Influencer Ivan Baron é novo embaixador da Campanha Nacional de Vacinação

O influencer Ivan Baron é o novo embaixador da Campanha Nacional de Vacinação. O nome foi anunciado pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel. Ativista da causa das pessoas com deficiência, Ivan foi um dos escolhidos para representar o povo e passar a faixa ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de posse, em janeiro. Em seu perfil nas redes sociais, o influencer falou sobre a importância da imunização de pessoas com deficiência. Ele defendeu prioridade para o grupo na vacinação contra a covid-19 com a vacina bivalente, prevista para começar em 27 de fevereiro. “Já estou com o braço pronto esperando a minha”, postou. Também por meio das redes sociais, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, confirmou que as pessoas com deficiência estão entre os grupos que apresentam maior vulnerabilidade para a doença e, por isso, terão prioridade na vacinação com a dose bivalente. “Aproveito para alertar a todos da importância de ampliar a cobertura vacinal. Vamos iniciar esse movimento agora, no mês de fevereiro, e contamos com o Ivan e a adesão de todos”. AGENCIA BRASIL

Lula viaja para os Estados Unidos ao encontro de Joe Biden

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca nesta quinta-feira (9) para os Estados Unidos, onde vai se encontrar com o presidente norte-americano, Joe Biden. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a reunião será na sexta (10) na Casa Branca, em Washington, a sede do governo dos Estados Unidos. A previsão é que o encontro ocorra durante a tarde. “Bom dia. Hoje embarco aos EUA, onde me reunirei com o presidente Joe Biden na Casa Branca. Queremos construir relações de parceria e crescimento entre nossos países, pelo desenvolvimento da nossa região, debater ações pela paz no mundo e contra as fake news”, escreveu Lula em uma rede social. A viagem carrega simbolismos e é vista com expectativa pelo entorno do dois presidentes. Isso porque: Lula e Biden derrotaram nas urnas adversários que acenavam com a extrema-direita, Jair Bolsonaro e Donald Trump; e ambos assumiram os cargos em um cenário de denúncias infundadas de fraude eleitoral que levaram a ataques contra sedes dos três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro, e contra o Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.   Entre a vitória de Lula, no fim de outubro do ano passado, e a visita à Casa Branca, os dois presidentes já se falaram por telefone em duas ocasiões: quando Lula foi declarado vencedor das eleições presidenciais; e em 9 de janeiro, um dia após os ataques golpistas aos prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto.   Os EUA são o terceiro país visitado por Lula desde que tomou posse, em 1º de janeiro — ele já foi a Buenos Aires, na Argentina, e a Montevidéu, no Uruguai. Lula também tem a previsão de viajar nos próximos meses para China e Portugal. As datas ainda não foram confirmadas. G1

Emanuelzinho faz críticas ao Banco Central

O deputado federal Emanuelzinho (MDB), abertamente alinhado ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seguiu o discurso do petista e criticou a política monetária do Banco Central (Bacen), em pronunciamento feito nesta quarta-feira (08), na Câmara dos Deputados. De acordo com o parlamentar mato-grossense, a taxa de juros praticada no Brasil atualmente só beneficia “o capital especulativo que rende a partir de uma taxa de juros dessa altura”. Atualmente, a taxa de juros definida pelo Banco Central é de 13,75%. “Nós temos um Brasil que está virando um fazendão, porque só vive da exportação da proteína animal, do minério e de outras commodities que estão sempre voláteis aos preços, diferentes dos preços internacionais, diferente da indústria nacional”, disse o deputado. A manifestação de Emanuelzinho faz coro às críticas do próprio presidente da República e parlamentares da esquerda no Congresso. Lula disse, na última segunda-feira (06), que “não existe justificativa” e que é “uma vergonha” a taxa de juros do Brasil. Além de Emanuelzinho, deputados como Guilherme Boulos (PSOL) e Lindbergh Farias (PT) teceram críticas ao Bacen. O presidente do órgão, Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em 2024, tem evitado polemizar as declarações de Lula ou dos parlamentares. Emanuelzinho ressaltou que, apesar de ser independente, conforme estabelece a legislação, “o Banco Central não está imune a críticas e nem é inquestionável”. Disse, ainda, que não existe pressão inflacionária que justifique a taxa de juros estabelecida. “Sem contar que a indústria, senhor presidente, que é prejudicada com esse valor nas alturas da taxa de juros, é o setor que melhor emprega, é o setor que mais bem remunera e é o setor que tem sido prejudicado. Que nos últimos 10 anos tivemos quase 30 mil indústrias fechadas no nosso país. É uma média de 17 indústrias por dia”, destacou o deputado. Emanuelzinho lembrou que 80% dos fertilizantes usados no Brasil são importados da Rússia, país que se encontra em guerra com a Ucrânia desde o ano passado. Lembrou também que nos últimos quatro anos a Petrobras fechou três fábricas de fertilizantes. Todos esses fatores, destaca o parlamentar, colaboram para um aumento no valor de comercialização desses produtos. “Nós estamos na contramão da história. Muitos países da Europa já estão fazendo a desindustrialização positiva, migrando para o setor de serviço, o Brasil nem pela industrialização necessária ainda passou. Então, devemos nesses próximos quatro anos focar na industrialização do país, senhor presidente”, concluiu Emanuelzinho. REPÓRTER MT

