Cuiabá somou mais de 180,9 mil famílias endividadas no mês de março, o que representa 87,8% do total de famílias na capital. O índice atual está 0,7 ponto percentual (p.p.) maior que o registrado no mês anterior e 4,5 p.p. acima do verificado em março passado, quando contabilizava 169,7 mil. O levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) destaca, ainda, que as famílias inadimplentes, ou seja, com contas em atraso, diminuíram em 14,7% no comparativo anual, passando de 50,5 mil em março de 2023 para 43 mil neste ano.
Conforme análise do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), Cuiabá se destaca na comparação com a média nacional quanto à inadimplência das famílias, com a capital apresentando um cenário econômico positivo, uma vez que se observa a diminuição no número de famílias com contas em atraso e o aumento do consumo, por meio de compras a prazo.
É o que revela a pesquisa, que traz um aumento de 0,8% sobre o mês de fevereiro no número de famílias endividadas e um recuo de 1% no número dos que possuem dívida em atraso, indicando um aumento no consumo das famílias em Cuiabá, por meio das compras a prazo, junto ao pagamento dos atrasados.
O presidente em exercício da Fecomercio-MT, Marco Pessoz, também reforça o bom momento para o consumo, segundo levantamento da pesquisa. “Na comparação anual, o número de endividados em Cuiabá aumentou, ao passo que as famílias que possuem contas em atraso diminuíram, indicando um fortalecimento no consumo, que afeta diretamente o comércio e serviços da capital”.
Pessoz conclui que “a verificação do endividamento e da inadimplência é importante para compreender as tendências de gastos das famílias, e por consequência, do aquecimento econômico, assim como entender se elas estão tendo condições de arcar com as dívidas”.
O cartão de crédito responde pelo principal tipo de dívida na capital, com 81,4%, logo depois os carnês somam 22,6%, financiamento de carro 5,3%, crédito consignado 4,9% e financiamento de casa, com 4,5%, são os que mostram maiores participações.
No período de comprometimento da dívida, 29,1% afirmaram que é a mais de 1 ano, depois os que estão entre 3 e 6 meses, com 28,9%. Além disso, 75% dos endividados tem sua renda comprometida entre 11% e 50%, seguido de 13,7% que tem até 10% de sua renda comprometida com dívidas.