Seleções de basquetebol e voleibol disputam etapa estadual dos Jogos Abertos Mato-grossenses

As seleções de basquetebol e de voleibol serão as primeiras a disputar a etapa estadual dos Jogos Abertos Mato-grossenses, que são promovidos pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), entre sexta-feira (18) e domingo (20). 38 equipes de vários municípios do Estado estarão em Sorriso (a 400 km de Cuiabá) para competir pelos títulos mato-grossenses da categoria adulta. Participam da etapa estadual as seleções masculinas e femininas que foram campeãs e vice-campeãs nas cinco fases regionais, realizadas entre os meses de agosto e setembro, além das equipes da capital mato-grossense e do município-sede. As disputas estaduais das outras duas modalidades (futsal e handebol) serão realizadas de 25 a 27 de outubro, também em Sorriso. Nessa primeira parte da fase estadual, o evento esportivo reúne cerca de 450 pessoas, dentre atletas e técnicos. As delegações representam os municípios de Alta Floresta, Araputanga, Água Boa, Aripuanã, Campo Novo do Parecis, Campo Verde, Cuiabá, Cuverlândia, Guiratinga, Juara, Matupá, Peixoto de Azevedo, Primavera do Leste, Pontes e Lacerda, Querência, Rondonópolis, Santo Antônio de Leverger, Sinop, Sorriso, Tangará da Serra e Várzea Grande. Os jogos começam na sexta (18) e prosseguem até domingo (20) em diferentes espaços esportivos de Sorriso. O voleibol será disputado nos ginásios Domingão e Flor do Cerrado, e o basquetebol nas quadras das Escolas Municipais Aureliano Pereira da Silva e São Domingos. Já a abertura oficial do evento será realizada no sábado (19), às 19h30, no ginásio poliesportivo Domingão. Com presença de autoridades locais e estaduais, a solenidade é aberta ao público e contará com atrações, que inclui o acendimento do fogo simbólico. Para a realização dos Jogos Abertos Mato-grossenses, a Secel conta com a parceria do município-sede.

TCE e FVG faram auditoria nas contas do Governo do Estado sobre renúncias fiscais de R$10,8 bilhões

O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) contará com o apoio técnico e científico da Fundação Getúlio Vargas (FGV) na análise das contas anuais do Governo do Estado de 2024 e da auditoria especial sobre os incentivos fiscais do Estado. O objetivo é ter um diagnóstico preciso e garantir que a população seja de fato beneficiada diante das renúncias fiscais autorizadas pelo Estado, que só em 2023 atingiram o valor de R$10,8 bilhões.  Autorizada pelo presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, a medida foi anunciada pelo relator de ambos os processos, conselheiro Antonio Joaquim, na sessão ordinária desta terça-feira (15). “Em 2023, o maior gasto do Poder Executivo foi tributário e o montante referente aos incentivos foi quase equivalente ao gasto com Educação, Saúde e Segurança, que totalizou R$ 13 bilhões. O Tribunal de Contas não tem a competência constitucional de escolher políticas públicas, mas temos o dever de propor soluções e é isso que vamos fazer, temos a obrigação de enfrentar esse assunto”, afirmou Antonio Joaquim. Conforme o relator, com base nesse diagnóstico, o TCE-MT terá mais condições para propor políticas públicas efetivas na busca pela redução das desigualdades do estado. “O presidente Sérgio Ricardo nos autorizou e na semana que vem formalizaremos esse apoio com a FGV. Assim, poderemos oferecer para o Governo e para Assembleia Legislativa, que são os órgãos que decidem as políticas públicas, caminhos para que esses incentivos fiscais tenham retorno para população.” Desde junho, a auditoria instaurada pelo Tribunal vem avaliando a eficiência, a efetividade e a transparência da política de incentivos fiscais e da gestão da dívida ativa referente aos últimos cinco anos e uma das defesas de Antonio Joaquim é de que o Governo estabeleça metas para a contrapartida social de empresas isentas de tributação. “O pobre não está no orçamento do Brasil. O grande valor orçamentário é o gasto tributário: 35,3% do ICMS do Mato Grosso, que tem um valor de R$ 30,6 bilhões, é incentivo. Então, vamos levantar, em um processo técnico e científico, todas as empresas que recebem esses incentivos, identificar as que participam da moratória da soja e da carne, e sugerir que sejam cassados os incentivos das empresas que não têm contrapartida, em razão do prejuízo que causam ao desenvolvimento do estado. O Tribunal pode contribuir para que o estado seja realmente rico, não um estado de poucos ricos. E que possa oferecer essa riqueza à população. Esse é o nosso objetivo”, concluiu Antonio Joaquim.

