O poder da imagem pessoal

Lize Belegante A forma como nos apresentamos influencia as oportunidades que se abrem ou se fecham Vivemos em uma era em que a imagem pessoal desempenha um papel crucial em nossas vidas, tanto no âmbito pessoal quanto profissional. A forma como nos apresentamos ao mundo influencia não apenas as percepções dos outros sobre nós, como as oportunidades que se abrem ou se fecham em nossas trajetórias. A máxima que diz “a primeira impressão é a que fica” nunca foi tão verdadeira, especialmente em um mundo onde a velocidade de julgamento é acentuada pelas redes sociais e pelas interações rápidas. Portanto, a imagem pessoal, composta pela aparência física, comportamento, linguagem corporal e até mesmo o tom de voz, é uma poderosa ferramenta de comunicação. Estudos demonstram que 55% da nossa comunicação é não-verbal, o que significa que a maneira como nos vestimos e apresentamos tem um impacto significativo, principalmente em ambientes profissionais. Um estudo da Universidade de Princeton (publicado na revista Psychological Science de 2006), apontou que as pessoas formam uma opinião sobre outra em apenas 100 milissegundos após ver seu rosto pela primeira vez. Esse “julgamento” rápido pode definir como somos percebidos em termos de competência, confiabilidade e liderança. Isso significa que a forma como nos apresentamos pode influenciar decisões sobre contratações, promoções e até mesmo a confiança que colegas e superiores depositam em nossas habilidades. Além disso, um levantamento da CareerBuilder (publicado em 2018) aponta que 49% dos empregadores dizem que a aparência de um candidato ao emprego pode influenciar sua decisão de contratação, e 27% afirmam que uma aparência inadequada pode ser a razão pela qual um candidato não é contratado, independentemente de suas qualificações técnicas. Isso evidencia que, por mais que a competência técnica seja fundamental, a imagem pessoal pode ser um fator decisivo no processo de seleção. Outro aspecto relevante é o impacto da imagem pessoal nas redes sociais. Com o crescimento das plataformas digitais, a forma como nos apresentamos on-line tornou-se uma extensão da nossa imagem pessoal. Estudos da CareerBuilder também mostraram que 70% das empresas usam as redes sociais para pesquisar candidatos durante o processo de contratação, o que reforça a importância de uma imagem coesa e estratégica. Como construir uma imagem pessoal sólida? A partir de autoconhecimento e planejamento. Não se trata apenas de vestuário ou aparência física, tem a ver com a forma como nos comunicamos, o conteúdo que compartilhamos e a postura que adotamos em diferentes situações. Profissionais que investem tempo e esforço na construção de uma imagem pessoal forte são capazes de criar uma marca pessoal que os diferencia no mercado e os posiciona como líderes em suas áreas. No entanto, é importante destacar que a imagem pessoal deve ser autêntica e refletir quem somos de verdade. A tentativa de criar uma imagem que não corresponde à nossa essência pode gerar dissonância e até mesmo prejudicar nossa credibilidade. Ou seja, autenticidade é a chave para uma imagem pessoal poderosa, pois só quando somos fiéis a nós mesmos conseguimos transmitir confiança e atrair as oportunidades que realmente ressoam com nossos objetivos e valores. Você  é a sua marca, isso significa que cuidar da sua imagem pessoal afeta diretamente a forma como será percebido e valorizado. A boa notícia é que o mercado de consultoria de imagem é um dos que mais crescem no Brasil. Sou mentora e criadora do Método Seja Única, e minha missão atualmente é levar esse conhecimento para todo Brasil, treinando e capacitando profissionais para melhor atender os mais diversos públicos e nichos. Como posso te ajudar? Lize Belegante tem formação internacional em consultoria de imagem e coaching na Ecole Brasil, e nacional na JB Academy Juliana Bacelar, no Studio  Immagine e com Natália Nunes; credenciada pela Faculdade de Administração, Saúde e Tecnologia (Fast). Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias

Quando o ego e a vaidade estão acima do Divino!

