A Advocacia Geral da União ajuizou, nesta terça-feira (28), ações contra infratores ambientais dos biomas da Amazônia e do Cerrado. Só em Mato Grosso, são 11 municípios que tiveram suas áreas desmatadas. Ao todo, são 20 ações e, além das cidades mato-grossenses, outros cinco municípios de quatro estados diferentes também sofreram prejuízos ambientais e são alvos da AGU.
Além disso, a Advocacia pede a recuperação de uma área de quase 19 mil hectares e mais de R$ 432 milhões em indenizações pelos danos causados ao meio ambiente e à coletividade.
Os municípios mato-grossenses são Aripuanã, Cláudia, Colniza, Marcelândia, Nova Bandeirante, Rondolândia, Nova Monte Verde, São José do Xingu, Juara, Canarana e Apiacás.
Das ações, 18 referem-se ao bioma amazônico e duas ao Cerrado. Em todas elas, a AGU pede a recuperação das áreas degradadas, o pagamento de danos morais coletivos, dos danos transitórios e residuais causados ao patrimônio ecológico, bem como o ressarcimento do proveito econômico obtido ilicitamente.
“Essa é uma das maiores ACPs do Ibama neste importante bioma, que é um dos mais importantes ‘hotspots’ de biodiversidade no planeta. A autuação ocorreu no município de Juara, no estado do Mato Grosso, realizada no ano de 2019, tendo o mapa produzido pelo Ibama demonstrado que, a despeito da medida de embargo da área ainda vigente, a área autuada continua sendo explorada”, comentou a coordenadora-geral de Atuação Jurídica Estratégica da Procuradoria Federal Especializada junto ao Ibama, Daniella Pinho.
As cidades de Boca do Acre, Lábrea, Tapauá (Amazonas), Palmas (Tocantins), Grajaú (Maranhão) e Formosa Rio Preto (Bahia) também estão entre as que tiveram suas áreas desmatadas.