GE
É com uma vitória magra em cima do Boavista que o Flamengo vai embarcar para o Mundial de Clubes. A “força máxima” de Vítor Pereira, pouco inspirou os 33 mil presentes no Maracanã, mas contou com duas novas escolhas que deixam em aberto a titularidade: Matheuzinho e Filipe Luís.
Às vésperas do Mundial, o Flamengo se apresentou pouco produtivo, mesmo terminando com 62% de posse de bola, diante de um Boavista que pouco apresentou perigo ao sistema defensivo. A circulação de passes no meio-campo não foi efetiva ao chegar ao ataque, que, mais uma vez, esteve longe de viver dias iluminados.
Erros individuais impediam que a aproximação coletiva fosse eficaz no último terço do campo. O ritmo devagar foi o que marcou os 90 minutos de um time que vive a obsessão da disputa pelo Mundial. O Flamengo volta a campo no dia 7, contra o Al Hilal ou Wydad Casablanca.
Laterais com mudanças
As boas atuações fizeram o Matheuzinho ganhar a vaga no lugar de Varela, que ainda não engrenou nas oportunidades que teve. As características são diferentes, e jovem – mesmo questionado – reconquistou o espaço mostrando segurança defensiva e se fortalecendo ainda mais no ataque.
A ocupação do lado direito e as ultrapassagens, sobretudo no primeiro tempo, fizeram Matheuzinho não desperdiçar a oportunidade dada por VP. Foram 52 passes certos e apenas quatro errados, além de ter sido quem mais driblou no jogo (3).
Na lateral esquerda, Filipe Luís fez somente o segundo jogo do ano – desta vez, não atuou por 90 minutos e Ayrton Lucas foi acionado. Recuperado de uma lesão que o deixou fora do gramado por mais de três meses, o jogador entrou em campo principalmente para garantir o ritmo de jogo visando o Mundial.
A presença de Filipe muda o comportamento dos jogadores em campo. Bem posicionado e dominando a lateral esquerda, realizou dois desarmes e manteve a precisão de passe superior a 90%. Em alguns momentos, o camisa 16 deu espaço para Gerson infiltrar e chegar até o ataque rubro-negro.