Barranco acredita que Lúdio vá para segundo turno com Botelho: “Nesses últimos dias virá muitos votos”

O deputado estadual Valdir Barranco, que é presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), acredita que o candidato a prefeito Lúdio Cabral seguirá para 2º turno na disputa pela Prefeitura de Cuiabá. O primeiro turno da eleição em Cuiabá será no próximo domingo 6 de outubro. Confiante, Barranco disse que Lúdio é preparado e apresentou propostas consistentes que o levarão ao segundo turno das eleições, mesmo as últimas pesquisas mostrando cenário de diferente, onde Lúdio Cabral ocupa o 3º lugar.  Ele aparece com 17% das intenções de voto na pesquisa do Instituto MT Dados, divulgada nesta sexta-feira (27) e na Pesquisa divulgada pela revista Exame com 20,1%. “Ele está preparado, estudou a fundo essas questões e sabe quais as soluções, que ele poderá apontar. Nós não temos dúvida, Lúdio vai para o segundo turno. Eu tenho dito isto reiteradamente. Ele é o único dos candidatos, dos quatro, que ainda tem espeço para crescer na sociedade pela leveza da candidatura dele e pelas propostas muito consistentes. Nesses últimos dias virá muitos votos”, declarou o deputado. Barranco avalia que nos bairros muitos eleitores ainda não escolheram candidato. Ele destacou que estes eleitores, que ainda não escolheram candidato, pode votar em Lúdio, uma vez que o deputado federal Abílio (PL), adversário do petista no pleito municipal, segue em campanha desde sua derrota em 2020. “Tem candidato há dois anos fazendo campanha, se tivesse que decidir, já tinha decidido. Tem outro que já foi candidato a prefeito aqui por Cuiabá, tá em campanha desde então, e ele bateu em um teto, é daí para baixo, quem tem margem para crescer é o Lúdio e depois no segundo turno tenho certeza que, com essa mesma consistência, vamos vencer as eleições e governar para mudar Cuiabá”, afirmou Valdir Barranco. Indo para o segundo turno, Valdir Barranco planeja agregar novos aliados com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para administrar a Capital. “Vamos ao segundo turno. Aí é uma nova eleição. E essa tônica de agregarmos, que foi utilizada pelo presidente Lula, aqui também por Lúdio, vai ter que ser utilizada novamente, para agregar outros que queiram uma Cuiabá melhor”, finaliza.

Abilio nega perseguição a moradores de rua e rebate procurador: “Parece militante e quer espaço na mídia”

O candidato a prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), rebateu o procurador de Justiça José Antônio Borges, que encaminhou ao Procurador Regional Eleitoral pedido de providências por supostamente perseguir usuários de drogas que permanecem no beco do candeeiro em Cuiabá. Na avaliação de Abilio, José Antônio Borges criou um fato para se aparecer em público já que tem a pretensão de ser candidato a Procurador Geral de Justiça, nas eleições internas do Ministério Público programadas para dezembro. “É bom lembrar que o José Antônio Borges a cada eleição aparece com uma dessa. E agora não é diferente. Parece um militante político dentro de um processo eleitoral querendo intervir, atrapalhar, criando narrativas aos adversários”, disse. Abilio ainda destacou que seu histórico na política sempre foi defender aqueles que necessitam de ações do poder público. “O amor que eu tenho aos pobres é de ir numa UPA de madrugada para cobrar atendimento após aguardar horas na fila. Aquelas pessoas que conversaram comigo consomem drogas no beco do candeeiro, só recebem uma marmita para comer e buscam outros meios para consumir drogas. Aquilo não é invenção minha. Não estou pedindo para ninguém ir embora de Cuiabá. A pessoa que deseja voltar para sua casa, reencontrar sua família e iniciar um tratamento vai ter acesso a sua passagem”, destacou. Histórico de militância Em fevereiro deste ano, o procurador de Justiça José Antônio Borges foi punido com censura pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por ter feito discurso político atacando o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). O CNMP classificou como grave a conduta do ex-procurador-geral de Justiça, julgando procedente o Processo Administrativo Disciplinar (PAD). Ao ser reconduzido ao cargo de chefe do MPE, em fevereiro de 2021, Borges afirmou que Bolsonaro, então presidente da República, era “insensível, desumano, inconsequente, terraplanista, que desprezou a ciência e jogou a população contra governadores e prefeitos”. Atribuiu exclusivamente a Bolsonaro à responsabilidade da morte dos brasileiros por Covid-19 na pandemia. Afirmou, também, que o ex-presidente teria um gabinete de ódio instalado dentro do Planalto para atacar instituições pilares do estado democrático de direito, como o Congresso Nacional, Poder Judiciário e o Ministério Público.