Governo cria comissão a fim de zerar desmatamento no Brasil em 7 anos

Foto: José Cr/Agência Brasil

Zerar o desmatamento em todos os biomas brasileiros até 2030. Esse é o objetivo da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas no Brasil (PPCD), que se reuniu pela primeira vez nesta quarta-feira (8). O esforço interministerial também busca reduzir as emissões de gases de efeito estufa e gerar renda e qualidade de vida para a população que vive e se relaciona com a floresta. “O presidente Lula estabeleceu desmatamento zero até 2030, mas com a estratégia de combater as atividades ilegais, apoiando as atividades produtivas sustentáveis, investindo na bioeconomia, no baixo carbono, no desenvolvimento sustentável, na ciência e tecnologia, na inovação, para que o Brasil possa ao mesmo tempo combater as atrocidades como estamos vendo agora na Terra Indígena Yanomami e sabemos que também existem em relação aos Caiapós, Mundurucus e outros povos indígenas”, explicou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Com plano para os próximos sete anos, a ministra evitou estipular uma meta para o desmatamento já no primeiro ano de governo. Segundo Marina Silva, parte da degradação foi causada por um período de vácuo de políticas ambientais. “Nós já temos um desmatamento, que vem do outro governo, de mais de 6 mil quilômetros quadrados (km²), isso é o que vem do governo do presidente Bolsonaro. A partir de janeiro de 2023, [o desmatamento] é da nossa responsabilidade. mas há uma taxa de desmatamento já acumulada do governo anterior e nós vamos fazer de tudo para que essa curva possa baixar”, assegurou. Nas atividades da primeira reunião, estão a definição da estrutura do programa, como os subgrupos, que serão divididos por biomas. A agenda de trabalho prevê prazos para entrega dos planos de ação para cada bioma: os primeiros 45 dias para a Amazônia, os 90 dias subsequentes para o Cerrado e depois Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica e Pampa. A meta é ter todos os planos setoriais já em implementação até agosto. O PPCD vai integrar ações de 19 ministérios e será presidido pelo ministro Ruy Costa, da Casa Civil. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima será responsável pela secretaria executiva da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento. Também participam Agricultura e Pecuária; Ciência, Tecnologia e Inovação; Justiça e Segurança Pública; Integração e do Desenvolvimento Regional; Relações Exteriores; Defesa, Fazenda, Planejamento e Orçamento; Minas e Energia; Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Pesca e Aquicultura; Trabalho e Emprego;  Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; Transportes; Povos Indígenas; Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Yanomami De acordo com Marina Silva, o governo federal está atuando para evitar o retorno da atuação de garimpos ilegais no país com a instituição de bases fixas em locais vulneráveis. Segundo a ministra, deve haver uma presença constante do Estado para evitar o retorno de atividades ilegais. “O que nós estamos fazendo é um processo de desintrusão estruturada. Não é mais aquela sazonal, em que os garimpeiros têm seus equipamentos confiscados ou destruídos, saem por um período, se escondem na floresta e depois retornam”, explicou. “Nesse momento, Ibama junto com Polícia Federal, Ministério da Defesa, com a Funai estão montando bases que ficarão para não permitir o retorno [dos garimpeiros]. Estamos tomando providências estruturadas para que não haja o transbordo, que é a saída da Terra Yanomami e se alojar em outras áreas igualmente vulneráveis. Esse é um trabalho difícil e complexo”, completou. Ontem (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva denunciou que há 840 pistas de voo clandestinas, das quais 75 são perto de terras Yanomami. “Não é possível não enxergar isso. Quem permitiu isso, tem que ser responsabilizado”, disse Lula.  Segundo o presidente da República, o controle das terras indígenas será reestruturado com a participação de prefeitos e governadores. Lula afirmou ainda que o governo não permitirá garimpo em terras indígenas. “Não vamos permitir garimpo ilegal em terras indígenas. Estamos em um processo de retirada de garimpeiros ilegais em Roraima. A situação que se encontram os Yanomami perto do garimpo é degradante. Precisamos apurar também a responsabilidade do que aconteceu”.

