‘Cheguei a pensar que o Bolsonaro fosse morrer’, diz presidente do PL, Valdemar Costa Neto

POR R7 NOTÍCIAS O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta sexta-feira (20) que achou que Jair Bolsonaro, que é de seu partido, fosse morrer após o resultado das eleições. Segundo Valdemar, abalado com a derrota, o ex-presidente chegou a ficar quatro dias sem comer. Passados quase 30 dias da derrota, Valdemar avalia que Bolsonaro perdeu a eleição no primeiro ano e meio do mandato, reflexo dos posicionamentos ligados às mulheres e ao gerenciamento da pandemia. “Com as dificuldades que teve no início do governo, errou muito. Se não fosse isso, ganhava eleição no primeiro turno. Principalmente, com as mulheres, que ficaram revoltadas com ele. Perdeu a eleição aí”, indicou Valdemar. Ida para o EUA Bolsonaro embarcou para Miami, nos Estados Unidos, em 30 de dezembro e é aguardado no Brasil por Valdemar, juntamente com a esposa, Michelle Bolsonaro, para “fortalecerem” o partido nos próximos quatro anos. O presidente do PL diz que conta “de qualquer maneira” que Bolsonaro e Michelle estejam à frente dos trabalhos em prol do crescimento da sigla, assumindo agendas pelos estados do país. Valdemar contou que durante troca de mensagens com o ex-presidente, ficou entendido que os dois estarão de volta ao Brasil no final de janeiro. A ideia de Valdemar é investir, principalmente, em Michele Bolsonaro e no público feminino. “[Michelle] Se revelou com um carisma impressionante. Queremos que voltem logo, estamos nos estruturando no partido para recebê-lo e ele dê um impulso grande no PL”, disse Valdemar durante entrevista à CBN nesta sexta (20). Os dois devem receber salário compatível com atividades de deputado ou de ministro, como indicou Valdemar.

Lula defende moeda comum para reduzir dependência ao dólar; e é criticado

POR R7 NOTÍCIAS Durante coletiva de imprensa com o presidente argentino, Alberto Fernández, o presidente Luiz Inácio Lula Silva (PT) defendeu, nesta segunda-feira (23), a criação de uma moeda comum entre os países sul-americanos e argumentou que a medida é impositiva para diminuir a “dependência ao dólar”.   “Se dependesse de mim, a gente teria comércio exterior sempre nas moedas dos outros países para que a gente não tenha que ficar dependendo do dólar. Por que não tentar criar uma moeda comum entre os países do Mercosul? Assim como se tentou fazer com os países do Bric”, disse Lula.   “E eu acho que com o tempo isso vai acontecer. Eu acho que é necessário que aconteça, porque muitas vezes tem países que tem dificuldade de adquirir dólar, e você pode fazer acordo, estabelecer um tipo de moeda para o comércio, em que os Bancos Centrais, todo mês ou em quanto tempo quiser, faça um acordo de contas para que os países continuem a fazer o negócio”, acrescentou.   Especialistas criticam Para o especialista em finanças Marcos Sarmento, a adoção de uma moeda única não seria uma proposta viável para os próximos quatro anos, já que depende da definição de diversos parâmetros “objetivos e rigorosos” dos países da região que queiram aderir à ideia.   “Apostaria que não vai acontecer. É um processo muito demorado e complexo. Talvez possa haver algum tipo de facilitação de troca entre esses países, mas uma mudança assim demoraria anos”, afirmou.   Especialista em direito econômico e finanças, o advogado Fabiano Jantalia explica que a medida traria muito mais riscos do que benefícios ao Brasil.   “Há o risco de [o país] se tornar o grande amparo econômico das demais nações do Mercosul. Hoje já respondemos por grande parte do volume de negócios em comércio exterior firmados pelos países do bloco. É preciso considerar também que estamos em um estágio de gestão fiscal muito mais avançado e temos uma pauta de exportações que nos coloca como pouco dependentes dos demais países”, contou.   Atos assinados Autoridades do Brasil e da Argentina assinaram, nesta segunda-feira (23), ao menos sete atos envolvendo a cooperação entre os dois países. Somadas, as nações representam cerca de dois terços do território, da população e do PIB da América do Sul. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil é o principal sócio comercial da Argentina, enquanto o país vizinho é o terceiro principal destino das exportações e a terceira principal origem das importações brasileiras. Confira os acordos assinados:   1 – Carta de Intenções para o Projeto de Integração da Produção de Defesa Brasil-Argentina Autoridade brasileira: Ministro de Estado das Relações Exteriores, Mauro Vieira Autoridade argentina: Ministro de Defesa, Jorge Taiana   2 – Declaração sobre Cooperação entre Ministérios da Saúde Autoridade brasileira: Ministra de Estado da Saúde, Nísia Trindade Autoridade argentina: Ministra da Saúde, Carla Vizziotti   3 – Programa Binacional de Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação 2023-2024 Autoridade brasileira: Ministra de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos Autoridade argentina: Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Argentina, Daniel Filmus   4 – Memorando de Entendimento entre Ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação sobre Cooperação Científica em Ciência Oceânica Autoridade brasileira: Ministra de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos Autoridade argentina: Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação   5 – Memorando de Entendimento sobre Integração Financeira Autoridade brasileira: Ministro de Estado da Fazenda, Fernando Haddad Autoridade argentina: Ministro da Economia, Sergio Massa   6 – Acordo de Cooperação Antártica Autoridade brasileira: Ministro de Estado das Relações Exteriores, Mauro Vieira Autoridade argentina: Ministro das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto   7- Declaração conjunta Autoridade brasileira: Presidente da República, Alberto Fernández Autoridade argentina: Presidente da Nação, Lula

