Queijos mato-grossenses premiados estão entre produtos da agricultura familiar disponíveis na FIT Pantanal
Os queijos mato-grossenses premiados no 3º Mundial do Queijo do Brasil, realizado em abril, em São Paulo, estão entre os diversos produtos da agricultura familiar disponíveis na Feira da Agricultura Familiar (FEAFTUR), que acontece na Feira Internacional de Turismo do Pantanal (FIT Pantanal 2024). O evento começa nesta quinta-feira (30.05) e seguirá até domingo (2), no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. Ao todo, 53 produtores familiares irão apresentar e comercializar seus produtos no espaço destinado à agricultura familiar na FEAFTUR, promovida pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) e Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). Premiados, os queijos Maringá e Nozinho temperado, da produtora familiar Raquel Catanni, de Nova Mutum; Queijo Esmeralda, de Larissa Berte Barbosa, de Nossa Senhora do Livramento; o requeijão de corte Mika, de Vandecléia Prochnow, do Distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá; requeijão de corte, de Edmar Alves Trindade, de Nobres, e o Queijo Pantanal, de Jackson Pacheco, de Santo Antônio de Leverger, estão disponíveis na feira para compra e alguns também para degustação. Um dos destaques da agricultura familiar no evento será a Cozinha Show Rural, no qual o público poderá degustar e acompanhar ao vivo a performance do preparo de diversos pratos e coquetéis com produtos à base de Pequi, Baru, Babaçu, Café, Cacau, Queijos, Mandioca e Banana. Larissa Berte e o marido Silas Vicente Barbosa Júnior, por exemplo, irão apresentar o Fondue de Queijo Diamante da Cartucheira em uma performance ao vivo. “Queremos agradecer o apoio da Seaf e da Empaer que dá todo o apoio para nós da agricultura familiar realizando esses lindos e grandes eventos, onde nós podemos demonstrar um pouquinho do nosso trabalho”, afirmou Larissa. “O segmento tem se desenvolvido, com o beneficiamento do leite e agregado valor aos produtos. E a FIT Pantanal 2024 será uma oportunidade única para os visitantes explorarem a riqueza dos produtos da agricultura familiar mato-grossense e conhecerem a diversidade da nossa produção”, enfatizou o secretário estadual de Agricultura Familiar, Luluca Ribeiro.
“Ter suporte logístico é fundamental para que a agricultura em MT aconteça”, afirma presidente da AMM
Para o prefeito de Primavera do Leste (231 km de Cuiabá) e presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Léo Bortolin, a logística de transporte, especialmente o rodoviário, é de grande importância para o desenvolvimento do agronegócio no estado. “Ter esse apoio logístico é fundamental para que a agricultura de Mato Grosso aconteça”. Por causa do desenvolvimento do agronegócio, um outro setor também tem crescido em Mato Grosso: o de caminhões. Isso porque cada vez mais os produtores estão investindo na frota própria para diminuir os custos do escoamento da produção, em vez de contratar transportadoras. “O Brasil ainda é um país rodoviário e Mato Grosso um estado de extensão continental. Então aí é onde entra a necessidade de termos grandes empresas para dar esse apoio aos produtores. Nesse cenário, o Grupo Mônaco faz uma grande diferença para o setor, por dar todo o suporte que é necessário no meio rural”, avalia Bortolin. Um dos clientes do Grupo Mônaco em Mato Grosso é o ex-senador Cidinho Campos, que tem uma frota de cerca de 20 veículos em suas fazendas. “É muito importante ter uma empresa que está sempre inovando, trazendo tecnologia e coisas novas para o segmento. E nós temos uma proximidade com a Mônaco, que traz confiança na hora de comprar um veículo que será usado no escoamento da safra”. Quem também investiu na frota própria de caminhões foi o produtor de soja e milho Edmar Queiroz, de Rosário Oeste (128 km de Cuiabá). Antes, transportava a safra para São Paulo e Paraná por meio de transportadora terceirizada, até que conseguiu reduzir os custos comprando as próprias carretas. “Eu uso para o escoamento da produção. É muito importante manter a regularidade na entrega, o que a gente não tinha quando fazia frete com terceiros. Hoje os caminhões estão se pagando e conseguimos um atendimento melhor na parte de manutenção, o que deixa o processo mais fácil”, explica Queiroz. “Quando criamos a Mônaco Diesel, um dos nossos focos sempre foi atender o agronegócio, por entendermos que esse setor é fundamental para a economia brasileira. Porque o produtor precisa de suporte na questão logística e o nosso papel é facilitar o processo de escoamento da produção. Isso vai além de vender um caminhão, é todo o ecossistema que proporcionamos aos nossos clientes”, afirma o CEO do Grupo Mônaco, Rui Denardin. (Da Assessoria)