Lula aposta em retomada de obras para aquecer economia e geração de empregos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (8) que, a partir da semana que vem, vai se reunir com ministérios da área de infraestrutura para alinhar a retomada de obras paradas pelo país. A intenção do presidente é acelerar as entregas e impulsionar a economia e a geração de empregos. “Vamos tentar acabar tudo aquilo que estava começado e ficou parado. E não queremos saber em que período de governo foi feito, queremos saber se a obra é de interesse da cidade ou do estado”, disse Lula durante café da manhã com líderes de partidos da base aliada do governo no Congresso Nacional. Na próxima terça-feira (14), o presidente estará na Bahia, inaugurando um empreendimento de moradias populares, e na sequência vai para Sergipe para participar de evento de retomada de obras da BR-101. “Vamos viajar na perspectiva de colocar roda gigante da economia para funcionar”, afirmou. “Se conseguirmos fazer com que todas as obras que estão paradas comecem a funcionar, a gente pode contribuir para fazer com que a economia brasileira não seja o desastre previsto pelo FMI [Fundo Monetário Internacional] na última avaliação deles”, completou. O FMI elevou a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) do Brasil em 2023, mas o crescimento ainda é baixo. A projeção de crescimento, divulgada em janeiro, passou de 1% para 1,2%. Por outro lado, a estimativa para 2024 caiu 0,4 ponto percentual, com expectativa agora de expansão de 1,5% da economia. Para o presidente, é preciso retomar projetos voltados para as cidades, como em saneamento básico, que “gera muito emprego e melhora muito a qualidade de vida das pessoas”. Diálogo Lula recebeu presidentes e líderes de 16 partidos para um café da manhã no Palácio do Planalto, em Brasília, e convidou os deputados e senadores da base para estar mais perto do Executivo nos projetos de interesse. Segundo o presidente, o governo quer estabelecer uma relação harmônica, sincera e verdadeira com o Congresso Nacional. “A reunião de hoje é o começo de uma nova relação entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo”, disse. “Tenho certeza [de] que vamos conquistar uma maioria ampla para fazer as mudanças que precisamos fazer neste país”, completou, destacando a importância de as negociações serem mais precisas e céleres. “Nós não queremos a desarmonia, nós queremos que haja divergência, que é normal, faz parte do jogo democrático, nós não temos que concordar com tudo, e deputados não tem que aprovar tudo que o governo mande”, afirmou o presidente. “Nós temos a chance de mostrar ao Brasil que é possível conviver democraticamente na diversidade.” O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação com o Congresso, disse que a ideia é manter um fórum permanente, com a expectativa de reuniões mensais com o presidente da República. Participaram do encontro os presidentes e líderes de cada partido da base na Câmara e Senado, além dos líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Lula ressaltou, entretanto, que essa dinâmica não interfere no diálogo com as lideranças dentro do Congresso, assim como com os presidentes da Câmara e do Senado e os partidos políticos. “Vamos manter um dialogo permanente com aqueles partidos que hoje se declaram de oposição ao governo, [que] de alguma forma não quiseram participar do governo, não só no debate no Congresso Nacional, como também na relação com os governadores, prefeitos e com a sociedade”, ressaltou Padilha. Após os discursos de abertura, o encontro foi fechado para a imprensa. Mas na pauta, estava a reforma tributária, prioridade do governo e do Congresso para este ano. Atos golpistas Padilha lembrou também os atos golpistas do dia 8 de janeiro em Brasília, que completam um mês nesta quarta-feira. Em aceno ao Congresso, ele agradeceu a celeridade na aprovação da intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal e disse que foi a articulação política que “estancou a tentativa de golpe que estava orquestrada neste país”. “O Brasil mostrou que a humanidade criou a política para que nossas divergências não terminassem em guerra. Foi a política, foram os 27 governadores de todos os partidos que vieram aqui 24 horas depois daqueles atos, foi a intervenção cirúrgica feita pelo presidente Lula no setor de segurança que estabeleceu a ordem em Brasília, foi a ação decisiva dos parlamentares que, 48 horas depois da intervenção feita, a aprovaram”, afirmou. O presidente Lula também comentou a tentativa de golpe de Estado e associou o ex-presidente Jair Bolsonaro aos golpistas. “Hoje não tenho dúvida [de] que isso foi arquitetado pelo responsável maior de toda a pregação do ódio, a indústria de mentiras, de notícias falsas que aconteceu neste país nos últimos quatro anos. Não vem de agora, vem desde as eleições de 2018, quando a gente ainda não tinha tido a experiência da indústria de fake news [notícias falsas] neste país.” AGENCIA BRASIL

