O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União Brasil), notificou à Comissão de Ética da Casa um ofício, por conta da demora na conclusão do caso que julga o deputado Gilberto Cattani (PL), por comparar mulheres grávidas a vacas. A Comissão foi criada no dia 12 de junho e tinha prazo de 30 dias para encerrar os trabalhos.
“Acabei de redigir um memorando, um ofício da presidência para a Comissão (de Ética), cobrando resultado, porque foi dado um prazo para eles e já não cumpriram”, disse Botelho da AL nesta segunda-feira (31).
O presidente da Casa de Leis cobrou agilidade e lembrou ainda que o prazo inicial dos parlamentares acabou e os trabalhos seguem paralisados. O corregedor da Comissão de Ética, Max Russi, prospectou para esta terça a primeira reunião dos deputados para definir o cronograma de oitivas.
No entanto, Max adiantou que não há elementos que justifiquem medidas tão graves como a cassação dos mandatos dos parlamentares. Além da cassação, o regimento prevê punições mais brandas, como a suspensão de mandato e advertência.
Botelho disse ainda que não pode opinar nas punições, mas quer respostas da Comissão.
“Eu não posso emitir opinião sobre eventuais punições, isso é a Comissão de Ética que tem que encaminhar. O que eu estou cobrando é porque eles já extrapolaram o prazo e não me deram uma resposta”, pontuou o deputado.