Delegado alvo de operação exigia pagamento de ‘diárias’ de presos na delegacia
As investigações da Polícia Civil apontam que o delegado Geordan Fontenelle, de Peixoto de Azevedo (a 673 km de Cuiabá), e um investigador da corporação, solicitavam o pagamento de vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos, além de exigirem pagamento de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e, ainda, pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial. Ainda segundo as investigações a dupla, atuava como advogados e garimpeiros da região, além de fazerem parte de suposta organização criminosa montada no município. A fim de desmantelar a organização, a Polícia Civil deflagrou, nesta quarta-feira (17), a Operação Diaphthora, para cumprimento de 12 ordens judiciais. São cumpridos dois mandados de prisão preventiva, sete de busca e apreensão e três medidas cautelares. Os servidores são investigados pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa, e advocacia administrativa. Após denúncias recebidas no Núcleo de Inteligência da Corregedoria Geral, a Polícia Civil passou a investigar o caso e constatou o envolvimento de policiais civis, advogado e garimpeiros da região de Peixoto de Azevedo em situações como a solicitação de vantagens indevidas, advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada pela autoridade policial, caracterizando a formação e uma associação criminosa no município. Com o aprofundamento das investigações foram identificados os servidores envolvidos no esquema criminoso sendo o mentor e articulador, o titular da Delegacia de Peixoto de Azevedo e um investigador da unidade, aliados a advogado e garimpeiros do município. Entre os crimes praticados pela associação criminosa foi demonstrado no inquérito que o delegado e o investigador solicitavam o pagamento de vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos; exigiam pagamento de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e, ainda, pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial. Todos os esquemas e acertos levam à conclusão de que existia um verdadeiro “gabinete do crime”. A operação O nome da operação é uma referência grega ao termo corrupção, cujo significado está atrelado à ideia de um organismo vivo que entra no corpo humano causando destruição dos órgãos pela ação nefasta dele. Traduzindo para as investigações, são as consequências que a corrupção tem quando praticada por servidores públicos e seus efeitos desastrosos no órgão público, ferindo a integridade pública e princípios institucionais da Polícia Judiciária Civil. A Corregedoria-Geral ressalta o apoio recebido da Diretoria Geral da Polícia Civil, da Diretoria de Atividades Especiais, por meio da Delegacia Fazendária, Gerência de Combate ao Crime Organizado e Gerência de Operações Especiais; Diretoria do Interior, Diretoria de Inteligência, Poder Judiciário e Ministério Público da Comarca de Peixoto de Azevedo. (Com informações da Assessoria)
Operação cumpre 12 mandados contra investigados por corrupção passiva e advocacia administrativa em Peixoto de Azevedo
A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta quarta-feira (17), a Operação Diaphthora, para cumprimento de 12 ordens judiciais decretadas em investigações que apuraram um esquema criminoso praticado por um delegado e um investigador de polícia no município de Peixoto de Azevedo. São cumpridos dois mandados de prisão preventiva, sete de busca e apreensão e três medidas cautelares. Os servidores são investigados pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa, e advocacia administrativa. As investigações iniciaram após denúncias recebidas no Núcleo de Inteligência da Corregedoria Geral, que apontavam o envolvimento de policiais civis, advogado e garimpeiros da região de Peixoto de Azevedo em situações como a solicitação de vantagens indevidas, advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada pela autoridade policial, caracterizando a formação e uma associação criminosa no município. Com o aprofundamento das investigações foram identificados os servidores envolvidos no esquema criminoso sendo o mentor e articulador, o titular da Delegacia de Peixoto de Azevedo e um investigador da unidade, aliados a advogado e garimpeiros do município. Entre os crimes praticados pela associação criminosa foi demonstrado no inquérito que o delegado e o investigador solicitavam o pagamento de vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos; exigiam pagamento de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e, ainda, pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial. Todos os esquemas e acertos levam à conclusão de que existia um verdadeiro “gabinete do crime”. Com a operação, a Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Corregedoria-Geral, demonstra o caráter republicano em garantir a integridade pública da instituição, investigando e responsabilizando seus integrantes, bem como verticalizando as investigações para desarticular a associação criminosa que agia, de forma oculta, na estrutura estatal, trazendo descrédito às ações da Polícia Civil no município. Diaphthora O nome da operação é uma referência grega ao termo corrupção, cujo significado está atrelado à ideia de um organismo vivo que entra no corpo humano causando destruição dos órgãos pela ação nefasta dele. Traduzindo para as investigações, são as consequências que a corrupção tem quando praticada por servidores públicos e seus efeitos desastrosos no órgão público, ferindo a integridade pública e princípios institucionais da Polícia Judiciária Civil. A Corregedoria-Geral ressalta o apoio recebido da Diretoria Geral da Polícia Civil, da Diretoria de Atividades Especiais, por meio da Delegacia Fazendária, Gerência de Combate ao Crime Organizado e Gerência de Operações Especiais; Diretoria do Interior, Diretoria de Inteligência, Poder Judiciário e Ministério Público da Comarca de Peixoto de Azevedo.
