Pesquisa aponta que mesmo com desafios, agronegócio está mais confiante em 2023

 Mesmo com o atual cenário de incertezas e preocupações (instabilidade econômica, alta taxa de juros e elevado custo de produção) o agronegócio ainda demonstra otimismo com o futuro. De acordo com a pesquisa “Agenda 2023”, divulgada pela Deloitte nesta semana em Cuiabá (MT), a maior parte das empresas ligadas ao agronegócio no Centro-Oeste do Brasil e Interior de São Paulo buscam por eficiência  e produtividade.    “Essa pesquisa conta com mais de 500 empresas em diversos setores que juntas somam cerca de 20% do PIB do Brasil. Nela trazemos um recorte inédito e específico para o agronegócio que tem uma participação muito grande com relação às empresas do Centro-Oeste, incluindo o estado do Mato Grosso, bastante importante no agro”, explica o sócio-líder da Deloitte , Paulo de Tarso.  Foto: Canal Rural Mato Grosso Principais motivos de risco no setor  Com relação ao cenário de preocupações, a pesquisa identificou os principais motivos e riscos enxergados para este ano. A inflação acima de 5% foi uma das principais, já que impacta diretamente o custo das organizações, das empresas e do produtor rural. “A inflação afeta a remuneração, seja a inflação que afeta o insumo, que afeta o custo de transporte e tudo mais”, afirma Paulo. No mesmo sentido, a taxa de juros acima de dois dígitos também está entre os motivos de apreensão do setor uma vez que acaba desencadeando um custo mais elevado para crédito, capital e negociações.  “São dois custos. O primeiro é a inflação, que traz esse acúmulo de custos bastante importantes, relacionados à produção como um todo. E o segundo custo é quando a inflação está um pouco mais alta por fatores econômicos e a taxa de juros tende a subir para tentar conter a inflação para reduzir um pouco o consumo. E, assim, reduzir a inflação”, explica.    Impacto do cenário macroeconômico mundial  A pesquisa também apontou a preocupação dos empresários do setor com a geopolítica e o cenário macroeconômico mundial.   “A inflação global aparece como o terceiro principal item de risco para o negócio em 2023. Existem questões geopolíticas importantes acontecendo. A própria guerra da Ucrânia e Rússia, que até o ano passado impactou muito o preço de alguns insumos agrícolas, fertilizantes, entre outros”, explica.    Mão de obra e qualificação no campo  Quanto à manutenção e contratação de mão de obra qualificada para o campo, a pesquisa da Deloitte traz alguns pontos de alerta para o produtor e para quem busca qualificação na área.    “Realmente a preocupação em ter uma mão de obra qualificada, ela passa por praticamente todos os setores e, obviamente, com impacto também bastante significativo no agronegócio. Por fatores que possam ser conectados, por exemplo, com gerações e sucessão familiar.  A remuneração talvez possa ser algo a vir impactar o interesse ou não das pessoas em se qualificarem mais e também buscarem se aplicar mais no setor”, afirma.    Modernização e inovação no agro  A modernização do setor e o arquivamento de informações são dados relevantes na pesquisa. Mover para a “Nuvem” ou “Cloud” planilha, relatórios, e-mails, memorandos e afins são formas mais eficazes de manter documentos importantes. Na pesquisa realizada, 68% das empresas já fazem parte dessa inovação.    “É o estágio de migração do arquivamento de dados para a nuvem. Sair dos servidores locais e levar isso para a plataforma, onde você possa ter acesso a qualquer tempo que é o que realmente tem sido a tendência. Nós temos aqui como resposta no agronegócio que 6% não migraram. 11% das empresas pretendem migrar a sua base de dados para a própria nuvem. E tem 31% das empresas parcialmente migrados”, explica.    De acordo com Paulo, o empresariado está com um otimismo maior do que no ano anterior. Se preparar para enfrentar os desafios é a melhor recomendação. “No ciclo sempre vai acontecer altos e baixos. Isso faz parte da nossa vida. E então, se preparar na parte alta, para enfrentar a maré baixa”, afirma.    Canal Rural Mato Grosso

