Missão técnica do Senar-MT busca conhecer novas práticas e inovações para a fruticultura

A produção de frutas em Mato Grosso a cada dia cresce, assim como a pesquisa de variedades adaptadas para o clima do mesmo. O que, de acordo com o presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, só vem a mostrar a aptidão para o desenvolvimento da fruticultura no estado. Nesta semana o Senar-MT realiza a Missão Técnica Nordeste 2024. Segundo a entidade, a ação, que terá duração de cinco dias, tem como objetivo promover um intercâmbio de conhecimentos da fruticultura em dois municípios vizinhos separados pelo Rio São Francisco: Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). A imersão pelo Vale do Rio São Francisco conta com a presença de presidentes de Sindicatos Rurais e produtores. Na oportunidade serão visitadas propriedades e empresas referências para a cadeia de frutas da região. Para Vilmondes Tomain a missão técnica é uma oportunidade de trazer conhecimentos aos produtores rurais e fomentar a produção de frutas no estado. “É um compromisso que nós da federação temos junto ao Senar para levar as pessoas ligadas ao Sistema a conhecerem novas tendências. Na Bahia eles conseguem ter uma grande produção de frutas mesmo com o problema hídrico. Aqui nós não temos esse problema. Então está na hora de Mato Grosso começar a olhar para esse lado, diversificar a sua produção, principalmente os pequenos produtores para atender essa demanda”. Responsável pela programação técnica, o gerente de Educação Formal do Senar-MT, Marcos Medeiros, pontua que a visita é importante para que os produtores possam conhecer as metodologias implementadas na Bahia, como o Centro de Excelência em Fruticultura, em Juazeiro. O Centro, inclusive, foi a primeira parada da missão técnica. Referência na preparação de novos profissionais para atender a demanda por mão de obra capacitada, o local forma cerca de 100 alunos por ano e 80% deles já saem com uma oportunidade garantida no mercado de trabalho. Centro de Excelência em Tangará da Serra O gerente de Educação Formal do Senar-MT, Marcos Medeiros, salienta que a visita, além de importante, é estratégica para a entidade mato-grossense do ponto de vista da Educação Formal. “Mato Grosso recebe uma unidade em 2025 que terá como cadeia produtiva Grãos, Fibras e Oleaginosas. Apresentar isso aos presidentes e mostrar a importância desse projeto para o estado e como isso poderá ser utilizado pelos sindicatos rurais”. De acordo com o superintendente adjunto do Senar-BA, Edmundo Franco, as iniciativas em Juazeiro serão modelos de inspiração para as ações a serem aplicadas no Centro de Excelência do Senar-MT, que está em fase de obras em Tangará da Serra. “Nós consideramos de vital importância a troca de experiências e receber a comitiva de Mato Grosso tem sido uma experiência de trocas mútuas, de saberes, e aqui os representantes de Mato Grosso vão ter a oportunidade de conhecer tudo o que há de mais moderno na fruticultura do Estado da Bahia”. Na avaliação do presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, “os dados são muito bem claros: é uma produção muito rentável para os produtores daqui. Quando você vem a campo e vê os resultados numa região tão seca, é surpreendente. Aqui é alto valor agregado e uma alternativa que os nossos produtores estão obtendo para serem implantadas em Mato Grosso. É conhecer melhor o que eles têm aqui e levar para o nosso estado”.

Colheita do milho está quase no fim em MT

A colheita do milho segunda safra 2023/24 está praticamente concluída. Isso porque, na última sexta-feira (26) os trabalhos chegaram a 99,28% da área de 6,9 milhões de hectares colhidos. Os trabalhos na safra atual foram mais acelerados em relação ao ano passado e a média dos últimos cinco anos. Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a colheita da safra 2022/23 nesta mesma época estava em 91,62%. Já a média histórica para o período é de 93,01%. Ao se analisar as regiões, a sudeste ainda é a mais “atrasada”. Por lá, até o momento, 96,99% da área de milho foi colhida. Já as demais ultrapassaram a marca de 99%. Até sexta-feira a região médio-norte já havia colhido 99,98% da área de milho. A noroeste 99,92% e oeste 99,85%. Já a centro-sul 99,63, a norte 99,51% e a nordeste 99,31%., segundo o Imea.