Kamila Garcia A espiritualidade, em sua essência, deveria ser um espaço de cura, acolhimento e crescimento interior. No entanto, em muitas casas religiosas, o ego e a vaidade se infiltram nas práticas espirituais, desviando o foco da simplicidade que tanto cura. Este artigo busca refletir sobre como essas distorções impedem que a verdadeira fé e simplicidade sejam valorizadas, destacando o poder curativo de uma vela e um copo de água. No ambiente nas casas religiosas, a busca pelo poder, status ou reconhecimento pode criar um espaço onde o ego prevalece. Em vez de buscar a pureza da fé, muitos se perdem em rituais complexos, adornos excessivos e na necessidade de demonstrar superioridade espiritual. Essa vaidade, muitas vezes, impede que o simples seja reconhecido como potente, criando uma barreira para a verdadeira cura. Em contraste, a cura espiritual verdadeira não necessita de grandes aparatos ou demonstrações de poder. Uma vela, símbolo de luz e guia, junto a um copo de água, elemento purificador e condutor de energias, são suficientes para realizar profundas transformações. Quando utilizados com fé, esses elementos simples se tornam veículos poderosos de cura, capazes de dissolver energias densas e trazer clareza espiritual. É essencial resgatar a simplicidade das práticas espirituais, lembrando que o que verdadeiramente importa é a intenção e a fé depositadas nos rituais. A conexão com o divino não requer excessos, mas sim, pureza de coração e humildade. Somente quando abandonamos o ego e a vaidade, podemos nos abrir para as curas mais profundas, que se constroem através da fé simples, mas poderosa. Para que a espiritualidade cumpra seu papel curativo, é necessário que as casas religiosas se reavalie e resgatem a simplicidade que os torna sagrados. A cura, muitas vezes, está nas coisas mais simples – uma vela, um copo de água e uma fé inabalável. É hora de permitir que o simples seja novamente visitado e honrado como o verdadeiro caminho para a cura. Kamila Garcia é bacharel em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira.  Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias

O Rio Coxipó: abrace a sua recuperação

NEILA BARRETO No século XVII começaram as primeiras bandeiras a entrar pela região que é hoje o estado de Mato Grosso. O primeiro homem branco que chegou à região onde depois seria Cuiabá, foi o bandeirante paulista Manoel de Campos Bicudo, entre 1673 e 1682. Em sua companhia, o seu filho, Antônio Pires de Campos, com 14 anos. Em busca do ouro, acampou na foz do rio Coxipó com o Cuiabá, e deu ao local o nome de São Gonçalo, santo padroeiro dos navegantes. Em 1717, já adulto, Pires de Campos retornou à região, e no antigo São Gonçalo encontrou aldeamento de índios Coxipones. Aprisionou muitos e rebatizou o local com o nome de São Gonçalo Velho. Mais tarde, depois de muitas aventuras chega a São Gonçalo Velho, Pascoal Moreira Cabral e seus homens. Deixando alguns homens no local para tomar conta, subiu cuidadosamente o rio Coxipó e, no caminho encontraram muitos peixes secando ao sol, onde deu ao local o nome de rio dos Peixes, retrocedendo até outro córrego, o Mutuca. De volta encontrou novidades, pois seus homens haviam encontrado ouro há várias léguas do rio Coxipó, na foz do rio Cuiabá. O vilarejo ainda guarda lembranças do período colonial e recebeu o nome de Coxipó do Ouro, hoje um distrito da capital mato-grossense. Geograficamente, o rio Coxipó é um recurso hídrico, que nasce no Vale da Benção, município de Chapada dos Guimarães-MT, e percorre 78,58 km até desaguar no rio Cuiabá, na capital mato-grossense. Suas nascentes são bastantes difusas compostas de vários olhos d’agua, situadas em uma área sobre o Paredão e são protegidas pelo Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Com a convergência desses mananciais, o rio vai ganhando volume e dessa forma, aufere as características típicas de rios da região de Cerrado, até despencar de um paredão de mais de 80 metros, para formar um dos mais famosos