Botelho tem 37,4%; Abílio, 26,3%, e Lúdio, 20,1%, em Cuiabá, diz Futura

O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) lidera a disputa pela prefeitura de Cuiabá com 37,4% das intenções de voto, de acordo com pesquisa realizada pela Futura Inteligência, encomendada pela empresa 100% Cidades, divulgada nesta quinta-feira (26). O deputado federal Abílio Brunini (PL) aparece na segunda posição com 26,3%. O candidato do MDB, Domingos Kennedy, aparece com 5,1% de preferência do eleitorado, enquanto um total de 2,9% afirmaram que vão votar em branco ou nulo, e 8,1% ainda estão indecisos. Essa é a segunda rodada do instituto na capital matogrossense. Na primeira, divulgada em agosto, Brunini aparecia numericamente na frente com 31,8% das intenções de voto, seguido por Botelho, com 31,5% e Cabral, com 20%. Kennedy somava 2%. O levantamento está registrado no TSE como MT-05927/2024 e realizou 600 entrevistas entre os dias 19 e 23 de setembro. A abordagem utilizada foi a CATI (entrevista telefônica assistida por computador). A margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para um nível de confiança de 95%. Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos eleitores, Botelho também aparece na liderança com 32,5% das intenções de voto.  Abílio Brunini, também vem em segundo com 23,3%, seguido de Lúdio Cabral com 18,7% e Kennedy em terceiro com 3,8% Na modalidade branco e nulo somam 4,8%. Outros, 0,1% e indeciso somam 16,9%. Segundo turno em Cuiabá A Futura Inteligência também testou três cenários de segundo turno. Nos dois em que é mencionado, o candidato do Eduardo Botelho seria eleito com pelo menos 54% das intenções de voto. Confira os cenários abaixo: Cenário 1: Eduardo Botelho: 54,1% Abílio Brunini: 31,3% Ninguém/Branco/Nulo: 8,9% NS/NR/Indeciso: 5,6% Cenário 2: Lúdio Cabral: 44,1% Abílio Brunini: 41,9% Ninguém/Branco/Nulo: 8,9% NS/NR/Indeciso: 5,1% Cenário 3: Eduardo Botelho: 54,8% Lúdio Cabral 29,5% Ninguém/Branco/Nulo: 11,8% NS/NR/Indeciso: 3,8%