MPF arquiva denúncia de prefeito contra intervenção de MT
Por unanimidade, a 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF) arquivou a denúncia feita pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) contra o Gabinete de Intervenção do Estado. Ele acusou suposto rombo de R$ 183 milhões na Saúde de Cuiabá durante a gestão estadual, no ano passado. De acordo com o relator do caso, procurador da República Eitel Santiago de Brito Pereira, as diligências realizadas para analisar os pagamentos feitos pela intervenção tinham amparo legal e visavam garantir a continuidade dos serviços públicos de saúde à população. Tais pagamentos foram fiscalizados pelos órgãos competentes, como o Tribunal de Justiça (TJMT), Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Assembleia Legislativa (ALMT). “Não comprovação de ato de improbidade administrativa ou de materialidade delitiva. Não constatação de elementos indicativos da ocorrência de malversação de recursos públicos federais (…) Em sessão realizada nesta data, o colegiado, à unanimidade, deliberou pela homologação do arquivamento, nos termos do voto do relator”, diz trecho da ata publicada nesta terça-feira (16). Este já é o terceiro arquivamento feito em relação à denúncia apresentada pela prefeitura da capital contra a intervenção. Em setembro do ano passado, Emanuel Pinheiro encaminhou a todos os órgãos a denúncia, afirmando que na Secretaria Municipal de Saúde e na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), as irregularidades somaram R$ 46.602.096,75. Também constava na denúncia o possível pagamento de R$ 126 milhões de maneira indenizatória aos fornecedores, ou seja, feitos sem prévia realização de licitação ou outro procedimento de contratação direta, bem como sem cobertura contratual, no período de intervenção. O prefeito também afirmou que sua equipe detectou sobrepreço em 14 itens comprados pela intervenção, que ultrapassa meio milhão de reais. A intervenção gerenciou a Saúde de março até o dia 31 de dezembro de 2023. Depois, a gestão da Saúde retornou para a prefeitura, que precisa cumprir um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
Assassinos tinham ‘prazer e compulsão’ por matar; planejavam executar um motorista por dia, diz delegado
O delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que o trio localizado por suposto envolvimento na morte de três motoristas de aplicativo em Várzea Grande tinha o ‘prazer e compulsão’ por matar’. Ainda segundo a autoridade policial, eles pretendiam fazer uma vítima por dia. Os corpos de duas das vítimas foram encontrados na noite de segunda-feira (15). O suspeito maior de idade identificado como, Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, prestou depoimento na manhã desta terça-feira (16), na DHPP. Ele deverá passar por audiência de custódia ainda nesta terça- feira. Além deles, dois adolescentes, de 15 e 17 anos, foram apreendidos ao confessarem as execuções. Os policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foram informados sobre o desaparecimento de Elizeu Rosa Coelho, no dia 11 de abril. Já no final de semana, a DHPP foi informada sobre o desaparecimento de outros dois motoristas de aplicativo, sendo Márcio Rogério Carneiro e Nilson Nogueira, de 42 anos. Durante o início das investigações, foi constatado que as vítimas desapareceram após aceitarem algumas corridas. Com a ajuda de imagens de câmera de segurança, os policiais conseguiram encontrar os três carros usados pelas vítimas. Todos foram localizados em Várzea Grande. Três suspeitos, sendo dois menores de idade, foram encontrados no bairro Cristo Rei. Eles confessaram ter assassinado os três motoristas e apontaram a localização dos corpos. Ainda conforme a autoridade policial, os suspeitos teriam entrado em “compulsão” após conseguirem efetivar o primeiro assassinato. Ainda segundo o delegado, o trio envolvido nos crimes, não tinha critérios para escolher a próxima vítima. Eles utilizavam o celular de um parente para atrair os trabalhadores e quem aceitasse a corrida era o escolhido para morrer. Nilson explicou que duas vítimas foram esfaqueadas até a morte e outra foi executada a pauladas. Inclusive, a vontade de matar era