Projeto que prevê a expansão de área irrigada no Brasil é aprovado na Câmara dos Deputados

O Projeto de Lei 2168/2021, que pretende assegurar a irrigação de lavouras de pequenos e grandes agricultores, bem como a dessedentação de animais rurais, foi aprovado nesta quarta-feira (14) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados. O principal objetivo do PL é garantir a segurança alimentar e hídrica do Brasil por meio das construções que serão consideradas obras de utilidade pública, pois irão diminuir a dificuldade para a expansão da área irrigada no país. O projeto propõe a diminuição da burocracia e também estabelece regras para que barragens possam ser construídas gerando o mínimo impacto ambiental possível. Conforme a deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT), relatora do projeto de lei, a inclusão da irrigação no rol de atividades de utilidade pública às propriedades rurais do Brasil irá beneficiar principalmente o pequeno produtor, que é o mais impactado pelos períodos de seca, já que os reservatórios irão coletar as águas das chuvas e das enchentes dos rios. A parlamentar mato-grossense pontua ainda que os projetos de irrigação são fundamentais para a expansão da agropecuária brasileira, porém as legislações sobre o tema não trazem clareza e dificultam a inovação tecnológica. “A inserção do projeto no novo Código Florestal brasileiro trará a clareza necessária a tão significativo tema, sendo de fundamental importância para a redução de perdas nas lavouras, garantindo assim a soberania alimentar”, defende a relatora do projeto.

Intenção de confinamento aumenta mais de 20% em MT

As perspectivas dos confinadores mato-grossenses foram atualizadas. É o que aponta o segundo levantamento de intenções de confinamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A pesquisa ouviu 94 pecuaristas no estado, dos quais 74% confirmaram o interesse em terminar os animais no cocho. A tendência é que sejam confinadas 874,31 mil cabeças este ano. O volume é 20,61% superior ao registrado no último mês de abril, quando estimava-se que os pecuaristas confinassem ao todo 724,90 mil animais em 2024. A diferença reflete o maior otimismo dos confinadores com a atividade. Basta ver que a projeção atual é 57,48% maior que o número consolidado de animais terminados no cocho em 2023 no estado. Entre os motivos para este novo ânimo estão o poder de compra do pecuarista e o custo de produção. Distribuição de envio para abate Ainda segundo a pesquisa, este salto alterou a distribuição dos envios para abate. Do total previsto, 70,71% terminados em confinamento serão destinados às indústrias no segundo semestre de 2024.  É importante destacar que o maior volume de abates está concentrado entre os meses de agosto, setembro e outubro, representando 37,27% do total confinado no ano. A maior oferta de gado neste período pode apresentar determinada pressão nos preços pecuários. O custo de confinamento, por sua vez, manteve-se próximo ao levantado em abril deste ano. Em julho de 2024, a média da diária confinada (que inclui os custos alimentares e operacionais) foi de R$ 11,75 cabeça no estado. Uma redução de R$ 0,47 cabeça ao dia em relação à média do primeiro levantamento do ano.

Com aumento de 13%, produção de pluma de algodão em MT impulsiona exportação nacional

A produção de plumas de algodão na safra 23/24 em Mato Grosso tem aumento estimado em 13%, conforme o Instituto Mato-Grossense de Economia de Agropecuária (Imea), podendo chegar a 2,6 milhões de toneladas. Na safra 22/23, a produção mato-grossense foi de 2,3 milhões de toneladas. Com a alta produção, Mato Grosso não apenas se mantém como o maior produtor de algodão brasileiro, como impulsiona a exportação nacional de plumas, contribuindo para o Brasil alcançar, pela primeira vez, o posto de maior exportador mundial de pluma de algodão. Conforme a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o Brasil deve fechar a safra 23/24 com uma produção de 3,7 milhões de toneladas de plumas, das quais 2,6 milhões de toneladas devem ser exportadas. Já Mato Grosso tem 1,8 milhão de toneladas da sua produção destinada à exportação, o equivalente a cerca de 70% da exportação nacional, de acordo com o Data Hub MT, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec). A análise da Sedec aponta que a produção mato-grossense destinada à exportação, que tem a qualidade certificada pela USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), também equivale a pouco mais de 18% de toda a exportação mundial de algodão, enquanto a contribuição do Brasil corresponde a 27,8%. Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda, as projeções reafirmam Mato Grosso no cenário mundial e ressaltam a importância do Estado. “Números como esses mostram que o que temos feito está dando certo e, com isso, observamos a relevância do Estado no contexto global. Temos trabalhado a internacionalização de Mato Grosso, tanto na questão exportação quanto na atração de investimentos, e agora buscamos o fortalecimento da indústria têxtil no estado”, aponta o secretário. O coordenador do Observatório de Dados Econômicos, Vinicius Hideki, explica que, apesar dos desafios logísticos enfrentados no Estado, apenas 1% do algodão é consumido internamente. “Com a exportação, apenas 1% do algodão fica em Mato Grosso. O restante da produção vai para fora, ou seja, para outros estados e outros países. Com isso, almejamos e trabalhamos para que venham investidores com o olhar para o desenvolvimento industrial e econômico da nossa indústria têxtil”, afirma Vinicius.