Assembleia suspende sessões por duas semanas; trabalhos retornam em outubro

A presidente em exercício da Assembleia Legislativa (ALMT), Janaina Riva (MDB), decidiu suspender as sessões plenárias por duas semanas.  Nesta quarta-feira já não haverá sessão. A resolução administrativa foi protocolada na tarde desta terça-feira (24) pelo gabinete de Janaina, no entanto, não há justificativa dos motivos, apenas que a medida foi deferida em conjunto com os demais deputados estaduais que compõem a mesa diretora. As deliberações serão retomadas na Casa de Leis a partir de 9 de outubro.  “A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, com fulcro no art. 32, I, “b” e II “m”, combinado com o parágrafo único do art. 78 da do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, RESOLVE: Art. 1º Suspender as sessões plenárias ordinárias entre o período de 25/09/2024 a 02/10/2024, sendo retomadas em 09/ 10/2024 as 10:00h”, diz trecho do documento.  Corre nos bastidores, que a decisão foi tomada em conjunto com os demais parlamentares, porque muitos estão em campanhas no interior do estado, e a aproximação das eleições exige-se mais  dedicação.  Quatro deputados estaduais estão ligados diretamente ao pleito municipal, sendo o presidente licenciado, Eduardo Botelho (União Brasil) e Lúdio Cabral (PT), que disputam à Prefeitura de Cuiabá. Além disso, Cláudio Ferreira (PL) e Thiago Silva (MDB)  disputam em Rondonópolis. Já o  deputado estadual Max Russi (PSB), presidente eleito da Mesa Diretora que toma posse em 2025, tem apoiado a campanha de  reeleição da esposa, Andreia Wagner (PSB), em Jaciara. Nesta quarta, seria promovida a segunda votação do projeto de lei que estabelece a Lei Orçamento Anual (LOA) 2025. A matéria foi objeto de discussão no plenário na sessão de semana passada, mas acabou  travada por pedido de vista do deputado Lúdio Cabral (PT). Conforme o secretário-chefe da Casa Civil, Fabio Garcia (UB), não há o que se debater no texto, já que repassou os pontos do texto-base com o parlamentares no Colégio de Líderes antes da votação. Porém, Fabio afirmou que Lúdio faltou na reunião e, por isso, acabou pedindo vista para estudar o PL. 

Luluca Ribeiro critica parecer da CGE e diz que cometeu “erro crasso”

O ex-secretário estadual de Agricultura Familiar, Luiz Artur de Oliveira Ribeiro, Luluca Ribeiro (MDB), se manifestou por meio de nota em relação a Operação Suzerano, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção, nesta terça-feira (24). Segundo Luluca, a Controladoria-Geral do Estado (CGE) de cometer um “erro crasso e tendencioso” no parecer que apontou ilegalidades na compra de equipamentos para a Pasta. Luluca Ribeiro e parte de sua equipe foram exonerados da pasta em 23 de julho. Na época, o governo informou que a troca tinha como objetivo fazer uma “correção de gestão” O ex-secretário foi dos alvos de busca e apreensão da operação. Além dele, outras nove pessoas incluindo  Além deles, Alessandro do Nascimento, dono da empresa Tubarão Esportes, e sua filha, Ana Caroline Ormond Sobreira Nascimento, também foram apontados na operação. Conforme o parecer da CGE, que embasou a investigação policial, apontou que as aquisições de kit agrícolas, feitas com recursos de emendas parlamentares, deveriam obedecer ao processo licitatório, o que não ocorreu. Em nota encaminhada à imprensa, o ex-secretário garante que as aquisições foram embasadas por uma legislação que permite a compra dos equipamentos pelo preço de mercado e que a CGE induziu o Ministério Público Estadual, o Judiciário de Mato Grosso e a Polícia Civil a erro. “Erro crasso e tendencioso no parecer da CGE – premissa equivocada ao tratar termo de fomento como