Produtores de MT serão visitados para recadastramento da tarifa de energia com desconto de até 80%

Equipes da concessionária de energia de Mato Grosso vão realizar entre os meses de agosto e novembro, o recadastramento dos clientes rurais, classificados como Irrigantes e Aquicultores. No estado, são 642 clientes e todos serão visitados presencialmente. Os agendamentos estão sendo feitos pela gerência de Serviços Comerciais da Companhia. A tarifa de energia diferenciada prevê desconto até 80% para o grupo A (ligados em alta tensão / horosazonal) no valor cobrado pela energia consumida em atividades de irrigação e de aquicultura, no período de 8 horas e 30 minutos contínuos no horário entre 21h30 e 6h. De acordo com o gerente de serviços comerciais da Energisa, Roberto de Carvalho, para manter esse cadastro é muito simples. “Nós já estamos encaminhando informações na fatura, mas também vamos direcionar as informações por e-mail, em visitas presenciais”, destacou. O recadastramento segue a determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), publicada em dezembro de 2023 por meio da Resolução Normativa nº 1082/2023 que estabelece à distribuidora de energia promover a revisão cadastral e a certificação da atividade desenvolvida na unidade consumidora, visando a manutenção dos descontos tarifários concedidos aos consumidores. Para agilizar o atendimento, a concessionária reforça que é importante que o produtor encaminhe de forma antecipada os documentos relacionados abaixo para o seguinte email: res901.recadastramentoemt@energisa.com.br. Os documentos exigidos são: declaração emitida por órgão competente (SEMA) que comprove a atividade desenvolvida e licenciamento ambiental e a outorga de utilização dos recursos hídricos nos termos do artigo 186, § 7º da REN 1000/2021 e, caso não aplicável, a comprovação de sua não aplicabilidade. O material ainda poderá ser entregue, em cópia simples, durante as visitas técnicas nas propriedades. Dúvidas são esclarecidas pelo telefone 0800-6484-196, em horário comercial.

Proliferação do mosaico dourado causa prejuízos de até R$ 3 mi para produtor de feijão em MT

Produtores de feijão do médio-norte mato-grossense estão apreensivos com a alta pressão de mosca branca contaminada com vírus do mosaico dourado nos feijoeiros da região. Em Sorriso, há produtor calculando prejuízos na casa dos R$ 3 milhões nesta safra, entre uso de inseticidas e perdas de produtividades. Estimativas da Aprofir-MT, associação que representa o setor, apontam que as perdas na produção desta temporada podem ultrapassar 1,5 milhão de sacas de feijão no estado. Além de perdas consolidadas de até 100% em algumas lavouras, o inseto vetor está triplicando o número de aplicações de produtos em muitas plantações, elevando assim o custo de produção. É o caso da propriedade em que o gerente de produção Carlos Alberto Weber. “Vamos tentar ver o que conseguimos colher. Ver o que conseguimos tirar ainda da lavoura. Nós esperávamos uma produtividade muito boa, mas com a doença instalada na lavoura não tem condição”, diz. O investimento realizado na propriedade, que conta inclusive com área irrigada, foi para colher no mínimo 50 sacas de feijão por hectare, segundo o gerente de produção. Contudo, a expectativa hoje é de aproximadamente 15 sacas por hectares, caso consigam colher. Além das perdas em produtividade, o custo de produção ficou acima do projetado na propriedade devido ao aumento das aplicações que saltaram de sete para 20. Questionado sobre os resultados obtidos de tal ampliação, Carlos Alberto afirma que nenhum. “A prova está aí para quem quiser ver. Esse ano a aplicação de três em três dias de produto não conseguimos controlar nem um pouco da doença”. Mosca branca ainda assombra as lavouras A mosca branca, explica o consultor agronômico Rubens de Oliveira Dias, é o principal vetor da doença do mosaico dourado. “Ela é uma virose que entra na planta e dá um distúrbio fisiológico nela. Dá um tom amarelado para dourado. É esse tom que nós vemos na lavoura e dá um super rebrotamento na planta, abortamento de flor e danificação de vagem. A parte de senescência também é comprometida, perdendo na capacidade produtiva dele. E minha preocupação é o que vai acontecer daqui para frente”. O produtor Nédio Germiniani cultivou 800 hectares de feijão nesta temporada com pivô na propriedade em Sorriso. De acordo com ele, antes se realizavam as aplicações para combater a mosca branca e “pronto”, não ocorrendo a contaminação. “Agora do jeito que está, a cada três dias nós estamos passando na bordadura. Um dia sim, um dia não e não consegue controlar. Vários produtores tiveram que abandonar os pivôs, porque não deram mais conta. Aplica, aplica e está morrendo tudo. Contaminou tudo. Não está produzindo mais nada. Nós estamos aqui tentando salvar o miolo do pivô”, frisa. A Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir-MT) comenta que a situação observada nas lavouras em Sorriso se estende para outros municípios, como Nova Ubiratã e Lucas do Rio Verde. “Nós estamos tendo lavouras de Sorriso, Nova Ubiratã, Lucas do Rio Verde que estão sendo extremamente prejudicadas pela infestação desse mosaico dourado. Temos lavouras com perdas de 100%, temos agricultores entrando em estado de desespero, pois não sabem o que fazer, porque a partir do momento em que essa doença entra, não tem nenhum produto que controle ela mais”, pontua o presidente da entidade, Hugo Garcia. O cultivo de semente de feijão fora de época é apontado pelos produtores rurais como a principal motivação da proliferação da doença do mosaico dourado nos feijoeiros. Cenário que, segundo eles, pode colocar em risco o futuro da cultura na região. “O produtor está salvando o grão para fazer a semente durante a safra e coloca essa cultura antes do pivô, onde a mosca aumenta e prolifera o mosaico, a virose e depois começa a migrar para a área irrigada”, relata o consultor agronômico Rubens de Oliveira Dias. O presidente da Aprofir-MT, Hugo Garcia, ressalta que diante dessa ponte verde, “a mosca branca que estava no outro feijão, ela contaminada vai começar a contaminar o outro feijão que está nascendo, então assim o estrago é muito grande”.