Dono de jornal é rendido em restaurante em Cuiabá; quatro suspeitos presos

Quatro bandidos armados invadiram o restaurante, Fonte do Paladar, localizado no Centro Sul, da cidade, e renderam clientes, funcionários e o empresário Geandré Latorraca, proprietário do jornal Estadão Mato Grosso. O crime foi registrado na tarde desta quarta-feira (16). Os suspeitos foram detidos e encaminhados para delegacia.  Segundo informações do boletim de ocorrência, o empresário Geandré Latorraca também é proprietário do restaurante. À polícia ele disse ter recebido uma mensagem via WhatsApp de uma pessoa desconhecida, supostamente interessada em encomendar algumas marmitas. Ao enviar o cardápio para o suspeito, o mesmo indagou o empresário questionando se ele estaria no estabelecimento para pegar as encomendas pessoalmente. Em seguida chegou no restaurante quatro homens e disseram que o motivo da visita não seria por conta das marmitas, e sim para gravar um vídeo do comunicante dizendo que nunca mais iria se relacionar com mulher casada. O empresário questionou um dos suspeitos, dizendo que não pratica tais ações e que não gravaria vídeo nenhum. Neste momento, os suspeitos começaram a agredi-lo com um soco na orelha, ocasião em que um dos suspeitos sacou uma arma de fogo e apontou na direção em sua direção e dos seus funcionários. Diante da iminente ameaça e temendo pela sua vida, o empresário gravou um vídeo, onde proferiu as palavras desejadas pelo suspeito, de não ter relações com mulheres comprometidas. Após isso, os quatro homens fugiram do local em um veículo Hyundai HB20. Equipes da Polícia Militar do batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (ROTAM) fizeram rondas e conseguiram localizar e prender o quarteto. Eles foram encaminhados ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CISC), no bairro Verdão. Geandré, acredita que a tentativa de homicídio que sofreu seja um ‘recado’ ao periódico. No entanto, ele não concedeu mais detalhes sobre a suspeita. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa no CISC, logo após a prisão dos suspeitos. Ele disse ainda que os bandidos estavam em contato com ele desde sexta-feira, quando pediram os valores de marmitas que seriam levadas até uma suposta obra. O empresário disse que sabe quem está por trás da ameaça, mas informou que iria revelar a identidade apenas para o delegado responsável pelas investigações. Segundo fontes, um dos suspeitos detido por participação na ação, é um Policial Militar. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.       

Cuiabano Igor Jesus é destaque na imprensa internacional após atuações na Seleção

O jogador cuiabano, que hoje, defende o Botafogo, Igor Jesus está em evidência internacional após atuar na Seleção Brasileira contra o Chile e Peru nas eliminatórias da Copa Mundo de 2026. O atacante estampou notícias e foi temas de artigos de sites internacionais pela atuação em campo nas duas partidas.  O “Marca”, tradicional jornal espanhol, destacou Igor Jesus em matéria publicada na manhã desta quarta-feira. A imprensa uruguaia, que já havia repercutido as atuações de Igor e Luiz após a partida contra o Chile, voltou a comentar sobre o desempenho do jogador.