Abílio registra BO contra empresa terceirizada de UPAs e Policlínicas

Na tarde de domingo, o Deputado Federal Abílio Brunini realizou uma ronda de fiscalização nas UPAs Pascoal Ramos e Morada do Ouro, bem como nas Policlínicas Coxipó e Planalto. A ação foi motivada por diversas mensagens que o deputado recebeu via redes sociais e WhatsApp, denunciando problemas no atendimento médico nessas unidades. Assessoria  Após constatar as denúncias, o deputado relatou a situação à interventora e registrou um boletim de ocorrência contra a empresa COAPH, cujos médicos não foram identificados na UPA Pascoal Ramos durante a fiscalização.   Além disso, o deputado permaneceu por três horas monitorando e acompanhando a troca de turno na UPA Morada do Ouro, assegurando-se de que o atendimento fosse normalizado. Ao final de sua ação, a unidade contava com três médicos clínicos e um pediatra prestando atendimento aos pacientes.   O Deputado Abílio também visitou o Hospital Santa Casa, que se encontrava lotado devido à falta de pediatras atendendo nas UPAs e Policlínicas. Esse suposto boicote das empresas terceirizadas na saúde tem prejudicado os hospitais de Cuiabá e Várzea Grande, aumentando a demanda e pressionando ainda mais o sistema de saúde local.   A fiscalização realizada no domingo reforça o compromisso do deputado Abílio com a saúde pública e a responsabilização das empresas contratadas, garantindo a transparência e a qualidade dos serviços prestados à população.   Com informações da Assessoria

Quatro foragidos da Justiça são presos pela Polícia em Cuiabá e no interior do estado

A Gerência Estadual de Polinter, da Polícia Civil, localizou foragidos da Justiça durante buscas para cumprimento de mandados contra procurados. Além de foragidos da Justiça de Mato Grosso, também foram presas pessoas que eram procuradas em outros estados. PJC/MT Na segunda feira, a equipe da Polinter localizou um rapaz de 28 anos, estelionatário procurado na Paraíba. Ele estava trabalhando em uma empresa no bairro Coxipó da Ponte, na Capital e estava com a prisão decretada pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Campina Grande, na Paraíba.   Na terça-feira, os policiais do Núcleo de Buscas e Capturas prenderam em Nova Brasilândia um procurado pelo crime de estupro de vulnerável.   Já na quarta-feira, em Cuiabá, investigadores da Polinter tiveram certa dificuldade ao prender uma merendeira, de 51 anos, no bairro Altos da Serra. Ela estava com Mandado de prisão preventiva decretado pelo crime de Homicídio. Ao receber voz de prisão, a mulher reagiu e partiu pra cima dos integrantes da equipe. Populares que estavam nas imediações começaram um tumulto para tentar impedir a prisão. Foi necessário usar técnicas de imobilização e contenção e a mulher foi detida e conduzida à Polinter.   Já no final da manhã deste sábado (15.04), um traficante foi localizado após várias diligências investigativas. O homem de 36 anos, que trabalhava como técnico em instalação de ar-condicionado, foi surpreendido pela equipe policial ao atender um chamado de uma cliente no bairro Pedra 90, na Capital. Depois, ele foi conduzido à Polinter, encaminhado para exame de corpo de delito e, posteriormente, apresentado à audiência de custódia.   Com informações da Assessoria