Sem espinhos e resistentes a pragas, novas espécies de abacaxi desenvolvidas pela Unemat irão contribuir com avanço da produção em MT
Duas novas variedades de abacaxi, desenvolvidas por pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), foram apresentadas durante a 7ª edição do Simpósio Brasileiro do Abacaxizeiro, que começou na terça-feira (21), em Tangará da Serra, e seguirá até esta quinta-feira (23). O abacaxi é a terceira fruta mais produzida em Mato Grosso, atrás somente da banana e da melancia. A expectativa é aumentar ainda mais a produção da fruta com essas alternativas de espécies, chamadas de Unemat Rubi e Unemat Esmeralda, que são mais rentáveis ao produtor, já que não requerem aplicação de fungicidas e reduzem o custo do plantio. O superintendente da Agricultura Familiar da Seaf, Luciano Gomes, afirmou que uma das vantagens dessas novas cultivares é a resistência à fusariose, principal doença do abacaxi que pode causar prejuízos de até 80% na lavoura, causada pelo fungo Fusarium. “Outra grande vantagem é que as folhas são sem espinhos, o que facilita o manejo. A variedade tradicional mais plantada é o pérola, que tem espinhos e é suscetível à fusariose”, exemplificou. A expectativa é multiplicar, a partir de 2025, as mudas para disponibilizar, em pequenos lotes, para agricultores familiares interessados em validar as espécies no campo. O professor William Krause, coordenador do MT Horticultura, afirmou que com essas novas cultivares os produtores não precisarão gastar com fungicida, tornando a produção da cultura mais lucrativa. “O produtor tem um custo alto com defensivos agrícolas e mão de obra, então, com essas cultivares, ele não vai precisar aplicar nada para o controle da fusariose. Ela é totalmente resistente, então ele vai economizar e ter uma cultura mais sustentável ambientalmente”, declarou. O Programa de Melhoramento Genético do Abacaxizeiro da Unemat teve início em 2012 com a implantação do Banco Ativo de Germoplasma (BAG), resultando em 2024 no lançamento comercial das cultivares Unemat Esmeralda e Unemat Rubi.
Produtores cobram duplicação da BR-163 entre Sinop-MT e Miritituba-PA
Trecho denominado como “Rodovia da Morte”, os 1.009 quilômetros de pista simples da BR-163 que ligam a região médio-norte de Mato Grosso ao porto de Miritituba, no Pará, estão no foco de uma demanda importante do setor produtivo: a sua duplicação. A expectativa é que em 2032 cerca de 40 milhões de toneladas de grãos produzidas no estado sejam escoadas pela extensão. A extensão, que desde maio de 2022 está sob responsabilidade da concessionária Via Brasil BR-163, já não consegue atender – com segurança – o crescente fluxo de caminhões, que carregam a produção mato-grossense para o norte do país. O contrato de concessão, que terá ao todo dez anos de duração, não prevê a duplicação da estrada, o que é contestado pelo setor. Isso porque, quando ocorreu a sua assinatura, havia expectativa de que nesse período a aguardada construção da Ferrogrão, percorrerá por trilhos o mesmo trajeto, saísse do papel, o que não deve ocorrer tão cedo. A duplicação, conforme o deputado estadual Diego Guimarães (Republicamos/MT), é um pedido justificável, uma vez que a cada dia cresce o número de veículos circulando nela, tanto de caminhões quanto de carros de passeio. “Hoje, o cenário é outro [quando da concessão]. A gente sabe que a Ferrogrão está travada. Infelizmente não sabemos quando vai destravar, ainda mais quando irão acontecer as obras. E, o fluxo de veículos não para de aumentar”, pontua o parlamentar. O deputado estadual frisa que a situação da BR-163, de Sinop até Miritituba, é considerada preocupante, visto ser “a rodovia hoje sob concessão federal que mais mata no Brasil”. “Hoje, eu posso denominar esse trecho de ‘Rodovia da