Assistência Social fala sobre a luta e combate ao trabalho infantil; denuncie

Mirian Graça, Especial para o CN No dia 12 de junho é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, instituído pela  Organização Internacional do Trabalho (OIT) a data marca a luta contra todo tipo de trabalho que envolve crianças e adolescentes. No Estado, o governo e os agentes de assistência social aproveitam a data e o mês de junho para promoverem palestras e oficinas de conscientização por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc). Na Capital a Secretária de Assistência Social da prefeitura de Cuiabá tem uma programação extensa a longo do mês.  O trabalho infantil é uma triste realidade no Brasil e no mundo. Tornou-se “comum” ver crianças vendendo doces no trânsito movimentado das grandes cidades, mas também em roças, fábricas e até dentro de casa.  O Cuiabá Notícias entrevistou Rute Merle Santos Costa, formada em pedagogia e Especialista em Desenvolvimento Social, na Secretaria de Assistência Social em Cuiabá. Atualmente, Rute coordena o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) na capital mato-grossense. A especialista informou que normalmente fazem abordagens nas ruas, orientando aos pais das crianças sobre o risco que os filhos estão sujeitos a sofrer por estarem expostos nessa situação. “Quando as crianças estão nessa situação, os direitos são violados. E nós temos feito abordagens nas principais vias de Cuiabá, orientando aos pais que as crianças correm o risco de serem atropeladas, aliciadas, de sofrerem abuso ou exploração sexual”, comentou. De acordo com a especialista Rute, vários pais relatam que levam as crianças para trabalhar junto porque as pessoas acabam comprando as mercadorias, por se sensibilizarem com a situação. Quando não levam as crianças, o resultado é bem diferente. E Rute enfatiza que o trabalho deles de assistência social é de garantir e informar essas famílias sobre os direitos que elas têm. “Nós abordamos as famílias para orientá-las, perguntamos o motivo de estarem nessa situação para auxiliá-los sobre os benefícios que eles mesmo têm direito, como vale alimentação, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e tantos outros”, relatou. Quando as crianças são sujeitadas a trabalharem desde cedo, algumas sequelas começam a fazer parte da vida delas, como dificuldade na aprendizagem, problemas de saúde físicos e psicológicos, ficam vulneráveis a todo tipo de abuso. Um caso que chocou o Brasil é o de dona Madalena, que a mãe a doou para uma família, acreditando que ela teria uma vida melhor com estudo e uma boa alimentação, mas essa não foi a realidade de Madalena. Ela foi encontrada em situação análoga a escravidão.  “Dos 63 anos de vida de Madalena Santiago, 53 ela passou em uma prisão sem grades. Vítima do chamado trabalho escravo doméstico, ela pensou tantas vezes em fugir, mas simplesmente não tinha para onde ir. Sofria, então, com constantes humilhações. Pela patroa, era rebaixada por ser negra. Passou a sentir que a cor da pele era um problema. Hoje, já liberta das amarras da escravidão, chora e diz não gostar da cor da pele. Tem a crença de que não merece amor e resiste a um abraço do repórter Aguiar Júnior. É convencida, finalmente aceita o abraço, mas ainda tem um grande trauma a lidar,” reportagem feita pelo Repórter Record Investigação. Não romantize o trabalho infantil. Se você presenciar menores de idade nessas condições, procure o Conselho Tutelar da sua cidade e denuncie! A Constituição de 1988 condena todo tipo de trabalho envolvendo crianças e adolescentes. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe o desempenho de qualquer trabalho laboral exercido por menores de 16 anos. 

Empaer e Seaf promovem Fórum das Cadeias Produtivas da Agricultura Familiar na 55º Expoagro

A Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural) e a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) promovem o Fórum das Cadeias Produtivas da Agricultura Familiar de Mato Grosso durante a 55º Exposição Industrial, Comercial e Agropecuária do Estado – Expoagro. A iniciativa tem por objetivo auxiliar prefeitos, gestores e agricultores em ações de formação, capacitação em gestão e desenvolvimento de políticas públicas dos setores ligados aos negócios do campo, além de viabilizar um espaço de discussões que visa fomentar ainda mais este importante setor da economia. Programado para acontecer no dia 13 de julho, o evento traz uma programação gratuita, com palestras nas quais se pretende, de forma ampla, apresentar oportunidades e desafios do setor.   A frente da organização do fórum, o técnico da Empaer e especialista em turismo rural, Geraldo Donizete Lucio, explica que a Expoagro é uma ótima vitrine para dar visibilidade às atividades desenvolvidas pelo Governo do Estado, por meio da Seaf e Empaer. Segundo ele, a ideia é realizar um evento técnico com palestras sobre as cadeias produtivas com destaque para cana de açúcar, banana, leite e turismo rural com exemplos práticos e dificuldades do dia a dia.  “Os temas são variados, mas estão relacionados à agricultura familiar. Com experiências de sucesso, perspectivas futuras e investimentos com foco no empreendedorismo”, pontuou. Programação Na abertura, o presidente da Empaer, Renaldo Loffi, e a secretária de Estado de Agricultura Familiar, Teté Bezerra, explanarão sobre as políticas públicas nas cadeias produtivas no segmento. Além disso, a programação traz ainda a palestra “Calendários sanitários em rebanhos leiteiros – importância e implantação”, pela coordenadora regional da Empaer e médica veterinária Luma Camargo Prados. Terá ainda a explanação do secretário de Turismo de Nossa Senhora do Livramento, José Eugênio sobre a experiência da feira “É de Livramento”. A empreendedora rural, social e criativa, Zilair Martins, irá falar sobre o Empório Serra Pantaneira – Agregar valores da cana de açúcar a banana. Sobre o turismo rural, os protagonistas envolvidos no Projeto Caminhos do Morro, na comunidade Morrinhos, em Santo Antônio do Leverger, explanarão sobre a iniciativa no fomento a cadeia produtiva com as experiências do Rancho Epona, Recanto do Jaó, Bodega Pantaneira, entre outros. No período da tarde, a programação começa com a sistema de produção da banana da terra no estado, apresentado pelo pesquisador da Empaer, Humberto de Carvalho Marcilio. Logo em seguida, o proprietário da pousada Recanto de Compostela, Valdizar Andrade, falará sobre os desafios de empreender no espaço rural, no município de Jangada. O turismólogo da Empaer, Robson Junior Hartmann, falará sobre as experiências das caminhadas da natureza e o concurso gastronômico no município de Mirassol D´Oeste e região. Na cadeia produtiva da fruticultura tropical a palestra será com os representantes da Seaf, o superintendente Luciano Gomes Ferreira e o técnico Leonardo da Silva Ribeiro. Na piscicultura, a experiência será a criação de tilápias em tanques elevados, pelo presidente da Cooperativa Múltipla de Desenvolvimento Sustentável de Mato Grosso (Coodesus), Marcio Paulo da Silva. A última palestra será sobre a produção de mel, com o especialista em apicultura, Catarino Mendyes. Programado para encerrar às 18h, logo antes com as considerações finais da organização e envolvidos. Evento Fórum das Cadeias Produtivas da Agricultura Familiar Data: 13 de julho (quinta-feira) Local: Parque de Exposições Senador Jonas Pinheiro – durante a Expoagro Horário: 7h às 18h (com intervalo para almoço) Informações da Empaer-MT

Governo do Estado e BID realizam capacitação para promoção do comércio exterior e atração de investimentos para MT

O Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec-MT) e em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), realizará uma capacitação voltada à promoção do comércio exterior e atração de investimentos com foco no Estado. O evento acontece na segunda-feira (19), a partir das 8h, na sala João Nicolau Petroni, na Fiemt, em Cuiabá. A capacitação de cinco dias será comandada pela equipe do setor de Integração e Comércio do BID. O objetivo do treinamento, que contará com a participação de servidores públicos de órgãos estratégicos do Governo de Mato Grosso, integrantes da iniciativa público-privada, e entidades, é construir direcionamentos por meio de ações de promoção voltadas ao comércio exterior e atração de investimentos para o Estado. O secretário da Sedec-MT, César Miranda, explica que a capacitação é enriquecedora para gerar de forma colaborativa um trabalho de parceria com órgãos e entidades diretamente ligados à internacionalização de Mato Grosso. “Mato Grosso é o líder na produção de alimentos e na preservação, no exterior já temos relações comerciais fortes e esse treinamento com o BID preparará os nossos servidores para conhecer as ferramentas estratégicas personalizadas para o nosso Estado, para ampliar ainda mais essas ações que atraem novos investidores e abrem novos mercados que impulsionam a economia e o desenvolvimento do Estado”, destacou César Miranda. A capacitação prevê abordar conteúdos como estrutura, organograma, atividades e processos para atração de investimentos e as exportações de Mato Grosso, referências estratégicas e de gestão para implementação, ferramentas, definição quantitativa e qualitativa dos objetivos estratégicos para atração de investimentos e comércio exterior de Mato Grosso.  A abertura do evento contará com a presença do Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico César Miranda, do especialista Sênior no setor de Comércio Internacional e Investimento do BID, Francisco Estrazulas de Souza, e virtualmente de Morgan Doyle, que é representante do BID no Brasil. Informações da Assessoria/Sedec

Suspeitos de atuar com estelionato eletrônico têm prisões cumpridas na PCE

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá, em apoio a Polícia Civil de Tocantins, cumpriu três mandados de prisão preventiva contra integrantes de um grupo criminoso voltado para crimes de estelionato eletrônico. As ordens de prisão decretadas pela comarca de Araguatins (TO) foram cumpridas na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, onde os suspeitos já estavam presos por outros crimes. Os mandados foram expedidos com base em investigações da Polícia Civil de Tocantis que identificaram o grupo criminoso instalado em Mato Grosso, que atuava na aplicação de golpes pela internet, atingindo vítimas em diversos estados do país. Assessoria/Polícia Civil-MT

