Plantio do milho entra na reta final em Mato Grosso

A janela ideal para o plantio do milho encerrou no último dia 25 de fevereiro. Agora, os produtores em Mato Grosso correm contra o tempo para tentar garantir um pouco de umidade, uma vez que os modelos meteorológicos apontam corte de chuvas a partir da segunda quinzena de abril. Até o dia 1º de março, 90,05% da área destinada ao cereal estava semeada no estado. O plantio do milho avançou 9,68 pontos percentuais na variação semanal, revela o relatório do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Ao se comparar com o ciclo passado, os trabalhos da atual temporada estão 0,69 ponto percentual à frente dos 89,36% semeados na época o ano passado. No que tange a média histórica dos últimos cinco anos, destaca o Instituto, a mesma é de 88,86% para o período. Durante a live do Projeto Mais Milho, no dia 29 de fevereiro, o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller, comentou que o período do desenvolvimento do milho segunda safra seguirá com tempo seco e quente, porém com chuvas durante o mês de março. Ele alertou ainda a necessidade dos produtores rurais da região Centro-Oeste, em especial Mato Grosso, estarem atentos quanto a cigarrinha. “Os modelos [meteorológicos] indicam corte de chuva depois da segunda quinzena de abril na região Centro-Oeste. Região Sudeste também ficar com esse linear de corte de chuva. Então, as lavouras que já foram semeadas e estão em desenvolvimento vão pegar as chuvas ainda nas próximas semanas, vai favorecer, principalmente, na época do enchimento de grãos”. Sudeste é a mais atrasada De acordo com o Imea, a região sudeste é a mais atrasada com o plantio do milho em Mato Grosso. Até o momento apenas 81,88% da área foi semeada por lá. As regiões nordeste e centro-sul aparecem em seguida com 84,76% e 84,92%, respectivamente. Já a região médio-norte é a mais adiantada com os trabalhos. Ao todo 96,77% da área foi plantada. Na oeste 93,97%, enquanto na noroeste 91,50% e na norte 89,27%. Canal Rural MT