Sabrina Sato está grávida do noivo, Nicolas Prattes: ‘Uma bênção’

Sabrina Sato, de 43 anos de idade, está grávida pela segunda vez! Noiva de Nicolas Prattes, a apresentadora está no início da gestação e teve a notícia confirmada à Quem, na manhã desta quarta-feira (16), pela assessoria de imprensa dos artistas. Nicolas e Sabrina estão juntos há nove meses e são noivos desde o início de setembro. “Uma nova gestação é uma bênção e será sempre bem-vinda. Sabrina e Nicolas descobriram recentemente uma gestação ainda em estágio inicial. Por orientação médica, foi pedido que aguardassem a evolução com cuidado e amor. E assim estamos fazendo, com fé e na expectativa que evolua bem”, dizia o comunicado oficial emitido pelas assessorias do casal. As especulações dos internautas sobre uma possível gravidez da apresentadora começaram com a mudança no guarda-roupa ousado da artista. Acostumada a expor o abdômen sarado em figurinos extravagantes, Sabrina optou por looks que escondiam seu físico nas últimas aparições públicas, usando sobretudos e casacões felpudos. Outro detalhe que chamou a atenção do público foi uma declaração de Nicolas no aniversário de sua mãe, Giselle Prattes. “Não sei como seria sem você, te amo muito, sigo na minha caminhada aplicando seus ensinamentos diários e formando minha família graças ao bom exemplo que você me deu”, escreveu ele no dia 28 de setembro. Em julho, Sabrina já falava em dar um irmãozinho para Zoe, sua filha de 5 anos que é fruto de seu antigo casamento com Duda Nagle. “A Zoe adoraria um irmãozinho e sempre sonhei com a casa cheia com toda nossa família, mas estamos deixando as coisas acontecerem naturalmente, sem nenhuma cobrança”, contou em entrevista a Heloísa Tolipan. História do casal Sabrina Sato e Nicolas Prattes se aproximaram no Natal de 2023, e foram flagrados em clima de romance em meados de janeiro. Nicolas acabou com os rumores e confirmou o relacionamento durante o Carnaval do Rio. “É o amor”, disse ele na ocasião. O casal de artistas adora viajar e, em dois meses de namoro, já tinham visitado seis destinos românticos diferentes. A primeira viagem internacional, que rendeu o primeiro post dos artistas como casal, foi Costa Rica, nos primeiros dias de março. Eles ficaram hospedados em um resort com diárias de até R$ 169 mil, onde trocaram juras de amor. Os dois passaram o primeiro Dia dos Namorados juntos em junho deste ano, e Sabrina compartilhou uma declaração ao ator e contou como foi pedida em namoro pelo artista após se declarar para ele. “Estou aqui pensando em tudo que já vivemos em tão pouco tempo… Das viagens, dos encontros em poucas horas, dos planos que deram certo, dos que não deram também e da forma como encaramos tudo isso. Da surpresa que você preparou para me pedir em namoro, com jantar romântico só pra nós dois em uma praia paradisíaca com o pôr do sol na Costa Rica. E eu me perguntando: ‘ué, mas a gente já não estava namorando? Eu te amo, Nicolas”, relembrou ela. Nicolas causou alvoroço ao dizer no primeiro episódio da nova temporada do programa Sobre Nós Dois, programa do GNT comandado por sua então namorada e Marcelo Adnet, que tem relações sexuais com a apresentadora 50 vezes por semana. “Considerando que a gente se vê sete dias na semana…”, começou o artista gargalhando. “Se vendo de segunda a segunda, início de namoro, umas 50 vezes. Olha só, 24 horas por dia, de segunda a segunda, de férias, sem fazer absolutamente nada”. Noivos Nicolas estava no Domingão com Huck, quando se referiu à apresentadora como sua “noiva”, revelando o novo passo na relação. O momento aconteceu quando Luciano Huck elogiava Sabrina: “Olha, eu adoro a sua namorada, adoro a Sabrina Sato, minha amiga de décadas”. Prattes então interrompeu com entusiasmo: “Agora é noiva!”. O comentário fez com que os convidados e a plateia vibrassem com a revelação. “Nicolas, meu amor, eu sei o tanto que você se preparou, estudou, sonhou e está agora realizando um dos maiores sonhos da sua vida, que é fazer essa novela das 9, ser protagonista. Estou aqui vibrando com você, vibrando por você, torcendo muito, e tenho certeza que você vai brilhar demais. Estou aqui para o que você precisar sempre. Vou estar assistindo todos os dias, ou com você, ou longe, mas te assistindo. Tenho mania de você, mania de Nicolas”, declarou a apresentadora em um vídeo surpresa. Fonte: g1/Quem