Lula autoriza o envio de ajuda humanitária ao Chile e à Turquia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou nesta quarta-feira (8) o envio de ajuda humanitária do Brasil ao Chile e à Turquia. O Chile sofre com os danos causados por incêndios florestais. Já a Turquia foi atingida por terremoto que, até esta quarta, já havia deixado mais de 11 mil mortos. Número de mortos em terremoto na Turquia e na Síria passa de 11 mil O apoio do Brasil deve alcançar os R$ 13,5 milhões e a operação deve durar duas semanas. Segundo o Palácio do Planalto, para o Chile, o governo brasileiro autorizou o envio de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) equipada para o combate a incêndios. O avião será operado com tripulação e equipe de campo brasileiras. O Brasil também enviará aeronaves-cisternas, veículos, equipamentos e materiais. “Conversei agora com o presidente Gabriel Boric sobre o envio de ajuda de equipes brasileiras e avião da FAB especializados para ajudar no combate aos incêndios florestais que estão ameaçando cidades inteiras no Chile”, escreveu Lula em uma rede social. Além do apoio da FAB, 60 brigadistas disponibilizados pelos ministérios da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) atuarão no Chile. Outros seis especialistas em comando e controle e em comportamento do fogo devem reforçar a equipe de ajuda humanitária no país. Já são quase 300 incêndios florestais que atingem a zona centro-sul do Chile. Há registro de 26 mortes, 3 mil desabrigados e mais de 1.100 residências destruídas. Terremoto Na Turquia, o terremoto de magnitude 7,8 já é considerado um dos mais devastadores dos últimos 20 anos no mundo. O Brasil enviará uma equipe de busca e resgate urbano, composta por até 22 especialistas do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. “O grupo ainda contará com o suporte de integrantes do Corpo de Bombeiros Militar dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. O efetivo seguirá para Ancara, capital turca, a bordo de uma aeronave cargueira KC-390, também da FAB”, disse o governo em nota.

Partido de Bolsonaro quer cassar mandato de senador de Sergio Moro

  O PL acionou a Justiça, nesta quarta-feira (7), para cassar o mandato do senador eleito pelo estado do Paraná, Sergio Moro (União Brasil). A legenda alega irregularidades em gastos e doações antecipadas da campanha do ex-ministro do Governo Bolsonaro, e já formalizou a ação ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) há dias. Com a cassação de Sergio Moro, o partido do presidente Jair Bolsonaro conseguiria aproveitar uma nova eleição para eleger o nome de Paulo Martins, que ficou atrás do ex-juiz no último dia 2 de outubro, com 29%. Com 4% a mais, ele foi eleito com mais de 1,9 milhão de votos. Inclusive, tanto Sergio Moro quanto a principal figura do partido, o presidente Jair Bolsonaro, realizarão uma reunião nesta quarta-feira (7) sobre diversos assuntos, incluindo a ação do PL. Durante a campanha de reeleição do Chefe do Executivo Federal, o ex-juiz fez uma forte campanha de apoio, com, inclusive, participação em bastidores de debates. Em suas redes sociais, o senador eleito da República ainda não se pronunciou, tanto em relação à ação do PL quanto à lisura das suas contas. Mas a defesa de Moro confia que não há nenhum incidente, e que ainda não teve acesso aos autos da ação. MaisPB com O Globo 