Belém deve receber cerca de 50 mil visitantes para a COP30

Em evento neste sábado (17), em Belém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar as primeiras medidas relacionadas ao processo de organização da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em 2025. O evento será realizado na capital paraense. A candidatura do Brasil, oficializada em maio, recebeu apoio praticamente unânime dos demais países sul-americanos, uma exigência das Organização da Nações Unidas (ONU) para a escolha, e deve ser oficialmente confirmada no fim do ano, durante a COP28, em Dubai. Apesar disso, o processo de organização já está em curso. A realização de um evento do porte de uma COP vai exigir um “grande esforço” da cidade-sede e do país. Segundo o secretário de Clima, Energia e Maio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores (MRE), André Corrêa Lago, são esperadas dezenas de milhares de pessoas em Belém. “Todas as cidades que convidam para que a COP aconteça têm que fazer um grande esforço para o evento. É um evento que, nos últimos anos, tem uma média de 40 mil a 50 mil pessoas durante duas semanas. É a maior conferência das Nações Unidas”, afirmou a jornalistas durante entrevista coletiva, em Belém. A maior parte dessas presenças são de integrantes das sociedades civis dos países, como entidades, cientistas e movimentos sociais. Com isso, Belém, assim como outras cidades que já abrigaram o evento, precisa se organizar em termos de infraestrutura, capacidade hoteleira, restaurantes, transporte e aviação. “Pelo que tenho visto, o governador está consciente disso, o presidente Lula também. Esse evento é uma ocasião muito importante para assegurar que Belém tenha melhorias”, acrescentou o secretário de Meio Ambiente do Itamaraty. Segundo ele, outras cidades ganharam com melhorias em trânsito e em infraestrutura. Por ser um evento da ONU que pode reunir presencialmente mais de 100 chefes de Estado, há todo um protocolo rígido de segurança, mas também de sala de evento, com diferentes padrões de tamanho de acordo com a importância das autoridades, entre outras regras. Países Amazônicos A capital paraense também se prepara para realizar, no dia 8 de agosto, a reunião dos oito países integrantes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Participam os presidentes de Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Um documento aprovado no encontro será apresentado durante a próxima Assembleia das Nações Unidas, em setembro, em Nova York (EUA). Segundo o embaixador Corrêa Lago, a ideia deste evento é fortalecer a OTCA, que é uma organização pouco conhecida e ainda pouco atuante no cenário internacional. Ele crê que uma nova dinâmica para esta articulação de países possa “acentuar a possibilidade de a Amazônia ser solução para o mundo” em termos de proteção climática. Metas mais ambiciosas Pela primeira vez realizada na Amazônia, a COP Belém, em 2025, será o marco de 10 anos do Acordo de Paris, a principal convenção climática da ONU, assinada em 2015 durante a COP21, na capital francesa. O documento estabeleceu metas para a redução de emissões de gases causadores do aquecimento global. De acordo com Lago, há uma grande expectativa internacional sobre esta futura reunião da ONU no Brasil. “A COP de Belém vai ser a COP 10 anos depois de Paris. Então, é uma COP que vai ser extremamente importante, porque é uma conferência na qual os países são supostos a adiantar maiores ambições climáticas. Todos os países do mundo têm que apresentar, em Belém, na COP30, em 2025, ambições maiores de combate à mudança do clima”, destacou. A última atualização da meta do Brasil no Acordo de Paris ocorreu em 2020, com cinco anos da vigência do tratado climático. Na época, o governo determinou que a chamada Contribuição Nacional Determinada (NDC, da sigla em inglês), será a neutralidade nas emissões de gases do efeito estufa até 2060. Neutralizar a emissão de gases de efeito estufa, segundo o Acordo de Paris, significa mudar a matriz energética para fontes sustentáveis que não dependem de queima de combustíveis fósseis e que façam com que o clima não exceda a média atual em 1.5 grau Celsius (estimativa agressiva) ou 2.0 graus Celsius (estimativa conservadora). É uma mudança na economia, eliminando combustíveis fósseis e outras fontes de emissões de gás carbônico onde for possível nos setores de transporte, geração de energia e na indústria. Para outras fontes, a cada tonelada de gás carbônico emitida, uma tonelada deve ser compensada com medidas de proteção climática, com o plantio de árvores, por exemplo. Até então, a Contribuição Nacional Determinada (NDC, da sigla em inglês), ratificada pelo governo brasileiro, em vigor desde 2015, previa que até 2025 as emissões de gases de efeito estufa seriam reduzidas a 37% em relação a 2005, ano em que o país emitiu aproximadamente 2,1 bilhões de toneladas de gás carbônico. Para 2030, a meta seria uma redução de 43%. Acordo de Paris Em 2015, o Brasil se juntou a mais de 190 países que integram a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima na assinatura do chamado Acordo de Paris. Pelo acordo, que foi resultado de mais de 20 anos de negociação, as nações definiram objetivos de longo prazo para limitar o aquecimento da temperatura global em níveis abaixo de dois graus Celsius, se possível a 1,5 grau, até o final deste século. A partir dos compromissos do Acordo de Paris, o Brasil definiu a sua NDC. A meta considera os níveis pré-revolução industrial (1750) implementada a partir de 2020. A redução significativa do aquecimento global e o cumprimento dos compromissos do Acordo de Paris ainda estão entre as metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), com o qual o Brasil também se comprometeu até 2030. Agência Brasil

