Sorriso lidera lista entre as 100 mais ricas do agronegócio brasileiro; outras 35 municípios de MT estão no ranking

Sorriso (a 396 km de Cuiabá), lidera a lista do ranking com os 100 municípios mais ricos do agronegócio brasileiro, a partir de dados da produção em lavouras. O levantamento divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), nesta quinta-feira (17), mostra ainda outras 35 cidades de Mato Grosso. As cidades, Sapezal, Campo Novo Do Parecis, Diamantino, Nova Ubiratã e Nova Mutum fazem parte do top dez, na lista. A análise se baseia nos dados da pesquisa anual do IBGE sobre a Produção Agrícola Municipal (PAM). Juntos, eles tiveram um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 260,14 bilhões no ano passado, o equivalente a 31,9% dos R$ 814,5 bilhões contabilizados em todo o país. Os 100 municípios mais ricos em valor de produção abrangem uma área colhida de 33,1 milhões de hectares, representando 34,5% da área total cultivada no Brasil, que soma 95,8 milhões de hectares – o levantamento considera 70 produtos das lavouras temporárias e permanentes, distribuídos entre os 5.563 municípios brasileiros. Entre as culturas, a soja lidera, com um valor de R$ 348,6 bilhões, representando 42,8% do valor total da produção agrícola. Milho e cana-de-açúcar também se destacaram, com produções de R$ 101,8 bilhões e R$ 101,9 bilhões, respectivamente – outros produtos importantes incluem algodão, café e laranja, evidenciando a diversidade da produção agrícola no Brasil. Confira a lista de cidades de Mato Grosso mais ricas no agronegócio. MUNICÍPIOS DE MATO GROSSO ENTRE OS 100 MAIS RICOS DO AGRO 1. Sorriso 2. Santo Antônio de Leverger 3. Sapezal 4. São José do Rio Claro 5. Campo Novo do Parecis 6. Vera 7. Diamantino 8. Feliz Natal 9. Nova Ubiratã 10. Água Boa 11. Nova Mutum 12. Querência 13. Primavera do Leste 14. Paranatinga 15. Campo Verde 16. Campos de Júlio 17. Brasnorte 18. Bom Jesus do Araguaia 19. São Félix do Araguaia 20. Santa Carmem 21. Lucas do Rio Verde 22. Tangará da Serra 23. Canarana 24. Ipiranga do Norte 25. Tapurah 26. Tabaporã 27. Nova Maringá 28. Comodoro 29. Porto dos Gaúchos 30. Marcelândia 31. Itiquira 32. Itanhangá 33. Santa Rita do Trivelato 34. Cláudia 35. Gaúcha do Norte 36. Sinop

