A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), decidiu nesta quarta-feira (6), por três votos a dois, impor censura pública ao deputado Gilberto Cattani (PL), pela polêmica causada pelo parlamentar quando comparou mulheres com vacas. O repúdio será publicado em Diário Oficial nos próximos dias e, posteriormente, encaminhado para deliberação da Presidência da Casa de Leis.
É a primeira vez na história do Legislativo mato-grossense que uma sanção desta natureza é aplicada a um parlamentar. Na prática, a censura funciona como uma espécie de advertência.
Os votos não foram revelados, pois os membros da comissão decidiram pelo “sigilo do voto”. Compõem a Comissão os deputados Janaina Riva (MDB) (presidente), Max Russi (PSB) (corregedor), Diego Guimarães (Republicanos) (membro), Júlio Campos (UNIÃO) (membro) e Elizeu Nascimento (PL) (membro).
Catanni ainda enfrenta outro processo na Comissão de Ética. A vereadora Maysa Leão (Republicanos) denunciou o deputado por publicar um vídeo no Instagram dando a entender que a vereadora estaria defendendo estupradores. Por causa da postagem, a parlamentar diz que ela e familiares receberam ameaças.
Entenda o caso
A comparação de Cattani foi feita durante uma reunião da Frente Parlamentar de Combate ao Aborto, realizada na Assembleia Legislativa. Durante discurso antiaborto, Cattani comparou a gravidez de mulheres à gestação de vacas, o que gerou discussões e críticas.
Devido à comparação, a Comissão de Ética oficializou em junho a abertura de uma investigação contra Cattani por quebra de decoro parlamentar.