Aprosoja pede à FPA criação de CPI para investigar banimento de defensivos

A decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) de proibir o uso do Tiametoxam pode aumentar o preço dos alimentos no país e prejudicar a sustentabilidade da produção agrícola. O alerta é da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), em nota divulgada à imprensa. A entidade também pede que os parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) instaure uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional para investigar as supostas “coincidências” de banimento de produtos logo após o fim do prazo de proteção de patentes de moléculas químicas. “Curiosamente, o processo que culminou no banimento do Tiametoxam iniciou logo após o fim da patente do produto, coincidência que nos faz lembrar de outras ocorrências dessa natureza, como o banimento do Paraquat, que ajudou a impulsionar as vendas do Diquat, um produto de mesma toxicidade e menor eficiência”, afirma a nota. “A instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito é necessária e urgente para avaliar e corrigir distorções nesse processo”, completa. Os produtos à base de Tiametoxam são utilizados em diversas culturas para controle de pragas como pulgões, moscas-brancas, cigarrinha-do-milho, tripes, besouros e algumas espécies da ordem dos lepidópteros. “A sua proibição pode resultar em um descontrole dessas pragas, dada a resistência desenvolvida por insetos a outros inseticidas”, diz a entidade. Ainda de acordo com a Aprosoja-MT, o Tiametoxam apresenta um perfil toxicológico que o classifica como medianamente tóxico, e seu uso, conforme as recomendações, contribui para a proteção das culturas ao longo de todo o ciclo produtivo, oferecendo não apenas controle de pragas, mas também promovendo o desenvolvimento saudável das plantas. Ademais, a entidade afirma que a decisão do órgão foi tomada sem nenhum estudo realizado no Brasil e que o mesmo reconhece em seu parecer que “não há, no Brasil, registros oficiais de casos em que o uso autorizado desse agente químico tenha sido, comprovadamente, a causa da mortalidade de abelhas”. Veja a nota na íntegra: Impactos da Proibição do Tiametoxam e a urgente e necessária atuação da FPA Entidade pede que a Frente Parlamentar da Agropecuária investigue recorrente coincidência de banimento de produtos logo após o fim do prazo de proteção de patentes de moléculas químicas. A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja MT) expressa profunda preocupação com a decisão do IBAMA de proibir produtos à base de Tiametoxam, um ingrediente ativo de fundamental importância para a agricultura brasileira. Essa medida afeta não somente a produtividade no campo, mas também compromete a própria sustentabilidade da produção e a disponibilidade de alimentos para a população, inflacionando o preço dos alimentos. O Tiametoxam, autorizado para uso em uma ampla variedade de culturas, incluindo soja, milho, algodão, abacaxi, morango, abobrinha, melão, batata, café, dentre outras, é essencial para o controle de pragas como pulgões, moscas-brancas, cigarrinhas-do-milho, tripes, besouros, e algumas espécies da ordem dos lepidópteros. A sua proibição pode resultar em um descontrole dessas pragas, dada a resistência desenvolvida por insetos a outros inseticidas. Além disso, o Tiametoxam apresenta um perfil toxicológico que o classifica como medianamente tóxico, e seu uso, conforme as recomendações, contribui significativamente para a proteção das culturas ao longo de todo o ciclo produtivo, oferecendo não apenas controle de pragas, mas também promovendo o desenvolvimento saudável das plantas. A recente lei aprovada pelo Congresso Nacional tenta conectar os órgãos que realizam a reanálise de produtos justamente para evitar que decisões sejam tomadas analisando apenas uma ótica. Nesse caso, do banimento do Tiametoxam, o produto tem substitutos, mas estes são menos eficientes, ou seja, precisarão de mais aplicações e em maiores quantidades, aumentando ainda mais o custo de produção, além disso, as moléculas substitutas apresentam mais riscos toxicológicos à saúde humana. Importante destacar que, no próprio relatório o IBAMA reconhece que “não há, no Brasil, registros oficiais de casos em que o uso autorizado desse agente químico tenha sido, comprovadamente, a causa da mortalidade de abelhas”. Ainda analisando o documento podemos perceber uma certa mensagem endereçada ao nosso Parlamento. Em determinado trecho o órgão parece se insurgir contra a lei aprovada pelas duas Casas: “Cumpre esclarecer que tal atribuição dada ao órgão federal registrante não limita, condiciona ou restringe a atuação deste Ibama, pois cada autoridade envolvida no registro de agrotóxicos atua sempre nos limites de suas competências, com independência técnica e sem qualquer relação de hierarquia e subordinação”. Curiosamente, o processo que culminou no banimento do Tiametoxam iniciou logo após o fim da patente do produto, coincidência que nos faz lembrar de outras ocorrências dessa natureza, como o banimento do Paraquat, que ajudou a impulsionar as vendas do Diquat, um produto de mesma toxicidade e menor eficiência. Esse sincronismo histórico e a própria insubordinação aparente do órgão às leis aprovadas pelo Congresso Nacional são fundamentos suficientes para justificar uma análise mais minuciosa do processo de aprovação e restrição de moléculas químicas no território nacional. Não podemos conviver com dúvidas, como também não devemos aceitar que órgãos técnicos admitam tomar decisões que afetam a saúde e a segurança alimentar da população sem a produção de estudos locais. A instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito é necessária e urgente para avaliar e corrigir distorções nesse processo.

