Lula, Tebet, Padilha e outros ministros vão ao litoral de SP visitar regiões afetadas pelas chuvas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitará nesta 2ª feira (20.fev.2023) as regiões afetadas pelas fortes chuvas no litoral de São Paulo. Até a última atualização do governo de São Paulo, ao menos 36 pessoas haviam morrido e 228 estavam desalojadas. O presidente da república estava na Bahia, onde passava o feriado de Carnaval, mas cancelou a estada no local para acompanhar a situação no litoral paulista. Mais 7 ministros vão acompanhar a visita de Lula na região. São eles: Márcio Macedo (Secretaria Geral da Presidência da República); Márcio França (Portos e Aeroportos); Simone Tebet (Planejamento e Orçamento); Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação); Alexandre Padilha (Relações Institucionais); Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional); e Renan Filho (Transportes). As áreas mais afetadas pelo temporal são no litoral norte de São Paulo, nas cidades de São Sebastião e Ubatuba. Além dos municípios, há registro de ocorrências em outras cidades da região, como Caraguatatuba e Ilhabela, assim como no litoral sul, em Peruíbe, Mongaguá, Itanhaém e Santos. Com informações Poder 360

Metade dos presos pelos atos extremistas recebeu auxílio emergencial, afirma MPF

Metade dos presos durante os atos extremistas de 8 de janeiro recebeu auxílio emergencial. Foi o que constatou um levantamento do Ministério Público Federal (MPF) para traçar o perfil dos envolvidos nos ataques. O R7 também levantou que suspeitos de participar das ações e que respondem em liberdade receberam R$ 1.635.014,44 em auxílios pagos pelo poder público desde 2013. Para a análise, o grupo técnico do MPF levou em conta mais de mil presos e considerou aqueles que receberam o auxílio pago pelo governo federal durante a pandemia da Covid-19.  Já o recorte feito pela reportagem é relativo a 464 pessoas liberadas por medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica. Destas, 240 (51,7%) receberam alguma concessão financeira dos cofres públicos. Outros dados Além da análise em relação ao auxílio emergencial, o MPF constatou que a maior parte dos detidos eram pessoas de 36 a 55 anos. Nos grupos de organizadores das caravanas para levar manifestantes à Brasília, a maioria dos panfletos limitava a participação de pessoas entre 18 e 60 anos.  O MPF também verificou que 60% dos presos eram homens e que aproximadamente um quinto dos detidos tinham filiação a algum partido. O grupo técnico que realizou o relatório é responsável por levantar dados, coletar e analisar provas digitais em apoio às investigações conduzidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).  O relatório também catalogou presos que se candidataram em eleições passadas ou forneceram serviços para campanhas políticas, mas não revelou o quantitativo levantado.  “O trabalho permite traçar o perfil dos envolvidos e contribui para o processo de apuração de eventuais responsabilidades dos agentes, de forma individualizada”, descreve o MPF. Segundo o órgão, o grupo consegue realizar uma espécie de raio-x de cada investigado, ao consultar os dados pessoais e, assim, contribuir para a individualização das condutas de cada suspeito. O grupo técnico consegue, por exemplo, levantar os bens de cada um dos envolvidos para auxiliar em eventuais pagamentos pelos prejuízos causados ao poder público.  A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu à Justiça o bloqueio de R$ 20,7 milhões de bens de presos por causa da depredação de Congresso, Planalto e Supremo Tribunal Federal. A PGR denunciou 653 pessoas por associação criminosa e por incitar a animosidade entre as Forças Armadas e os Poderes da República. R7 NOTÍCIAS

Em meio à crise com BC, Haddad diz que reunião com Campos Neto teve ‘boa aproximação’