Morte’. Semanalmente temos acidentes graves, mortes de pessoas, acidentes que acabam deixando pessoas com problemas físicos e isso tudo gera um custo muito grande ao estado, é tempo que se perde, paradas acabam sendo feitas”. Audiência pública com a ANTT Recentemente uma audiência pública foi realizada no município de Guarantã do Norte. A ação contou com a presença do presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), lideranças políticas de Mato Grosso, do setor produtivo e sociedade, bem como representantes da concessionária Via Brasil BR-163. “Essa audiência pública surgiu de um pedido da ANTT, para que nós construíssemos um documento desse clamor popular pela duplicação, para que a sociedade fosse ouvida. Afinal de contas, para que se mude a roupagem desse contrato há uma questão jurídica, burocrática a ser superada”, salienta Diego Guimarães. Ainda de acordo com o parlamentar, uma proposta de ampliação do prazo de concessão já teria sido protocolada pela concessionária Via Brasil BR-163 junto ao Ministério dos Transportes. “Até por conta do equilíbrio econômico financeiro do contrato não teria como duplicar e manter uma concessão de apenas dez anos. Então, como contrapartida pela duplicação se aumentaria o prazo da concessão”. A ata da audiência pública encontra-se em produção na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e quando pronta será encaminhada para a ANTT, o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério dos Transportes. Segundo Diego Guimarães, em uma perspectiva “pessimista”, na avaliação feita pelo presidente da ANTT, “é que a gente tenha até o final de 2024 uma resposta do TCU com aval para que se possa fazer essa mudança do contrato, permitindo a duplicação do trecho dentro de Mato Grosso”. Escoamento crescente da produção Em 2023 foram escoadas 17,6 milhões de toneladas de grãos mato-grossense no trecho da BR-163 entre Sinop e Miritituba. A previsão para 2024, revela o coordenador de logística da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Orlando Henrique Vila, é que esse volume suba para 19 milhões de toneladas. “Em um cenário um pouco mais longe para 2032, a gente estiva que tenham que passar por esse trecho 40 milhões de toneladas. Vale ressaltar que a duplicação é importante nesse momento por conta do número de veículos de cargas e de, também, de passeios. Mas, não podemos esquecer que também é necessária a Ferrogrão”, diz Orlando ao Canal Rural Mato Grosso. O coordenador de logística da entidade diz ainda que “a gente tem que manter na mentalidade, principalmente na de quem tem o poder de decidir, de que a Ferrogrão é viável, sustentável”. Para se ter uma ideia, um comboio de 120 vagões, explica Orlando Henrique, substitui cerca de 273 caminhões e é capaz de diminui 1,5 mil toneladas de CO² da atmosfera. “Então, além de ser mais sustentável, garante também um transporte de longo curso. É uma ferrovia na qual são previstos 933 quilômetros. Se faria esse longo curso de ferrovia e os caminhões manteriam abastecidos os terminais ferroviários”. Canal Rural MT
Mato Grosso deve duplicar área e produção de gergelim
O gergelim segue ganhando espaço em meio as lavouras em Mato Grosso, principalmente no Vale do Araguaia, região nordeste. Em Canarana, considerada a capital nacional da cultura, estimativas apontam a destinada de aproximadamente 200 mil hectares para o grão nesta safra 2023/24. Entre os fatores para o crescimento da produção do grão em Mato Grosso, principalmente nesta temporada, estão o custo de produção e a remuneração. Entretanto, conforme os produtores, ainda há muito a ser aprendido para extrair o máximo potencial da cultura. Em Canarana, de acordo com o presidente do Sindicato Rural, Alex Wish, em 2019 a área destinada ao gergelim no município era de 96 mil hectares. De lá para cá, a extensão chegou a recuar para 60 mil hectares, subiu para 80 mil e hoje as estimativas apontam cerca de 200 mil hectares. “Apesar de tudo isso, somos insignificantes na produção. Vão falar que aumentou a área, vai cair o preço. Não! O Brasil poderia plantar um milhão e meio, dois milhões de hectares de gergelim que mesmo assim a gente não alteraria em nada o preço lá fora”. Produtor no município, Arlindo Cancian comenta ao Canal Rural Mato Grosso que o custo