Fórum Mais Milho debate logística e armazenagem nesta segunda-feira em Cuiabá

Os desafios com a armazenagem que crescem a cada ano no Brasil e potenciais alternativas de logística para o escoamento do milho estarão em debate na próxima segunda-feira (19) em mais um Fórum Técnico Mais Milho, em Cuiabá (MT). O Fórum Técnico será realizado no auditório do Edifício Cloves Vettorato e terá transmissão ao vivo pelo Canal Rural no Facebook e YouTube, a partir das 14h00 (horário de Mato Grosso). O evento está dividido em dois painéis, além de palestra sobre perspectivas de mercado com o consultor da Safras & Mercado, Paulo Molinari, em sua abertura. O primeiro painel debaterá a armazenagem de grãos no país e como enfrentar esse desafio que cresce a cada ano. Mediado pelo diretor-executivo da Abramilho, Glauber Silveira, o painel contará com a presença do presidente da Maizall, Paulo Bertolini, do presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore, e do deputado federal de Mato Grosso e coordenador da FPA, Fábio Gárcia. Já o segundo painel terá a logística alternativa para o escoamento do milho em debate. A mediação está a cargo do diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, e terá as presenças do diretor da Infra S.A., Cristiano Della Giustina, do diretor técnico da ANTT André Luiz Ludolfo, da diretora de Departamento de Ferrovias do Ministério dos Transportes, Maryane Figueiredo, e do vice-presidente de Relações Institucionais da Rumo, Guilherme Penin. O Fórum Técnico Mais Milho em Cuiabá conta ainda em sua programação com a palestra “O cenário político para o agro” com o jornalista José Maria Trindade. Sétima temporada do Mais Milho A sétima temporada do Mais Milho teve início no dia 15 de fevereiro em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Na ocasião foi realizado o painel “Produção e desenvolvimento da cultura do milho em Mato Grosso do Sul”, que contou com a presença do setor produtivo e especialistas da indústria e área econômica. O programa é uma realização do Canal Rural, da Abramilho e da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). O Mais Milho tem como principal característica levar informação constante aos produtores, técnicos, agrônomos e todos os envolvidos com a cultura. Foco no olhar de quem enfrenta obstáculos e encontra estratégias para superá-los e ajuda a fazer da agricultura brasileira referência no planeta. O projeto é também uma iniciativa em busca de soluções para os desafios dentro e fora das fazendas, dando visibilidade ao que pensam as entidades que representam o setor, a pesquisa, tradings e grandes consumidores do grão brasileiro. A cada safra, a cada temporada, são mostradas as perspectivas de como o milho pode avançar em tecnologia, produtividade, logística, mercado, agregação de valor e geração de novas oportunidades, como, por exemplo, o uso do grão como matéria-prima para a produção de energia renovável. Canal Rural Mato Grosso

Mega-Sena pode pagar prêmio de R$ 51 milhões neste sábado

A loteria mais famosa do Brasil pode pagar, neste sábado (17), um prêmio de R$ 51 milhões ao acertador das seis dezenas sorteadas. O concurso 2602 será realizado às 20h no Espaço da Sorte, em São Paulo. Os apostadores que quiserem concorrer ao prêmio milionário têm até as 19h (horário de Brasília) para ir a uma casa lotérica e fazer a sua fezinha. Apostas também podem ser feitas no Portal Loterias Caixa ou no app Loterias Caixa. A aposta mínima (de 6 números) custa R$ 5. Agência Brasil 