Dez municípios concentram um quarto de todo o rebanho bovino de MT

O rebanho bovino mato-grossense em 2023 registrou mais de 34,1 milhões de cabeças, como aponta o relatório da segunda campanha estadual de atualização de estoque de rebanho, realizada entre os meses de novembro e dezembro. Segundo o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT), dez municípios concentram um quarto de todo o rebanho. O rebanho bovino mato-grossense em 2023 registrou mais de 34,1 milhões de cabeças, como aponta o relatório da segunda campanha estadual de atualização de estoque de rebanho, realizada entre os meses de novembro e dezembro. Segundo o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT), dez municípios concentram um quarto de todo o rebanho. O levantamento mostra que juntos os municípios de Cáceres, Vila Bela da Santíssima Trindade, Juara, Colniza, Juína, Alta Floresta, Pontes e Lacerda, Nova Bandeirantes, Porto Esperidião e Aripuanã contam com um rebanho bovino de 8,6 milhões de cabeças. O Instituto frisa que o estado conta com um total de 109.751 estabelecimentos rurais com bovinos e um total de 126.441 produtores rurais. Desse total, 98,89% realizou em dezembro passado a comunicação do estoque de rebanho. Apenas 1.404 não realizaram o informe dentro do período, ficando sujeitos a multas. Maior volume de abates impacta no saldo Ao se comparar com a primeira campanha de atualização de estoque de 2023, realizada entre maio e junho, se observa uma redução de 346,7 mil animais. A primeira campanha havia apontado um total de 34.473.643 bovinos. O coordenador de Defesa Sanitária Animal, João Marcelo Néspoli, explica que tal retração se deve, principalmente, ao aumento no número de abates, e, dentro desse cenário, o crescimento do abate de fêmeas. De acordo com o Indea-MT, em 2023 Mato Grosso abateu 400 mil matrizes a mais do que em 2022. “Com menos matrizes, a propriedade reduz a produção de bezerros, o que também contribui para a diminuição do rebanho. A análise dos nossos dados apontou ainda que houve aumento no abate de fêmeas acima de 36 meses, que é uma faixa etária de matrizes. Fêmeas criadas para o abate vão para os frigoríficos antes dessa idade”, esclarece João Marcelo Néspoli.

Líder nacional de rebanho bovino MT possuí 34 milhões de cabeças de gado

Mato Grosso se mantém como líder nacional de rebanho bovino, com 34,1 milhões de cabeças de gado aponta o relatório da  2ª campanha estadual de atualização de estoque de rebanho divulgado pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT) divulgou nesta terça-feira (27). O levantamento foi realizado entre os meses de novembro e dezembro de 2023. O Estado conta com um total de 109.751 estabelecimentos rurais com bovinos e um total de 126.441 produtores rurais. Desse total, 98,89% realizou em dezembro passado a comunicação do estoque de rebanho. Apenas 1.404 não realizaram o informe dentro do período, ficando sujeitos a multas. Dez municípios concentram um quarto de todo o rebanho, sendo eles: Cáceres, Vila Bela da Santíssima Trindade, Juara, Colniza, Juína, Alta Floresta, Pontes e Lacerda, Nova Bandeirantes, Porto Esperidião e Aripuanã, que, juntas, têm 8,6 milhões de cabeças de gado.  O levantamento identificou uma leve diminuição na quantidade de gado em relação à 1ª campanha atualização de estoque de 2023, realizada de maio junho do ano passado, a qual havia apontado um total de 34.473.643 bovinos.  O coordenador de Defesa Sanitária Animal, João Marcelo Néspoli, explicou que essa diminuição de 346,7 mil animais de uma campanha estadual para outra se deve principalmente ao aumento no número de abates, e, dentro desse cenário, o crescimento do abate de fêmeas. Em 2023, Mato Grosso abateu 400 mil matrizes a mais do que em 2022. “Com menos matrizes, a propriedade reduz a produção de bezerros, o que também contribui para a diminuição do rebanho. A análise dos nossos dados apontou ainda que houve aumento no abate de fêmeas acima de 36 meses, que é uma faixa etária de matrizes. Fêmeas criadas para o abate vão para os frigoríficos antes dessa idade”, explicou João Marcelo Néspoli. (Com informações Assessoria)

Mato Grosso registra recorde de esmagamento de soja em janeiro

O esmagamento de soja em janeiro foi recorde para o mês em Mato Grosso. Foram processadas 936.744 mil toneladas do grão. O volume representa um aumento de 10,74% no comparativo com a mesma época do ano passado, enquanto em relação ao mês de dezembro de 2,41%. O cenário para o resultado observado, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), foi influenciado por diversos fatores. Entre eles a maior disponibilidade da soja, uma vez que a colheita no estado teve início mais cedo, a abertura de novas indústrias e a baixa no preço da soja. No que tange à margem bruta do esmagamento, o indicador aponta aumento de 38,60% ante dezembro, e ficou estimado em R$ 521,67 a tonelada. Ainda conforme o Imea, apesar da queda nos preços do farelo e do óleo de soja no mês de janeiro, o valor da soja em grão teve uma maior desvalorização frente aos subprodutos. Tal fato proporcionou o aumento da margem das esmagadoras. A soja no mercado disponível encerrou o mês de janeiro cotada em média a R$ 95,88 a saca de 60 quilos. “É importante ressaltar que na primeira quinzena de fevereiro, os valores da soja em grão continuaram com tendência baixista, o que poderá influenciar na margem bruta e no ritmo de esmagamento neste mês no estado”, salienta o Instituto.