menor de produção foi um dos pontos que o levaram a apostar na cultura, somada a necessidade de pouca chuva. “Eu observei este ano que o pessoal investiu em ter mais tecnologia, então vamos ver como serão os próximos passos para ele. Temos muito o que aprender no gergelim. O milho a gente já sabe, mas o gergelim ainda temos muitos detalhes para aprender. Mas, é uma cultura que veio para ficar”. O agricultor conta que Canarana já conta, inclusive, com empresas que limpam, ensacam etiquetam o grão para a exportação. Remuneração do gergelim impulsiona cultivo Além destes atrativos, a remuneração considerada satisfatória também fez com que o agricultor destinasse 100% da área da segunda safra para a cultura este ano. Espaço que antes era dividido pela metade com o milho. “No início saiu contratos a R$ 6, R$ 5,50 o quilo do gergelim. Isso a grande parte vai para exportação. E está se expandindo para outras regiões também, em função do custo de produção”. É o caso do município de Água Boa, onde o gergelim deve ocupar nesta temporada a maior parte das áreas de cultivo da segunda safra em muitas propriedades. “Diminuiu muito a área de safrinha e aumento muito a área de gergelim. Eu acredito que vai ser uma cultura muito rentável esse ano, porque os produtores plantaram mais cedo do que nos outros anos. Sempre ficava após a janela do milho. Talvez nos ajude a pagar muitas contas que vão ficar para trás na soja. Mas, no geral diminuiu muito a área de milho em função de valor e do tempo. O produtor atrasou o plantio da soja e atrasou a janela da safrinha”, comenta o gerente técnico da Agropecuária Jerusalém, Felipe Zmijevski. De acordo com as estimativas da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), divulgadas agora em maio, a produção de gergelim em Mato Grosso na safra 2023/24 deve ser 110,7% maior que na temporada passada. As projeções apontam para uma colheita de 191,1 mil toneladas. Em termos de área o salto é de 185,5 mil hectares para 382,1 mil hectares, ou seja, 106% de ampliação. Mato Grosso é o maior produtor do grão. Atrás do estado, mostra a Conab, surge o Pará com 70,2 mil toneladas, Tocantins com 26,1 mil toneladas e Goiás com 1,5 mil toneladas. A perspectiva é a safra brasileira de gergelim 2023/24 registra uma produção de 288,9 mil toneladas, 65,8% a mais que a passada. Diversificação complementar para a lavoura Os produtores do Vale do Araguaia em Mato Grosso afirmam que a cultura do gergelim é uma excelente opção de diversificação para complementar o milho, considerado o principal protagonista em termos de produtividade e lucratividade nas fazendas na segunda safra, mas que hoje atravessa um momento de incertezas em relação ao futuro na região. O presidente do Sindicato Rural de Água Boa, Geraldo Delai, conta que a área de gergelim no município triplicou neste ano, em detrimento ao momento vivido com o milho. “Acredito que o gergelim vai dar uma boa colheita e vai dar um alívio para os produtores que estão endividados, principalmente”, frisa Geraldo ao Canal Rural Mato Grosso.
Produção de girassol deve aumentar cerca de 4% em MT
Pela primeira vez em 10 anos, produtores da região de Paranatinga (a 411 km de Cuiabá), investiram na produção de girassol direcionado para extração de óleo. Esta é a primeira safra que o plantio de girassol na região mato-grossense terá a finalidade de produção de óleo, como disse o técnico agrícola, Gilberto Mendes. “O girassol direcionado para extração de óleo ficou vários anos sem ser cultivado em função da falta de comprador desse produto na região, a cultura tem uma atividade em toda a região de Paranatinga e Primavera do Leste”, informou o técnico. Os produtores de sementes de girassol identificaram a distância para a entrega dos produtos como o principal problema e buscaram outras alternativas, como procurar parcerias e deixar as indústrias mais próximas dos agricultores, como forma de tentar solucionar essa situação. O agricultor Daniel Montanher Bortolo ressaltou que o transporte da cultura para outros estados se tornou mais viável do que para a região. “É um frete um pouco mais difícil do que para São Paulo, por ter um tráfego maior de caminhões, e essa facilidade acaba sendo melhor para a indústria que está fora do estado hoje”, declarou Daniel.