Flamengo reencontra segurança, mas precisa de brilho das estrelas

Os 3 a 0 contra o Coritiba não mostraram um espetáculo do Flamengo, mas serviram como um primeiro passo para a volta à normalidade. Porque, nos jogos recentes, este time despertou um sentimento que foi raro para o torcedor nos últimos quatro anos: insegurança. Na partida do último domingo, no Maracanã, houve evolução, mesmo que sem brilho das principais estrelas. O Flamengo montado pelo técnico Mario Jorge conseguiu ser dominante contra o Coxa. A equipe controlou a bola, viu nomes importantes subirem de rendimento, como Gerson e Everton Ribeiro. A postura foi ofensiva, com os zagueiros, em muitas ocasiões, avançados até a intermediária de ataque para encurralar o adversário.           Foto: André Durão Estratégia dá certo, mas Pedro dá resposta   Na despedida do comando interino do profissional, o técnico Mario Jorge, do sub-20, chamou a responsabilidade ao mudar o esquema e abrir mão de Pedro, artilheiro da equipe na temporada. O treinador optou por Gabigol, reforçou o meio de campo e escolheu o camisa 9 para sair do time. A estratégia deu certo, porque houve mais aproximação entre os jogadores com a entrada de Matheus França no meio. Everton Ribeiro foi participativo, Gerson melhorou ao ter mais liberdade. O Flamengo melhorou na marcação e produziu o suficiente para vencer. Só que Pedro também deu resposta no pouquíssimo tempo em campo. Em menos de 20 minutos o atacante fez um golaço para fechar o placar. E apontou, no campo e com palavras, que o caminho para a evolução do Flamengo também está nos pés dele. Desafio que Mario Jorge não teve tempo para enfrentar. A partir de agora, está nas mãos de Sampaoli. Destaques em coadjuvantes   Não fosse o lampejo de talento do camisa 9, o Flamengo teria uma vitória construída sem o brilho de seus principais jogadores. Mesmo com o gol de pênalti de Gabigol, que quebrou o jejum mas teve outra atuação discreta.           Foto: André Durão Quem comandou a vitória rubro-negra foram os que, no papel, são coadjuvantes. A começar por Ayrton Lucas, o melhor da partida. Matheus França, Wesley e Léo Pereira também merecem destaque. Jogadores que mostraram serviço no primeiro jogo visto de perto pelo novo treinador. Com comando argentino, o Flamengo volta ao trabalho nesta segunda-feira, quando o elenco se reapresenta na parte da tarde, no Ninho do Urubu. Às 14h (de Brasília) está prevista a apresentação de Jorge Sampaoli, que fechou contrato até o fim de 2024 com o clube. Globo Esporte

Governo de MT aplica R$ 227 milhões em multas por crimes ambientais

O Governo de Mato Grosso aplicou R$ 227 milhões em multas e embargou 43 mil hectares por crimes contra a flora no primeiro trimestre de 2023. Foram atendidos 1055 alertas de desmatamento e apreendidos 55 veículos usados em ilícitos ambientais. Mayke Toscano/Secom-MT A operação Amazônia, que integra órgãos estaduais e federais, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), tem como instrumentos o monitoramento em tempo real por satélite de todo o território de Mato Grosso, fiscalização contínua no local onde é identificado o crime ambiental, embargo de áreas, apreensão e remoção de maquinários flagrados em uso para o crime, e a responsabilização de infratores. Das autuações que aconteceram entre janeiro e março de 2023, R$213 milhões foram aplicadas pela Sema, por meio da Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento, Coordenadoria de Fiscalização de Flora, e pelas Regionais. A Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT), por meio do Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA), aplicou R$14 milhões em multas. O combate ao desmatamento ilegal faz parte da política pública do Governo do Estado de Mato Grosso de tolerância zero para transgressões às leis ambientais. O Estado investiu, nos quatro primeiros anos de gestão, R$180 milhões na prevenção e combate ao desmatamento ilegal e incêndios florestais, recurso usado para aquisições, contratações e insumos para operações ambientais em todo o território estadual. Fiscalização A Sema utiliza, além da fiscalização em campo, a Plataforma de Monitoramento da Cobertura Vegetal, que utiliza Imagens de Satélite Planet no combate ao desmatamento ilegal. A ferramenta, contratada pelo REM, age de forma preventiva, minimiza os danos, aumenta a celeridade na resposta, facilita a responsabilização e permite o embargo da área de forma imediata por meio do monitoramento diário e alertas semanais de desmatamento. Foram apreendidos no trimestre 23 tratores pneu, 16 tratores esteira, 16 caminhões, 1 veículo, 11 ferramentas ou acessórios, 8 motosserras, 11 ferramentas e acessórios e 36 mil m³ de madeira. Os maquinários de porte médio, pesado e outros acessórios rurais flagrados na prática de crimes ambientais são removidos do local, efetivando a responsabilização, já que a apreensão de bens promove a descapitalização do infrator. Operação Amazônia Por meio da Operação Amazônia, o Governo de Mato Grosso intensifica o combate aos crimes ambientais, com foco na eliminação do desmatamento ilegal. As equipes de campo são formadas por aproximadamente 200 servidores. No lançamento da Operação Amazônia 2023, em março, foram entregues 13 novos veículos com guincho, totalizando 66 veículos 4 × 4 usados nas operações. Também foram entregues quatro telefones via satélite, que permitem a comunicação em locais remotos onde não há antena para sinal telefônico e internet. As entregas deste ano são financiadas com recursos internacionais do Programa REM. Com informações da Assessoria