cartões-postais do estado de Mato Grosso: a cachoeira Véu de Noiva, cujo ponto turístico recebe inúmeros turistas de todo Brasil e do exterior. Nos primeiros quilômetros à jusante de sua cabeceira é alimentado por diversos mananciais menores, que contribuem com a vazão do rio Coxipó. Por outro lado, verificamos que no Brasil historicamente as cidades, as lavouras, sítios, chácaras e as fazendas, são alocadas nas proximidades dos mananciais e na Bacia Hidrográfica do Rio Coxipó não é diferente. Aí é que mora o perigo. A ganância cega do ser humano não consegue percorrer o caminho da conciliação entre o uso da água, da natureza, do meio ambiente e a sua atividade de negócios. Abandona a necessidade da preservação da natureza, das nascentes, da água, dos animais e do meio ambiente e, rompe em busca de suas riquezas materiais, renegando as ambientais. Conforme o engenheiro Noé Rafael da Silva, professor aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT, esta bacia, possui uma área de drenagem de 694 km², localizada entre as coordenadas geográficas de 15º 20′ a 15º 40′ de latitude sul e 55º 36′ a 56º 10′ de longitude oeste de Greenwich. Para Rafael da Silva, com o processo de urbanização e adensamento da população com a necessidade de mais moradias e, para dar maior mobilidade urbana ao município de Cuiabá, mais de sete pontes, foram construídas atravessando o Rio Coxipó tanto no perímetro urbano como na zona Rural de Cuiabá, ao longo do tempo. Algumas dessas pontes fazem parte da história de Cuiabá, como a Ponte de Ferro do Coxipó, inaugurada em 20 de junho de 1897, hoje apenas um monumento. Esse fato também contribuiu de forma significativa para acelerar os impactos e degradação ambientais na bacia do rio Coxipó. Na capital, o rio Coxipó abastece de água potável a população por meio da Captação e Tratamento de Água da Estação de Tratamento de Água – ETA, no bairro Tijucal, bem como, a ETA do Coxipó do Ouro que abastece de água todo o distrito, informou Rafael da Silva. Vale informar que o rio Coxipó, em seu curso final, atravessa a região metropolitana de Cuiabá, cujo trecho já serviu de balneário e recreação, motivo de orgulho e tradição da população, hoje transformados em esgotos fétidos que desaguam no rio Cuiabá. O manancial drena a região urbana, recebe os esgotos da cidade de Cuiabá antes de atingir sua foz, localizada na região do Horto Florestal, próximo a antiga ponte de ferro, no bairro Coxipó. Daí em diante vai poluindo as cidades ribeirinhas até chegar ao pantanal de Mato Grosso. É importante que as autoridades competentes tomem consciência que, a preservação do rio Coxipó e de suas margens, deverá estar sempre em evidência pois devido as diversas atividades antrópicas tais como, mineração, fazendas, chácaras, loteamentos, esgoto doméstico, e queimadas, entre outros, de certa forma, acelera a destruição de toda a mata ciliar. Tomando como referência a região metropolitana de Cuiabá, à montante do rio Coxipó, a água pode ser utilizada ao abastecimento doméstico após tratamento convencional, à proteção das comunidades aquáticas, à recreação de contato primário, irrigação de hortaliças e frutíferas e à criação natural e/ou intensiva de espécies destinadas à alimentação humana. Já na foz do rio Coxipó, é visível a piora da qualidade água, testemunhou Rafael da Silva, necessitando urgente de providências dos órgãos ambientais competentes. Apesar da degradação ambiental estar por toda extensão do rio Coxipó, é possível mitigar toda a bacia e, portanto, urge que as autoridades responsáveis, bem como, a iniciativa privada e a população, em conjunto, implementem um plano de conscientização e vigilância em toda a bacia hidrográfica do rio Coxipó, com o objetivo de sua recuperação, oferecendo à sua população águas límpidas para beber, lazer, pesca e a alegria das famílias mato-grossense. NEILA BARRETO é jornalista, historiadora e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso. Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias

Pedidos aos prefeitos

Luiz Henrique Lima Prefeitos e prefeitas, por favor, lembrem-se: cuidem de nossas escolas! Não quero fazer pedidos aos candidatos. Quero pedir aos prefeitos e prefeitas que forem eleitos em outubro próximo. Não quero pedir ao prefeito de um município especificamente, mas aos de todos. Os pedidos não guardam relação com política partidária ou ideologia. Podem e devem ser atendidos por prefeitos de esquerda, de centro, de direita ou, como ouvi certa vez, de alhures. Os pedidos não são para nomear alguém, contratar alguma empresa ou conceder algum benefício fiscal. Não exigem a edição de nenhuma nova lei ou decreto e os recursos necessários para atendê-los sempre estiveram dentro dos orçamentos. Os pedidos não são complexos. Ao contrário, resumem-se em quatro palavras: cuidem de nossas escolas. Somente isso: cuidar das escolas públicas municipais. O Censo escolar de 2023, disponível em https://www.gov.br/inep, nos apresenta uma fotografia triste e vergonhosa de nossas redes escolares. Ele abrange 178,5 mil escolas da rede básica, com 47,3 milhões de matrículas e 2,4 milhões de professores. No limite deste artigo, falaremos das 23,3 milhões de crianças matriculadas nas 107 mil escolas públicas municipais, sob gestão direta dos prefeitos. Nas redes municipais, menos da metade das escolas que oferecem educação infantil possuem instalações sanitárias adequadas. E mais de 60% não dispõem de biblioteca, material para atividades artísticas, áreas verdes ou parque infantil. E na outra ponta, nos anos finais do ensino fundamental, mais de metade das escolas não possuem quadra de esportes, mais de 90% não contam com laboratórios de ciências e ainda 43% não têm uma biblioteca ou sala de leitura. Esses percentuais são nacionais, mas as carências ocorrem em praticamente todos os municípios brasileiros. Refiro-me aqui apenas à infraestrutura escolar, porque em artigo recente abordei os resultados do IDEB, com graves indicadores de deficiências na qualidade do ensino. Entendo que seja evidente para todos, inclusive para os futuros prefeitos, que a grande maioria das crianças matriculadas nas redes municipais, se não tiver acesso a livros ou atividades esportivas e artísticas no ambiente escolar, muito dificilmente os encontrará nas comunidades onde residem. Mas o Censo possui muitas outras informações úteis para o planejamento de uma política educacional responsável, como a necessidade de ampliação da educação especial, do ensino em horário integral, da formação adequada dos docentes, entre outros. Um prefeito ou prefeita admirável é aquele que, no dia seguinte à proclamação dos resultados eleitorais, reunir a sua equipe e estudar os dados de cada uma das escolas de sua cidade e áreas rurais, iniciando, antes mesmo da posse, um projeto de transformação da educação municipal. Prefeitos e prefeitas, por favor, lembrem-se a cada dia de seus futuros mandatos: cuidem de nossas escolas! Luiz Henrique Lima é conselheiro certificado e professor. Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias

Realidade e um pouco de ufanismo

Os números da produção do campo em Mato Grosso impressionam Os números da produção do campo em Mato Grosso impressionam. Segundo o Imea, o estado deve ter uma safra de milho de mais de 45 milhões de toneladas em 2024. Ou 40% da produção nacional que deve ficar em 114 milhões de toneladas. São 58 sacas de milho por hectare em MT.                 Comenta-se que a produção de milho no estado deve ultrapassar a de soja em algum tempo. É que o aumento da produção de etanol no estado deve elevar ainda mais produção de milho. Segue o caminho dos EUA, onde o milho tem uma produção bem maior que a da soja. Quem diria que MT teria uma produção de outro grão que suplantasse a de soja.                 A produção de algodão no estado, também segundo o Imea, para a safra 2023-2024, deve ter um aumento de 13% ou 2.6 milhões de toneladas. A safra passada foi de 2.3 milhões de toneladas. O estado produz 70% do algodão do país que é de 3.7 milhões de toneladas. Segundo informações, algo como 1% da produção de algodão fica no estado, o restante vai para exportação ou para outros lugares do país.              Na pecuária o estado é também campão, com 16% do total de abate e da produção de carne bovina nacional. Isso significa cerca de cinco milhões de abates por ano. O que dá obviamente ao estado a maior quantidade também de couro bovino com tantos abates.                 Perguntas antigas e desnecessárias: um, quem no outro Brasil sabe sobre esses superlativos números? Dois, o caminho é a agroindústria no futuro deste estado.                 Quando viajar pelo Brasil, se tiver oportunidade de conversar com pessoas, veja se sabem de números da produção agropecuária do estado.                A maioria continua a olhar como se aqui fosse o fim do mundo. Com cobras, onças e não sei mais o que pelas ruas das cidades. Quando se coloca para alguns de fora números sobre a produção estadual, eles levam um espanto. Na cabeça da maioria continua aquela imagem de sempre.                 Talvez fosse interessante que o governo do estado, nos momentos e lugares apropriados e com uma propaganda bem planejada, mostrasse esse novo estado na produção agropecuária e que ajuda e muito a balança comercial do país. E que essa produção veio também da ciência e da pesquisa. Alguém já assistiu a algum programa especial de televisão nacional que mostrasse essa nova realidade do estado? Continuam a olhar para cá como um Brasil profundo e atrasado.                 Será que, quando aumentar a agroindústria aqui ,o Brasil do litoral olharia para cá de forma diferente? Assunto que logo leva a uma pergunta clássica: como se vai enfrentar a falta de mão de obra para esse enorme empreendimento? Como juntar governo e iniciativa privada nesse assunto? E mais: como mostrar para o mundo que se tem aqui uma produção no campo de forma ambientalmente saudável e que seria o mesmo caminho para a agroindústria?                 Tem tanta coisa para acontecer no estado ainda e um pouco de ufanismo não faz mal nenhum. Alfredo da Mota Menezes é analista político. Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias

Alertas e recomendações para as eleições de 2024

É crucial estar bem preparado para que o processo transcorra de forma justa É crucial estar bem preparado e informado para garantir que o processo eleitoral transcorra de forma justa e segura. Neste artigo, apresentamos alguns alertas e recomendações importantes para candidatos, eleitores e toda a sociedade para o período eleitoral. Verifique sua Situação Eleitoral Certifique-se de que sua situação eleitoral está regular. Verifique seu título de eleitor, se está atualizado e se você está apto a votar. Isso pode ser feito através dos sites dos tribunais eleitorais ou centros de atendimento ao eleitor. Regularizar qualquer pendência com antecedência evitará problemas no dia da votação. Conheça Seus Candidatos e Propostas Pesquise sobre os candidatos, suas plataformas e propostas. Leia as plataformas eleitorais e verifique se os candidatos têm um histórico consistente e transparente. Utilize fontes confiáveis para evitar desinformação e verificar a veracidade das informações. Fique Atento às Fake News Durante o período eleitoral, é comum o surgimento de informações falsas ou distorcidas. Verifique a veracidade das notícias e informações que circulam nas redes sociais e outros meios. Use sites de checagem de fatos e consulte fontes oficiais para confirmar a autenticidade das informações. Respeite as Regras de Campanha Tanto candidatos quanto eleitores devem estar cientes das regras que regem as campanhas eleitorais. Isso inclui a proibição de propaganda em locais não autorizados e a proibição de doações de empresas. Os candidatos devem respeitar os limites de gastos e manter a transparência nas suas campanhas. Proteja Sua Identidade e Privacidade Cuidado com a proteção de seus dados pessoais e evite compartilhar informações sensíveis nas redes sociais. Seja cauteloso com solicitações de dados pessoais e financeiros relacionadas às eleições. Acompanhe o Calendário Eleitoral Fique atento aos prazos e datas importantes do calendário eleitoral, como o início e término da propaganda eleitoral, o prazo para o registro de candidaturas e a data do primeiro e eventual segundo turno. Estar informado sobre esses prazos ajudará a garantir que todos os aspectos da eleição sejam seguidos corretamente. Esteja Preparado para o Dia da Votação No dia da votação, leve um documento de identidade com foto e seu título de eleitor. Verifique a localização e o horário do seu local de votação com antecedência para evitar surpresas. Caso precise, consulte a seção eleitoral que estará disponível no seu título de eleitor para saber onde você deve votar. Denuncie Irregularidades Se você perceber qualquer tipo de irregularidade ou violação das regras eleitorais, denuncie às autoridades competentes. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os tribunais regionais eleitorais têm canais para receber denúncias e investigar denúncias de fraude, violência ou outras irregularidades. Promova um Debate Saudável Encoraje a participação em debates construtivos e respeitosos sobre os temas eleitorais. Discussões baseadas em informações e respeito mútuo contribuem para um ambiente democrático mais saudável e informado. Conclusão A preparação e a informação são fundamentais para um processo eleitoral bem-sucedido e transparente. Ao seguir estas recomendações e manter-se informado, você contribui para a integridade e a eficácia das eleições de 2024. Participe ativamente e de forma consciente para garantir que o processo democrático funcione da melhor maneira possível. Luiz Fernando Bertaglia é advogado. Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias

Relação entre Qualidade do Sono e Saúde Cardiovascular

O impacto da qualidade do sono na saúde cardiovascular tem sido amplamente estudado e reconhecido como um fator crucial na prevenção de doenças graves. Diversos estudos científicos têm demonstrado que a qualidade do sono está diretamente relacionada ao risco de eventos cardiovasculares, incluindo o acidente vascular cerebral (AVC). Pesquisas recentes revelam que indivíduos que sofrem de distúrbios do sono, como apneia do sono, têm um risco significativamente maior de desenvolver condições cardiovasculares. Um estudo publicado na Journal of the American College of Cardiology mostrou que a apneia do sono, caracterizada por pausas na respiração durante o sono, está associada a um aumento de 30% no risco de AVC. A interrupção frequente do sono provoca uma elevação na pressão arterial e um aumento da inflamação, fatores que contribuem para a formação de coágulos e placas nas artérias. Adicionalmente, uma pesquisa conduzida pela American Heart Association indicou que a privação crônica de sono pode levar a alterações na função endotelial e aumentar o risco de hipertensão, diabetes tipo 2 e, por consequência, doenças cardiovasculares. A relação entre a qualidade do sono e o risco de AVC é particularmente alarmante, considerando que um estudo publicado na Stroke revelou que indivíduos com menos de 6 horas de sono por noite têm um risco 50% maior de sofrer um AVC comparado àqueles que dormem de 7 a 8 horas. Para mitigar esses riscos, é crucial adotar práticas que promovam um sono reparador. Manter uma rotina regular de sono, evitar o consumo de cafeína e álcool próximo à hora de dormir, e tratar condições como a apneia do sono são medidas essenciais para melhorar a saúde cardiovascular e reduzir o risco de AVC. Em conclusão, a evidência científica reforça a importância de uma boa qualidade de sono como um componente vital para a saúde cardiovascular. A prevenção e o manejo adequado dos distúrbios do sono podem desempenhar um papel significativo na redução do risco de acidentes vasculares cerebrais e outras doenças cardiovasculares. Promover um sono saudável deve, portanto, ser uma prioridade tanto para indivíduos quanto para profissionais de saúde. MAX LIMA é médico especialista em cardiologia e terapia intensiva, conselheiro do CFM, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia de Mato Grosso(SBCMT), Médico Cardiologista do Heart Team Ecardio no Hospital Amecor e na Clínica Vida Diagnóstico e Saúde. CRMT 6194 Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias

Autenticidade e autossuficiência

FRANCISNEY Seja quem você é! Se há algo que precisa mudar, não perca a oportunidade. Pedro era um discípulo muito autêntico e sincero em suas convicções e crenças. Se tivesse que errar, errava convicto. Essa é uma característica de pessoas que não deixam dúvidas sobre quem realmente são. Esses indivíduos até podem ser explosivos, porém, jamais falsos. Por Pedro respeitar muito o seu Mestre, jamais permitiria que ele lavasse os seus pés, pois na sua mentalidade ele é quem deveria lavar os pés de Jesus Cristo. No entanto, após a repreensão de Cristo acerca da importância daquele ato, ele prontamente permitiu, (João 13:8-9): “O senhor nunca lavará os meus pés! disse Pedro. Se eu não lavar, você não será mais meu discípulo! Respondeu Jesus. Então, Senhor, não lave somente os meus pés; lave também as minhas mãos e a minha cabeça! pediu Simão Pedro”. A autenticidade de Pedro era tamanha que não apenas estava entregando os pés para ser lavado pelo Mestre, mas também o corpo e a alma. Pedro sempre foi leal a Cristo, ou pelo menos é o que desejava. Ele cria muito na sua força e na sua capacidade de resolver as coisas, e disse muitas vezes que jamais negaria o Mestre. Muitas vezes, somos iguais a Pedro, pensamos que podemos confiar em nós mesmos, não é verdade? Quantas promessas já fizemos, mas não cumprimos? Será que com todo o nosso arsenal de conhecimento e experiência podemos garantir algo que prometemos a Deus, por nós mesmos? Em Mateus 26:33, há uma narrativa de Pedro, que nos faz conhecê-lo ainda mais: “Então Pedro disse a Jesus: Eu nunca abandonarei