Atrasada, colheita de algodão chega a 44% em Mato Grosso

Na variação semanal o avanço foi de 9,38 pontos percentuais. Ainda aquém para ultrapassar os 47,10% do algodão colhido, inclusive, da safra 2022/23. Segundo relatório do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a região nordeste segue como a mais adiantada nesta temporada. Os cotonicultores já colheram na região 58,19% das lavouras. Já na região sudeste 50,62%, enquanto no médio-norte 47,36%. As demais regiões do estado estão próximas dos 40%, conforme o Instituto. No noroeste do estado as máquinas já passaram por 38,73% da área. No centro-sul em 37,73%. A região oeste, principal produtora de algodão de Mato Grosso, até sexta-feira apenas 35,78% das lavouras estavam colhidas.

Brasil se confirma como maior exportador de algodão no ano

O Brasil se confirmou como o maior exportador global de algodão do ano comercial 2023/24. Com 2,68 milhões de toneladas embarcadas, o país superou pela primeira vez os Estados Unidos, que enviou ao mercado externo 2,55 milhões de toneladas. Apesar da boa notícia para o Brasil, os cotonicultores seguem atentos às cotações dos contratos futuros. Isso porque a semana foi “tensa” nos mercados e os contratos do algodão caíram para o seu menor nível em quase quatro anos nesta quinta-feira (8). As informações são do Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa, divulgado nesta sexta-feira (9). Confira os destaques trazidos pelo Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa: Algodão em NY – O contrato Dez/24 fechou nesta quinta 08/08 cotado a 67,24 U$c/lp (-1,2% vs. 01/ago). O contrato Dez/25 fechou em 69,92 U$c/lp (-1,9% vs. 01/ago). Basis Ásia – O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 850 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook 08/ago/24). Baixistas 1 – O receio com a demanda, que já tirava o sono do mercado, foi agravado com dados econômicos que apontam para uma deterioração nas expectativas com a economia norte-americana. Baixistas 2 – O sentimento no mercado é que o Fed (banco central dos EUA) prejudicou o mercado de trabalho e abriu a porta para a recessão ao manter as taxas de juros altas por muito tempo, na tentativa de combater a inflação. Baixistas 3 – Pesando sobre a fibra natural, os futuros de milho, trigo e soja de Chicago caíram com as boas perspectivas de colheita no hemisfério Norte. Baixistas 4 – A situação em Bangladesh pode influenciar os preços, pois se trata de um mercado muito importante que passa por grande instabilidade política. Altistas 1 – Com a estabilidade dos preços em um patamar mais baixo, a demanda está se reestabelecendo. Altistas 2 – Altas temperaturas e pouca ou nenhuma chuva são esperadas para a maior parte do cinturão do algodão