processo licitatório: Nesse sentido, avalia que é inverídica a informação contida em parecer emitido pela Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso (CGE-MT), que foi encaminhado aos órgãos de controle e ao Poder Judiciário, afirmando que as aquisições feitas com recursos oriundos de emendas distribuídas nas secretarias de Estado obedecem a processo licitatório”, consta em trecho da nota. “Esse parecer induz o Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Civil a erro, ao afirmar a necessidade de licitação e, ainda, ao utilizar preços públicos ao invés de preços de mercado, induzindo à conclusão pela existência de superfaturamento na citada compra de kits”, completou. Ele explicou que, após o parlamentar escolher um projeto e instituição para destinar a emenda, é encaminhado “um ofício à Casa Civil indicando o instituto beneficiário, o objeto e o valor do projeto”.  “Para o processo ter continuidade, é necessária autorização expressa do Secretário Chefe da Casa Civil para prosseguimento e também para pagamento. Espanta o fato de que a referida Instrução Normativa SEFAZ/CGE nº 01/2016, que rege desde 2016 todas as normas das OC’s, foi estranhamente modificada por meio da INC 04/2024, no dia da minha exoneração (23/07/2024)”, disse. Veja nota na íntegra: “Diante das investigações da Operação Suzerano, deflagrada na manhã desta terça-feira (24), o ex-secretário de Estado de Agricultura Familiar de Mato Grosso (SEAF), Luiz Artur de Oliveira Ribeiro, conhecido como Luluca Ribeiro, esclarece que sua gestão à frente da pasta sempre foi pautada pelos princípios da administração pública, principalmente o da transparência. Erro crasso e tendencioso no parecer da CGE – premissa equivocada ao trata termo de Fomento como processo licitatório: Nesse sentido, avalia que é inverídica a informação contida em parecer emitido pela Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso (CGE-MT), que foi encaminhado aos órgãos de controle e ao Poder Judiciário, afirmando que as aquisições feitas com recursos oriundos de emendas distribuídas nas secretarias de Estado obedecem a processo licitatório. Esse parecer induz o Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Civil a erro, ao afirmar a necessidade de licitação e, ainda, ao utilizar preços públicos ao invés de preços de mercado, induzindo à conclusão pela existência de superfaturamento na citada compra de kits. Isso porque todas as emendas seguem a Instrução Normativa Conjunta nº 01/2016 SEPLAN/SEFAZ/CGE, que estabelece que “os termos de colaboração ou de fomento que envolvam recursos decorrentes de emendas parlamentares às leis orçamentárias anuais e acordos de cooperação serão celebrados sem chamamento público”, em especial o artigo 45, que trata da Cotação de Preços, e não por normas de licitação. Após o parlamentar escolher um projeto e instituição, encaminha um ofício à Casa Civil indicando o instituto beneficiário, o objeto e o valor do projeto. Para o processo ter continuidade, é necessária autorização expressa do Secretário Chefe da Casa Civil para prosseguimento e também para pagamento. Espanta o fato de que a referida Instrução Normativa SEFAZ/CGE nº 01/2016, que rege desde 2016 todas as normas das OC’s (Organizações Civis), foi estranhamente modificada por meio da INC 04/2024, no dia da minha exoneração (23/07/2024). Por fim, Luiz Artur de Oliveira Ribeiro sempre se colocou à disposição dos órgãos de controle e do Poder Judiciário para esclarecer quaisquer informações pertinentes à sua gestão à frente da SEAF, e espera que as investigações da Polícia Civil elucidem os fatos e restabeleçam a verdade. Luiz Artur de Oliveira Ribeiro   Cuiabá-MT, 24 de setembro de 2024.”