o senhor, mesmo que todos o abandonem”. Naquele momento, Pedro foi sincero ao dizer que nunca negaria ou abandonaria o Mestre, porém, talvez ele não tivesse a dimensão correta do que estaria por vir, crendo mais em sua coragem de enfrentar o inimigo do que no fato de precisar estar protegido espiritualmente para o grande acontecimento que viria. Muitas vezes somos levados a crer em nossa própria capacidade de enfrentar o desconhecido por algo ou alguém. O fato é que, há batalhas que são vencidas por intermédio do Espírito Santo, que nos dá a sabedoria e tira o medo do coração do homem. A história relatada no livro de Mateus 26:69-75, conta que: “Pedro estava sentado lá fora no pátio, quando uma das empregadas chegou perto dele e disse: — Você também estava com Jesus da Galileia. Mas ele negou diante de todos, dizendo: — Eu não sei do que é que você está falando. Depois foi para a entrada do pátio. Outra empregada o viu e disse às pessoas que estavam ali: — Ele estava com Jesus de Nazaré. Pedro negou outra vez, respondendo: — Juro que não conheço esse homem! Pouco depois, os que estavam ali chegaram perto de Pedro e disseram: — O seu modo de falar mostra que, de fato, você também é um deles. Então Pedro disse: — Juro que não conheço esse homem! Que Deus me castigue se não estou dizendo a verdade! Naquele instante o galo cantou, e Pedro lembrou que Jesus lhe tinha dito: “Antes que o galo cante, você dirá três vezes que não me conhece.” Então Pedro saiu dali e chorou amargamente”. Pedro não apenas negou o Mestre uma única vez, ele o negou por três vezes, o que demonstra que a capacidade humana por si só não sustenta a sua fé. Quanto mais longe de Jesus estivermos, a chance de falhar e negá-lo é muito grande. No livro “Parábolas de Jesus”, é apresentado um Pedro autossuficiente, que após a negação de Cristo se arrependeu e mudou de postura: “A confiança própria enganou-o. Julgou-se capaz de resistir à tentação; mas poucas horas depois veio a prova e, com blasfêmia e perjúrio, negou seu Senhor. Quando o cantar do galo lhe lembrou as palavras de Cristo, surpreso e atônito pelo que acabava de fazer, voltou-se e olhou a seu Mestre. Simultaneamente Cristo olhou a Pedro e sob aquele olhar aflito em que se misturavam amor e compaixão por ele, Pedro conheceu-se. Saiu e chorou amargamente. Aquele olhar de Cristo lhe partiu o coração. Pedro chegara ao ponto decisivo, e amargamente se arrependeu de seu pecado. Foi como o publicano em sua contrição e arrependimento, e como o publicano achou também graça. O olhar de Cristo lhe assegurou o perdão. Findou aí sua confiança própria. Nunca mais foram repetidas as velhas afirmações de autossuficiência. Depois da ressurreição, três vezes provou Cristo a Pedro. “Simão, filho de Jonas”, disse, “amas-Me mais do que estes?” João 21:15. Pedro agora não se exaltou sobre os irmãos. Apelou Àquele que podia ler o coração. “Senhor”, respondeu, “Tu sabes tudo; Tu sabes que eu Te amo.” João 21:17”. Por Pedro ser autêntico e verdadeiro, ele confiou em si mesmo e negou Jesus, mas, foi alcançado pela graça e o perdão do Pai, se arrependeu do seu erro e chorou amargamente por confiar nas suas próprias convicções. O livro “O desejado de todas as nações”, de Ellen G. White traz o sentimento de Pedro: “A vista daquele rosto pálido e sofredor, daqueles trêmulos lábios, daquele olhar compassivo e cheio de perdão, penetrou-lhe a alma como uma seta. Despertou-se a consciência. Ativou-se a memória. Pedro recordou sua promessa de poucas horas antes, de que havia de ir com seu Senhor à prisão e à morte. Lembrou-se de seu desgosto quando, no cenáculo, Ele lhe dissera que havia de negar seu Senhor três vezes naquela noite. Pedro acabava mesmo de declarar que não conhecia a Jesus, mas compreendia agora com amarga dor quão bem o Senhor o conhecia e quão exatamente lhe lera o coração, cuja falsidade nem ele próprio conhecia”. Deus perdoou Pedro pela sua falha, e mais, não se lembrando dela. E poucos dias depois, ao Jesus ressuscitar, sabe para qual discípulo Ele apareceu primeiro? Pedro, conforme Lucas 24:34 e 1 Coríntios 15:5: “E os apóstolos diziam: — De fato, o Senhor foi ressuscitado e foi