Indea publica nova regra sobre uso de agrotóxicos em Mato Grosso

O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) publicou uma nova Instrução Normativa (IN) que dispõe sobre as regras para o uso de produtos agrotóxicos, produtos de controle ambiental e afins nas culturas produtivas do Estado. A IN nº 002/2024 traz como novidade a possibilidade de emissão de Receitas Agronômicas Complementares, permitindo a alteração da recomendação técnica quando houver alterações nos parâmetros técnicos que subsidiam a receita original ou quando a safra tiver decorrido sem o uso do produto adquirido ou parte dele. “Na prática, caso o produtor rural tenha comprado agrotóxicos para a cultura de soja, mas sobrou produtos registrados que podem ser utilizados para a defesa de outras culturas, como milho ou algodão, por exemplo, um profissional legalmente habilitado poderá emitir uma receita agronômica complementar, devendo essa alteração ser informada ao Indea-MT. Até antes dessa normativa, isso não era permitido”, comenta o diretor técnico do Indea, Renan Tomazele. Ele acrescenta ainda que as Receitas Agronômicas Complementares devem ser registradas no Sistema de Defesa Vegetal (SISDEV), mantendo a rastreabilidade do uso dos agrotóxicos, produtos de controle ambiental e afins. Essa nova regra foi publicada no Diário Oficial do Estado dia 19 de julho de 2024, passando a valer já a partir da data de publicação. A IN reitera que os agrotóxicos, produtos de controle ambiental e afins só podem ser comercializados a usuário final cadastrado no Indea e mediante apresentação de receita agronômica, emitida por profissional legalmente habilitado, e somente podem ser utilizados em conformidade com as recomendações da receita, respeitando as distâncias mínimas previstas na legislação, e quando as condições de aplicação não implicarem em ocorrência de deriva em áreas não alvo, cursos d’água, pessoas, escolas, habitações, agrupamento de animais e outras culturas, cultivadas ou não.