Em novo recorde, exportação de carne bovina de MT chega a mais de 70 mil toneladas
Mato Grosso exportou o maior volume de carne bovina já observado na história da cadeia produtiva. Ao todo, foram 74,99 mil Toneladas em Equivalente Carcaça (TEC), de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em abril deste ano. Conforme o diretor-técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, a alta do dólar e o mercado internacional aquecido são pontos importantes no cenário das exportações. “Hoje a nossa carne vai para mais de 140 países. Tivemos neste mês um recorde histórico, praticamente o dobro de muitos meses de abril de outros anos”, pontua Manzi. Gigante asiático lidera como principal comprador A China continuou como a principal compradora com 29,79 mil TEC, volume mais alto dos últimos cinco meses. E outros países asiáticos têm apresentado forte força nas compras da carne mato-grossense. Emirados Árabes e Filipinas com 13,72 mil TEC e 4,13 mil TEC, respectivamente. Para o presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Caio Penido, as exportações tendem a se manter elevadas uma vez que a China é um parceiro de médio e longo prazo. “Mesmo com a China se tornando mais independente com a produção de grãos, ela está mudando as políticas internas para reduzir a dependência de soja. Mas, de carne eles não têm condições de produzir em larga escala a carne bovina. A gente tem um grande trabalho de sempre ir dialogando com esse país para mostrar que não é só carne commodity mas sim, uma carne de qualidade”, pontua. Volume de bovinos abatidos também apresenta recorde Mato Grosso também apresentou alta no número de abate de bovinos, totalizando 619,68 mil cabeças. Esse é o maior volume registrado, segundo o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), com 230,74 mil animais a mais em relação à média histórica do mês de abril. As fêmeas foram as principais propulsoras desse crescimento, com participação de 55,49% sobre o abate total em abril deste ano, totalizando 343,83 mil animais abatidos no último mês – recorde no volume de fêmeas. Com isso, o total de bovinos enviados para o gancho no acumulado de janeiro a abril de 2024, alcançou 2,39 milhões de cabeças (com 54,21% de fêmeas), 32,62% superior em relação ao mesmo período de 2023. Canal Rural MT
Intenções de confinamento em MT aumentam 30,57% quando comparado a 2023
O primeiro levantamento das intenções de confinamento, realizado em abril, fechou em 724,90 mil animais no cocho. Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a perspectiva representa um aumento de 51,09% em relação à projeção inicial em 2023 e, de 30,57% no comparativo total de animais confinados em outubro. Essa alta nas intenções de confinamento, apesar das incertezas quanto aos preços do boi gordo, se deve ao aumento no poder de compra dos confinadores, tanto dos insumos quanto do ágio do boi magro. A pesquisa mostra que 74,14% dos entrevistados já haviam decidido realizar a terminação em confinamento. Pela primeira vez, segundo o Imea, o percentual de confinadores superou a marca de 70%, no primeiro levantamento. Para este período, 18,97% dos pecuaristas decidiram não confinar e 6,90% ainda não se decidiram. Apesar do maior interesse dos pecuaristas em fechar a boiada no confinamento e do menor custo de produção, a baixa lucratividade foi a principal preocupação entre os pecuaristas. Isso se deve, ainda, em função da intensa desvalorização nos preços do boi gordo ao longo dos últimos dois anos. A previsão de envio de animais para abate se mantém concentrada no segundo semestre do ano, com 57,27% do total de gado projetado para engorda em confinamento ao longo de 2024. Esses animais serão enviados para as indústrias entre os meses de julho e dezembro. O destaque é para novembro deste ano com 10,39% do total confinado no ano, presente nas indústrias. Menor custo da diária nos últimos três anos Com a redução no preço médio dos insumos, o custo da diária caiu para R$ 12,21 por cabeça ao dia. Essa diminuição de preço representou o menor custo registrado nos últimos três anos, quando comparado com o mesmo período que fechou em R$ 15,86 por cabeça ao dia em 2021. A diminuição foi impulsionada pela maior desvalorização nos preços do milho em relação ao boi gordo, favorecendo a relação de troca do pecuarista. Considerando os preços médios de abril deste ano, a relação de troca entre os produtos ficou em 5,95 sacas de milho por arroba de boi gordo, retornando aos patamares vistos em 2019 (5,98 sacas de milho por arroba do boi gordo). Canal Rural MT