Líderes da bancada evangélica são contra taxação de apostas esportivas

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Lideranças da bancada evangélica estão dispostas a articular um movimento contrário à medida provisória (MP) que regulamenta as apostas esportivas. O Ministério da Fazenda deve enviar o texto ao Congresso ainda neste mês.   O deputado Marco Feliciano, do PL de São Paulo, disse que os deputados não “teriam como explicar ao eleitor um voto a favor da MP”. “Hoje, o espírito da bancada é esse”, afirmou Feliciano, que é um dos seis vice-presidentes da Frente Parlamentar Evangélica (FPE). Lembrado que a medida propõe regulamentar e taxar o setor, e não autorizar as apostas, o que já ocorreu no governo Michel Temer, Feliciano declarou que, ainda assim, a tendência é a bancada votar contra.   Outro opositor é o deputado Sóstenes Cavalcante, do PL do Rio de Janeiro. “Somos contra qualquer projeto sobre o jogo. Votar a favor [da MP] seria estelionato eleitoral”, disse. Sóstenes liderou a bancada evangélica até o ano passado e, hoje, ocupa uma vice-presidência na FPE.   A FPE reúne 135 deputados e 12 senadores. O presidente da bancada, deputado Eli Borges, do PL de Tocantins, também afirmou que é contra qualquer tipo de jogo de azar. Ele disse que a FPE irá se opor à MP. Guilherme Amada pelo Site Metrópoles

Cem dias após os atos de 8/1, Brasil tem 294 presos, prejuízo milionário e um golpe a apurar

