A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) rejeitou um pedido de afastamento imediato dos servidores públicos do estado que participaram dos atos golpistas cometidos por uma minoria de bolsonaristas, no último dia 8 de janeiro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A solicitação foi apresentada pelo deputado estadual Valdir Barranco (PT). A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (8)
De acordo com Barranco, o requerimento apenas reafirma o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os atos terroristas do dia 8 de janeiro, além da busca em exigir do estado a abertura do Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a conduta dos servidores que participaram dos atos.
“Nós estamos pedindo que o Estado abra um Processo Administrativo Disciplinar, o que é natural quando um servidor comete um ilícito. Garantindo a ampla defesa, o contraditório e a presunção de inocência. O PAD é necessário para que eles possam ser ouvidos. Pedimos também o afastamento imediato de suas funções, até o fim das investigações”, disse.
O deputado ainda lembrou citou o caso da professora de Sinop, a 504 km de Cuiabá, que ministrou aula para crianças usando tornozeleira eletrônica depois de ter sido presa por participação nos atos antidemocráticos.
No entanto, as falas de Barranco foram contestadas por deputados que apoiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) foi contra o projeto e disse que os culpados já estão sendo processados e, se condenados, serão afastados dos, após sentença condenatória.
Atos e os envolvidos
Nos atos na capital federal, classificados pela AGU como um “episódio traumático na história do país”, um grupo de bolsonaristas extremistas depredou as sedes dos Três Poderes da República – o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.
O grupo, argumenta a AGU, teve “papel decisivo no desenrolar fático” dos ataques às sedes dos Poderes da República e, por isso, “devem responder pelos danos causados ao patrimônio público federal e derivados”.
Resumo dos ataques
- Bolsonaristas terroristas invadiram e depredaram Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF. Veja fotos de quem participou da destruição.
- O movimento golpista que ocorre há semanas em Brasília foi engrossado por dezenas de ônibus que chegaram no fim de semana.
- Apesar disso, a PM do DF mantinha poucos homens no local e não conseguiu frear os terroristas. A polícia foi criticada e acusada de omissão.
- Obras de arte e móveis foram quebrados no palácio presidencial. O plenário do STF ficou destruído. Veja FOTOS e VÍDEOS da barbárie.
- Lula decretou intervenção federal para assumir a segurança do DF, e o governo pediu a prisão do bolsonarista Anderson Torres, que respondia pela segurança em Brasília.
- O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador Ibaneis Rocha (MDB) por, pelo menos, 90 dias. Quem assume o cargo é a vice, Celina Leão (PP).
G1