Produção de grãos de MT deve aumentar 4,3% na safra 2024/2025

Mesmo com a pior seca dos últimos 44 anos, Mato Grosso deve aumentar a produção de grãos em 4,3% e atingir 97,1 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/2025, um acréscimo de 3,9 milhões de toneladas a serem colhidas. Os dados são do 1º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta terça-feira (15). Os destaques são o aumento na produção de arroz e soja em 40,4% e 17%, respectivamente. No caso da soja, os produtores também devem destinar uma área 2,6% maior para a cultura, quando comparada com a temporada passada e passar para 12,6 milhões de hectares. O atraso do início das chuvas, devido à seca histórica, atrapalha os trabalhos de preparo do solo e do plantio, mas as projeções são positivas e os produtores mato-grossenses devem colher 46 milhões de toneladas da oleaginosa ante a 39,3 milhões colhidas na safra 2023/2024. O Governo de Mato Grosso também tem investido no asfaltamento, na duplicação e na renovação das rodovias para escoar toda essa produção do agronegócio. Por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), foram concluídos 3.838 km de asfalto novo nas rodovias estaduais e outros 1.033 km estão em construção. O Estado tem 31 mil km de rodovias. Além das rodovias estaduais, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, aponta outro investimento crucial em logística que desafoga outro gargalo para a produção estadual – a duplicação da BR-163. Os investimentos previstos para concluir a duplicação entre o Posto Gil e Sinop são de R$ 7,6 bilhões. Somente na BR-163, segundo a Nova Rota Oeste, passam cerca de 70 mil carretas diariamente. “O Governo tem dado dinamismo para atender a velocidade de crescimento do Estado. Além das obras, o governador Mauro Mendes também tem incentivado a verticalização da produção agrícola, com incentivos as agroindústrias. Hoje, o Estado é o maior produtor de etanol de milho, tem incentivado a instalação de novas plantas de biocombustíveis e de energia limpa. Se o agro vai bem, o Governo é afetado positivamente, bem como a indústria, o comércio, o setor de serviços e a construção civil. Os produtores do nosso estado são arrojados e, mesmo com as intempéries, esperam colher mais do que a safra passada”, comentou César Miranda. Salto na produção de arroz A produção de arroz também passou por um salto. A produção prevista em Mato Grosso é de 474 mil toneladas ante o desempenho anterior de 337,6 mil toneladas. Os produtores destinaram 133,6 mil hectares para o plantio do cereal – uma alta de 39,3% em relação a temporada passada. Apesar do aumento perceptível do arroz em todas as regiões do país, o Centro-Oeste ganha destaque com o incremento de 33,5%. Apenas em Mato Grosso, os produtores irão destinar mais de 133 mil hectares para o cultivo do grão, evidenciando o protagonismo do Estado com uma elevação de 39,3% quando comparada com a área registrada na temporada de 2023/24. A previsão da Conab é de que o Brasil volte ao patamar das maiores safras de arroz da sua história. Isso ocorreu após as enchentes do Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do país, levando produtores de todo o país a investirem no plantio do cereal que é a base da alimentação do brasileiro. *Com colaboração Maria Vitória Ribeiro

Virginia declara apoio a Abilio e diz: ’melhor opção para Cuiabá’

A primeira-dama Virginia Mendes declarou nesta terça-feira (15) apoio a Abilio Brunini (PL) no segundo turno das eleições em Cuiabá. O liberal enfrenta Lúdio Cabral (PT). Virginia repostou o vídeo no qual seu esposo, o governador Mauro Mendes (UB), declarou apoio a Abilio. Na publicação, Virginia diz que este é um momento decisivo para Cuiabá e justifica seu voto em Abílio, afirmando que acredita que ele é a melhor opção para garantir que a “cidade siga no caminho dos princípios que defendemos, da fé e da família”. “Seguimos ao lado de quem compartilha os mesmos valores e o compromisso com o bem de nossa população. Esse é o caminho que acreditamos ser o melhor para nossa amada Cuiabá”. No primeiro turno, a primeira-dama declarou voto a Eduardo Botelho (UB). 

