Câmara exonera servidores presos em operação acusados de envolvimento com organização criminosa

O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL), exonerou os três servidores que foram presos durante a Operação Ragnatela, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (Ficco-MT), na quarta-feira (5). Foram demitidos Rodrigo de Souza Leal, que era coordenador de cerimonial, Elzyo Jardel Xavier Pires e Willian Aparecido da Costa Pereira, ambos assessores parlamentares do vereador Paulo Henrique (MDB), que também foi alvo da operação.

“Somos submissos a um regimento interno, a um código de ética no que se refere ao vereador. No que se refere aos servidores é ato de gestão. E, tão logo soube da prisão de três pessoas que trabalham aqui na Casa, imediatamente nós fizemos a exoneração dos três, essa é uma medida permitida ao presidente”, afirmou Chico nesta quinta-feira (6), durante entrevista à imprensa.

“Se nós temos informações e evidências mais de uma mídia de que os três estão presos, eu vou esperar o quê? Agora, eles são inocentes, não tem problema, vamos readmiti-los, mas neste momento estão presos, nem cumprir suas funções na Casa viram, por isso, tive que exonerá-los”, acrescentou.

Outro alvo da operação, o vereador Paulo Henrique (MDB), também deve sofre penalidades na Casa de Leis, segundo Chico ele vai aguardar a oficialização da justiça para adotar alguma medida. 

“Com relação ao vereador é natural que nós precisamos aguardar a oficialização de tudo isso aí. Já comecei a conversar com o procurador, vou pedir a ele que nos traga situações oficiais, se necessário que vá conversar com essa equipe de policiais que fez todo o trabalho, para ver o que nós poderemos receber de informações oficiais”, explicou.

Segundo a Polícia Federal, a investigação ainda deve apurar qual a verdadeira relação do parlamentar com o empresário e servidor da Câmara, Willian Aparecido da Costa Pereira, mas adiantou que ele tinha contato direto com o rapaz, inclusive com trocas de favores.

Em nota, Paulo Henrique ressaltou que jamais exerceu qualquer poder de influência na liberação de eventos e lembra que as casas de shows que também foram alvo da operação foram autuadas durante fiscalização. Ele ainda disse que não tem relação com os fatos que assessores realizam em particular, “quando tomado conhecimento de algo ilícito faço as medidas cabíveis de exoneração”.

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