. Quem assim desejar, deverá levar uma garrafinha de água.
Em seguida, a partir das 9h, haverá uma nova roda de conversa, com especialistas, para debater o assunto, avanços, melhorias e o que ainda precisa ser ajustado como forma de efetivar as políticas públicas voltadas a esse público.
“Esta data, 25 de julho, é mais uma ferramenta para toda sociedade repensar, conhecer a cultura negra e combater o racismo e as desigualdades. Por isso, preparamos uma programação especial para discutirmos a grande importância que elas têm, os nossos olhares e reconhecimentos e, também, preparamos uma oficina de turbantes que valoriza o acessório para além da estética”, acrescentou Justino.
História
A data, 25 de julho, foi instituída em 1992, no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República Americana, que tinha como objetivo dar visibilidade à luta das mulheres negras contra o racismo, exploração, machismo e misoginia.
No Brasil, a data também tem o propósito de dar visibilidade para o papel da mulher negra, através da figura de Tereza de Benguela que foi a líder do Quilombo Quariterê e, por 20 anos, liderou a resistência contra o governo escravista e coordenou as atividades econômicas e políticas do Quilombo.
Tereza de Benguela é, assim como outras heroínas negras, um dos nomes esquecidos pela historiografia nacional, que, nos últimos anos, devido ao engajamento do movimento de mulheres negras e à pesquisa ou ao resgate de documentos até então não devidamente estudados, na busca de recontar a história nacional e multiplicar as narrativas que revelam a formação sociopolítica brasileira. O objetivo de celebrar a data.
Símbolo de resistência e liderança na luta contra a escravização, Tereza de Benguela, ou ‘‘Rainha Tereza”, viveu no século 18 e assumiu a liderança do quilombo chefiado pelo marido, José Piolho, depois que ele foi assassinado, em Mato Grosso. Tereza apoiou a luta da comunidade negra e indígena contra a escravidão por duas décadas.
Com informações da Assessoria