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (17) que a reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na quinta-feira (16) foi em clima de “harmonia”. A equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está no centro de uma crise com a autarquia em razão da taxa de juros e metas de inflação.  “Foi uma primeira boa aproximação com a presença da Simone [Tebet], tivemos um longo papo de duas horas. Conversamos sobre alinhar a política fiscal e monetária“, disse Haddad na chegada ao Ministério da Fazenda.  Havia expectativa pela reunião porque essa foi a primeira vez que o Conselho Monetário Nacional (CMN) se encontrou desde que o presidente Lula passou a criticar publicamente as decisões do Banco Central sobre a taxa de juros, atualmente em 13,75%, e as metas de inflação, de 3,25% para 2023 e de 3% para 2024 e 2025. Lula defende a redução dos juros para estimular a economia e a concessão de crédito, o que tensionou a relação com o BC. O encontro serviu para baixar a temperatura no governo e preparar a viagem de Haddad e Campos Neto, na próxima semana, para Bangalore, na Índia, onde participam de reuniões com ministros de finanças e governadores de Bancos Centrais dos países que integram o G20. O ministro da Fazenda fica no país entre 22 e 25 de fevereiro, já Campos Neto deixa o Brasil no dia 21 e volta no dia 26. Segundo Haddad, a participação na reunião na Índia “prepara o terreno” para que o Brasil assuma a presidência do grupo em 2024. “Vai ser muito importante para endereçar assuntos de interesse nacional e internacional na presidência do G20”, afirmou o ministro da Fazenda. R7 NOTÍCIAS

Gilmar impede que juízes derrubem decreto de Lula sobre armas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes suspendeu nesta quarta (15) todos os processos de instâncias inferiores que discutem a legalidade do decreto do governo Lula que impôs um controle maior sobre o acesso da população a armas de fogo. Decisões já tomadas ou que venham a ser publicadas contra a medida baixada por Lula serão imediatamente tornadas sem efeito. O magistrado afirma que a medida busca evitar decisões conflitantes em diferentes varas do país. Afirma também que “inexiste, na norma constitucional brasileira, um direito fundamental ao acesso a armas de fogo pelos cidadãos e a aquisição e o porte de armas de fogo no Brasil”. Ele disse ainda que é necessário frear uma “tendência vertiginosa de flexibilização das normas de acesso a armas de fogo e munições no Brasil enquanto se discute nova regulamentação da matéria”. Depois de tomar posse, Lula editou um decreto que revogando normas do governo de Jair Bolsonaro que facilitavam e ampliavam o acesso a armas. O decreto de Lula suspendeu novos registros de armas por caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) por particulares, reduziu os limites para compra de armas e munição de uso permitido, suspendeu novos registros de clubes e escolas de tiro e a concessão de novos registros para CACs e criou um grupo de trabalho para propor nova regulamentação para o Estatuto do Desarmamento, de 2003. “Nos últimos anos, o Estatuto do Desarmamento foi objeto de uma série de regulamentações sucessivas que tinham como propósito declarado a ampla flexibilização do plexo de normas regulamentares relativas à aquisição e acondicionamento de armas e munições, aos requisitos e procedimento de registro e concessão de porte de trânsito de arma de fogo aos CACs e aos requisitos e procedimento de registro de clubes e escolas de tiro, observando-se até mesmo uma ampliação das situações em que o cadastro e registro de armas de fogo poderia ser dispensado”, anotou ainda o ministro. “Em suma, observou-se clara atuação inconstitucional no sentido da facilitação do acesso a armas e munições no País, beneficiando especialmente a categoria dos CACs (com interpretação cada vez mais leniente de quem nela se enquadraria), a despeito de outros bens jurídicos constitucionais relevantes, como o dever de proteção à vida”, seguiu ele. O magistrado afirma que o assunto do desarmamento versa sobre “tema de grande potencial para lesionar os mais elevados bens jurídico-constitucionais de cunho individual (como vida e integridade física) e valores coletivos de primeira ordem, como a paz social e o Estado Democrático de Direito”, o que é ilustrado pela “sequência de acontecimentos transcorridos no período situado entre o fim das eleições gerais e o atentado terrorista de 8 de janeiro de 2023, abertamente patrocinados por grupos armamentistas”. FOLHA PRESS