Produção de grãos de MT deve aumentar 4,3% na safra 2024/2025

Mesmo com a pior seca dos últimos 44 anos, Mato Grosso deve aumentar a produção de grãos em 4,3% e atingir 97,1 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/2025, um acréscimo de 3,9 milhões de toneladas a serem colhidas. Os dados são do 1º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta terça-feira (15). Os destaques são o aumento na produção de arroz e soja em 40,4% e 17%, respectivamente. No caso da soja, os produtores também devem destinar uma área 2,6% maior para a cultura, quando comparada com a temporada passada e passar para 12,6 milhões de hectares. O atraso do início das chuvas, devido à seca histórica, atrapalha os trabalhos de preparo do solo e do plantio, mas as projeções são positivas e os produtores mato-grossenses devem colher 46 milhões de toneladas da oleaginosa ante a 39,3 milhões colhidas na safra 2023/2024. O Governo de Mato Grosso também tem investido no asfaltamento, na duplicação e na renovação das rodovias para escoar toda essa produção do agronegócio. Por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), foram concluídos 3.838 km de asfalto novo nas rodovias estaduais e outros 1.033 km estão em construção. O Estado tem 31 mil km de rodovias. Além das rodovias estaduais, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, aponta outro investimento crucial em logística que desafoga outro gargalo para a produção estadual – a duplicação da BR-163. Os investimentos previstos para concluir a duplicação entre o Posto Gil e Sinop são de R$ 7,6 bilhões. Somente na BR-163, segundo a Nova Rota Oeste, passam cerca de 70 mil carretas diariamente. “O Governo tem dado dinamismo para atender a velocidade de crescimento do Estado. Além das obras, o governador Mauro Mendes também tem incentivado a verticalização da produção agrícola, com incentivos as agroindústrias. Hoje, o Estado é o maior produtor de etanol de milho, tem incentivado a instalação de novas plantas de biocombustíveis e de energia limpa. Se o agro vai bem, o Governo é afetado positivamente, bem como a indústria, o comércio, o setor de serviços e a construção civil. Os produtores do nosso estado são arrojados e, mesmo com as intempéries, esperam colher mais do que a safra passada”, comentou César Miranda. Salto na produção de arroz A produção de arroz também passou por um salto. A produção prevista em Mato Grosso é de 474 mil toneladas ante o desempenho anterior de 337,6 mil toneladas. Os produtores destinaram 133,6 mil hectares para o plantio do cereal – uma alta de 39,3% em relação a temporada passada. Apesar do aumento perceptível do arroz em todas as regiões do país, o Centro-Oeste ganha destaque com o incremento de 33,5%. Apenas em Mato Grosso, os produtores irão destinar mais de 133 mil hectares para o cultivo do grão, evidenciando o protagonismo do Estado com uma elevação de 39,3% quando comparada com a área registrada na temporada de 2023/24. A previsão da Conab é de que o Brasil volte ao patamar das maiores safras de arroz da sua história. Isso ocorreu após as enchentes do Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do país, levando produtores de todo o país a investirem no plantio do cereal que é a base da alimentação do brasileiro. *Com colaboração Maria Vitória Ribeiro

MT foi responsável por 52,18% das exportações brasileiras de algodão

Mato Grosso foi responsável por 52,18% das exportações brasileiras no mês de setembro deste ano, aponta o boletim semanal de algodão do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), baseado nos números da Secretaria de Comércio Exterior ( Secex). A quantidade enviada para o exterior nesse período foi de 88,46 mil toneladas, sendo o quarto maior volume embarcado para o mês de setembro. A China, maior compradora, liderou as compras da pluma mato-grossense no mês, importando 23,70 mil toneladas, seguida pelo Paquistão, que importou 18,30 mil toneladas. No comparativo anual, o estado exportou 9,62 mil toneladas a menos do que em setembro de 2023. Porém, considerando o acumulado da safra até o momento (Agosto e Setembro), o valor observado é o segundo maior da série histórica, com 152,36 mil toneladas.  “Por fim, cabe lembrar que o Imea projeta novo recorde nas exportações para a safra 2023/24 e, com o beneficiamento avançando no estado, a previsão é que o ritmo dos envios acelere até o final do ano, sendo este o período em que Mato Grosso mais exporta”, diz o boletim do Instituto. (Canal Rural MT)

Rumo impulsiona agronegócio mato-grossense com transporte eficiente de fertilizantes por ferrovia