Governador afastado, ex-ministro detido e presos em flagrante; veja balanço de 1 mês dos ataques golpistas

Os ataques golpistas de 8 de janeiro contra as sedes dos três Poderes em Brasília provocaram desdobramentos na esfera judicial, com prisões dos participantes, afastamento do governador do Distrito Federal e exoneração de servidores. Os ataques levaram à prisão em flagrante de 1.406 vândalos. Desses, 942 pessoas tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva e 464 conseguiram liberdade provisória – com aplicação de medidas cautelares, como recolhimento domiciliar durante a noite. Quebra de armário de ministro, réplica da Constituição e vândalo com toga: o ataque ao STF A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu sete investigações. As apurações miram executores, financiadores, autores intelectuais e autoridades públicas. Investigados O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é investigado em um dos inquéritos. Em outro, foi determinada a prisão do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres, além do afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Nesse mesmo procedimento, o ex-comandante-geral da PMDF coronel Fábio Augusto Vieira também foi preso, mas teve liberdade provisória concedida pelo ministro Alexandre de Moraes. As apurações miram ainda o número dois da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), Fernando de Souza Oliveira. Ele foi exonerado do cargo por determinação do interventor federal Ricardo Capelli. Além de Oliveira, outros 12 servidores da Segurança Pública do DF que estavam trabalhando no dia dos atos foram exonerados. Três inquéritos investigam as condutas de deputados federais: André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Silvia Waiãpi (PL-AP). Eles são suspeitos de incitação aos ataques de 8 de janeiro. No total, a PGR já denunciou 653 pessoas pelos atos. As denúncias acusam os vândalos de crimes como: associação criminosa; incitar a animosidade entre as Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais; tentativa de abolir, com grave ameaça ou violência, o Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância; inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima; associação criminosa armada; e deterioração de patrimônio tombado. Operação Lesa Pátria   A Polícia Federal (PF) também deflagrou a operação Lesa Pátria, que nesta terça-feira (7) chegou à quinta fase. A operação se dedica a buscas e apreensões contra os identificados por envolvimento nos atos, além do cumprimento de prisões dos vândalos que conseguiram deixar Brasília após a depredação dos prédios públicos. Nesta quinta, a PF prendeu quatro policiais militares suspeitos de se omitir no enfrentamento e colaborar com os atos golpistas na Esplanada dos Ministérios. Justiça Militar   O Ministério Público Militar informou que instaurou procedimentos para apurar a participação de oficiais no episódio. Eles apuram: supostas ações ou omissões de oficiais-generais; acolhimento de manifestantes acampados pelo Comando Militar da Amazônia; suposta omissão das Forças Armadas quanto às invasões; suposta participação de militar da Marinha nos atos; suposta participação de militar da FAB nos atos; suposto confronto de militar do Exército com militares da PMDF no Palácio do Planalto; suposta participação de militares em atos antidemocráticos; suposto auxílio de militares do Exército na fuga de golpistas.   Tramitam ainda na 1ª Auditoria da 11ª Circunscrição Judiciária Militar, em Brasília, dois Inquéritos Policiais Militares (IPM), instaurados nos dias 10 e 11 de janeiro, que investigam injúria e ofensa às Forças Armadas supostamente cometidos por militar da reserva do Exército, além de fatos ocorridos no Palácio do Planalto durante as invasões. Controladoria-Geral da União   A CGU informou que começou a analisar a participação de agentes públicos nos atos antidemocráticos a partir do recebimento de denúncias e fontes de informação, como sites, redes sociais entre outras. Segundo a CGU, até o momento, dois servidores foram identificados e seus órgãos de origem foram acionados para a devida apuração: Ministério da Fazenda e Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM). “Os demais casos foram arquivados por motivos diversos tais como: aposentadoria, pensionista, estagiários e contratados temporariamente”, explicou o órgão. G1 MT