Hugo Barreto/Metrópoles Em 8 de janeiro deste ano, o Brasil presenciava a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, na capital federal. Em tentativa de golpe de Estado, bolsonaristas inconformados com o resultado da eleição presidencial marcharam do Quartel-General do Exército do DF até a Esplanada dos Ministérios e destruíram prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto. Desde então (completam-se 100 dias na terça-feira, 18/4), polícias, Justiça, governo federal, Ministério Público, Advocacia-Geral da União (AGU), entre outros agentes, trabalham juntos para dar respostas à sociedade, punir culpados, julgar executores, incitadores e financiadores dos atos. Até o momento, foi apurado prejuízo material de R$ 20,7 milhões causado pela depredação; mantidos 294 presos – 86 mulheres e 208 homens; e denunciadas 1.390 pessoas, no âmbito dos inquéritos que tratam dos atos antidemocráticos. Na Justiça Federal, a AGU move cinco ações para condenação definitiva de 178 indivíduos, três empresas, uma associação e um sindicato por financiamento ou participação nos atos golpistas. São essas pessoas que vão pagar, solidariamente, os custos dos reparos nos prédios dos Três Poderes. Presos Nesses 100 dias, foram concluídas as análises de quem deveria continuar preso e quem poderia responder às ações em liberdade. Logo após a depredação, 2.151 pessoas foram presas em flagrante. Entre elas, 1.406 permaneceram detidas em cadeias do DF. O ministro Alexandre de Moraes concluiu a análise dos pedidos das defesas e decidiu liberar 1.112 presos, todos com tornozeleira eletrônica e uma diversidade de medidas cautelares a serem cumpridas. Todos os que conseguiram liberdade provisória continuam sendo monitorados e serão julgados por incitação ao crime e associação criminosa. O valor mensal de uma tornozeleira eletrônica é de R$ 211,10 para o Distrito Federal. Por mês essas pessoas custam aos cofres públicos, só no que diz respeito ao monitoramento eletrônico, R$ 234,7 mil. Por ano, o montante chega a R$ 2,8 milhões. A medida cautelar visa garantir que os réus cumpram todas as imposições judiciais enquanto o processo corre na Justiça. Após 100 dias, ainda são 208 homens presos no Centro de Detenção Provisória II e 86 mulheres detidas na Penitenciária Feminina do DF. Segundo a Casa Civil do Distrito Federal, um preso custa, em média, R$ 2.450 por mês. As despesas envolvem alimentação, segurança, transporte, kits de higiene, colchão, atendimento médico, entre outros. Medidas cautelares Todos os denunciados em liberdade provisória precisam cumprir uma série de medidas judiciais. São elas: Proibição de ausentar-se da Comarca e recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana mediante tornozeleira eletrônica; Obrigação de apresentar-se perante o Juízo da Execução da Comarca de origem, no prazo de 24 horas e comparecimento semanal, todas as segundas-feiras; Proibição de ausentar-se do país, com obrigação de realizar a entrega de seus passaportes no prazo de 5 dias; Cancelamento de todos os passaportes emitidos pela República Federativa do Brasil; Suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo em nome da investigada, bem como certificados CAC; Proibição de utilização de redes sociais; Proibição de comunicar-se com os demais envolvidos, por qualquer meio. Decisões O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu sete inquéritos para investigar executores materiais, autores intelectuais, financiadores e agentes públicos que possam estar envolvidos – seja por omissão, atuação ou incitação – nos atos de 8 de janeiro. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos investigados. Ele é suspeito de instigação e autoria intelectual dos atos que resultaram em episódios de vandalismo e violência em Brasília. Nessa sexta-feira (14/4), Moraes determinou que a Polícia Federal tome depoimento do ex-presidente. Entre as autoridades alvos das ações, também estão o ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres e o ex-comandante da PMDF Fábio Augusto Vieira. Anderson Torres estava nos Estados Unidos no dia dos ataques. Foi preso por suspeita de omissão e conivência com a tentativa de golpe. A situação de Torres foi agravada depois que a polícia encontrou em sua casa uma “minuta do golpe”. Agora, ele presta esclarecimentos não só ao STF, mas também ao TSE, pois a minuta foi incluída em ação que tramita na Corte Eleitoral contra Jair Bolsonaro. A apuração visa ligar os pontos sobre supostas tentativas de descredenciar a Justiça Eleitoral. Na última segunda-feira (10/4), a defesa de Torres entrou com pedido de revogação da prisão alegando que “mesmo já tendo iniciado a viagem de férias aos EUA, buscou conter a crise instalada, a qual não imaginava que poderia acontecer”. Ex-comandante da PMDF, Fábio Vieira foi encarcerado pelo mesmo motivo que Torres, mas acabou liberado provisoriamente após relatório do interventor na Segurança do DF, Ricardo Cappelli, apontar que Vieira não teve responsabilidade direta na falha de ações contra os atos. O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), chegou a ser afastado do cargo, por suspeita de omissão. No entanto, em 15 de março, Alexandre de Moraes revogou a decisão e, após 65 dias, o emedebista voltou ao GDF. Os inquéritos abertos pela Corte apuram os crimes de terrorismo, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime. Ainda entre as autoridades, segue preso o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). O oficial foi preso no âmbito do inquérito que investiga a responsabilidade de autoridades sobre a invasão e a depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Denúncias totais da PGR Até o momento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) 1.390 denúncias no âmbito dos inquéritos que tratam dos atos antidemocráticos. Desse total, 239 pessoas são acusadas de serem as executoras do crime, enquanto 1.150 são enquadradas como incitadoras, e uma ocupante de cargo de agente público é investigada por omissão. Segundo a PGR, eventuais casos ainda pendentes serão avaliados, e as providências cabíveis, inclusive eventuais denúncias, tomadas oportunamente. “A análise desses casos foi priorizada porque a maior parte das pessoas está ou esteve detida, e existem prazos legais para o oferecimento de denúncia em casos com prisão cautelar. O objetivo foi evitar qualquer conjectura relativa ao excesso de prazo”, disse o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico. Ainda segundo

