A produção de sementes na safra 2023/24 em Mato Grosso ficou cerca de 20% menor que a esperada. O clima, segundo o setor sementeiro, foi o principal desafio para o segmento, que produz o insumo principal e o sucesso de uma lavoura.
Apesar da retração na produção, o presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), Nelson Croda, afirma que não faltará o produto para atender a demanda.
“Pode faltar são alguns cultivares. Isso ocorre todos os anos. Mas, não faltará sementes”, pontuou Nelson Croda em entrevista ao Canal Rural Mato Grosso.
A produção de sementes em Mato Grosso e no Brasil está em debate nesta semana em Rondonópolis (MT) na terceira edição da Feira Brasileira de Sementes (Febrasem). O evento reúne cerca de 40 expositores e mais de 600 participantes do segmento.
“O evento visa reunir toda a cadeia produtiva do setor para debater e tentar encontrar alternativas para melhorar o segmento como um todo. Procuramos juntar todo o colegiado que organiza a Febrasem para tentar chegar aos tópicos que mais são demandados, como nesta edição sobre questões ambientais, reforma tributária, política, tecnologia, biotecnologia e germoplasma”, salientou Nelson Croda.
Insumo fundamental para o sucesso
O setor agropecuário nos últimos anos vem conquistando ganhos de produtividade. E, conforme o presidente da Aprosmat, “junto com a tecnologia vem os desafios, principalmente quanto às sementes, que é o insumo principal e o sucesso da lavoura”.
O palestrante e especialista José Luiz Tejon lembrou que “no início só existia a semente. A semente não é apenas muito importante. Ela é vital. Se você não tiver outro insumo, com ela você se vira”.
Ainda segundo Tejon, os sementeiros “representam a segurança genética da alma do agro brasileiro. Semente é sacra. Ela tem que ser vendida com pacote de consciência para que o seu potencial não seja perdido. Se a alma não evolui, a ciência não flui”.