A cada ano, milhões de toneladas de fertilizantes agrícolas chegam às fazendas para adubação de lavouras e pastagens. Em 2023, mais de 45 milhões de toneladas de fertilizantes foram direcionadas ao mercado brasileiro, de acordo com dados divulgados pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).  Mato Grosso é o maior produtor de grãos do país e, naturalmente, o maior consumidor de adubos, utilizando mais de 24% do volume nacional do insumo. Cerca de 80% dos fertilizantes usados na produção brasileira de grãos são importados e chegam ao Brasil por via marítima. O porto de Santos é um dos mais importantes locais de chegada deste insumo.  De lá, boa parte dos fertilizantes segue para Mato Grosso com o auxílio da malha ferroviária da Rumo e seus terminais parceiros, que há muitas safras contribuem significativamente com eficiência e sustentabilidade na entrega de produtos para o campo. De setembro de 2023 a setembro de 2024, a Rumo transportou 3,7 milhões de toneladas de fertilizantes pelo país, o que representa um crescimento de 9% em comparação aos 12 meses anteriores. Aproximadamente 65% do volume total transportado pela empresa tem como destino as lavouras localizadas em Mato Grosso.  Com esse crescimento, a ferrovia se consolida como parceira estratégica dos produtores rurais e de toda a indústria, garantindo a entrega segura e competitiva deste insumo fundamental para a produção agrícola. Atualmente, pela ferrovia, os fertilizantes chegam em terminais localizados nos municípios de Rondonópolis, em Mato Grosso, e Rio Verde, em Goiás, além dos destinados aos estados do sul do país, pela malha ferroviária sul. Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Tapurah, Nova Ubiratã e Santa Rita do Trivelato são exemplos de municípios localizados no médio-norte de Mato Grosso, que serão diretamente impactados pelas operações da Ferrovia Estadual.  A região médio-norte tem cultivo de aproximadamente 6 milhões de hectares de soja e milho, em duas safras anuais, com 29,11 milhões de toneladas de grãos produzidas na safra 2023/24, de acordo com dados recentes divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia e Agropecuária (Imea). De acordo com Fábio Henkes, diretor comercial da Rumo, a ferrovia está comprometida em continuar investindo em infraestrutura e tecnologia para oferecer soluções logísticas cada vez mais eficientes e sustentáveis para o agronegócio brasileiro. “A nova via férrea, que está sendo construída para chegar ao coração de Mato Grosso, trará ainda mais benefícios para o setor agropecuário. Com a expansão da malha ferroviária e os investimentos em curso no Porto de Santos, a Rumo espera transportar ainda mais insumos. Assim, iremos atender à demanda crescente dos produtores e contribuir ainda mais para o desenvolvimento da região que se destaca na produção agrícola. Estaremos cada vez mais próximos das propriedades rurais”, destacou. De acordo com Henkes, mesmo o plantio da soja sendo realizado somente a partir do mês de setembro, a entrega dos fertilizantes ocorre em vários meses, desde abril, com pico nos meses de agosto e setembro. Para a cultura do milho, a janela de entrega começa em outubro e vai até fevereiro do ano seguinte. Expansão a todo vapor Com a safra de soja 2024/25 em desenvolvimento, a maioria dos produtores rurais já está com os insumos garantidos e o plantio da soja já iniciou, embora ainda esteja lento, no comparativo com safras anteriores. A ferrovia já está em operação no médio-norte. Assim, os produtores rurais da região terão mais facilidade para escoar sua produção, reduzindo custos e aumentando a competitividade no mercado nacional e internacional. Além disso, os trilhos atraem novos investimentos, impulsionando o desenvolvimento de cidades e regiões. A escolha do transporte ferroviário se justifica pela sua alta confiabilidade, segurança e menor impacto ambiental. A ferrovia também oferece uma capacidade de carga muito maior do que o transporte rodoviário, reduzindo os custos logísticos e agilizando a entrega dos fertilizantes. A construção da ferrovia Senador Vicente Emílio Vuolo tem investimentos 100% privados, aportados pela Rumo. São cerca de 740 km de trilhos que irão conectar Rondonópolis e Lucas do Rio Verde, por meio de um modal logístico seguro, eficiente e competitivo.

Produtores criticam decreto ambiental e cobram ações preventivas do Governo Federal

