Um abaixo-assinado lançado na plataforma change.org está em curso buscando reverter a decisão que autorizou a extinção do Parque Estadual Cristalino II, localizado na região dos municípios de Novo Mundo e Alta Floresta, (790 km de Cuiabá). O objetivo declarado é salvaguardar o parque, situado na Amazônia, de possíveis invasões por empreendimentos de grande porte.
Recentemente, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) indeferiu um recurso do Ministério Público de Mato Grosso do Estado, mantendo assim a decisão de extinguir o parque. A ação questionando a legitimidade da criação do Cristalino II foi movida pela Sociedade Comercial do Triângulo Ltda., cujos sócios incluem Douglas Dalberto Naves, associado pelo Ministério Público Federal (MPF) como “laranja” de Antônio José Junqueira Vilela Filho, figura ligada à atividades de desmatamento na Amazônia.
A empresa alegou falta de consulta à população, uma alegação que os desembargadores do TJMT consideraram válida.
O abaixo-assinado foi iniciado pelo perfil SOS Cristalino, destacando que a revogação do decreto de criação do PEC II coloca em risco uma área de mais de 118 mil hectares, abrigando uma das biodiversidades mais ricas da Amazônia brasileira, com mais de 600 espécies de aves, representando cerca de um terço de todas as espécies de aves do Brasil.
Desde sua criação, na segunda-feira (6), o abaixo-assinado já angariou quase mil assinaturas. Há preocupações de que a área seja sujeita a degradação por parte de grandes empreendimentos.
“É crucial apelar e reverter essa decisão com celeridade para impedir que o Parque Estadual do Cristalino II, um verdadeiro tesouro da Amazônia, seja alvo de empreendimentos de grande porte, como mineração, desmatamento, extração de madeira, construção de hidrelétricas, e outras atividades exploratórias que podem resultar em prejuízos socioambientais irreparáveis e violações de direitos”, diz trecho do abaixo-assinado.
Os interessados podem acompanhar ou aderir ao abaixo-assinado na plataforma aqui.