Ex-secretário e outros nove são alvos de operação que investiga suposto esquema na Seaf; veja nomes

Dez pessoas foram alvos de busca e apreensão na Operação Suzerano, deflagrada pela Deccor (Delegacia Especializada de Combate à Corrupção) nesta terça-feira (24). A operação investiga um esquema na liberação de emendas parlamentares na Seaf (Secretaria de Agricultura Familiar). Um dos alvos é o ex-secretário da pasta Luiz Artur de Oliveira Ribeiro, o Luluca Ribeiro (MDB), que foi exonerado do cargo pelo govenador Mauro Mendes (UB), em julho desde ano.  Conforme a investigação veio à tona após uma denúncia encaminhada para uma auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE), que identificou que kits agrícolas foram comprados por uma emenda no valor de R$ 40 milhões. As investigações apontam que nos últimos anos, houve um aumento significativo na aquisição de materiais por meio de institutos e entidades. Um exemplo é o Instituto de Natureza e Turismo (Pronatur), que já recebeu mais de R$ 38 milhões do governo apenas em 2024. Da mesma forma, a Associação Mato-grossense do Desporto Agropecuário, Educativo, Cultural e Turismo (AMAD) foi contemplada com R$ 5,965 milhões para a compra de materiais semelhantes. Além disso, a Associação Social Educacional Cultural Desportiva e Comunitária Cinco Sentidos mantém contratos com o governo e já recebeu R$ 8,339 milhões neste ano. Essas entidades têm acordos com a Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf), com as pastas de Esporte e Cultura, além da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Luluca foi alvo de busca e apreensão. Além deles, Alessandro do Nascimento, dono da empresa Tubarão Esportes, e sua filha, Ana Caroline Ormond Sobreira Nascimento, também foram apontados na operação. Além de Lulca, outros dois alvos das investigações é o empresário Alessandro do Nascimento, dono da loja de confecção de uniformes esportivos Tubarão Sports, e a sua filha, Ana Caroline Ormond, que também tiveram suas residências alvos de busca e apreensão.  Veja os nomes alvos operação; Alessandro do Nascimento, dono da Tubarão Sports Ana Caroline Ormond Sobreira Nascimento, filha de Alessandro Luiz Artur de Oliveira Ribeiro, o Luluca Leonardo da Silva Ribeiro Rita de Cássia Pereira do Nascimento Wilker Weslley Arruda Silva Yhuri Rayan Arruda de Almeida Matheus Caique Couto dos Santos Diego Ribeiro dos Santos Um alvo ainda não teve identificação revelada

