O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil), rebateu as falas do governador Mauro Mendes (UB), em relação à conversa sobre sua eventual candidatura para prefeito em Cuiabá nas eleições de 2024. A fala de Mauro foi dada durante uma entrevista na semana passada, após ele justificar seu acordo para apoiar Fábio Garcia (UB), no pleito, após uma suposta negativa de Botelho sobre a disputa.
Durante uma entrevista nesta segunda-feira (24), ao programa A Notícia de Frente, da TV Vila Real Botelho, disse que Mauro o procurou ainda em 2022 para tratar do assunto, mas o teor da conversa teria sido diferente do que revelou Mauro Mendes na semana passada.
“Na minha campanha para deputado, o governador me procurou e perguntou se eu seria candidato a prefeito. Eu disse a ele que estava preocupado com a minha eleição de deputado, mas que eu estava recebendo muito apoio, onde eu ia o pessoal dizia que iria me apoiar para deputado porque queria me ver prefeito de Cuiabá. Eu reforcei isso, mas não estava pensando nisso naquele momento”, afirmou Botelho.
Na semana passada, durante uma entrevista à imprensa, Mauro Mendes afirmou que na referida conversa com Botelho o deputado estadual teria garantido que não seria candidato à Prefeitura. Por conta disso, segundo o governador, é que ele teria firmado compromisso com Fábio Garcia.
Durante a entrevista Botelho afirmou ainda que após a eleição o assunto voltou a ser tratado com Mauro Mendes em outras ocasiões.
“Passada a eleição, eu procurei o governador e disse a ele que eu seria candidato. Ele me disse que era cedo para discutir isso. Depois eu reforcei para ele e ele me disse que o Fábio Garcia estava como candidato. Eu disse a ele que se ele quer de fato o Fábio Garcia, se ele estava decidido disso, que ele tomasse a decisão e me liberasse do partido e nós seguiríamos amigos. E ele disse, novamente, que não era hora de discutir candidatura à Prefeitura. Foi essa a conversa que nós tivemos, não tem nada fora disso. Então, ele me disse que tem sim a proposta do Fábio, mas que também gostava de mim, que reconhecia tudo o que eu fiz para lhe ajudar a governar o Estado, para aguardar, que poderia haver alguma mudança. Mas não teve nenhuma conversa em que eu neguei candidatura, isso não existiu. Eu, inclusive, falei para ele que se eu retroceder vai ficar ruim até para ele, vai ficar parecendo que ele me comprou”, completou Botelho.
Botelho ainda disparou que vários políticos que negam estar em pré-campanha, embora as atitudes revelem o contrário.
“A pessoa falar que não está fazendo política? Como não está? Seja honesto. Eu falo que estou fazendo sim, estou indo nos bairros, estou trabalhando. Agora, tem gente que faz tudo isso e nega. Vai enganar quem?”, disparou.
Em relação ao União Brasil, a possibilidade de deixar o partido Botelho assumiu que ainda busca permanecer na sigla, mas advertiu que não pretende prolongar a decisão. O acordo, conforme já adiantou, é para que a definição ocorra no máximo até janeiro.
“Minha resposta para todos é que eu continuo tentando construir dentro do União. Eu quero continuar no União porque tudo que tem aí fomos nós que construímos juntos. Eu estou fazendo o possível para ficar no partido. [No entanto] Se sabe que é dono do partido e quer jogar isso para a convenção, esse jogo eu não vou fazer!”, finalizou.