Pluma: comercializações avançam em MT mesmo com preços menos atrativos
As negociações da pluma mato-grossense pouco avançaram na variação mensal. O pé no freio do cotonicultor decorre da cotação da arroba da fibra, aponta o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). As vendas da pluma referente a safra 2022/23 atingiram 92,31% da produção. Apesar da evolução mensal de 2,10 pontos percentuais, as mesmas seguem atrasadas ante os 92,97% da produção da 2021/22 em abril do ano passado. A média para os últimos cinco anos é de 98,01%. O Instituto explica que a desaceleração das vendas da fibra 2022/23 ocorreu devido “a desvalorização registrada nos preços negociados, que ficaram na média de R$ 140,28 a arroba (-2,48% ante março de 2024)”. Em relação as negociações da pluma 2023/24, que está em desenvolvimento nas lavouras do estado, as mesmas chegaram a 60,54% da produção estimada. Um avanço de 3,49 pontos percentuais na variação mensal. Entretanto, seguem atrasadas em comparação aos 64,10% da fibra 2022/23 negociada antecipadamente nesta época o ano passado e da média dos últimos cinco anos de 72,27%. No mês de abril, segundo o Imea, a arroba da pluma 2022/23 ficou cotada em média a R$ 138,94. Já a safra futura 2024/25 conta com 11,67% da produção de pluma prevista comercializada antecipadamente. Na variação mensal houve uma evolução de 2,78 pontos percentuais. Mas, de acordo com os dados do Imea, também estão atrasadas frente ao ciclo 2023/24, que nesta época contava com 13,49%, e da média histórica dos últimos cinco anos de 22,61%. A fibra 2024/25 foi negociada em abril a um preço médio de R$ 132,54 a arroba, desvalorização de 0,51% ante março.
Vendas de milho seguem atrasadas em relação à média dos últimos cinco anos
As vendas de milho em Mato Grosso tanto da safra 2022/23 quanto da 2023/24 e 2024/25 seguem atrasadas em relação à média dos últimos cinco anos. As negociações lentas ainda são influenciadas pelo baixo preço pago pela saca de 60 quilos. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), até abril foram negociados 96,97% da safra 2022/23, cuja produção de 52,5 milhões de toneladas foi recorde, superando, inclusive, a da soja. O avanço foi de apenas 0,91 ponto percentual na variação mensal. O Instituto destaca que o aumento de 5,08% no preço médio da saca de 60 quilos não foi o suficiente para um progresso maior em comparação ao ciclo 2021/22, que no período contava com 98,89% da produção negociada, e da média dos últimos cinco anos de 99,71%. O preço do milho 2022/23 ficou cotado em R$ 37,13 a saca em abril. Ainda conforme o boletim semanal do cereal, divulgado na segunda-feira (13), no que tange a temporada 2023/24, que está em desenvolvimento, as vendas antecipadas atingiram 33,33% da produção prevista. Variação mensal de 7,71 pontos percentuais. Contudo, ainda aquém da média de cinco anos de 62,92% para a época e dos 38,65% do ciclo 2022/23. “Esse aumento no interesse por novas vendas é resultado da alta nos preços e das perspectivas mais favoráveis para a produção”, pontua o Imea. Referente a safra 2023/24 o preço médio da saca de 60 quilos encerrou abril a R$ 36,77, valorização de 1,13% ante março. Quanto a safra 2024/25 a evolução mensal foi de 0,63 ponto percentual, atingindo 1,60% da produção estimada. A saca fechou abril cotada em média de R$ 37,42. Ao se comparar com os outros ciclos, o ritmo segue lento, visto a média histórica de 11,59% de milho negociado no período e dos 3,09% da safra 2023/24 vendidos antecipadamente no mês o ano passado.