Produtividade estimada no milho 24/25 cobre apenas custeio em Mato Grosso

O produtor de milho em Mato Grosso terá que fazer muitos cálculos para a temporada 2024/25. Isso porque, a estimativa de Custo Operacional Total (COT) é de 142,44 sacas por hectare. Volume superior à produtividade média prevista em 110,85 sacas por hectare, que cobriria apenas o desembolso com o custeio projetado em 89,71 sacas em média. As informações constam no Acompanhamento dos Custos das Produções Agropecuárias de Mato Grosso Safra 2024/25 (Acapa-MT), divulgadas pelo Imea e o Senar-MT. O levantamento mostra que o COT no mês de junho ficou estimado em R$ 5.126,37, 0,21% acima do observado em maio. Ele é resultado da soma do Custo Operacional Efetivo (COE), das depreciações e do pró-labore. Ao se analisar o COE a alta na variação mensal foi de 0,24%, ficando este cotado em média a R$ 4.589,36. Ele é impactado, principalmente, pelo Custeio, que ficou em R$ 3.228,67 por hectare e registrou na variação mensal incremento de 0,11%, devido ao aumento de 1,51% nos fertilizantes e corretivos, bem como o arrendamento que subiu 2,46% no período analisado. “Ao analisar o Ponto de Equilíbrio (PE), levando em consideração o preço ponderado de junho do milho em R$ 35,99 a saca, o produtor terá que produzir 127,52 sacas por hectare na safra 2024/25” para cobrir os custos com o COE, frisa o Imea. Ainda de acordo com o Instituto, “quando comparada com a 2023/24, a despesa aumentou 6,13 por hectare, puxada pela alta do pacote tecnológico no ciclo futuro”. O Imea ressalta que para a safra 2024/25 ainda não há uma estimativa de produtividade, contudo, “levando em consideração a média de produtividade das últimas três safras (110,85 sacas por hectare), o produtor cobrirá apenas o custeio da temporada. Com os custos elevados e a produtividade em aberta para a próxima safra é necessário que o produtor continue atento às melhores oportunidades de negócio e tente minimizar as suas despesas na temporada”. Por fim, o Custo Total (CT) de produção para a safra 2024/25 de milho em Mato Grosso fechou junho cotado em R$ 6.063,21. Montante este, inclusive, superior aos R$ 5.869,12 do ciclo 2024/23 e dos R$ 4.395,84 por hectare observados na temporada 2021/22. Canal Rural MT

Exportação de carne bovina em Mato Grosso dispara no primeiro semestre de 2024

O setor de carne bovina brasileiro vive um momento de grande expansão, com resultados expressivos no primeiro semestre de 2024. No contexto nacional, Mato Grosso se destaca como líder na produção de carne bovina sustentável e de qualidade, com participação de cerca de 14%. De acordo com relatório apresentado pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), o número de animais abatidos no estado aumentou 25,86% no primeiro semestre de 2024, no comparativo com o mesmo período de 2023. “Houve um aumento significativo no número de animais abatidos em Mato Grosso devido ao abate de fêmeas, que impulsionou esse crescimento nos primeiros meses do ano. É uma situação esperada e ligada ao ciclo pecuário. Esse aumento na oferta de gado nas indústrias impacta em valores, levando até a desvalorização da arroba do boi gordo, mas a demanda externa forte ajudou a equilibrar os preços”, comenta o analista técnico do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), Valdecir Francisco Pinto Junior. Na produção de carne bovina, um relatório elaborado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), mostra que o Brasil segue em 2º no ranking mundial, aumentando a sua produção em 3,65% em relação ao ano de 2023, enquanto os Estados Unidos diminuiu a sua produção em 1,17%, no mesmo período. Nesse cenário promissor para o Brasil, segundo análise da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), Mato Grosso se destaca como um dos principais exportadores de carne bovina durante o primeiro semestre de 2024, com 317,46 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC) destinadas ao mercado externo. O volume corresponde a um aumento significativo de mais de 33% em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram embarcadas 238,09 mil toneladas para outros países. Esse montante negociado por Mato Grosso de janeiro a junho, resultou num valor de US$1 bilhão 270 milhões de dólares, sendo pago US$4.014,23 por tonelada exportada. Já em 2023, as exportações de carne bovina de Mato Grosso tiveram uma arrecadação de US$1 bilhão e 60 milhões de dólares, mas na época o valor pago pela tonelada de carne bovina era um pouco maior, de US$4.483,04 a tonelada. Mesmo com altos e baixos, a exportação continua como um propulsor essencial na sustentação dos preços da cadeia da carne e Mato Grosso expande mercados para diversos países. Conforme o relatório da SECEX, a China continua líder nas aquisições da carne mato-grossense, com uma participação de 41,82% na importação da proteína. O volume adquirido pelo país asiático chegou a 145,90 mil toneladas este ano. Outro país que vem ganhando destaque, são os Emirados Árabes Unidos, que tem aumentado a sua participação ao longo dos últimos anos, passando a ser o segundo maior comprador em 2024. A perspectiva do setor é positiva, com expectativa de crescimento contínuo das exportações nos próximos anos. A qualidade da carne bovina brasileira, aliada à crescente demanda internacional e à diversificação dos mercados consumidores contribui para a segurança alimentar global e o desenvolvimento socioeconômico do país, garantindo um futuro promissor para o sucesso do agronegócio brasileiro. “A tendência é de que o elevado número de animais abatidos continue, indicando um ano de recorde frente a anos anteriores. A exportação ainda está aquecida com Mato Grosso contribuindo com aproximadamente 23% das exportações brasileiras e os valores continuarão na mesma média mais abaixo de anos anteriores, com o pagamento da tonelada menor. A previsão é que a China continue sendo o maior mercado mato-grossense, mas vemos uma diminuição da nossa dependência deste cliente, aumentando as possibilidades de compra para outros países como o Oriente Médio e destinos africanos, no qual a maioria com a religião islâmica potencializa os abates hallal. Para se ter ideia, Mato Grosso tem atualmente, 23 plantas frigoríficas habilitadas nesta modalidade de abate”, finaliza Valdecir.

