O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), defendeu que policiais militares do Estado tenham um treinamento diferenciado para lidar com ocorrências mais complicadas.
A declaração ocorreu em meio a repercussão da morte de Daniel Kalinisky, 25, em uma abordagem em Vera (distante a 458 km de Cuiabá).
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Nas gravações, é possível ver que Diego estava acompanhado de uns amigos em uma das ruas do Município quando é abordado pela Polícia. Em determinado momento, os militares tentam colocá-lo em um camburão, mas ele reage. O rapaz pega um pedaço de madeira e parte para cima de um dos policiais, que reage e o atinge a tiros. Ao todo, ele recebeu quatro tiros e morreu ainda no local.
Para Botelho, a ação da Polícia foi equivocada e cheia de excessos. Embora afirme que a vítima errou, segundo ele, o resultado seria diferente se houvesse um treinamento mais adequado, já que Diego estava desarmado.
“Não acho legal o que aconteceu, da pessoa agredir o policial, mas acho que houve excesso. No que me parece, foram dados cinco tiros”, disse o deputado em entrevista à Rádio Vila Real.
“Não tinha necessidade, a pessoa não estava armada. […] A quantidade [de tiros]… será que era preciso tudo aquilo?”, questionou.
Botelho ainda defendeu que a Corregedoria da Polícia Militar abra uma investigação para apurar os fatos de maneira “imparcial” e isônoma.
“Os policiais têm que entender e isso passa por treinamento: você vai atender uma ocorrência de roubo/furto é uma situação; agora você vai atender uma importunação de som alto, ali não é um bandido que está lá assaltando e roubando, talvez seja uma pessoa que esteja se divertindo um pouco mais. Tem que haver uma diferença neste atendimento”, acrescentou.
“Acho que tem que ser investigado. E tem que ser feita uma investigação imparcial para analisar tudo isso”, completou.
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