Produtores em Mato Grosso colhem mais de 76% da soja

A colheita da soja em Mato Grosso atingiu 76,44% dos 12,1 milhões de hectares semeados nesta safra 2023/24. Os trabalhos nas regiões médio-norte e oeste são os mais avançados, podendo encerrar nos próximos dias. A previsão no estado, segundo a última projeção do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), é colher 38,4 milhões de toneladas do grão. De acordo com o relatório de colheita, divulgado no dia 23, os trabalhos nas lavouras de soja apresentaram um avanço de 11,37 pontos percentuais na variação semanal. Ao se comparar com a média histórica dos últimos cinco anos, a atual temporada está acima dos 72,02% para o período. O relatório do Imea destaca ainda que nesta época o ciclo 2022/23 encontrava-se com 76,27% da área de soja colhida. Médio-norte e oeste na reta final Principal região produtora de grãos de Mato Grosso, a médio-norte contava até o dia 23 de fevereiro com 97,38% da área de soja colhida. Já na oeste 95,62%. Segundo o levantamento, as regiões norte e noroeste colheram 81,89% e 79,50% de suas respectivas áreas, enquanto a centro-sul 65,91% e a sudeste 61,38% A mais atrasada com a colheita é a nordeste com apenas 51,48% da soja retirada das lavouras.