Os produtores rurais de Mato Grosso estão preocupações sobre o novo decreto ambiental do Governo Federal, publicado em 20 de setembro de 2024. O Decreto nº 12.189, que impõe multas severas a quem provocar incêndios ilegais, foi alvo de críticas devido à falta de ações preventivas e medidas de fiscalização adequadas, especialmente em um ano de intensa seca e com incêndios afetando amplamente o Brasil. O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), Lucas Costa Beber, ressaltou que o decreto pode penalizar injustamente os produtores rurais e destacou a diferença entre queimada, uma técnica controlada e prevista em lei, e incêndio, muitas vezes causado por fatores externos, como a irresponsabilidade de motoristas ao jogarem bitucas de cigarro nas rodovias. “Muitos desses incêndios têm início na beira de uma rodovia, vai para uma mata, escapa em uma lavoura e causa prejuízos para o produtor, e ele ainda vai ter o ônus de provar que não foi o causador. Corre risco de tomar uma multa e ter suas áreas embargadas. Ou seja, o governo não traz soluções, ele simplesmente aponta o dedo e quer achar um culpado, mas não toma atitude,” afirmou o presidente da Aprosoja MT. Lucas Costa Beber ainda ressaltou a importância do diálogo e da colaboração entre o governo e os produtores para desenvolver soluções eficazes de prevenção de incêndios, especialmente em anos secos. “O governo federal deveria se equipar com aeronaves de grande porte para combater incêndios, como acontece na Califórnia e na Austrália, mas aqui o governo não faz a parte dele”, declarou. O presidente da Associação também destacou a evolução da agricultura e pecuária brasileiras nos últimos anos, desmistificando a visão antiquada de que queimadas ainda são amplamente utilizadas para limpeza de áreas produtivas. “Nós sabemos que está tendo muita confusão, tem-se uma imagem do passado onde as queimadas, eram utilizadas como método de limpeza de lavouras, mas a agricultura tem evoluído. Hoje, praticamos o plantio direto sobre a palha, que, diferente daqueles filmes americanos que nós assistimos, que vemos aquele solo arado, virado, aqui no Brasil nós praticamos o plantio direto, que é o plantio sobre a palha, ou seja, não se revolve o solo, porque revolvendo você diminui a matéria orgânica, diminui a infiltração de água e diminui também a capacidade de armazenagem de água do solo, além de causar erosão e isso correr para os rios, então a palhada é fundamental para que você tenha melhora nesses aspectos, tenha menos perdas e ainda incrementa produtividade porque você aumenta também a atividade biológica do solo, reciclagem de nutrientes. Quando ocorre um incêndio, essa matéria orgânica leva até cinco anos para se recuperar, causando prejuízos. Mesmo que o produtor quisesse, ele não queimaria uma árvore na sua terra, porque seria prejudicado”, explicou Lucas Costa Beber, que lembrou que até mesmo as queimadas autorizadas por lei, são proibidas em meses de seca. O presidente da Aprosoja MT defendeu ainda o compromisso ambiental dos produtores brasileiros, afirmando que o Brasil tem o Código Florestal mais restritivo e moderno do mundo. Ele destacou que, no bioma amazônico, os produtores preservam porcentagem grandes, diferente de outros países. “O produtor brasileiro é o único no mundo que preserva áreas agricultáveis dentro de suas propriedades”, afirmou. Decreto e Multas O Decreto nº 12.189 estabelece multas severas para quem causar incêndios. As sanções incluem multas de até R$10 mil por hectare em caso de incêndio em vegetação nativa e de até R$5 mil por hectare em florestas cultivadas. Além disso, o decreto permite o embargo de áreas afetadas, impedindo qualquer lucro ou vantagem econômica derivada de infrações ambientais. Mesmo com a preocupação de que as novas sanções possam prejudicar produtores que não causaram os incêndios, Lucas Beber enfatizou o compromisso dos produtores de Mato Grosso com a sustentabilidade. Ele destacou que 66% do território brasileiro é composto por vegetação nativa preservada, e 25% dessas áreas estão dentro de propriedades rurais. “A agricultura brasileira é uma referência mundial em práticas sustentáveis, especialmente em Mato Grosso, onde usamos apenas 14% do território do estado para a produção de soja e milho”, concluiu. Lucas Costa Beber ainda lembrou que as regiões com menos queimadas no Brasil, são onde existem produções. “Não podemos atribuir à agricultura esses índices de incêndios, na internet temos várias fontes para monitorar os focos de incêndios e a maioria são em beira de rodovias, principalmente federais, reservas indígenas, também nas áreas que seriam áreas de proteção e devolutas do governo federal, que ele devia fazer o cuidado, essas são as áreas que mais estão em chamas, mas por outro lado, se você pegar os números oficiais, as áreas que menos tem queimada são justamente as áreas que já têm exploração agrícola”, completou o presidente da Aprosoja MT. (Com informações Assessoria)

