Comissão de Ética se reúne nesta 2ª para dar início a investigações contra Edna por suposta ‘rachadinha’

A Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá aceitou o requerimento do vereador Luis Claudio (PP) e instaurou processo disciplinar que pode cassar o mandato da vereadora Edna Sampaio (PT). Ela é acusada de um suposto esquema de “rachadinha”  em seu gabinete. A reunião aconteceu na tarde desta segunda-feira (15). O relator do caso será o vereador Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania), e terá como membros, Kássio Coelho (Patriota) e Wilson Kero-Kero (Podemos). 

A comissão aceitou abrir o processo de cassação contra Edna após parecer da Procuradoria do Legislativo municipal, que apontou indícios de admissibilidade apenas do requerimento de Luis Claudio (PP) – vice-líder do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). O requerimento de Eleus Amorim (Cidadania) ficou prejudicado por falta de subsídios. 

Rodrigo dará oportunidade para, caso seja de interesse, o vereador apresente os documentos necessários para a devida análise da Comissão de Ética. Além dos vereadores, Edna também foi alvo de pedido de processo disciplinar protocolado pelo servidor público da capital, Juliano Rafael Teixeira Enamoto. 

O requerimento recebeu parecer da Procuradoria pela reprovação, mas acabou não sendo analisado pela comissão, pois não foi lido em plenário. Acabou devolvido para o gabinete do presidente da Câmara, Chico 2000 (PL).

Durante a reunião, Rodrigo afirmou que a Comissão de Ética não tem caráter de perseguir qualquer vereador e que os trabalhos serão conduzidos com tranquilidade.

“Conhecemos a Edna e faremos o trabalho conforme o que tem que ser feito, de acordo com o que tiver nos autos e provas levantadas. Teremos um calendário para ouvir as pessoas envolvidas neste processo e, no fim, fazer o relatório da melhor forma possível”, afirmou.

Edna, que acompanhou a reunião, pediu para que a Comissão de Ética aceitasse a entrega dos demonstrativos de gastos e quebra de sigilo financeiro, antes da abertura do processo disciplinar. Afirmou estar sendo vítima de violência política de gênero e que o envio da VI da chefe de gabinete para uma conta em seu nome trata-se apenas de uma metodologia de gestão dos recursos de seu mandato.

Relembre o caso

A vereadora por Cuiabá, Edna Sampaio (PT), foi acusada de suposto esquema de “rachadina”, onde  o político exige que seus servidores de gabinete repassem a ele parte do salário ou verbas recebidas. A informação foi divulgada em reportagem na quarta-feira (3) pelo site RD News, onde aponta que Edna teria recebido pelo menos R$ 20 mil de Verba Indenizatória provenientes desses repasses. 

A vereadora se manifestou nas redes sociais após a veiculação da denúncia.  “Fomos surpreendidos com essa notícia, com extrato da ex-servidora que estaria denunciando a prática de rachadinha. É preciso deixar claro que a verba indenizatória não faz parte do salário de vereador e da chefe de gabinete”, explicou.  

Na segunda-feira (9), a Procuradoria-Geral da Câmara de Cuiabá deu parecer favorável ao pedido do suplente de vereador Eleus Amorim (Cidadania) para que a vereadora Edna Sampaio (PT) seja acionada na Comissão de Ética. 

 

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