Abrapa: semana de volatilidade marca o mercado do algodão

A semana para o mercado do algodão foi de grande volatilidade e encerrou com saldo negativo. Contratos para julho na bolsa de Nova York tiveram queda de 1,8%, enquanto para dezembro de 1,6%. As informações são do Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa, divulgado nesta sexta-feira (23). Confira os destaques trazidos pelo Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa: Algodão em NY – O contrato Jul/24 fechou nesta quinta 22/02 cotado a 93,62 U$c/lp (-1,8% na semana). O contrato Dez/24 fechou 83,49 U$c/lp (-1,6% na semana) e o Dez/25 a 78,75 U$c/lp (+0,1% na semana). Basis Ásia – O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 840 pts para embarque Fev/Mar (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook 22/fev/24). Altistas 1 – De acordo com o Conselho Nacional do Algodão (NCC), a safra 2024/25 nos EUA terá área de 3,99 milhões de hectares (-3,7% em relação a 2023/24). O número destoou da previsão do USDA, de 4,45 milhões ha (+7,5%). Altistas 2 – Porém, o NCC informou que os produtores foram ouvidos de dezembro a meados de janeiro, quando a relação de preços estava pior para o algodão em relação a outras commodities, se comparada ao momento atual. Altistas 3 – Dados de classificação semanal do USDA até ontem mostram cerca de 12,037 milhões de fardos (480 libras) contra 12,441 milhões de fardos da última previsão. Como há apenas 4 algodoeiras operando, a estimativa ainda pode cair. Baixistas 1 – Na China, o algodão importado está muito valorizado em comparação com o algodão doméstico, desencorajando as importações. A relação é a pior para o importado em oito anos neste período. Baixistas 2 – A importação para entrega futura está mais atraente, embora a compra antecipada não seja frequente na China. Em NY, Dez/24 está mais barato que Mai/24, e na bolsa chinesa (ZCE) Dez/24 tem quase mesmo preço que Mai/24. EUA – O relatório semanal de exportação do USDA foi adiado para hoje devido ao feriado de Segunda (19) (President’s Day). China – Após o feriado do Ano Novo Lunar, a taxa média de operação das fiações chinesas está em torno de 80% da capacidade, afirma o Beijing Cotton Outlook (BCO). Índia 1 – O imposto de 11% sobre a importação de algodão de fibra longa foi suspenso pelo governo indiano nesta semana. O imposto de importação sobre o algodão upland (de fibra convencional) continua vigente. Índia 2 – Ganhou escala o protesto de agricultores indianos contra a proposta oficial de preços mínimos do governo indiano para vários produtos (inclusive algodão). Paquistão 1 – A exportação de produtos têxteis paquistaneses gerou receita de US$ 1,455 bilhão em jan/24, 10,1% acima de jan/23 e 3,98% superior a dez/23. Vietnã 1 – A importação de algodão pelo Vietnã em jan/24 foi de 146,3 mil tons, 4º maior volume mensal desde set/21 e mais que o dobro que o registrado em jan/23. O Brasil respondeu por 29% do total. Vietnã 2 – Já a exportação de têxteis e roupas em jan/24 pelos vietnamitas passou dos US$ 3,1 bilhões – cerca de 40% a mais que em jan/23. É 3º mês consecutivo de alta. Indonésia – A importação de algodão em dez/23 pela Indonésia somou 32,8 mil tons – volume 29% acima do registrado em dez/22 e 9% superior a nov/23. O Brasil é o 2º maior fornecedor, com 26% do total. Coreia do Sul – O Brasil foi o maior fornecedor de algodão em janeiro para a Coreia do Sul: as 4.935 tons representaram 68% do total importado (7.259 tons – nível mais alto desde jul/23). Brasil – Missão Indonésia-Bangladesh 1 – Na próxima segunda (26), a Abrapa realiza o seminário Cotton Brazil Outlook Jacarta, na capital indonésia, em parceria com a Embaixada Brasileira no país. Brasil – Missão Indonésia-Bangladesh 2 – O evento faz parte da Missão Indonésia-Bangladesh, promovida pelo Cotton Brazil, que envolverá também compromissos com clientes internacionais. Brasil – Missão Indonésia-Bangladesh 3 – Em Bangladesh, 2º maior importador mundial e 2º maior comprador do produto brasileiro, as ações do Cotton Brazil serão em 28/fev e 29/fev. Confira: https://bit.ly/abrapa240222. Brasil – Exportações – O Brasil exportou 146,3 mil tons de algodão até a terceira semana de fev/24. A média diária de embarque é seis vezes maior em comparação com fev/23. Brasil – Beneficiamento 2022/23 – Até o dia 22/02: Os estados da BA, GO, MG, MS, PR, PI e SP já encerraram o beneficiamento, restando apenas os estados do MA (90%) e de MT (99,94%). Total Brasil: 99,77% beneficiado. Brasil – Plantio 2023/24 – Até o dia 22/02: Os estados do MA, MS, MT, PI, PR e SP encerraram o plantio, restando os estados da BA (99,6%), GO (79,81%) e MG (97%). Total Brasil: 99,51% semeado. Preços do Algodão – Consulte tabela abaixo:

Novas cultivares e irrigação podem ajudar a reduzir preço do arroz ao consumidor

O plantio de novas cultivares de arroz, bem como o uso de pivô de irrigação, em Mato Grosso podem auxiliar os consumidores a pagar menos nos supermercados. Hoje, um pacote de cinco quilos do cereal custa em média R$ 35 nas gôndolas. Nos últimos anos, conforme o Sindicado Estadual das Indústrias de Arroz de Mato Grosso (Sindarroz-MT), houve significativa redução na produção do cereal no estado, tendo s indústrias do setor que beneficiar o cereal produzido no Rio Grande do Sul e até mesmo o produto importado do Paraguai. Além disso, houve recuo também na produção na Índia. O país é responsável por mais de 40% das exportações mundiais de arroz e chegou a suspender a venda internacional do produto no final do ano passado. “O arroz, geralmente, é plantando após a abertura de novas áreas. Como temos registrado pouca expansão neste sentido, nos últimos anos houve considerável redução de produção, o que contribuiu no aumento de preços”, afirma o presidente do Sindarroz-MT, Rodrigo Mendonça. Novas cultivares para o cerrado O arroz é considerado uma ótima cultura para a prática de rotação. De acordo com o Sindarroz, produtores e as indústrias do setor, em conjunto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), têm desenvolvido variedades de arroz que se adaptam melhor ao solo do cerrado, proporcionam melhores resultados na rotação de cultura e em áreas de irrigação. “Já temos variedades adaptáveis a terras mais velhas, já de muitos anos abertas, e o arroz é a principal cultura para fazer rotação e deixar o solo mais fértil e mais produtivo para o próximo ano de soja”, pontua Lázaro Modesto, diretor do Sindicato. O pivô central de irrigação, salienta a entidade, é outra alternativa que pode auxiliar no aumento da produção mato-grossense de arroz. Em Primavera do Leste, por exemplo, 25% da área plantada de arroz utiliza irrigação. A prática também tem ganhado espaço nas regiões de Campo Verde, Sorriso, Sapezal, Nova Mutum e Sinop.   “A indústria espera que com as novas cultivares para a rotação de cultura, o estado de Mato Grosso volte a ser autossuficiente além de exportador para outros estados” pontua o presidente do Sindarroz. Queda de preço em abril   Uma possível queda nos preços do arroz nos supermercados por volta do mês de abril é prevista. Tal diminuição é estimada diante da proximidade da safra nacional e em países do Mercosul. A estimativa atual é de colher 400 mil toneladas em Mato Grosso.   O estado sempre teve grande produção do cereal, e deixou de ser autossuficiente somente nos anos de 2016, 2020 e 2023, quando foi preciso recorrer à compra externa. Porém, segundo o Sindarroz, o arroz mato-grossense se destaca por sua alta qualidade.   “Nosso produto é extremamente superior em relação aos dos países que importamos: tem alta qualidade de cocção (cozimento) e muita soltabilidade na panela. O arroz de sequeiro, produzido em Mato Grosso, é de uma qualidade excepcional”, finaliza Lázaro Modesto. Canal Rural MT

MT tem mais de 100 mil nascentes monitoradas e preservadas

Gigante na produção e em recursos naturais. Mato Grosso é referência mundial na produção de alimentos e exemplo de sustentabilidade. O estado é rico em recursos hídricos e preserva mais de 95% de nascentes catalogadas em 57 municípios que se destacam na produção de soja e milho. O projeto Guardião das Águas, desenvolvido em 2017 pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), é o tema do MT Sustentável desta semana. O presidente da Aprosoja-MT, Lucas Beber, conta que o principal objetivo do projeto é mostrar para a sociedade e para os países compradores a sustentabilidade que anda junto com a produção de alimentos. “Aqui dentro do estado, produtores de soja preocupados com isso tiveram essa iniciativa dentro da Aprosoja-MT, onde nasceu o Guardião das Águas, projeto que monitora hoje mais de 105.800 nascentes dentro do estado em mais de 57 municípios”, explica Beber. O destaque é em Paranatinga, ao sul do estado. Na região foram encontradas e catalogadas 12.742 nascentes como a que o MT Sustentável visitou na propriedade do Carlinhos Rodrigues. Uma riqueza reverenciada no local. “Nós precisamos estar em convívio com a natureza. As nascentes são o primeiro passo para a preservação. Seguimos a lei e por si, independente disso, todas elas são preservadas. Um exemplo disso aqui, é que não se passa por ali, a não ser os animais”, diz Carlinhos.  Próximo à nascente, erguendo-se entre as árvores, não passou despercebido um imponente buriti – espécie de palmeira característica do cerrado, que segundo Carlinhos, é um bom sinal. “Para nós o buriti é sinônimo de nascente. Onde tem buriti, ele está preservado, verde e a nascente está preservada também. Se você enxergar um buriti no meio da mata, você pode se encaminhar caso esteja precisando de água, vai encontrar”, pontua.  O guardião das águas virou selo e está presente no rótulo de uma das águas comercializadas em Mato Grosso. O QR code que acompanha o selo atualiza as informações sobre a proteção das nascentes e mananciais no estado referência em produção agrícola.