Sanciona lei para ampliar produção de combustíveis sustentáveis

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta terça-feira (8), a Lei Combustível do Futuro, que incentiva a produção e uso de combustíveis sustentáveis. Ela cria programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano, além de aumentar a mistura de etanol e de biodiesel à gasolina e ao diesel, respectivamente. De acordo com o texto, a margem de mistura de etanol à gasolina passará a ser de 22% a 27%, podendo chegar a 35%. Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, sendo, no mínimo, 18% de etanol. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou os investimentos que serão feitos na produção de etanol a partir da nova lei. “Vamos aumentar a mistura do etanol na gasolina. Estamos fortalecendo a cadeia do etanol criada há 40 anos, impulsionada nos anos 2000 com os veículos flex. Poderemos saltar do E27 até 35% de etanol na mistura. Isso vai expandir a produção nacional, que hoje é de 35 bilhões de litros, para 50 bilhões de litros por ano. São mais de R$ 40 bilhões em novos investimentos e R$ 25 bilhões para formação de canaviais, de mais milharais e transportes. É a segunda geração do etanol”. Ainda segundo o ministro, a Lei Combustível do Futuro vai gerar mais de R$ 260 bilhões de investimentos no agro e na cadeia dos biocombustíveis. Programas A lei institui três programas para incentivar a pesquisa, a produção, a comercialização e o uso de biocombustíveis, com o objetivo de promover a descarbonização da matriz de transportes e de mobilidade. O primeiro deles é o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV). Esse programa estabelece que a partir de 2027, os operadores aéreos serão obrigados a reduzir as emissões de gases do efeito estufa nos voos domésticos por meio do uso do combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). As metas começam com 1% de redução e crescem gradativamente até atingir 10% em 2037. Já o Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV) prevê que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabeleça, a cada ano, a quantidade mínima, em volume, de diesel verde a ser adicionado ao diesel de origem fóssil. Por fim, o Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano tem como objetivo estimular a pesquisa, a produção, a comercialização e o uso do biometano e do biogás na matriz energética brasileira. O CNPE definirá metas anuais para redução da emissão de gases do efeito estufa pelo setor de gás natural por meio do uso do biometano. A meta entrará em vigor em janeiro de 2026, com valor inicial de 1% e não poderá ultrapassar 10%. Biocombustíveis Biocombustíveis são derivados de biomassa renovável que podem substituir, parcial ou totalmente, combustíveis derivados de petróleo e gás natural em motores a combustão ou em outro tipo de geração de energia. Os dois principais biocombustíveis líquidos usados no Brasil são o etanol obtido a partir de cana-de-açúcar e, em escala crescente, o biodiesel, que é produzido a partir de óleos vegetais ou de gorduras animais e adicionado ao diesel de petróleo em proporções variáveis Os combustíveis sustentáveis são uma alternativa aos combustíveis fósseis, como o petróleo, gás natural e carvão mineral. O combustível fóssil é mais poluente e de produção bastante lenta, pois deriva da decomposição de matéria orgânica. Devido ao processo lento de formação desse tipo de combustível, ele não é renovável, pois não acompanha a demanda de consumo atual. A nova lei também institui o marco regulatório para a captura e a estocagem de carbono e destrava investimentos que somam R$ 260 bilhões. A ideia do governo é criar oportunidades que aliam desenvolvimento econômico com geração de empregos e respeito ao meio ambiente. “Colheita” Em seu discurso, Lula destacou a importância da lei como exemplo de potencial econômico do Brasil. “A sanção dessa lei é uma demonstração de que nenhum de nós tem o direito de duvidar que o país pode ser uma grande economia. Porque esse país tem tudo para crescer. O que [o país] precisa é de governantes à altura das aspirações do povo brasileiro”. O presidente também afirmou que o Brasil é respeitado pelos outros países pelas medidas tomadas na produção de energia limpa e afirmou que agora é hora da “colheita” das medidas implementadas desde o início do governo. “Tenho dito para os meus ministros: agora é época da colheita. Agora é hora de a gente colher, e colher bem. Porque quero, outra vez, deixar a Presidência da República com esse país crescendo, respeitado no mundo inteiro, invejado no mundo inteiro pela nossa capacidade de fazer essa revolução energética que estamos fazendo”. Agência Brasil

