O presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), se manifestou sobre a prisão preventiva do vereador Paulo Henrique (MDB), durante a segunda fase da Operação Ragnatela, nesta sexta-feira (20). Segundo Chico, agora há “elementos” para Comissão de Ética avançar com o processo de cassação.
O presidente explicou que o procedimento disciplinar por quebra de decoro parlamentar estava “congelado” por falta de indícios que apontassem a prática de crimes e comprovassem a suposta relação do parlamentar com a facção criminoso Comando Vermelho, conforme denunciado.
No entanto, nesta sexta a Casa foi notificada pela Polícia Federal sobre a reclusão do vereador e os autos da investigação foram repassados a Chico, mudando a configuração do caso de Paulo diante do Parlamento.
“É natural, a Casa precisa ser comunicada. Prende um vereador que está no exercício do mandato é natural que a Câmara precisa ser oficialmente comunicada para que conheça as razões da prisão de forma oficial. É um procedimento correto e foi feito nas primeiras horas do dia que o vereador foi preso”, falou Chico 2000 à imprensa.
Os documentos entregues por agente da PF em mãos ao presidente foi repassado à Comissão de Ética. Chico explicou que a próxima medida é a juntada da notificação da polícia ao processo de cassação.
“A câmara foi oficialmente comunicada, já fizemos o encaminhamento dessa comunicação à Comissão de Ética e orientamos no que seja anexado ao processo e dado continuidade aos procedimentos iniciados para chegar à conclusão o mais rápido”, pontuou.
O processo contra Paulo Henrique foi protocolado por um grupo de vereadores há cerca de quatro meses. Inicialmente, a Procuradoria do Legislativo recomendou o arquivamento por falta de provas. Porém, a Comissão requisitou o envio do inquérito à Câmara para que os pormenores do caso fossem esclarecidos e houvesse o entendimento se Paulo Henrique tinha ou não relação com o Comando Vermelho. O inquérito com cerca de 5 mil páginas foi remetido à Casa de Leis, mas não avançou. Agora, Chico garantiu que a prisão altera o cenário.
“Agora, a Comissão de Ética tem elementos para avançar com a condução do processo, agora a Comissão de Ética está respaldada para avançar muito mais com este processo e é o que está fazendo”, asseverou o presidente.