Rodoviária de Cuiabá recebe primeira grande reforma em mais de 40 anos

O Terminal Rodoviário Engenheiro Cássio Veiga de Sá, em Cuiabá, está passando pela sua primeira grande reforma desde que foi inaugurado em 1979. Em breve, os passageiros e frequentadores da rodoviária de Cuiabá vão poder aproveitar um espaço mais confortável e com melhores serviços. Reprodução Os investimentos são realizados pela concessionária Sinart, que assumiu a gestão da rodoviária em maio de 2021. As obras começaram em julho de 2022 e devem seguir até julho do ano que vem.   A atual gestão da Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) foi a responsável por licitar a concessão do Terminal, possibilitando os investimentos e regularizando a situação do Terminal, cujo contrato de concessão estava expirado desde 2009.   Até o momento já foram construídos o muro de cercamento lateral, regularização da rede de esgoto e do sistema de coleta de resíduos, pintura, revisão do sistema elétrico, instalação de sistema de controle eletrônico de embarque de passageiros. A estrutura também recebeu melhorias com a pavimentação das vias de acesso de ônibus e recuperação do asfalto do estacionamento, duas reclamações frequentes dos passageiros.   Além disso, para melhorar o atendimento dos cidadãos, foram disponibilizados Wi-Fi gratuito, telefone 0800 e carrinhos de bagagem.   De acordo com o gerente da Sinart, Selmo Marques, no momento são realizadas obras para construir salas administrativas, sanitários amplos e com acessibilidade no setor de desembarque, plataforma de embarque e saguão de espera, construção de novas áreas comerciais, novos guichês e salas vips no piso superior. A cobertura e a impermeabilização das estruturas estão sendo recuperadas e está sendo instalado um sistema de energia solar.   Todos os projetos da reforma foram revisados e aprovados pela Sinfra-MT. A concessão prevê ainda a instalação de um elevador panorâmico e espaços para serviços comerciais, como caixa eletrônico, restaurante e lotérica.   “O prédio da rodoviária tem uma arquitetura diferenciada e muito bonita. Mas além da estética, temos que oferecer um ambiente limpo e higiênico, para que quem esteja em viagem possa tomar um banho, fazer uma boa refeição e ter segurança”, afirmou o secretário de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira.   A concessão tem um prazo de 25 anos e prevê investimentos de R$ 32 milhões nesse período.   Viagens internacionais A rodoviária de Cuiabá voltou a oferecer viagens internacionais, o que havia sido interrompido no início da pandemia de Covid-19. A Expresso Jenecheru passou a vender passagens para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, em uma viagem com previsão de 18 horas de duração.   Além disso, a empresa Transacreana passou a vender passagens com destino a Lima, a capital do Peru, em uma rota que sai do Rio de Janeiro. A linha passa, entre outros, por Cuzco, cidade próxima a Machu Picchu, um dos principais destinos turísticos do mundo.   O Terminal O Terminal Rodoviário Engenheiro Cássio Vieira de Sá foi inaugurado em 1979 e tem 23.373,07 m² de área construída. Com um projeto considerado arrojado e moderno para época, com grandes vãos livres e ampla circulação de ar. Anualmente, 106,5 mil ônibus e 1,3 milhão de passageiros passam pelo local. Com informações da Assessoria