Presença de lagartas na pastagem preocupa em Mato Grosso

A forte presença de lagartas nas pastagens em Cáceres (a 225 km de Cuiabá), município com maior produção bovina de Mato Grosso, vem preocupando os pecuaristas. Enquanto algumas propriedades se desfazem do rebanho, outras já registram mortes dos animais por falta de comida. O município é referência na pecuária mato-grossense. São mais de 1,341 milhão de animais. Por conta do ataque das lagartas, o pecuarista Eduardo Godoy já perdeu em torno de 600 hectares dos 1,4 mil hectares de pasto. Segundo ele, as mesmas vieram em maior número este ano e com mais agressividade, além de resistentes ao manejo. “Geralmente temos essa surpresinha, mas é pouco. Bem pequena. Porém, esse ano foi um estrago muito grande. Nós estamos na quarta aplicação. Teve gente que fez cinco, seis aplicações. Teve pecuarista que teve a oportunidade de passar de avião e não está resolvendo o problema”. Para evitar a morte de animais por falta de alimento, o pecuarista comercializou parte do rebanho de aproximadamente 1,6 mil animais. Eduardo comenta, ainda, que na tentativa de reduzir os custos com a ração, construiu uma espécie de confinamento emergencial para tratar do restante do gado. “Nos desfizemos de 300 animais, vendendo abaixo do valor para não estar perdendo. Tivemos que improvisar com cocho, comida. Tivemos que jogar ração no chão, porque não temos estrutura. Teve gente que perdeu, não teve essa estrutura. Perder de fome é triste de falar e de se ver. Mas, é a nossa realidade hoje”. Atraso no ciclo vegetativo De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Cáceres, Aury Paulo Rodrigues, mesmo quem conseguiu combater o ataque de largartas, hoje está enfrentando um grande atraso no ciclo vegetativo. “Perdas de 30%, 35% da área. Quem não combateu está tendo problema seríssimo de reforma e mesmo quem combateu, ela trouxe um atraso muito grande no ciclo vegetativo, porque vieram as chuvas e não está sendo suficiente para o capim poder se recuperar do estresse que ela causou”. Para não deixar os animais morrerem de fome, os pecuaristas de Cáceres, revela o presidente do Sindicato Rural, estão adotando algumas técnicas de manejo, como a aquisição de ração. “Ele foi comprar ração, implementar cocho para suplementar o gado que estava nas invernadas, porque as invernadas não tinham mais condições nenhuma dos animais sobreviverem lá. Saiu vaca parida por R$ 1,5 mil, vacas solteiras por até R$ 1 mil e assim sucessivamente, tentando amenizar o prejuízo”. Ainda conforme Aury, em locais que existem cerca de 70% das plantas vivas, o criador tem buscado fazer a subsolagem, a calagem. “E, usa uma forma de usar um terço das sementes que iria usar. Onde as plantas morreram quase todas não tem outra maneira de começar tudo do zero”. A preocupação dos pecuaristas é que a força tarefa adota como estratégia, para tentar recuperar a área consumida pela praga, seja em vão, uma vez que a proliferação de borboletas no campo acaba renovando o ciclo dos insetos no pasto. “Tem muita borboleta voando pra todo lado e com certeza se continuar acontecendo esse ciclo de lagartas vai ter prejuízo novamente”, diz o presidente do Sindicato Rural de Cáceres. Mais de uma espécie de lagartas O engenheiro agrônomo Vinicius Novaes do Amaral explica que o ataque nas pastagens pode estar sendo realizado por mais de uma espécie de lagartas. Duas delas conhecidas pelos pecuaristas e outras que migraram da agricultura. “As comuns das pastagens que é a coruquerê e a spodoptera. Mas, devido a integração lavoura e pecuária, que está tendo hoje nas regiões, principalmente para silagem, ou alguém que faz alguma rotação de cultura, está trazendo esses outros tipos de lagartas aqui para pecuária”. Para o controle do inseto, o profissional recomenda o uso de alguns químicos e técnicas de manejo que têm apresentado resultados satisfatórios em algumas fazendas da região. “Os Piretróides, organofosforados que são usados para o controle das lagartas. Tem fazenda que a gente fez cinco mil hectares de aplicação aérea em um dia, junto com a adubação e nutrição folear. Às vezes o pecuarista quer fazer por conta própria e não ajusta a dosagem e isso vai apenas dando resistência ao inseto. É um inseto que normalmente não dávamos muita atenção por achar que o controle era fácil, mas este ano ela está aí arrebentando”. Canal Rural MT