MPF denuncia 16 pessoas por organização criminosa, lavagem de dinheiro e uso de documento falso

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia, no âmbito da Operação Sordidum, contra 16 investigados por organização criminosa (orcrim), lavagem de dinheiro e uso de documento falso. Atuando há quase uma década, o grupo estruturou-se em um esquema criminoso para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas, de operações ilegais de câmbio e de outros delitos. A quadrilha atuava em diversos estados brasileiros, especialmente no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Bahia e Paraná, e mantinha contato com uma organização criminosa envolvendo doleiros do Paraguai e com traficantes de países da América Central, como Guatemala e Honduras.  Durante as investigações, a Polícia Federal (PF) encontrou com um dos líderes da orcrim uma tabela com os valores da estrutura de logística utilizada para o transporte internacional de drogas, como a aquisição de aeronaves em nome de “laranjas”, contratação de pilotos, aluguel de pistas de pouso etc. Para se ter uma ideia da movimentação de recursos ilícitos, em uma única “operação”, envolvendo a logística do transporte de cocaína, foram gastos quase R$ 10 milhões. Os demais denunciados pelo MPF são familiares, “laranjas”, doleiros, “funcionários” e pilotos de avião.  Utilizando documento falso, tal líder do grupo abriu empresas, movimentou valores e registrou bens para ocultar a verdadeira origem do dinheiro. Análise dos dados bancários utilizados por ele mostraram uma movimentação de R$ 50 milhões entre os anos de 2015 e 2020. O denunciado chegou ao ponto de providenciar o próprio divórcio para se casar novamente, com a mesma mulher, utilizando o nome falso. Em outro momento, ele ainda compareceu perante a própria Polícia Federal para obter passaporte com a documentação falsa.  Havia ainda um outro grupo de pessoas, chefiado por um segundo líder, o qual também obteve documentos falsos. Ele atuava de forma semelhante ao comparsa, mas nem sempre a dupla operava em conjunto. No entanto, ambos possuíam uma característica comum: a periculosidade. Ao longo da investigação foram encontradas várias conversas em que os denunciados tratavam da compra de armas, possível morte de desafetos, corrupção de agentes públicos, tortura e outros. Esquema – As investigações apontaram que era comum, entre eles, a compra e venda de imóveis e empréstimos de dinheiro quando o doleiro usado por ambos não tinha disponibilidade financeira. Também utilizando-se de nome falso, lavavam dinheiro do tráfico transnacional de drogas e contavam, para isso, com o apoio de familiares. De acordo com a denúncia, um dos líderes da organização criminosa é detentor de patrimônio considerável no Brasil e no Paraguai decorrente do tráfico de drogas.  Para a inserção de recursos criminosos em atividades lícitas, permitindo a lavagem de capitais, o grupo utilizava empresas de fachada. A Operação Sordidum apontou como sendo as principais empresas duas imobiliárias e uma loja de materiais de construção, cuja movimentação financeira, entre 2015 e 2020, foi de aproximadamente R$ 20 milhões. Os denunciados passaram a adquirir grandes fazendas em municípios como Luciara/MT e São Felix do Xingu/PA. Mas não somente empresas de fachada faziam esse papel, já que as investigações apontaram que doleiros paraguaios também eram utilizados para a introdução dos recursos ilícitos na economia nacional. Uma quarta empresa, dedicada à compra e venda de veículos e situada em Maringá (PR), também era empregada para o branqueamento de dinheiro, com o diferencial de que o estabelecimento realmente realizava a compra e venda de veículos lícitos de modo paralelo aos veículos ilícitos, mesclando os valores e dificultando seu rastreamento.  Um fato curioso revelado na denúncia é que as aeronaves adquiridas por um dos denunciados eram utilizadas para transportar drogas uma única vez e não mais retornavam do país de destino. Apenas um traslado gerava receita suficiente para desfazer-se do avião, que era destruído para dificultar qualquer tipo de rastreio. Em razão disso, os pilotos do bando voltavam ao Brasil em voos comerciais. A aeronave mais empregada para o transporte consistia no modelo King Air. Entretanto, nos anos em que ocorreram as investigações, o grupo sofreu algumas perdas. Em julho de 2021, no interior de São Paulo, foram apreendidos 313 kg de cocaína ocultada no teto falso de um caminhão. O transporte da droga foi atribuído a um dos denunciados que prestava o serviço de logística a um outro traficante, preso na Operação Downfall, deflagrada em maio de 2023, e que prendeu 28 pessoas por tráfico internacional de drogas. De acordo com o MPF, a Operação Sordidum faz conexão com outras operações análogas, como a Prime e a mencionada Downfall, que investigam outras organizações criminosas cujos integrantes, em dado momento, operaram juntos em suas empreitadas criminosas ou fizeram “negócios” entre si. Dessa forma, a atuação de integrantes de uma, especialmente de seus líderes, levaram à investigação de outra. No mês passado, o MPF denunciou 14 pessoas no âmbito da Operação Prime. Além das penas previstas em lei para os crimes citados na denúncia, o MPF requer que eles sejam condenados ao pagamento de indenização milionária, especialmente os líderes da orcrim, por fazerem recursos criminosos circularem na economia, fragilizando o sistema financeiro. Indo além, requer-se o perdimento de todos os bens móveis e imóveis levantados na operação.