Unidade de saúde sobre rodas leva atendimento gratuito à comunidades rurais

Encurtar a distância entre os moradores das áreas rurais mais distantes aos serviços de cidadania e saúde. Essa é a missão do Mutirão Rural, um dos programas de promoção social mais antigos do Senar-MT, que leva dentistas, oftalmologistas e enfermeiros para o campo, facilitando o acesso àqueles que nem sempre têm condições de ir até os centros urbanos em busca de atendimento. Este ano, a ação ganhou reforço na frota: ônibus que foram transformados em consultórios equipados com tecnologias de última geração.  A comunidade Ranchão, fica a cerca de 600 quilômetros de Nova Mutum,ao médio-norte de Mato Grosso, e recebeu o programa Mutirão Rural. O serviço leva uma grande estrutura para receber o público com qualidade.  O gerente de operações do Senar-MT, Caio Souza, conta ao Senar Transforma que os ônibus foram equipados com aparelhos de primeira linha. “Atualmente nós temos três unidades móveis. Sendo dois ônibus e um caminho, eles são equipados com uma sala de oftalmologia, odontologia e uma de clínico geral onde faz vários exames. Essa frota foi aumentada, justamente, para atender melhor o produtor rural”, diz.  Mato Grosso é um estado muito grande e dessa forma, fazer ações conjuntas se torna uma grande possibilidade. Caio explica que assim, é possível mobilizar um ônibus para atender uma comunidade rural e até mesmo, os assentamentos enquanto as outras unidades móveis podem estar em um Sindicato Rural.  “O caminhão vai para áreas mais remotas, de difícil acesso. No estado, tem muitas estradas de terra que é mais difícil de chegar. O ônibus vai para locais onde o acesso é mais fácil. Estrategicamente, isso é para chegar em todos os municípios”, explica.  A adaptação dos ônibus é algo notável. Poucas poltronas foram mantidas para serem usadas como sala de espera, ficando difícil identificar que aquilo já foi um veículo.  Atendimento aos pacientes é gratuito O Ítalo Guilherme, médico oftalmologista, atende em um consultório completo dentro do veículo, de forma gratuita e realiza todos os tipos de exames nos seus pacientes.  Morador da comunidade Ranchão, o estudante Raí de Oliveira, aproveitou a passagem do programa para atualizar as informações da patologia que possui nos olhos. “Já tenho ceratocone e eu vim aqui para ver o desenvolvimento da doença”.   O acompanhamento desta doença, de acordo com Ítalo, é de extrema importância e precisa ser feita, ao menos uma vez ao ano, e exames de rotina, conseguem identificar em qual grau a patologia se encontra.  Eu achei muito bom, porque a primeira vez eu tive que ir em Nova Mutum e para fazer esses mesmo procedimentos tive que ir em Sinop, é muito longe. E ter isso na Ranchão é muito bom”, diz Raí.  Ao lado de fora do ônibus, exames para correção de grau e uso de óculos são feitos. O resultado sai na hora e a receita é validada pelo consultor óptico, Júnior Mariano,  para ter acesso a mais um benefício do Mutirão.  “Eles podem escolher o modelo da armação e existe toda uma parte técnica porque dependendo do grau, não se pode usar qualquer armação”, conta.  Os exames e as armações também são gratuitos. Passar conhecimento aos mais jovens  A cada atendimento, fica mais visível a relevância do Mutirão Rural. Além do acesso às ações de cidadania, quem participa também recebe orientações sobre saúde que muitas vezes, parecem básicas mas que muita gente desconhece. Especialmente, os mais jovens.  A Cintya Valéria é enfermeira e instrutora do Senar-MT. Ela faz parte da triagem dos atendimentos.  “Por falta de experiência, eles chegam aqui e eu explico tudinho. Eu acho interessante isso com os jovens porque eu passo informações que talvez eles não tenham. Tem gente que não sabe nem o que é glicemia. Se alguém aparecer aqui com alguma alteração, eu consigo fazer ele procurar ajuda e estarei feliz”, pontua.  Odontologia é o serviço mais procurado  Da triagem para a sala de odontologia. Esse é um dos serviços mais procurados pelos participantes do Mutirão Rural.  “Eu fiz a limpeza com ela e falei de algumas dores que eu sentia e me foi explicado sobre as limpezas. Que bom que isso acontece de forma gratuita, porque muita gente não tem condição“, conta Emily Carolina, estudante.  A Dra. Luiza Silva é dentista e conta que esse é um ambiente que traz paz e se sente realizada em fazer parte do projeto.  Ela diz que a estrutura se equivale a um consultório, principalmente, na qualidade dos equipamentos.  A Aline Poliane, coordenadora de promoção social do Senar-MT comenta que esse programa é um ganho na vida do produtor rural e de sua família. Neste ano, a ação ainda percorre 12 municípios e para 2025 o número deve sair ainda maior. Fonte: Canal Rural MT

