O corpo de mais um homem vítima da chacina ocorrida em Campo Novo do Parecis (a 400 km de Cuiabá) na madrugada desta quarta-feira (15), foi localizado pelo Corpo de Bombeiros dentro do Rio do Sangue, na Zona Rural da cidade. A informação foi confirmada pela Polícia Civil na quinta-feira (16). A identidade da vítima ainda não foi confirmada.
O homem é um dos sete trabalhadores que foram sequestrados dentro de um alojamento, torturados, mortos e, em seguida, tiveram os corpos jogados dentro do Rio do Sangue.
Conforme a Polícia, quatro pessoas morreram e três conseguiram sobreviver. Na quinta-feira a identidade de três vítimas foram confirmadas pela polícia, são elas: Rafael Santos Lessa, João Paulo Campos Serra, e Franklyn Eduardo Albuquerque Oliveira. Eles possuíam idades entre 21 e 33 anos.
Na tarde de quarta-feira, a PM prendeu três pessoas suspeitas de envolvimento no crime, sendo um jovem de 19 anos e dois adolescentes de 17 anos. Outros dois suspeitos se entregaram na quinta-feira na delegacia da cidade e um sexto envolvido está sendo procurado.
O CRIME
Ao todo sete trabalhadores estavam em um alojamento quando oito criminosos armados invadiram o local fazendo e fizeram todos reféns. Conforme o boletim de ocorrência, as vítimas foram amarradas, ameaçadas e torturadas para que fizessem transferências via Pix para os suspeitos.
Em seguida, os criminosos colocaram algumas vítimas no porta-malas de dois veículos, e as levaram até o rio do Sangue, onde foram executadas. Um dos trabalhadores se fingiu de morto e após a saída dos criminosos, andou cinco quilômetros até chegar a um depósito de lixo, onde pediu por ajuda. Outros dois foram amarrados em um canavial, mas conseguiram se soltar e informar os policiais civis.
De acordo com a Polícia Judiciária Civil, em conversa com um dos sobreviventes, foi relatado que estava dormindo no alojamento quando os suspeitos chegaram, encapuzados, e exigiram transferências bancárias enquanto torturavam as vítimas que estavam no local.
Uma das linhas de investigação sobre o sequestro, tortura e morte dos trabalhadores aponta para uma possível dívida envolvendo drogas.
O caso segue sendo investigado.