Preços da soja reage e produtores têm semana animadora

Os produtores brasileiros de soja tiveram uma semana animadora com a alta dos preços da soja. O mercado registrou um aumento significativo nas negociações, impulsionado pela valorização cambial. Essa movimentação positiva refletiu-se em diversas regiões do país, com elevações notáveis nos preços pagos pela soja. Em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, o preço da saca subiu de R$ 131 para R$ 132. A região das Missões também registrou um aumento, com os preços passando de R$ 130 para R$ 131. No porto de Rio Grande, a cotação avançou de R$ 136 para R$ 138, refletindo a demanda aquecida. No Paraná, a cidade de Cascavel viu os preços valorizarem de R$ 127,50 para R$ 130, enquanto no porto de Paranaguá, a saca subiu de R$ 137 para R$ 139. Outras regiões também acompanharam essa tendência. Em Rondonópolis, Mato Grosso, o preço da soja passou de R$ 125 para R$ 126,50. Dourados, no Mato Grosso do Sul, registrou uma elevação de R$ 120 para R$ 122. No estado de Goiás, em Rio Verde, os preços subiram de R$ 121 para R$ 123. Simultaneamente, no mercado internacional, os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam em leve alta. A demanda pelo produto norte-americano mostrou sinais de recuperação, o que ajudou a impulsionar o mercado, apesar de um cenário fundamental que inclui previsões de clima favorável para as lavouras dos Estados Unidos, sugerindo uma safra cheia. Durante a manhã, as cotações chegaram aos níveis mais baixos dos últimos quatro anos, mas se recuperaram ao longo do dia. Os exportadores privados dos Estados Unidos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 510.000 toneladas de soja para destinos não revelados, a serem entregues na temporada 2024/25. Além disso, foram reportadas vendas de 150.000 toneladas de farelo e torta de soja para destinos não revelados, também para a temporada 2024/25. As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2023/24, totalizaram 360.100 toneladas na semana encerrada em 11 de julho, enquanto para a temporada 2024/25 foram mais 375.000 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 300 mil e 900 mil toneladas, somando as duas temporadas. Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com alta de 1,25 centavo de dólar, ou 0,11%, a US$ 10,98 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,43 por bushel, com ganho de 2,00 centavos ou 0,19%. Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 0,60 ou 0,19% a US$ 311,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 44,33 centavos de dólar, com alta de 0,34 centavo ou 0,77%. No Brasil, a valorização do dólar também teve impacto significativo. O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,9%, sendo negociado a R$ 5,5886 para venda e a R$ 5,5865 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,4801 e a máxima de R$ 5,5891. Essa combinação de fatores trouxe um alívio para os produtores brasileiros de soja, que viram os preços subirem em várias regiões do país. Com a demanda externa aquecida e a valorização do câmbio, a perspectiva para o mercado de soja é positiva, trazendo esperança e otimismo para o setor. Fonte: Pensar Agro