Busca por seguro pecuário aumenta em MT devido as mudanças climáticas

Mato Grosso é líder na pecuária com mais de 34,2 milhões de cabeças de gado. Devido a relevância da atividade no estado, o Seguro Pecuário tem se mostrado cada vez mais indispensável para os produtores. Principalmente, diante dos desafios ambientais como as queimadas e mudanças climáticas que deixam o agronegócio em alerta.  Um levantamento realizado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostrou que no primeiro semestre deste ano, quando comparado com 2023, o seguro teve um crescimento de 27,3%, faturando R$ 4,6 milhões, e ampliou em 329,6% o pagamento de indenizações. Totalizando R$ 60 mil transferidos aos produtores que tiveram perdas no período.   Conforme Andréia Padovani, presidente do Sindicato das Seguradoras de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal (SINDseg MG/GO/MT/DF), o Seguro Pecuário tem sido um alicerce para os pecuaristas de Mato Grosso.  “Com o aumento da incidência de eventos climáticos extremos, proteger o rebanho por meio do seguro se tornou uma necessidade. Essa proteção possibilita que o produtor se recupere mais rapidamente de eventuais perdas”, diz.  O Seguro Pecuário apresenta como diferencial a cobertura para pastagens, fundamental para a nutrição do gado.  No Mato Grosso, vastas áreas de pasto têm sido ameaçadas por secas e incêndios, resultando em grandes perdas para os pecuaristas. O seguro garante que, nesses casos, os produtores possam contar com a recuperação dessas áreas, minimizando os impactos sobre a produção. O vice-presidente da Comissão de Seguro Rural da Fenseg, Daniel Nascimento, ressalta o papel crucial do seguro pecuário.  “Mato Grosso, sendo o maior estado produtor de gado do Brasil, precisa de soluções robustas para proteger seu patrimônio. O Seguro Pecuário não protege só o rebanho, mas todo o sistema de produção, no caso a pastagem, de modo que o produtor tenha condições de se recuperar rapidamente diante de adversidades climáticas. O setor de seguros está cada vez mais alinhado com as necessidades dos pecuaristas, proporcionando a segurança que o setor tanto precisa”, afirma. Com a intensificação das queimadas e outros eventos climáticos extremos, o Seguro Pecuário tem se mostrado um recurso fundamental para os pecuaristas de Mato Grosso.  A adesão crescente dos pecuaristas a este seguro reflete a conscientização dos produtores sobre a importância de proteger seu patrimônio e garantir a continuidade de suas atividades, mesmo em um cenário de riscos elevados. (Canal Rural MT)