Solidariedade virtual

Nos vários grupos, tais como Whatsapp, Face, Instagram etc., se tem ora uma imagem, ora uma percepção das comunicações ali desencadeadas.  Poder-se-ia afirmar com os empiristas, também, que que as pessoas formam imagens das diversas postagens nas redes de grupos por reflexos mentais das percepções, ou das impressões, do que se contém nas conversações, de forma presente e imediata. Se essas imagens gravadas no cérebro forem fortes o suficiente, ter-se-á lembrança daquilo que afetou de forma positiva, ou mesmo negativa, causando dor. Como as relações de amizade estabelecidas nos grupos são de diversas intensidades, convive-se, como nunca, de forma mais ampliada e complexa, com a indiferença, inveja, incompreensão, preconceitos, críticas, leviandade etc., e tudo a maior, pois, o olho no olho, a presença física, é só virtual, fazendo com que as paixões e diferenças se mostrem mais densas. Sabedores que há uma diferença de essência entre a percepção e a imaginação (os filósofos intelectualistas a negam, sendo que para eles a imaginação seria apenas uma forma enfraquecida da percepção), percebe-se o sofrimento psíquico de alguém, mas não se é capaz de sentir a mesma dor (Chaui), tornando as comunicações que o teve como causa, constante.   O resultado é um universo de insana busca por mais ‘antídoto’ numa nova postagem a desencadear o processo de aceitação (ideia de rebanho). Seria uma espécie de muro divisor a separar as boas das más lembranças. Como a razão não pode impedir (ou produzir) de imediato uma ação, ela não pode ser a fonte do bem e do mal moral. Podem-se censurar as ações daquele que maltrata, que fere o amigo virtual, mas não se pode dizer que foi irracional, visto que à razão só se pode exigir a descoberta da conexão entre causa e efeito (Hume, por Clarence Morris). E o dever de solidariedade entre os diversos participantes do grupo virtual?  Para Hegel (3ª parte da Filosofia do Direito – Vida Ética-), ‘no dever o indivíduo encontra sua libertação; primeiro, a libertação da dependência ao mero impulso natural e da depressão de que, como sujeito particular, ele não pode escapar em suas reflexões morais sobre o que devia ser e o que podia ser’.   Essa reflexão a que todos deveriam estar sujeitos, libertando-se do impulso natural, da ação irrefletida, poderia ser a maior contribuição dos participantes no grupo virtual: traduzida em afugentar as próprias mágoas e paixões, frear os impulsos maquiavélicos e de indiferença, buscar a virtude, conformar-se com os deveres de solidariedade, que nada mais é do que retidão. Se isso não valer a pena, no ideal de Fernando Pessoa, estar-se-á diante de uma alma pequena. É por aí…  GONÇALO ANTUNES DE BARROS NETO tem formação em Filosofia, Sociologia e Direito. Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias

Mercado de trabalho para elas

ROSANA LEITE O mês de agosto geralmente vem recheado de informações que trazem reflexão sobre os direitos humanos das mulheres. Os muitos lugares são mencionados, tendo em vista os estereótipos de gênero a aprisionar mulheres. O Ipea apresentou, em 15 de agosto do corrente ano, a nova versão da plataforma Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, com dados de 2016 a 2022, que foi mostrada pela Forbes Mulher e Agência Brasil. A manchete da notícia evidencia a desigualdade: “Mulheres são maioria da população, mas apenas metade no mercado de trabalho”. Não é de hoje que esse é um tema que precisa ser tratado com maior responsabilidade, tendo em vista a historicidade a acompanhar a vivência das mulheres. O espaço doméstico foi reservado indelevelmente e “sem dó” para elas, enquanto aos homens os locais de poder. Assim, quando adentraram no terreno do labor fora de casa, não conseguiram se desvencilhar e compartilhar, como deveria, das tarefas de casa. Segundo dados da citada pesquisa, elas costumam dedicar 10 horas a mais por semana nos afazeres não remunerados. Logo, pouco mais da metade das mulheres estão no mercado de trabalho no país. Dessas, 52% são negras e 54% brancas. A diferença se comparada com os homens é latente, com o índice de 75%. O prospecto para o futuro, para elas, consegue ser um pouco pior. A proteção delas quanto à Previdência Social está em queda. Na verdade, caiu para todo o gênero feminino, sendo mais sentido para as mulheres negras, porquanto, mais de um quinto delas, 21%, não conseguem contribuir para a previdência. Visível fica a falta de acesso delas à rede de seguridade social. Sobre esse estudo, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, fez referência aos dados do relatório de transparência de salários das empresas no Brasil: negros representam 80% dos 10% mais pobres no país, e, ainda, os mais ricos são os brancos, com 70%.    Quanto aos cargos de liderança e direcionamento, no ano de 2023, foi divulgado que apenas 38% dessas posições foram ocupadas por mulheres, pela FIA Business School. Na diretoria e no C-Level das companhias a proporção é de 28%. Para a manutenção da divisão social, é premente que o regime capitalista continue ditando as regras. Dentre a camada da sociedade mais pobre e explorada se encontram as mulheres. A exploração da força de trabalho do gênero feminino fica evidenciada, pois a força de trabalho recebida em pecúnia é bem menor que o gênero masculino. O combate à pobreza tem sido realizado de maneira individual, não conseguindo chegar no cerne da questão.  As mulheres são tratadas de queixosas e estigmatizadas quando mencionam a necessidade de rede de apoio dentro e fora de casa, para poderem ocupar com dignidade o mercado de trabalho.  Heleieth Saffioti, sobre o trabalho feminino eternizou: “A mulher das camadas sociais diretamente ocupadas na produção de bens e serviços nunca foi alheia ao trabalho. Em todas as épocas e lugares tem ela contribuído para a subsistência de sua família e para criar a riqueza social”.      ROSANA LEITE ANTUNES DE BARROS é Defensora Pública Estadual. Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Cuiabá Notícias