tanta que a faca utilizada em um dos homicídios quebrou, mas os criminosos pegaram um canivete para concluir a matança. “Era só chamar. Eles pegavam um telefone de algum parente e de forma aleatória acionaram um Uber e o que aceitasse era o escolhido para morrer. A última vítima morreu a pauladas e os outros dois morreram a facadas. Em um dos homicídios, a faca quebrou e, quando quebrou , usaram um canivete. Uma coisa bem apavorante que eu não consegui dormir até agora. É muito triste o que aconteceu. Estamos falando de uma barbárie sem precedentes”, declarou Nilson. O delegado explicou que foi a partir da morte de Elizeu Coelho, de 58 anos, o primeiro motorista de aplicativo a desaparecer, que os suspeitos começaram a desenvolver uma espécie de compulsão por matar. A princípio, o adolescente de 17 começou a praticar os assassinatos porque queria demonstrar que o crime também vencia, em caráter de vingança. Isso porque, o irmão dele foi assassinado durante um roubo. Ocasião que o menor também foi baleado no tórax e perdeu um rim. “O maior [de 20 anos] acabou entrando na situação pelo roubo, porém, na hora que ele matou junto com o menor [de 17], ele falou que sentiu prazer e que gostou da ideia. Inclusive, foi ele que falou pra gente que se não prendesse, eles não iriam parar. Iam continuar chamando motoristas de aplicativo, matando e ficando com o carro. Eles desenvolveram essa compulsão a partir do Elizeu e resolveram não parar mais [de matar]. Eles queriam pegar o veículo, os valores, mas também ter o prazer de tirar a vida”, narrou Farias. Ainda segundo o delegado, o número de motoristas mortos era para ser ainda maior, uma vez que eles chegaram a abordar um trabalhador, mas ele foi poupado por ser evangélico. “O primeiro motorista, eles libertaram porque o menor de 15 anos pediu para não matar. Nessa primeira ação eles não mataram. O motorista era evangélico, mostrou a foto da família e eles não mataram”, disse Farias. O caso Os motoristas Márcio Rogério Carneiro, 34 anos, Elizeu Rosa Coelho, 58 anos, e Nilson Nogueira, de 42, desapareceram na última semana em Cuiabá. Os três saíram para trabalhar e não retornaram. Os veículos de Elizeu e Márcio foram encontrados abandonados, mas nem sinal dos homens. Na noite de segunda-feira (15), os corpos de Elizeu e Márcio foram localizados no bairro Jardim Petrópolis, na região do Chapéu do Sol, e em um lixão próximo do Capão do Pequi, ambos em Várzea Grande. No entanto, Nilson ainda não foi encontrado. A Polícia Civil realiza diligências para encontrar o corpo da terceira vítima.
Mulher é assassinada a facadas pelo companheiro; veja vídeo
Uma mulher identificada como Lediane Ferro da Silva, de 43 anos, foi assassinada a facadas pelo companheiro Wendel Santos, de 37 anos, na tarde desta segunda-feira (15), em Peixoto de Azevedo (a 673 km de Cuiabá). Depois de cometer o crime, o homem fugiu e ainda não foi localizado. As informações preliminares aponta que ele teria matado a vítima por não aceitar o fim do relacionamento. O crime foi gravado por uma câmera de monitoramento. Nas imagens, é possível ver a vítima na cozinha. Em seguida, o suspeito se aproxima e a ataca com golpes de faca. Ele também chuta Lediane, que já está caída no chão. O crime foi cometido na frente de uma adolescente, que sai correndo ao se dar conta da situação. Um outro menor, que também estava na residência, mas não presenciou o assassinato, saiu da casa ao ver a mulher morta no chão. Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada às 12h55 para atender um caso de feminicídio. No local, os militares encontraram o corpo de Lediane. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foi acionado e constatou a morte. Quando os agentes chegaram, Wendel já não estava mais na residência. Ele fugiu em uma motocicleta Honda Bros vermelha. À polícia, as testemunhas narraram que viram o suspeito golpeando a companheira. Após matar Lediane, ele foi em direção aos adolescentes com a faca em mãos e eles saíram correndo. A Polícia Militar fez buscas pelo suspeito, mas não o encontrou. A área foi isolada para os trabalhos da Perícia Oficial e Identificação Técnica. O feminicídio já está sendo apurado pela Polícia Civil.
