A estratégia é dificultar

FRANCISNEY LIBERATO

As estratégias de jogo merecem a nossa atenção para que consigamos obter sucesso e aprovação.

As bancas contratadas para elaboração das provas do certame público seguem o que está disposto no contrato administrativo firmado com a Administração Pública. A administração pretende oferecer um certame com perfis de servidores para atender às suas necessidades.

A cada dia que passa, a complexidade dos concursos públicos tem se tornado cada vez maior, a concorrência tem se ampliado e se qualificado. A maioria dos indivíduos da atualidade visa um cargo o qual possa lhe gerar estabilidade financeira, e de emprego, para sua vida e também para o sustento de sua família.

Uma das estratégias utilizadas pelas bancas de concursos públicos é a elaboração de uma prova menos acessível, o que aumenta o patamar de exigibilidade dos pretendentes ao cargo.

Outra estratégia utilizada pela banca é aumentar o número de questões da prova e reduzir a quantidade de tempo para execução dela. Com isso, é exigido do candidato um melhor gerenciamento de tempo, caso deseje ser aprovado no certame.

Se o candidato treina o gerenciamento de tempo diariamente para a realização de provas, isso facilitará no dia do seu exame oficial: além de mentalizar a forma de como funciona, reduz a ansiedade e o estresse do candidato. É importante lembrar que todos os candidatos estão na mesma “trincheira” pretendendo a aprovação e se submetem ao mesmo edital.

Também, para dificultar o candidato, o examinador não divide e nem subdivide as questões por disciplina. Outro ponto que contribui para a complexidade é quando, na prova, há mistura entre os conceitos das disciplinas.

Das vezes que participei como membro da banca de concursos públicos, eu recebia a recomendação para elaborar provas e questões inéditas, com um perfil predefinido e um nível de complexidade altíssimo.

A razão é simples: ter pessoas qualificadas no quadro permanente da entidade, eliminar os candidatos medianos, aumentar o sarrafo das notas dos concurseiros, menor custo de correção de provas devido à menor quantidade de classificados, levando-se em consideração a previsão de cláusula de barreira, ou seja, estipular a quantidade mínima por disciplina ou das provas com o fim de eliminar o máximo de candidatos.

Concurso público não é para os fracos. Quanto mais conhecemos as regras, as estratégias, as metodologias utilizadas pela máquina de concurso, mais bem nos preparamos para a batalha.

Conhecer a estratégia das bancas do certame é algo positivo, uma vez que podemos nos preparar melhor para enfrentar o temível certame.

Este texto não tem como finalidade amedrontar o candidato, pelo contrário, visa oferecer suporte para entender a dinâmica do jogo.

Você deve fazer a prova com uma mentalidade vencedora e estar automotivado. Busque fazer o seu melhor! Tenha como estratégia tirar nota 10 na prova, mas, se isso não for possível, o mais importante é ter o seu nome entre os candidatos aprovados.

 FRANCISNEY LIBERATO – é Auditor do Tribunal de Contas. Escritor. Palestrante. Professor.

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