Livro sobre Barbosa mostra racismo enraizado no futebol brasileiro

O atacante Vinícius Júnior, astro do Real Madrid (Espanha) e da seleção brasileira que enfrenta Guiné neste sábado (17), a partir das 16h30 (horário de Brasília), no Estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona (Espanha), tem reagido às ofensas racistas das quais é vítima no país europeu desde 2021, pelo menos. Contudo, não foram poucas as oportunidades nas quais o jogador foi apontado como responsável pelas manifestações a ele direcionadas, seja pelas danças ao comemorar gols ou supostamente provocar adversários em campo. Culpar a pessoa negra, porém, não é um fenômeno inédito no futebol ou na sociedade (inclusive a brasileira). Em 1950, quando a seleção brasileira perdeu o título da Copa do Mundo, ao ser superada pelo Uruguai por 2 a 1, de virada, no Maracanã, não demorou para o goleiro Moacyr Barbosa Nascimento ser escolhido como vilão do vice-campeonato. O episódio é resgatado no livro “Desculpas, Meu Ídolo Barbosa”, de autoria do historiador e doutor em Ciências Sociais Jorge Santana, e que foi lançado em Brasília no fim de maio. “O Barbosa foi vítima de um grande cancelamento, antes mesmo de surgir o termo, mas também vítima de racismo. Não só ele, mas o Juvenal e o Bigode, toda a parte esquerda da defesa brasileira, que era negra. O livro é um pouco da tentativa de se pedir desculpas ao Barbosa, porque ele não foi culpado pela derrota, mas sentiu na pele essa culpa, que foi muito deletéria a ele e aos goleiros negros que vieram depois”, disse Santana à Agência Brasil. Segundo o historiador, o tratamento destinado a Barbosa pode ser considerado um marco de que, sim, havia preconceito racial no Brasil. Condição salientada com a criação da Lei Afonso Arinos, a primeira a criminalizar o racismo no Brasil, aprovada após o caso, também em 1950, envolvendo a artista norte-americana Katherine Dunham, negra, que teve a hospedagem negada em um hotel cinco estrelas de São Paulo. Na literatura, o jornalista Mário Filho (que dá nome ao Maracanã) viria a publicar, em 1964, uma segunda edição de “O Negro no Futebol Brasileiro”, livro cuja versão original é de 1947, três anos antes da fatídica decisão. “Esse livro [do Mário Filho] traz todo o racismo no futebol brasileiro até as décadas de 1930 e 1940, quando ele fala que há uma virada, na qual, a partir de negros como Leônidas da Silva e Domingos da Guia, você teria a pacificação do racismo no futebol. Só que, quando vem a tragédia de 1950, ele tem a necessidade de fazer uma nova edição, na qual fala: há racismo aqui, de forma muito evidente”, analisa o pesquisador. Setenta e três anos se passaram desde o Maracanazo (como ficou conhecida a derrota brasileira na Copa de 1950), mas o preconceito racial não abandonou a modalidade mais popular do país. Segundo o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, foram comprovadas 90 situações de racismo em arquibancadas e gramados brasileiros no ano passado, 40% a mais que os 64 episódios de 2021. O caso recente mais emblemático ocorreu em 2014, quando o hoje ex-goleiro Aranha, então no Santos, foi chamado de macaco por torcedores do Grêmio na partida de ida entre as duas equipes, em Porto Alegre, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Em decisão inédita, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) excluiu o Tricolor gaúcho da competição, mesmo com o jogo de volta por fazer. O Regulamento Geral de Competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) passou a indicar, para este ano, punição a casos de discriminação, que pode variar de advertência a perda de pontos. Além disso, a nova Lei Geral do Esporte, sancionada na última quarta-feira (14) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê multa de R$ 500 a R$ 2 milhões em episódios de racismo, homofobia, sexismo e xenofobia em eventos esportivos. “O racismo é um problema contemporâneo e atual no Brasil e o futebol não é uma área isolada. Tivemos avanços importantes nos últimos anos. Primeiro, pela CBF assumir que há racismo no futebol, criar mecanismos para combatê-lo em campo. Infelizmente, o racismo é tão estrutural na sociedade que, mesmo com ações, o caso do Aranha mostra o tamanho deste desafio”, afirma Santana. “Punição é importante, mas também a conscientização das novas gerações, de uma pedagogia que, de fato, seja antirracista, que leve informação aos jogadores da base, com palestras sobre racismo, e que os clubes atuem junto aos torcedores. Precisamos de políticas permanentes de luta contra o racismo, o machismo e a LGBTfobia”, completou o historiador. Mas, afinal, Barbosa recebeu um pedido de desculpas? Para Santana, o reconhecimento em vida foi menor do que merecia o goleiro, ídolo do Vasco, que faleceu em 7 de abril de 2000, aos 79 anos, em Praia Grande (SP), por conta de uma parada cardiorrespiratória. “Acredito que um dia ele teve figuras, teve pessoas, que buscaram trazer um outro olhar sobre 1950, mas acho que [ficou aquém] no sentido macro, de instituições que poderiam cumprir esse papel, e aí falo da CBF, do Governo brasileiro, de instituições que poderiam fazer ações com o Barbosa e todos os vice-campeões, de valorizar a primeira vez que o Brasil esteve perto de conquistar uma Copa do Mundo. [O Mundial de] 2014, talvez, seja o que chegou mais perto [de um pedido de desculpas]. O Diário de Pernambuco fez uma capa [com a manchete ‘Descanse em paz, Barbosa’] depois de o Brasil tomar de 7 a 1 da Alemanha”, concluiu o escritor. Agência Brasil

Preta Gil vai às lágrimas em show com Gilberto Gil e família

Quanta emoção! Após conseguir autorização médica, Preta Gilse apresentou ao lado da família no show “Nós, A Gente”. No palco, a cantora, que trata um câncer no intestino, acabou se emocionando e foi às lágrimas ao receber carinho do público e, principalmente, do pai, Gilberto Gil. O espetáculo aconteceu no Shopping Via Parque, no Rio de Janeiro, e fez a plateia ir ao delírio e expressar todo seu amor e boas vibrações para Preta. Famosos aplaudiram o espetáculo. Regina Casé, Otávio Müller, ex-marido de Preta, Carolina Dieckmann e Murilo Benício estavam por lá. Grande amiga de Preta Gil, Dieckmann aproveitou um tempo de descanso das gravações de “Vai na Fé”, da TV Globo, para estar presente no evento. O Fuxico

