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Antônio Aluízio da Conceição, 21, réu confesso da morte de Emilly Bispo da Cruz, 20 anos, relatou em depoimento a Polícia Civil, que estava com medo de ser morto e que cometeu o feminicídio, alegando o motivo de traições da vítima.
Ele também informou que não tinha intenção de matar a jovem, porém foi com uma faca para se encontrar com a vítima, segundo o réu, por medo da facção criminosa Comando Vermelho, já que a ela dizia que “tinha o Comando por ela”.
No interrogatório, Antônio disse estar arrependido e que “não saí de casa com a intenção de matar a vítima, mas de tentar entender o que estava acontecendo ou reconciliar com a vítima”.
No entanto, o delegado Hércules Batista, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse à imprensa nesta sexta-feira (17), que o réu é um assassino frio e calculista, que não demonstra arrependimento pelo assassinato. Ela foi morta a facadas, enquanto estava com o filho de 4 anos. O crime ocorreu na quinta-feira (16), no bairro Pedra 90, em Cuiabá.
“Ele é réu confesso, insensível, não demonstrou arrependimento. Ele disse que está arrependido, mas a gente pelo trabalho policial a gente percebe quando alguém manifesta de uma forma espontânea arrependimento. Frio, calculista, esperou ela, premeditou o crime, ceifou a vida de uma mulher na presença de um filho menor de idade”, disse o delegado.
“Esse crime não foi praticado por paixão, não é passional. Esse é um crime premeditado, calculista, não tem nada de injusta provocação de ninguém. A vítima estava vivendo a vida dela, estava levando a criança na escola e ele de forma premeditada, já havia adquirido passagem, ele já havia até falado com um amigo para pegar uma moto emprestada. (…) Esse é um crime brutal, um crime bárbaro”, acrescentou.
Segundo os investigadores, o crime foi premeditado pelo assassino, que teve tempo de pegar uma moto emprestada com um amigo para cometer o crime.
“O crime não foi casual, ele premeditou o crime. Ele pediu uma moto emprestada, ele esperou, conhecia a rotina da vítima, a vítima saia todos os dias cedo para deixar a criança na creche, então ele ficou circulando ali aguardando só o momento em que ela saiu da residência, abordou e infelizmente efetuou mais de 15 golpes de faca”, explicou o delegado.
Hercules Batista ainda desmentiu versão que circulou na imprensa de que o assassino teria se entregado espontaneamente. Segundo o delegado, a DHPP recebeu a informação de onde ele estava e fez a prisão. Segundo fontes na Polícia a irmã de Antônio o entregou por temer que ele fosse morto por membros de uma facção criminosa.
“O crime não foi casual, ele premeditou o crime. Ele pediu uma moto emprestada, ele esperou, conhecia a rotina da vítima, a vítima saia todos os dias cedo para deixar a criança na creche, então ele ficou circulando ali aguardando só o momento em que ela saiu da residência, abordou e infelizmente efetuou mais de 15 golpes de faca”, conclui o delegado.