Botelho reafirma neutralidade no segundo turno em Cuiabá e libera eleitores: “Eu vou ficar quieto, os eleitores estão liberados”

Derrotado no primeiro turno na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (UB), reafirmou nesta quarta-feira (16), durante conversa com jornalistas que permanecerá neutro no segundo turno e não irá apoiar nem Abílio Brunini (PL), nem Lúdio Cabral (PT), que disputam o segundo turno na Capital. Ao ser questionado por jornalistas se a neutralidade se deu por causa das acusações contra ele durante a campanha no primeiro turno, Botelho disse que ficará ‘quieto’. O deputado foi o principal alvo dos adversários na campanha e sofreu duros ataques com questões ligadas às empresas da família e à prefeitura de Cuiabá. “Fica ruim, eu hoje tomar uma decisão para um lado ou para o outro. Eu vou ficar quieto, os eleitores estão liberados e todas as pessoas que me perguntam, eu digo: vote conforme sua consciência, vote em quem você acha que pode fazer melhor por Cuiabá, pense em Cuiabá, pense nos problemas de Cuiabá. Não pense em extrema-direita ou extrema-esquerda, pense em Cuiabá”, declarou o deputado Mesmo afirmando a neutralidade, Botelho afirmou que irá comparecer às urnas no dia 27 deste mês, mas disse que seu voto será secreto. Questionado sobre a escolha do governador Mauro Mendes (UB), seu principal apoiador durante no primeiro turno, e que agora declarou voto e apoio a Abílio, Botelho disse que é uma questão totalmente pessoal dele. “É uma decisão pessoal dele, não é minha. A minha é ficar neutro, essa é decisão (de apoiar Abílio) é do governador”, afirmou Botelho.        