Em jogo marcado por manifestações antirracistas, Brasil enfrenta Guiné

Em uma partida marcada pelas manifestações de combate ao racismo, a seleção brasileira enfrenta Guiné em partida amistosa disputada, a partir das 16h30 (horário de Brasília) de sábado (17), no estádio Cornellà-El Prat, que pertence ao Espanyol, em Barcelona (Espanha). Em seu primeiro jogo após o atacante Vinicius Júnior ser vítima de agressões racistas em jogo do Campeonato Espanhol entre Real Madrid e Valencia no Estádio Mestalla, a equipe masculina de futebol do Brasil entrará em campo, pela primeira vez em 109 anos de história, com uniforme totalmente preto. A iniciativa da CBF faz parte de uma série de ações organizadas para combater o racismo. A seleção atuará durante todo o primeiro tempo do jogo contra Guiné com a camisa preta. Após o intervalo, a equipe comandada interinamente por Ramon Menezes jogará com a camisa amarela, que também fará alusão à luta contra o racismo. Além de ser uma oportunidade de se posicionar publicamente contra o racismo, o jogo servirá também para a seleção buscar a sua primeira vitória desde a disputa da Copa do Mundo de 2022. Após a eliminação do Mundial disputado no Catar (nas quartas de final após derrota para a Croácia) a equipe teve apenas um compromisso, um amistoso contra o Marrocos disputado em Tânger que terminou com vitória dos donos da casa por 2 a 1. Isso fez com que o técnico Ramon Menezes afirmasse, em entrevista coletiva concedida na última sexta-feira (16), que deseja que o Brasil volte a triunfar e a apresentar um bom futebol: “Que o Brasil volte a vencer, volte a jogar bem e a ter o controle das ações, como já faz parte da tradição da seleção, que também é forte na parte defensiva”. Para alcançar este objetivo o treinador deve mandar a campo uma equipe formada por uma mescla de jogadores que estiveram no Catar com atletas que estão recebendo oportunidades, alguns a primeira, na equipe canarinho. Os que receberam a primeira convocação são Ayrton Lucas (Flamengo), Vanderson (Monaco, da França), Joelinton (Newcastle, da Inglaterra) e Robert Renan (Zenit, da Rússia). A expectativa é de que Richarlison seja mantido na posição de centroavante titular mesmo vivendo um momento de baixa produtividade no Tottenham (Inglaterra). Já o lateral Ayrton Lucas e o meio-campista Joelinton devem receber uma oportunidade no time titular. Porém, o destaque fica com Vinícius Júnior. O atacante, que é considerado por muitos o melhor jogador brasileiro em atividade no momento, usará a camisa 10 nos amistosos contra Guiné e Senegal. Uma dúvida está no gol, onde o goleiro Alisson sentiu dores no quinto dedo da mão esquerda e passará por avaliação para ser definido se tem condições de jogo. Caso o goleiro do Liverpool (Inglaterra) não atue, Weverton, do Palmeiras, começa como titular. Com isso, a seleção brasileira deve ir a campo com: Alisson (Weverton); Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Ayrton Lucas; Casemiro, Joelinton e Lucas Paquetá; Rodrygo, Vinicius Júnior e Richarlison. Já a seleção de Guiné deposita sua confiança em dois jogadores que atuam em ligas de grande apelo da Europa: o meio-campista Naby Keita, que acaba de trocar o Liverpool pelo Werder Bremen (Alemanha), e o atacante Guirassy, do Stuttgart (Alemanha). A equipe africana vem de uma derrota para o Egito, por 2 a 1, pelas Eliminatórias da Copa Africana de Nações. Após a partida contra Guiné, a seleção brasileira segue para Portugal, onde enfrenta Senegal, em Lisboa, na próxima terça-feira (20) no estádio José Alvalade. Agência Brasil