PF apreende fotos e vídeos de crianças com acusado de abuso sexual infantil em Cuiabá
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (12) a “Operação Aurora” para investigar suspeitas de casos de abuso sexual infantil, armazenamento e a distribuição de imagens e vídeos contendo exploração sexual envolvendo crianças e adolescentes em Cuiabá. Os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão expedido do Núcleo de Inquéritos Políciais do Tribunal de Justiça (TJMT) na residência de um suspeito de 37 anos. Os agentes foram localizados na casa do acusado aproximadamente 75 arquivos, entre imagens e vídeos, de abuso sexual infantil. Os policiais também apreenderam celulares e outros objetos que serão encaminhados para perícia. O homem de 37 anos pode responder pelo crime de armazenamento e produção de imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes, previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). OPERAÇÃO O nome da “Operação Aurora” deriva de termo em latim e sugere o amanhecer de uma nova era para as vítimas de pornografia infantil, simbolizando esperança e renovação. Aurora é uma claridade visível no céu antes do nascer do Sol e que indica o começo do dia. No sentido figurado, Aurora significa infância, juventude, princípio da vida.
Operação Gólgota cumpre 17 mandados de busca contra facção criminosa em Poxoréu
Dezessete mandados de busca e apreensão expedidos contra integrantes de facção criminosa instalada em Poxoréu (251 km ao sul de Cuiabá), foram cumpridos pela Polícia Civil, na Operação “Gólgota”, deflagrada nesta quinta-feira (11). A ação resultou na apreensão de uma arma de fogo, grande quantidade de maconha, pasta base e cocaína, munições de diferentes calibres, motocicleta, dinheiro, balança de precisão, rádio comunicadores, celulares e outros objetos. Seis pessoas foram presas e autuadas em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção de menores, porte ilegal de arma de fogo e munições. As investigações conduzidas pela Delegacia de Poxoréu visando desarticular uma organização criminosa e identificar indivíduos faccionados, iniciaram há cerca de seis meses. Durante diligências e averiguações, os policiais civis conseguiram colher indícios que originaram os pedidos de busca e apreensão, deferidos pelo Poder Judiciário. Diante as ordens judicias, com apoio das equipes de outras delegacias da região e dos cães farejadores do canil da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram cumpridos os 17 mandados de buscas em diferentes bairros. Conforme o delegado de Poxoréu, Rafael Fossari, os presos são investigados por cometerem diversos crimes na cidade. “A Polícia Civil vem intensificando os trabalhos investigativos de combate as facções criminosas no município”, destacou Rafael. Após as confecções dos autos, os presos foram apresentados e colocados à disposição da Justiça.