Flávia Moretti fala em projeto de mudança para VG e critica gestão de Kalil Baracat

A candidata a prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), aposta na sede da mudança almejada pela população para obter a vitória nas urnas no dia 6 de outubro. Em conversa com o Cuiabá Notícias, Moretti, destacou a necessidade urgente de um prefeito mais proativo e competente, especialmente para enfrentar problemas crônicos como a falta de água na cidade e saúde pública.  Um dos principais problemas em Várzea Grande é a falta de água. Segundo Moretti, a crise hídrica na cidade não é uma questão de falta de recursos, mas sim de vontade de fazer política, alfinetando a gestão do atual prefeito e adversário nas urnas Kalil Baracat (MDB) por não ter viabilizado de forma definitiva, a falta de água na cidade. “Não podemos admitir que milhares de várzea-grandenses continuem a viver sem água em suas casas. O que falta é um prefeito com autonomia e vontade de buscar soluções. Várzea Grande precisa de um projeto de mudança e é essa minha proposta”, afirma Moretti.  Como proposta para resolução do problema da falta de água na cidade, a candidata diz que sua intenção é conceder o Departamento de Água e Esgoto (DAE) a uma empresa privada. Moretti argumenta que a atual administração do DAE não tem conseguido atender às necessidades da população de forma eficiente. Para ela, o DAE demonstrou não ter a capacidade de realizar um bom trabalho. Ela aponta que a concessão dos serviços seria a melhor solução para melhorar a qualidade e a eficiência no fornecimento de água. A candidata destacou que a concessão não deve ser confundida com privatização.  A privatização envolve a venda total do órgão, a concessão permite que uma empresa privada assuma a gestão dos serviços por um período determinado, com metas e requisitos específicos a serem cumpridos. “A concessão é uma forma de garantir que uma empresa possa entregar serviços de qualidade, sem transferir a propriedade do órgão público. Pretendemos juntos  aos servidores públicos, o legislativo municipal e a sociedade organizada, fazer um diagnóstico geral do DAE para verificar a extensão e as causas do caos. Uma das nossas prioridades na prefeitura será levar água de qualidade para as pessoas, universalizando o abastecimento de água e esgoto. É possível acabar de vez com esse problema da água. O que falta é vontade, coragem e planejamento. O atual prefeito de Várzea Grande, que é o gerente, não resolve por falta de vontade, autonomia e competência”, ressaltou Moretti. Para a área da saúde, a candidata propõe a construção de um hospital municipal e uma maternidade pública. Ela aponta que as Unidade de Pronto Atendimento (UPAS) e o Pronto Socorro da cidade priorizam os atendimentos de emergências e atendem  toda a população de Mato Grosso. Segundo a candidata, o Hospital Municipal conseguiria realizar atendimentos não emergenciais e desafogar até mesmo as unidades de saúde na Capital. “Na saúde pública nós temos um problema, fazer com que tenha o atendimento de saúde, e Várzea Grande não tem. Eu quero trazer um Hospital Municipal e uma maternidade.  Kalil Baracat prometeu uma maternidade em sua campanha há quatro anos atrás, mas até agora não saiu do papel, e a Rede Cegonha que está lá não funciona”, destaca Moretti.  “Eu quero trazer um Hospital com a Maternidade, assim a população várzea-grandense vai deixar de atravessar a ponte para ir se cuidar em Cuiabá.  Minha prioridade é humanização da saúde, o atendimento pela prevenção, ter mais remédio, essa é sem dúvida uma questão de vida. Além da água é uma questão que eu preciso dá um olhar especial”, acrescenta. O transporte público também é um dos principais projetos abordados por Flávia. Ela garante que se for preciso irá abrir licitação para outra empresa atuar no município.   “O transporte coletivo a gente tem que  melhorar. Trabalhar com  a queda no monopólio se for necessário, realizando contrato, e eu sei fazer isso, sou advogada vou saber mexer onde precisa”, explica.   Segundo ela, em visita ao Terminal André Maggi, região central da cidade, ela pode ver a precariedade dos veículos e o tempo que os usuários esperam por ônibus, seja para se deslocar para Cuiabá ou dentro do próprio município.  “A pessoa leva 4h em um dia, é 2h para ir para Cuiabá e 2h para voltar, se não tiver ônibus quebrado, fora o tempo que fica no ponto ou no terminal André Maggi esperando. Essa demora chega a ser de até 2h30. Isso tem que mudar de uma forma ou de outra”, completa.    Na educação, Flávia garantiu aumentar o número de creches. Ela aponta que hoje há oito unidades de ensino em obras há mais de 6 anos.  Entre projetos voltados para assistência social, está a elaboração de capacitação profissionalizante para mulheres  “Nós queremos aumentar o número de creches, mas além disso, capacitar aquelas mães com cursos profissionalizantes reais com qualidade, não qualidade do curso em si, mas com uma profissão para elas possam ter uma renda própria”, pontua.  A candidata também falou sobre um conjunto de medidas para estimular o crescimento econômico de Várzea Grande, incluindo a atração de novas empresas, a promoção da industrialização e o investimento na capacitação da mão de obra local. “A vocação econômica de Várzea Grande precisa ser mais bem aproveitada pelo poder público. Temos um projeto para fomentar as diversas vocações do município e retomar o crescimento. Lembrando que, para desenvolver Várzea Grande, precisamos resolver definitivamente o problema da água. Já definimos em nosso plano de governo várias ações para solucionar os problemas do nosso município e retomar o desenvolvimento, que vai gerar emprego e renda para população”, frisou a candidata. Para finalizar, Moretti também questionou o papel do senador Jayme Campos, que ajudou a eleger Kalil para ser o seu ‘gerente’ na prefeitura. “O Jayme já foi governador, prefeito de Várzea Grande e está em seu segundo mandato de senador, e ainda não conseguiu ajudar o nosso município. Pelo contrário, será que 50 anos exercendo mandatos não foram suficientes para resolver o problema da falta de água e impedir o empobrecimento de Várzea

PF faz buscas em gabinete de vereador na Câmara; oposição cobra Comissão de Ética