norte-americano nos próximos dez dias. Bangladesh 1 – Após manter a violenta repressão à revolta dos estudantes, a primeira-ministra Sheikh Hasina renunciou. Na terça (6), o parlamento foi dissolvido pelo presidente, abrindo espaço para um governo interino e novas eleições. Bangladesh 2 – O economista Muhammad Yunus tomou posse nesta quinta (8) como chefe do governo interino de Bangladesh. Bangladesh 3 – Yunus, conhecido como ”banqueiro dos pobres”, ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2006 devido a suas iniciativas de microcrédito para a população mais pobre do país. Bangladesh 4 – Embora ainda não se saiba o impacto real das últimas semanas de manifestações, confrontos e morte de centenas de pessoas, a posse de Yunus está sendo recebida como o primeiro passo para a estabilidade bengalesa. EUA 1 – Será divulgado na próxima segunda (12) o relatório de Oferta e Demanda de algodão do USDA. Será a primeira estimativa para a safra 2024/25 com base na pesquisa com agricultores, o que pode mudar a tendência prevista. EUA 2 – As condições da safra pioraram pela 2ª semana consecutiva. Áreas “boas a excelentes” caíram 4pp, chegando a 45% do total. As áreas classificadas como “ruins a muito ruins” atingiram 27% do total (+5pp). China 1 – Pesquisa da BCO aponta que na safra 2024/25 a China terá 2,66 milhões ha de algodão (-3,2% em relação a 2023/24) e produção de 5,84 milhões tons (-2,8% aa). China 2 – Em jun/24, a China importou 155.841 tons de algodão (-40,45% em relação a mai/24 e +85,97% frente a jun/23). EUA, Brasil e Austrália foram os três maiores fornecedores no mês. China 3 – Em 2024, as importações chinesas de algodão totalizaram 1,8 milhão tons (+213,14% aa). No acumulado, Brasil, EUA e Índia encabeçam o ranking de exportadores aos chineses. Austrália – Em jun/24, a Austrália exportou 140.523 tons, volume superior tanto a mai/24 como a jun/23. No ano comercial, as exportações somaram quase 1,1 milhão tons. A China segue sendo o principal destino da pluma australiana. Brasil – Exportações 1 – As exportações brasileiras de algodão somaram 167,2 mil tons em julho de 2024. Volume recorde para o mês. Brasil – Exportações 2 – No acumulado de ago/23 a jul/24, as exportações brasileiras somaram 2,68 milhões tons. Volume recorde de embarques e alta de 185% em relação a 2022/23. Brasil – Colheita 2023/24 – Até ontem (08/08), foram colhidos na BA (61,9%), GO (65,66%), MA (56%), MG (60%), MS (95,2%), MT (44%), PI (60,77%), PR (100%) e SP (92%). Total Brasil: 49,4%. Brasil – Beneficiamento 2023/24 – Até ontem (08/08), foram beneficiados na BA (35%), GO (27,45%), MA (18%), MG (28%), MS (39%), MT (8%), PI (21,9%)  PR (100%) e SP (89%).Total Brasil: 14,9%. Preços do Algodão – Consulte tabela abaixo:

Resíduos da produção de cerveja incrementam ração de ovinos em Mato Grosso

Resíduos da produção de cerveja, mais precisamente a cevada, estão virando complemento nutricional para a ração de ovinos em Mato Grosso, juntamente com os de soja e milho recolhidos nos armazéns. Uma economia circular e com um melhor custo-benefício. Localizada em Campo Verde, região centro-sul de Mato Grosso, a Cabanha Cambará é um exemplo de sustentabilidade econômica. A Cabanha foi fundada por Pedro Paulo Montagner, mais conhecido como Pedro Cambará. ele chegou na região no final da década de 1970, acompanhando a família que saiu do Rio Grande do Sul. Junto com eles veio a tradição de criar carneiros. A Cabanha Cambará foi a primeira de Mato Grosso a trabalhar com a genética de ovinos. “Hoje, a principal atividade da Cabanha é a venda de reprodutores e matrizes para melhoramento genético. Mas, tem também os animais de abate, que não dão registro, animal que não classifica na seleção e aí vai para a comercialização de carne”, conta Pedro. Na propriedade são encontradas três raças de ovinos: Santa Inês, Dorper e Texel. O rebanho total varia entre 800 a uma mil cabeças, dependendo da época do ano e do fluxo do mercado. Dejetos viram fertilizante para pasto O criador explica que parte dos carneiros são criados à campo, em uma área de 15 hectares de pastagem. Enquanto, outra parte dos animais ocupam os estábulos suspensos, os quais contam com um piso de grade plástica, que além de mais confortável, deixa passar todos os dejetos, ficando, assim, o local sempre limpo. Segundo Pedro, ao invés de comercializar o esterco dos ovinos, ele optou em transformar o mesmo em fertilizante para o pasto. “Ele fica quatro, cinco, seis meses amontoado fazendo o processo de fermentação. Depois, este esterco é jogado nos pastos. Eu aprendi uma coisa com o meu avô, que tudo o que você tira e não coloca um dia acaba. Então, colocar o esterco, devolver na terra, aquilo que você tirou na pastagem é fundamento e é isso o que eu faço. Eu o deixo curtir, quando começa a chuva eu esparramo ele e o capim é isso o que vemos. Um espetáculo que vira”. Farelos complementam a nutrição animal Na alimentação, além do pasto, as ovelhas recebem ração como complemento nutricional. A ração do rebanho é basicamente composta por subprodutos. Resíduos de soja e milho recolhidos nos armazéns e cevada, sobras do processo de fabricação de cerveja. “Se olhar lá atrás, cinco anos, era tudo jogado fora. Hoje é tudo aproveitado. Essa é a nossa ração e os animais respondem. Tendo capim, massa para eles comerem e você dar uma ração dessas todos os dias de tardezinha, que é o que nós fazemos… Você vê o potencial dos nossos animais. A estrutura corporal. É uma alimentação nobre, pode ter certeza”, frisa Pedro. Ainda conforme o produtor, Mato Grosso possui potencial para criar ovinos. Contudo, “ninguém consegue imaginar o potencial que tem. Olha o absurdo de resíduos que nós temos dentro desse estado para usarmos na alimentação desses animais?”. E quando o assunto é ovinocultura em Mato Grosso, para ficar melhor só falta um frigorífico certificado que venha a possibilitar a comercialização da carne para fora dos limites de Campo Verde. “O Brasil inteiro tem déficit na carne ovina. Noventa por cento do que consumimos é importado. Para que importar num país tão rico como o nosso Brasil e, principalmente, o Mato Grosso? Você sabe que tudo é política e eu confio muito que em breve, no máximo um ano, nós vamos estar com o nosso frigorífico aqui em Campo Verde funcionando”. Canal Rural MT

Seguro agrícola é opção para reduzir prejuízos de produtores rurais mato-grossenses

Produtores rurais mato-grossenses tiveram prejuízos com a estiagem. De acordo com os dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea),  a produção da safra de soja 2023/24 teve uma queda de 13,83% ante a safra passada. Para amenizar esse cenário, os agricultores podem acionar os seguros agrícolas.  Essa modalidade possibilita aos produtores o recebimento de indenizações em caso de perda da safra ou danos à propriedade causados por esse fenômeno. E para orientá-los, a Cooperativa Sicredi Integração Mato Grosso, Amapá e Pará estará nesta terça-feira (6), na 50ª Exposul, em Rondonópolis.  Os seguros agrícolas protegem não apenas contra a seca extrema, mas também de incêndios, chuvas excessivas, granizo, geada, ventos fortes e outras adversidades climáticas, como no Seguro Colheita Garantida da cooperativa. Além dos seguros rurais, a cooperativa também levará para o evento temas como as oportunidades do Plano Safra 24/25, alternativas de nutrição para o rebanho no período de seca, como manter a propriedade protegida, assim como a agricultura familiar e o acesso às políticas públicas. De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), somente 15% das fazendas do país estão seguradas. No estado, o segundo semestre de 2023 foi devastador para a produção, uma vez que o agronegócio teve que enfrentar além da onda de calor, bloqueio de nuvens, El Niño e as mudanças climáticas.  Panorama climático que fez o Imea apontar que 87% dos produtores de soja não conseguirão cobrar o custo total desta safra.  “O seguro agrícola surge como uma solução para que esse produtor não tenha prejuízos caso ocorram as adversidades climáticas como as enfrentadas em Mato Grosso no último ano. É uma questão de sobrevivência para o campo, tanto para gerenciar as perdas, quanto para resguardar o financeiro”, explica Danilo Vicentim, Diretor Executivo da Cooperativa Sicredi.