Lula lança programa de R$ 1 bilhão para produção e compra de arroz

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, nesta quarta-feira (16), o Programa Arroz da Gente para estimular a produção e a formação de estoques do grão no país. Serão investidos cerca de R$ 1 bilhão na iniciativa para a compra de até 500 mil toneladas do produto. Os pequenos e médios produtores que quiserem produzir arroz poderão assinar contratos de opção com o governo federal, que garantirá a compra da produção com preço já estabelecido. Durante a cerimônia, no Palácio do Planalto, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, explicou que os parâmetros dos contratos de opção foram estabelecidos em parceria com os ministérios da Fazenda e da Agricultura. “Os contratos vão estimular a produção do arroz em até 500 mil toneladas, auxiliando a mitigar as perdas das safras de 2023 e 2024 devido à seca e às enchentes na Região Sul”, disse. “Esse programa visa ampliar a produção de arroz pela agricultura familiar e promover a diversidade regional e de variedades cultivares”, acrescentou. O Programa Arroz da Gente faz parte do Plano Nacional de Abastecimento Alimentar (Planaab), chamado Alimento no Prato, e é lançado após o fracasso do leilão para a compra de arroz importado, em maio, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e anulado no mês seguinte diante de denúncias de irregularidades das empresas vencedoras. Um novo edital chegou a ser prometido pelo governo, mas a medida provisória que autorizava o leilão perdeu a validade antes de ser votada pelo Congresso Nacional. O leilão tinha como objetivo garantir o abastecimento e estabilizar os preços do produto no mercado interno, que tiveram uma alta média de 14%, chegando em alguns lugares a 100%, após as inundações no Rio Grande do Sul em abril e maio deste ano. O estado é responsável por cerca de 70% do arroz consumido no país. A produção local foi atingida tanto na lavoura como em armazéns, além de ter a distribuição afetada por questões logísticas no estado. Mapa da Fome O Programa Arroz da Gente faz parte do conjunto de ações apresentadas hoje pelo governo para o abastecimento alimentar da população e o incentivo à produção orgânica, em celebração ao Dia Mundial da Alimentação, e estão contempladas no Plano Nacional de Abastecimento Alimentar (Planaab), batizado de Alimento no Prato, e no Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). O Dia Mundial da Alimentação é celebrado globalmente em 16 de outubro, data de fundação da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em 1945. Em discurso, o presidente Lula reafirmou o compromisso de tirar novamente o Brasil do Mapa da Fome, até 2026. “Quando nós voltamos [para o terceiro mandato] já tinha 33 milhões de pessoas passando fome outra vez. Nós já tiramos, em um 1 ano e 10 meses de governo, 24,5 milhões de pessoas do Mapa da Fome outra vez, e a nossa ideia é tirar todos da fome até terminar o mandato”, disse, cobrando seus ministros para que as ações sejam, de fato, tiradas do papel. “Isso não pode ser letra morta, isso tem que acontecer”, afirmou. O Mapa da Fome é publicado anualmente pela FAO e apresenta o número de pessoas que enfrentam a fome e a insegurança alimentar no mundo. Um país entra na lista quando mais de 2,5% de sua população enfrenta falta crônica de alimentos. O Brasil havia saído do Mapa da Fome em 2014 e sustentou a posição até 2018. Entre 2019 e 2022, houve crescimento da insegurança alimentar e nutricional e o país voltou a integrar o relatório da organização. Em 2023, mais de 24 milhões de pessoas saíram da situação de insegurança alimentar grave no Brasil. O presidente reafirmou que o combate à fome é uma escolha política dos governantes e lembrou que o Brasil vai lançar a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza na Cúpula de Líderes do G20, em novembro, no Rio de Janeiro. “A gente pode dizer que existe seca, a gente pode dizer que existe excesso de chuva, a gente pode dizer tudo que nós quisermos, mas a verdade é que a única explicação para a existência da fome é uma coisa chamada irresponsabilidade de quem governa os países, de quem governa os estados. É preciso que o Estado tenha a capacidade de priorizar para quem que ele quer governar, nós temos que fazer escolhas”, disse Lula. Segurança alimentar Além do Programa Arroz da Gente, o Plano Alimento no Prato tem medidas para ampliar os sacolões populares e centrais de abastecimento por todo o país, para facilitar o acesso a alimentos saudáveis e frescos. Inicialmente, serão implantadas seis novas centrais de abastecimento: na Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, em Sergipe e duas em São Paulo. “São 29 iniciativas e 92 ações estratégicas para criar um sistema de abastecimento inclusivo e estruturado que garanta o direito à alimentação e a soberania alimentar desde a produção até chegar no prato”, explicou o ministro Paulo Teixeira, citando ainda o incentivo à produção de alimentos saudáveis em sistemas sustentáveis, observando, principalmente, os alimentos da cesta básica do brasileiro. Para a presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Elisabetta Recine, o lançamento simultâneo dos dois planos representa o compromisso do governo e da sociedade civil organizada de “desatar dois dos principais nós que fazem com que a realização do direito humano à alimentação adequada seja ainda um grande desafio”. Segundo ela, a forma como os alimentos são produzidos e consumidos “é um dos principais contribuidores da crise climática”, por isso, defendeu que é preciso avançar “com compromisso, orçamento e práticas efetivas para transformar o sistema alimentar”. “[É preciso] uma produção que não envenene a terra, a água, as pessoas, que dialogue com a natureza e com a nossa preciosa biodiversidade, que produz alimentos para o bem viver de maneira compartilhada, que permita que todas as pessoas sem distinção de raça, de cor, de gênero e de renda possam usufruir de comida boa e barata”, disse. “[É necessário ainda] retomar a responsabilidade do