Óleo de soja e farelo apresentam alta em Mato Grosso

O farelo e o óleo de soja registraram alta de 0,62% e 0,19% na variação semanal. A informação é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).  Segundo o levantamento, o farelo de soja encerrou a semana passada com média estadual de R$ 1.957,50 a tonelada. O indicador para o farelo mostra ainda que ao se comparar com a última semana do mês de agosto deste ano, o aumento é de 3,84%.  “Na última semana, o preço do farelo de soja na bolsa de Chicago registrou alta de 2,58% em comparação com a semana anterior, atingindo uma média de US$ 326,10 a tonelada. Esse aumento foi impulsionado pelo menor volume de soja processada na Argentina. Desse modo, a cotação do farelo em Mato Grosso também seguiu as movimentações de Chicago”, explica o Imea.  Em relação ao óleo de soja, o coproduto fechou a última semana cotado em média a R$ R$ 5.275,00 a tonelada em Mato Grosso. Além de  0,19% superior ao preço da semana anterior.  “Quanto ao óleo de soja, o preço do coproduto na CME-Group apresentou uma valorização semanal de 4,94%, influenciado pela alta nas cotações do óleo de palma e pela preocupação com as condições climáticas no Brasil, que segue com temperaturas elevadas e falta de chuvas, atrasando o plantio nas principais regiões produtoras”, explica o Instituto. Canal Rural MT

Piracema começa nesta terça-feira e segue até 31 de janeiro de 2025 em rios de MT

A pesca amadora e profissional está proibida nos rios de Mato Grosso durante o período de defeso da piracema, que vai desta terça-feira (1º.10) a 31 de janeiro de 2025. A piracema inclui os rios das Bacias Hidrográficas do Paraguai, Amazonas e Araguaia – Tocantins.  O objetivo é proteger o período de reprodução das espécies e garantir o estoque pesqueiro para o futuro. Para garantir o cumprimento da legislação, as Secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema) e de Segurança Pública (Sesp) lançaram uma operação de fiscalização. Nesse período, é permitida apenas a pesca de subsistência desembarcada, praticada artesanalmente por populações ribeirinhas ou tradicionais para garantir a alimentação familiar, sem fins comerciais. Para os ribeirinhos é permitida a cota diária de três quilos e um exemplar de qualquer peso por pescador, respeitando os tamanhos mínimos de captura, estabelecidos pela legislação para cada espécie. O secretário executivo da Sema, Alex Sandro Marega destacou que a decisão foi tomada após reunião do Conselho Estadual de Pesca (Cepesca) e foi publicada no Diário Oficial, em agosto. “O Cepesca decidiu manter o mesmo período dos últimos anos em todas as bacias hidrográficas de Mato Grosso, com base nos estudos de monitoramento reprodutivo dos peixes”, informou. O secretário de Integração Operacional da Sesp, coronel Fernando Carneiro, ressaltou que o trabalho integrado visa garantir mais eficiência no cumprimento da legislação, a fim de que o período de defeso seja respeitado. “Seja no patrulhamento fluvial, nas estradas, no controle de estoque e nos locais estratégicos para realização de abordagem, vamos atuar ostensivamente”, afirmou. Conforme o coordenador de fiscalização de fauna da Sema, Alan Assis Silveira, quem desrespeitar a legislação poderá ter o pescado e os equipamentos apreendidos, além de levar multa que varia de R$ 5 mil a R$ 200 mil, com acréscimo de R$ 150,00 por quilo de peixe encontrado e condução a delegacia. Além disso, os agentes da fiscalização vão apreender veículos e todo apetrecho utilizado na pesca irregular. “O período da piracema é muito importante para reprodução do pescado, em que os peixes sobem às cabeceiras dos rios para reprodução e que estão mais vulneráveis para captura. É neste momento que estaremos mantendo o estoque pesqueiro sustentável para o consumo no futuro”, ressaltou Alan.  A Operação Integrada Piracema 2024 é realizada de forma conjunta entre a Sema, o Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental, o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) e o Juizado Especial Volante Ambiental (Juvam) e demais entidades competentes no trabalho de preservação ambiental.  Denúncia A pesca ilegal e outros crimes ambientais devem ser denunciados à Ouvidoria Setorial da Secretaria de Estado de Meio Ambiente pelo telefone 0800 065 3838, pelo aplicativo MT Cidadão ou em uma das regionais da Sema. Quem se deparar com algum crime ambiental também pode denunciar por meio do contato da Polícia Militar 190.