Mãe presa suspeita de maus-tratos após maquiar bebê para esconde hematomas é solta em Mato Grosso
A jovem R. V. S., de 19 anos, acusada de agredir a filha, uma bebê de um ano, passou por audiência de custódia nesta terça-feira (9) e foi posta em liberdade pela Justiça, em decisão proferida pelo juiz da Vara Única de Vera (462 km de Cuiabá), Victor Lima Pinto Coelho. No entanto, ela precisará cumprir seis medidas cautelares. Segundo a ordem judicial, a jovem precisará comprovar residência fixa e labor lícito em um prazo de 30 dias; deverá comparecer mensalmente em juízo e manter endereço atualizado no processo. Além disso, ela não poderá deixar o município de Vera sem autorização judicial, bem como comparecer a todos os atos processuais necessários. Por fim, a mulher está proibida de se envolver em qualquer tipo de crime ou contravenção penal. Caso as cautelares sejam descumpridas, a jovem poderá ir para a prisão. RELEMBRE O CASO A jovem foi presa na noite de segunda-feira (8), acusada de agredir sua filha, uma bebê de apenas um ano, em Vera (462 km de Cuiabá). A suspeita tentou cobrir as lesões com maquiagem. Um menino de três anos também estava na casa e apresentava sintomas de sarna. Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar recebeu uma denúncia anônima de que uma criança de um ano estava sofrendo maus-tratos e em situação de abandono pela mãe. Quando a equipe chegou ao local, viu a mulher na área externa da casa fazendo sexo com um homem identificado apenas como ‘Ítalo’, isso na frente de outro filho dela, o menino de três anos. O casal parou o ato sexual depois que percebeu a presença dos policiais. Indagada sobre a bebê de um ano, a mulher contou que a menina estava no quarto. Ainda segundo o documento policial, a casa estava imunda e completamente inóspita. O quarto também estava sujo, com roupas e fraldas usadas espalhadas pelo chão. A bebê estava em uma cama sem lençol. A criança estava com hematomas no rosto e em uma das pernas. Tanto a bebê quanto o menino de três anos estavam com fome. A menina estava com a fralda cheia de fezes e aparentava não ter sido trocada há horas. O menino apresentava sintomas de sarna e também estava sem tomar banho. Questionada pelos militares, a mãe confessou as agressões e disse que passou maquiagem na menor para tentar disfarçar as lesões. Diante da situação, uma policial feminina fez a higiene da menina e a encaminhou a uma unidade de saúde do município para que recebesse atendimento médico. O Conselho Tutelar foi acionado para tomar providências necessárias. O menino foi entregue aos cuidados do Conselho Tutelar. Segundo informações, o pai das crianças estaria preso por violência doméstica. A mãe das crianças e ‘Ítalo’ foram encaminhados à Delegacia da Polícia Civil para registro de ocorrência e demais providências cabíveis.
Mulher é presa em VG ao tentar sacar R$ 7,5 mil de golpe contra vítima de MS
Uma jovem que tentava sacar dinheiro, proveniente de golpe de estelionato, em uma agência bancária em Várzea Grande foi presa em flagrante pela Polícia Civil, na segunda-feira (08.04), por policiais da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI). A suspeita de 18 anos confessou que emprestava a sua conta bancária para a prática de golpes e foi autuada em flagrante pelos crimes de estelionato e associação criminosa. A vítima é do estado de Mato Grosso do Sul. As diligências iniciaram após a agência bancária acionar a equipe da DRCI relatando que uma mulher tentava sacar o valor de R$ 7,5 mil, oriundo de uma transferência realizada por uma vítima de estelionato da cidade de Ponta Porã (MS). Com base nas informações passadas, os policiais da DRCI foram até agência bancária, onde constataram a veracidade da denúncia e prenderam a jovem. Ao ser questionada, a suspeita confessou o crime, dizendo que “vendeu” sua conta pelo valor de R$ 200,00 para receber valores de golpes. Diante dos fatos, a jovem foi conduzida à DRCI, onde foi interrogada e autuada em flagrante. As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos nos crimes.
Operação contra violência doméstica resulta em 286 prisões e atendimento a 1.789 vítimas em MT
A Polícia Civil de Mato Grosso instaurou, durante a Operação Nacional Átria, 932 inquéritos para apurar crimes de violência contra a mulher. A operação foi realizada durante o mês de março, em todos os Estados do país, em uma mobilização nacional coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. No período de um mês de realização da operação, foram presos em flagrante 253 agressores pelos mais variados delitos no âmbito da violência doméstica, sexual e contra a vida e outros 33 detidos por força de mandados judiciais temporários e preventivos. Em Mato Grosso, as 15 regionais da Polícia Civil realizaram ações preventivas e repressivas que resultaram no atendimento a 1.789 vítimas de violência doméstica. Doze delas necessitaram ser resgatadas de suas moradias com ajuda policial; 60 sofreram