Brasil não adotará horário de verão neste ano

O governo federal descartou a possibilidade de instituir o horário de verão este ano. A decisão foi anunciada hoje (16), pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, horas após se reunir com representantes do Operador Nacional do Sistema  Elétrico (ONS). “Chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este período, para este verão”, declarou Silveira, durante coletiva de imprensa na sede do ministério, em Brasília. “Temos a segurança energética assegurada. É o início de um processo de restabelecimento da nossa condição hídrica ainda muito modesto, mas temos condições de chegar, depois do verão, em condição de avaliar a volta desta política [para o verão de 2025/2026]”, acrescentou o ministro, defendendo a eficácia da medida em determinadas circunstâncias. “É importante que esta política seja sempre considerada. [O horário de verão] não pode ser fruto de uma avaliação apenas dogmática ou de cunho político, pois tem reflexos tanto positivos, quanto negativos, no setor elétrico, quanto na economia [em geral], devendo estar sempre na mesa”, discorreu o ministro ao destacar que a iniciativa é adotada por vários outros países, em uns, apenas com o condão energético, mas, em outros, um caráter quase que exclusivamente econômico. “Países que têm matrizes de energia nuclear, como, por exemplo, a França, adotam o horário de verão muito mais por uma questão econômica, de impulsionar a economia em certos períodos do ano, do que pela segurança energética”, comentou o ministro. “O pico do custo-benefício do horário de verão é nos meses de outubro e novembro, até meados de dezembro. Se nossa posição fosse decretar o horário de verão agora, usufruiríamos muito pouco deste pico. Porque teríamos que fazer um planejamento mínimo para os setores poderem se adaptar. Conseguiríamos entrar com isso só em meados de novembro e o custo-benefício seria muito pequeno”, acrescentou o ministro. No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez em 1931. Seguiu sendo adotado de forma irregular até 1985, quando passou a ser implementado sistematicamente, com a justificativa de contribuir para a redução do consumo de energia elétrica e beneficiar setores de lazer e consumo como o turismo, comércio, bares e restaurantes a partir do melhor aproveitamento da luz natural. A partir de 2019, e durante todo o governo Bolsonaro, a iniciativa foi descartada. Na ocasião, o Ministério de Minas e Energia apontou que, ao longo dos anos, os hábitos de consumo da população mudaram drasticamente, alterando os horários de maior consumo energético e tornando a medida sem efeito. Neste ano, contudo, o governo federal voltou a cogitar adiantar os relógios em parte do país, como forma de enfrentar o que, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemanden), é a pior seca já registrada no país. “O Brasil viveu [e ainda] está vivendo, este ano, a maior seca da nossa história – embora já haja sinais de superação do momento mais crítico, com chuvas no Sudeste e na cabeceira de alguns rios importantes”, reforçou Silveira. Ele lembrou que a principal fonte de energia da matriz elétrica brasileira é a hidrelétrica. “Graças a algumas medidas de planejamento feitas durante um ano, conseguimos chegar com nossos reservatórios com índices de resiliência que nos dão certa tranquilidade”, concluiu o ministro. Popularidade Nesta segunda-feira (14), o instituto Datafolha divulgou o resultado de uma pesquisa que aponta que a volta do horário de verão divide brasileiros. Quarenta e sete por cento dos entrevistados declararam ser favoráveis à medida. Outros 47% disseram ser contrários, enquanto os 6% restantes responderam ser indiferentes à iniciativa. A pesquisa foi realizada nos dias 7 e 8 de outubro. Foram ouvidas 2.029 pessoas em 113 cidades das cinco regiões. Em meados de setembro, o portal Reclame Aqui e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) divulgaram as conclusões de um levantamento que indica que a maior parcela (54,9%) da população está de acordo com o horário de verão: 41,8% disseram ser totalmente favoráveis e 13,1%, parcialmente favoráveis. Outros 25,8% se mostraram totalmente contrários à implementação da medida e 2,2% parcialmente contrários. Dezessete por cento afirmaram ser indiferentes. Agência Brasil