Lula defende Venezuela sob Maduro ‘Brasil vai restabelecer relações diplomáticas’

Durante viagem à Argentina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a Venezuela sob o comando do ditador Nicolás Maduro. “O Brasil vai restabelecer relações diplomáticas com a Venezuela. Nós queremos que ela tenha embaixada no Brasil e que o Brasil tenha embaixada na Venezuela. Vamos restabelecer a relação civilizada entre dois estados autônomos, livres e independentes”, afirmou Lula. “O problema da Venezuela a gente vai resolver com diálogo, não com bloqueio. A gente vai resolver com diálogo e não com ameaça de ocupação. A gente vai resolver com diálogo, não com ofensas pessoais”, completou. As declarações foram dadas pelo presidente brasileiro durante coletiva de imprensa realizada em Buenos Aires, na Argentina, ao lado do presidente Alberto Fernández. De acordo com Lula, a Venezuela “vai voltar a ser tratada normalmente, como todos os países querem ser tratados”. “O que eu quero para o Brasil, eu quero para a Venezuela. Respeito a minha soberania e a autodeterminação do meu povo.” Lula ainda criticou o ex-presidente interino da Venezula Juan Guaidó. “Eu vejo muita gente pedindo compreensão a Maduro, e essas pessoas esquecem que eles fizeram uma coisa abominável para a democracia, que foi reconhecer um cara que não era presidente, não foi eleito, que foi Guaidó. Esse cidadão ficou vários meses exercendo o papel de presidente sem ser o presidente. E eu fico me perguntando: quem é que está errado?”, disse. Encontro O ditador e presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recuou e cancelou o encontro com Lula, informou o governo. A reunião estava prevista para ocorrer às 16h desta segunda-feira (23), em Buenos Aires, na Argentina. Mais cedo, a agenda oficial da Presidência da República do Brasil havia confirmado o encontro. Como mostrou o R7, o governo federal vinha articulando o encontro entre Lula e Maduro durante a 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O Brasil retornou ao bloco, composto de 32 países, dois anos após a gestão anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ter se retirado da organização. Procurado, o Palácio do Planalto não se manifestou. Recentemente, o governo federal iniciou o processo para reabrir a Embaixada do Brasil na Venezuela, fechada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A missão é liderada pelo embaixador Flávio Macieira. “O envio da missão reflete a decisão do governo brasileiro de normalizar as relações bilaterais, para permitir a retomada de tratativas com o governo venezuelano sobre os diversos temas que compõem a agenda entre os dois países”, diz o Itamaraty. “O diálogo com a Venezuela, país com o qual o Brasil compartilha laços históricos de amizade e de cooperação, além de extensa fronteira, é fundamental não apenas para o adequado seguimento da pauta bilateral, mas também para a revitalização da integração”, completa. POR: GAZETA DIGITAL

Governador afastado do DF entregará celular à PF na segunda-feira

O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, entregará seu telefone celular à Polícia Federal (PF) na segunda-feira (23) de manhã, “para mostrar sua irrestrita colaboração com as investigações” e “para que se cumpra na íntegra a decisão do ministro [do Supremo Tribunal Federal – STF] Alexandre de Moraes”. A informação é da defesa de Ibaneis. Ontem (20), a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do governador afastado, no Palácio do Buriti, sede do governo local, e no antigo escritório de advocacia de Ibaneis. “O governador estava fora de Brasília por ocasião da busca em sua residência, mas faz questão de que o seu telefone seja periciado, pois, como já dito, ele não tem nada a esconder e é o maior interessado na plena apuração dos fatos”, afirmou o advogado Cleber Lopes. Ibaneis é investigado no inquérito aberto por Alexandre de Moraes, que também autorizou as buscas, para apurar a conduta das autoridades de segurança do Distrito Federal nos atos golpistas de 8 de janeiro, que resultaram na depredação das sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, em Brasília. No dia 9 de janeiro, ele foi afastado do cargo pelo prazo de 90 dias. POR: AGÊNCIA BRASIL

Justiça prorroga uso da Força Nacional em Brasília até 4 de fevereiro

Portaria publicada hoje (23) no Diário Oficial da União (DOU) prorroga até o dia 4 de fevereiro o uso da Força Nacional no Distrito Federal. A Portaria 286, assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, dispõe que os militares auxiliem na proteção da ordem pública e do patrimônio público e privado entre a Rodoviária de Brasília e a Praça dos Três Poderes, assim como na proteção de outros bens da União situados em Brasília. A medida é mais um desdobramento preventivo após os atos de vandalismo registrados no dia 8 de janeiro, na capital, quando radicais de extrema-direita invadiram e depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). POR AGÊNCIA BRASIL

Lula se reúne hoje com presidente argentino e cita parceria antiga

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne hoje (23) com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, em Buenos Aires. O encontro foi confirmado pelo próprio Lula em seu perfil na rede social Twitter e deve acontecer até o fim da manhã. Também estão previstas para esta segunda-feira a assinatura de atos bilaterais e uma declaração conjunta à imprensa na Casa Rosada, sede do governo argentino. À tarde, ainda em Buenos Aires, Lula participa de encontro com empresários locais e se reúne com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Conforme agenda oficial, amanhã (24), o presidente brasileiro participa da 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), colegiado do qual o Brasil voltou a integrar após ter se retirado durante o governo de Jair Bolsonaro. Na quarta-feira (25), Lula segue para Montevidéu, capital uruguaia, também em visita oficial. A agenda no país ainda não foi confirmada, mas, além de encontros bilaterais, há a previsão de um novo encontro com o ex-presidente José Pepe Mujica. POR: AGÊNCIA BRASIL