O preço da cesta básica em Cuiabá segue subindo. A alta observada na terceira semana de janeiro sobra a anterior foi de 0,57%, elevando o preço do mantimento para R$ 775,07, maior patamar observado desde maio do ano passado. Este é o quarto aumento semanal consecutivo verificado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT). Apenas três alimentos demonstraram queda nesta semana dos 13 itens que compõem a cesta, com a batata permanecendo como a maior variação positiva.
Os principais alimentos a apresentarem aumento são aqueles que costumam chegar mais rápido à mesa dos consumidores e sua produção é relacionada diretamente com as condições climáticas, como é o caso da batata, que apresentou variação de 3,25% nesta semana, acumulando o oitavo aumento seguido. Segundo análise do IPF-MT, com valor atual de R$ 9,64/kg, este é o maior da série histórica, ficando 28,31% superior ao mesmo período do ano passado.
O superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, explica que “este cenário está conectado à diminuição da oferta do produto, que continua impactando nos preços de Cuiabá, o que pode ter ocorrido devido ao fim de safras, além das condições climáticas mais instáveis e das quebras de safra”.
Também em seu oitavo aumento consecutivo, o óleo de soja se mantém em crescimento, variando 1,81% essa semana. O aumento pode estar conectado à maior demanda por biodiesel, que tem a mesma base de insumo que o óleo, assim como a perspectiva de diminuição da oferta da soja, por causa da quebra de safra.
O tomate também segue em alta, dessa vez de 1,83%, elevando o patamar médio da fruta para R$ 9,00/kg. Em relação a 2023, o preço atual se mostra 7,81% maior. Ainda conforme análise do instituto, este aumento do tomate pode estar ligado também à queda da oferta do produto, que ocorre devido ao crescimento da demanda, produtividade menor e a finalização da safra de inverno.
Apesar dos consecutivos aumentos observados nas últimas semanas, o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, lembra que o valor atual da cesta básica segue 3,20% inferior no comparativo anual, quando o valor observado era de R$ 800,68, revelando uma condição favorável ainda para o consumo das famílias. “A cesta básica na capital está há oito semanas seguidas com o preço menor que no mesmo período de 2023, isso é positivo, já que no longo prazo o mantimento não perpetua em crescimento, pesando para o consumo das famílias”.
O levantamento desta semana revela, em sua avaliação anual, que seis itens estão com preços médios menores atualmente, com destaque para o óleo de soja e feijão, -19,84% e -16,03%, respectivamente. Já o arroz apresenta forte variação positiva de 37,75%, seguido da batata com 28,31%.