Em nota, Governo responde ao TCE e garante repasses a Saúde de Cuiabá

O governo de Mato Grosso manifestou em nota sobre a decisão do Tribunal de Contas de Mato Grosso, que determinou que o Governo do Estado faça o repasse de  R$ 67,8 milhões imediatamente ao Fundo Municipal de Saúde de Cuiabá, que está sob a gestão do Gabinete de Intervenção. Segundo a nota, o Governo informou que vai cumprir com a determinação e o recursos para este fim serão disponibilizados dos valores de ICMS e IPVA, que seriam repassados para o município, mas que agora serão destinados ao fundo de saúde.   Veja a nota na íntegra Sobre a decisão do Tribunal de Contas do Estado que determinou o repasse de R$ 67,8 milhões,  bloqueando recursos do município e repassando para a Saúde de Cuiabá, o Governo de Mato Grosso esclarece que: 1. Com o descumprimento da decisão por parte da Prefeitura de Cuiabá em realizar o repasse obrigatório, o Tribunal de Contas do Estado construiu uma solução para que a Saúde não fique sem recursos. Ou seja, determinou que o Estado faça o bloqueio de valores de ICMS e IPVA, que seriam repassados para o município, e encaminhe diretamente para o Fundo Municipal de Saúde, sob gestão do Gabinete de Intervenção; 2. Com essa medida, vamos conseguir recursos para garantir ações importantes para restabelecer os serviços nas unidades de saúde da capital.

Governador de SP elogia modelo inovador de Mato Grosso na concessão da BR-163

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reconheceu a iniciativa do Governo de Mato Grosso em assumir a concessão da BR-163 como forma de solucionar com os problemas da rodovia e elogiou o trabalho feito no Estado como um “modelo inovador”. “A população de Mato Grosso só tem a ganhar, graças a ousadia do Governo do Estado, que está assumindo a rodovia, um modelo de concessão criado de forma inovadora pelo governo. Tenho certeza de que podemos esperar que os investimentos aconteçam, a duplicação da rodovia, com tarifas baratas e a melhoria do nível de serviço, que vai ser muito grande. A 163, eixo tão importante para Mato Grosso, vai ficar cada vez melhor”, afirmou Tarcísio, durante encontro nesta sexta-feira (14.04), com o empresário Cidinho Santos, em São Paulo. A solução encontrada pelo Governo de Mato Grosso prevê que a MT Par, sociedade de economia mista do Estado, assuma o controle da concessão para retomar, de forma mais célere, as obras de melhorias na rodovia federal. A proposta foi considerada inovadora pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e tem sido referência para outros Estados que enfrentam dificuldades em concessões de rodovias. Como parte da proposta de compra da Concessionária Rota do Oeste, o Estado buscou a negociação de dívidas junto aos bancos credores da Odebrecht, que detém o controle acionário da Rota do Oeste. Assessoria No momento, o governo aguarda apenas a resolução de duas questões no TCU, que envolvem a autorização para o deferimento de processos, que estão com os ministros Augusto Nardes e Vital do Rêgo, e a formalização do contrato de renegociação das dívidas com os bancos. A previsão é de que o Estado invista R$ 1 bilhão em obras na rodovia. A primeira medida a ser tomada será a contratação da obra de duplicação da BR-163, no trecho prioritário entre o Posto Gil e Nova Mutum. Com informações da Assessoria