Produtores apresentam demandas para Sinfra, Via Brasil e Nova Rota, em Sinop

Mais de 100 produtores e delegados da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) participaram da reunião da Comissão de Logística, no Sindicato Rural de Sinop. A reunião foi realizada na segunda-feira (15.07) e teve participação das Concessionárias Via Brasil, Nova Rota do Oeste e da Secretaria de Infraestrutura de MT (Sinfra-MT). De acordo com o diretor-administrativo da entidade, Diego Bertuol, as reuniões de comissões fora da sede são importantes, pois aproximam a entidade de seus associados. Além disso, permite que os produtores apresentem suas demandas, principalmente em relação à BR-163, importante via de escoamento da safra de grãos da região Norte de MT. “Atualmente, quase 20 milhões de toneladas de soja são escoadas através da BR-163 até as Estações de Transbordo de Miritituba, no Pará. Isso mostra a importância dessa rodovia e a necessidade da Ferrogrão, que começaria aqui em Sinop. Além disso, essa reunião é uma oportunidade de os produtores passarem suas demandas para entidade”, destaca Bertuol. Já o vice-presidente Norte da Aprosoja-MT e presidente do Sindicato Rural de Sinop, Ilson Redivo, lembrou que a rodovia federal não suporta mais o tráfego de caminhões, tanto no sentido Sul, como Norte. Por outro lado, Redivo agradeceu ao Governo do Estado por estar duplicando a rodovia federal, dando destinação correta aos recursos do Fethab. “Mas nós temos que avançar bastante nas estradas vicinais, nas estradas estaduais, precisamos integrar todos os municípios para facilitar a vida do produtor. O Estado de Mato Grosso é um Estado essencialmente agrícola, que tem a sua base econômica pautada na agricultura e nós temos que valorizar esse setor”, pontua Redivo. O diretor-presidente da Concessionária Via Brasil, Ricardo Barra, também participou da reunião e mostrou os avanços feitos pela empresa, após quase 2 anos de início do contrato. A Via Brasil é responsável pela BR-163 entre Sinop e o distrito de Miritituba, no Pará. Barra disse ainda que está sendo avaliada a possibilidade de duplicação da via, entre Sinop e Guarantã do Norte. Nesse trecho, segundo Ricardo Barra, trafegam cerca de 6 mil veículos por dia, entre carretas e veículos menores. Portanto, a duplicação é necessária para desafogar esse percurso. Já de Guarantã até Miritituba, o tráfego cai para cerca de 3 mil veículos, predominando carretas, que levam os grãos produzidos no Nortão para exportação pelos portos do Arco Norte. “Quem sabe das necessidades são os produtores, que precisam da rodovia para exportar sua produção e nosso trabalho aqui é prestar um serviço de qualidade aos nossos clientes. Então, esse é um momento muito importante para estarmos ouvindo um pouco o que eles têm a dizer e adaptar nossos serviços para um bom atendimento a essas demandas”, disse Barra. Para a secretária-adjunta de Obras Rodoviárias da Sinfra-MT, Nívia Calzolari, o encontro foi uma oportunidade para mostrar a aplicação dos recursos do Fethab na região, tanto na construção de novos pavimentos, como restauração de rodovias, além de construção de pontes de concreto na região, além de ouvir as necessidades dos produtores. “Essa reunião ajuda na parte da assertividade e da necessidade. Por exemplo, às vezes um trecho de 15 km é crucial para uma região e é o produtor que sabe a necessidade da região. Nós olhamos o Estado de forma macro, mas é o produtor que precisa falar qual é o gargalo dele e a gente ouvir e saber o que a precisamos melhorar”, conclui Nívia Calzolari.

Custos da soja em Mato Grosso sobem impulsionados pelos fertilizantes

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou novos dados que apontam para um aumento nos custos de produção da safra de soja 2024/25 em Mato Grosso. Segundo o levantamento, o custo estimado por hectare subiu 0,54% em junho, alcançando R$ 3.983,89. A principal responsável por esse incremento é a alta nos preços dos fertilizantes e corretivos. Os macronutrientes, essenciais para a nutrição das plantas, registraram um aumento de 1,31% em relação ao mês anterior. Essa tendência de alta nos insumos agrícolas tem pressionado os custos de produção e gerado preocupação entre os produtores. O Custo Operacional Efetivo (COE), que engloba todos os gastos diretos com a produção, também apresentou alta de 0,44% no período, atingindo R$ 5.511,79 por hectare. Para cobrir esse custo, o produtor mato-grossense precisará negociar sua produção a um preço mínimo de R$ 95,08 por saca de 60 kg, ou então alcançar uma produtividade de pelo menos 52,96 sacas por hectare. Desafios e Perspectivas Os dados do Imea evidenciam os desafios enfrentados pelos produtores de soja em Mato Grosso. A alta nos custos de produção, aliada à incerteza em relação aos preços de mercado, exige um planejamento cuidadoso e a adoção de tecnologias que otimizem a produção e reduzam os gastos. Para garantir a rentabilidade da atividade, os produtores precisarão buscar alternativas para reduzir os custos, como a utilização de fertilizantes mais eficientes, a adoção de práticas de manejo sustentável e a negociação de melhores condições de crédito. Além disso, a diversificação da produção e a busca por novos mercados podem contribuir para mitigar os riscos e aumentar a renda dos agricultores. Fonte: Pensar Agro