lesões corporais e18 violência sexual; 780 requereram medidas protetivas de urgência. Um efetivo de 597 policiais civis atuou nas ações da operação Átria. Coordenadoria da Mulher Recém-criada na estrutura da Polícia Civil, a Coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres e Vulneráveis foi responsável pela integração das ações da Operação Átria com as Delegacias Especializadas de Defesa da Mulher e núcleos existentes nas unidades policiais no interior do Estado. Na avaliação da delegada Jannira Laranjeira, a operação levou o compromisso do Estado em garantir a efetiva aplicação da lei e a defesa dos direitos fundamentais de todos os cidadãos, especialmente no combate à violência contra a mulher, em razão do gênero. “Esta operação foi conduzida com o mais alto padrão de profissionalismo e comprometimento, resultando em significativos avanços na proteção dos direitos humanos e na promoção da segurança de nossas comunidades”, enfatizou a profissional. Durante a operação, foram realizadas ações estratégicas em diversas regiões de Mato Grosso, abrangendo investigações, fiscalizações, diligências para apurar denúncias de violência, além das ações preventivas que alcançaram um público de 9,8 mil pessoas com 411 palestras realizadas. Além disso, a Operação Nacional Átria promoveu a conscientização e a sensibilização da sociedade civil, destacando a importância da denúncia e do apoio às vítimas, bem como da construção de uma cultura de respeito e igualdade de gênero. Casa de Eurídice O lançamento da operação Átria foi marcado pelo primeiro atendimento virtual do Projeto Casa de Eurídice, que tem como princípio a justiça e o acolhimento humanizado às vítimas de violência doméstica. A Casa de Eurídice, desenvolvido pela Polícia Civil e que leva o nome da mãe da primeira-dama do Estado, Virginia Mendes, amplia os atendimentos a vítimas de violência doméstica e vulneráveis, com atendimentos padronizados e garantia à proteção integral como estratégia de enfrentamento à violência, e buscando a interiorização das ações desenvolvidas. “O Projeto Casa de Euridice, para mim, não tenho nem como explicar a emoção que sinto dessa homenagem feita a minha mãe, que morreu há pouco tempo de Covid. Minha mãe lá no céu deve estar muito feliz com essa homenagem e eu também estou muito feliz, não tenho nem palavras para demonstrar a gratidão que vou ter pelo resto da vida a cada um de vocês que fazem esse trabalho, representando o nome do Estado”, agradeceu a primeira-dama Virginia Mendes. O atendimento virtual, feito pela equipe multidisciplinar do Plantão de Violência Doméstica e Sexual de Cuiabá, funciona ininterruptamente, 24 horas por dia, levando todas as ferramentas de proteção às mulheres, disponíveis na Capital, às cidades do interior de Mato Grosso. O projeto-piloto foi iniciado pela Delegacia de Sorriso e agora será estendido para a baixada cuiabana e região do Araguaia. “Queremos implementar o atendimento à mulher vítima de violência doméstica e que a justiça seja efetivada desde o atendimento policial porque temos a consciência que o enfrentamento à violência doméstica precisa ser trabalhado em rede. É um trabalho multidisciplinar e têm várias facetas, já que cada mulher tem suas necessidades que precisam ser identificadas no primeiro atendimento”, salientou a delegada Jannira. Além do atendimento da unidade policial, a vítima de violência doméstica poderá ser encaminhada ao atendimento jurídico, psicológico, psicossocial e, caso necessário, também receberá o amparo segurança assistencial, que é a transferência de renda, do programa SER Família Mulher. “No ano de 2020, durante a pandemia, nós tivemos um outro grande ponto de mudança, que foi a criação do Plantão 24 horas de atendimento a vítimas de Violência Doméstica. A primeira-dama acompanhou todas as dificuldades porque andou aqui dentro. Enquanto as obras estavam em andamento, brigou bastante sobre como as coisas deveriam ser feitas e todo esse movimento representou para nós um marco no combate a violência contra mulher na Polícia Civil. Agora no ano de 2024, a senhora Virginia Mendes volta aqui para pontuar mais um marco da Polícia Civil, que é a Coordenadoria de enfrentamento à violência contra mulher e vulneráveis”, destacou a delegada-geral da Polícia Civil, Daniela Maidel, ao comentar sobre o projeto Casa de Eurídice. Operação Átria em MT Armas cortantes apreendidas 19 Armas de fogo 29 Munições 789 Diligências realizadas 216 Busca e apreensão 41 Vítimas atendidas 1.789 Vítimas resgatadas 12 Presos em flagrante 253 Presos por mandado de prisão 33 Boletins registrados 1.681 Inquéritos concluídos com autoria: 1.071 Inquéritos instaurados 932 Medidas cautelares 368 Medidas protetivas 780 Átria é o nome da principal estrela da constelação Triângulo Austral, do hemisfério sul. Em alusão à posição de destaque da estrela, o nome dado à operação remete à ideia de reposicionar mulheres agredidas, retirando-as da condição de vítima.