Agentes da Polícia Federal (PF), realizaram busca e apreensão no gabinete do vereador de Cuiabá Paulo Henrique (MDB), durante a segunda fase da Operação Ragnatela, denominada ‘Pubblicare’ deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO-MT), nesta sexta-feira (20). Também foi entregue à presidência da Câmara o comunicado de prisão do parlamentar, que também concorre no pleito deste ano, buscando à reeleição. Paulo Henrique já havia sido alvo da primeira fase por suspeita de receber vantagens para conseguir liberação e licenças em casas de show em eventos promovido por uma facção criminosa.   Segundo as investigações da PF, Paulo Henrique, é ligado aos ex-servidores Rodrigo Leal, o empresário e dono do Dallas Bar Wilian Aparecido da Costa Pereira; e o promotor de eventos Elzyo Jardel Xavier Pires.  As investigações apontam que o vereador e Elzyo agiam com influência em liberação de licenças junto a Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil de Cuiabá (Sorp).   A FICCO identificou que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos, responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária.   Comissão de Ética    O vice-líder do governo e membro da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, Renivaldo Nascimento (PSDB), afirmou que o processo de cassação contra o vereador Paulo Henrique (MDB), será reanalisado após a prisão preventiva pela Polícia Federal nesta sexta-feira. “Paulo Henrique é vereador, questão de base é ele com o prefeito. Houve uma operação policial, ele foi reconduzido e preso. Ele vai ter que explicar suas atitudes e ações fora dessa Casa, não como vereador, como homem e cidadão. Ele tem que prestar explicações não só a essa Casa, mas à população. Após a análise do inquérito e ordem de prisão, essa Casa vai tomar as providências necessárias que o caso requer”, falou Renivaldo Nascimento. De acordo com Renivaldo, o processo não estava parado na Comissão de Ética, mas sim seguindo o rito. Segundo ele,  os parlamentares aguardavam “fatos novos” comprovando a prática de crimes. “O processo nessa Casa nunca ficou parado na Comissão de Ética, só temos que ter responsabilidade por lidamos com a vida de pessoas. Algumas pessoas dessa Casa querem sangue, a Comissão de Ética vai reanalisar o processo pois estava aguardando a investigação”, disse Renivaldo. “Estavam aguardando pois não havia nada que o ligava a fatos delituosos, existiam indícios. Agora com essa prisão, deve ter algum fato novo e essa Casa tem por obrigação de tomar as providências necessárias”, completou o vice-líder. Os vereadores da oposição também se manifestaram e cobraram a Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, o encaminhamento ao pedido de Comissão Processante contra Paulo Henrique.  “Nos reunimos hoje na Câmara de Vereadores para manifestar o nosso descontentamento com a atuação da Comissão de Ética e a nossa discordância, do procedimento adotado, a nossa cobrança e a nossa parte foi feita desde o princípio”, declarou a parlamentar Maysa Leão.   Estavam presentes os parlamentares Maysa Leão (Republicanos), Sargento Joelson (PSB), Michely Alencar (União Brasil), Demilson Nogueira (PP), Dilemário Alencar (União-Brasil), Dr. Luiz Fernando (União Brasil) e Rogério Varanda (PSDB).

Supremo suspende lei de MT que fixa penas para invasor de propriedade privada

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu lei de Mato Grosso que prevê sanções a invasores de propriedades privadas urbanas e rurais no estado. As penas incluem restrição a benefícios sociais, veto à posse em cargo público e impossibilidade de contratar com o poder público estadual. A liminar (decisão provisória e urgente) foi concedida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7715, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a Lei estadual 12.430/2024. Na decisão, o ministro Flávio Dino verificou que a lei mato-grossense amplia sanções para delitos previstos no Código Penal (violação de domicílio e esbulho possessório). Essa situação, a seu ver, configura invasão da competência da União, responsável por legislar sobre direito penal. Além disso, o relator ressaltou o risco de dano irreparável caso a medida continuasse em vigor, uma vez que atingiria pessoas que podem depender de auxílios e benefícios sociais. A liminar será submetida a referendo do Plenário na sessão virtual marcada para o período de 4 a 11 de outubro.