Etanol de milho é responsável por quase 74% do cereal consumido dentro de Mato Grosso

Cerca de 15,85 milhões de toneladas de milho devem ser consumidas dentro de Mato Grosso na safra 2023/24. Deste volume, 11,69 milhões de toneladas, ou seja, 73,74% possuem como destino as usinas de etanol de milho. De acordo com as estimativas para a temporada, o consumo interno apresenta alta de 6,06% em relação ao ciclo 2022/23. Tal incremento, pontua o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), é creditado ao crescimento da produção do biocombustível no estado. Ao se analisar o consumo do cereal voltado para a ração animal, a participação deverá ficar em 26,26%. Das 4,16 milhões de toneladas de milho voltadas para a alimentação animal, 1,58 milhão de toneladas devem ser consumidas pela bovinocultura de corte, 1,33 milhão pela suinocultura e 1,07 milhão pela avicultura. Em termos de exportações, segundo o Imea, as projeções estão em 27,31 milhões de toneladas, o equivalente a 56,72% das perspectivas de demanda pelo grão mato-grossense. Já o mercado interestadual deverá ser responsável pelo consumo de 4,99 milhões de toneladas do milho produzido no estado nesta safra. Fonte: Canal Rural MT

Colheita de milho em Mato Grosso atinge 99,91% da área cultivada

A colheita de milho nas lavouras mato-grossenses já pode ser dada por encerrada e, até mesmo, considerada a mais rápida em relação aos trabalhos de anos anteriores. De acordo com o relatório do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a colheita do milho segunda safra chegou a 99,91% dos 6,9 milhões de hectares da área estimada para a temporada. O ritmo acelerado supera o da média das últimas cinco safras de 97,57% colhidos neste período. Os números do Imea apontam que somente a região sudeste ainda está com as colheitadeiras no campo, tendo em vista que 99,48% da área estava colhida até a última sexta-feira (2). Em um ano marcado pela falta de chuvas, o milho também sofreu com a estiagem e essa adversidade deve refletir no resultado final da safra. A expectativa é de que a produção chegue a 47,3 milhões de toneladas, cerca de 10% a menos que no último ciclo, quando o estado bateu recorde de produção com mais de 52,5 milhões de toneladas. Canal Rural MT

Farelo e óleo de milho agora contam com a mesma regulação tributária da soja

O farelo e óleo de milho passaram a ter o mesmo tratamento tributário da soja nesta quinta-feira (1º). A medida vai beneficiar toda cadeia produtiva do etanol de milho, de proteínas e até mesmo o consumidor final. A suspensão da incidência da contribuição para o PIS/Pasep e Cofins consta na Lei nº 14.943/2024. A isonomia tributária era uma proposta do Projeto de Lei (PL) 1548/2022, aprovado no Senado no dia 10 de julho. “É uma política importante para dar mais competitividade, primeiro, na formação de preços do milho, segundo porque incentiva a produção de etanol de milho, alinhando à demanda mundial por energia mais limpa”, destaca o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Quando da aprovação do Projeto de Lei no Senado no último mês, o presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco, salientou que tal medida beneficiaria. “Toda cadeia produtiva do etanol de milho, de proteínas e chegar até os consumidores finais. Quanto mais competitiva a indústria brasileira se torna, maior é a agregação de valor às matérias-primas, mais empregos são gerados e há uma melhor distribuição de renda”. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), as contribuições que passam a ser suspensas representam mais de 9%, aproximadamente, dos preços dos produtos. O Ministério ressalta ainda que pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não cumulativa da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins poderão descontar das referidas contribuições, débitos em cada período de apuração, crédito presumido calculado sobre a receita decorrente da venda no mercado interno ou da exportação dos produtos classificados da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi), e de lecitina de soja classificada, também da Tabela. As alíquotas estabelecidas no caso de comercialização de óleo de soja e de milho e de outros produtos da Tipi é de 27%. A porcentagem será atribuída sobre o valor de aquisição de óleo de soja e de óleo de milho classificados e, além, disso, para o insumo na produção de rações classificadas. Canal Rural MT