O apelido oficial é de outro, mas o verdadeiro coringa do Flamengo no início de 2023 é Everton Cebolinha. O camisa 11 ganha espaço ao se mostrar solícito para atuar em lugares diferentes do campo. Com Vítor Pereira, o atacante de origem foi testado como ala pela primeira vez na carreira.
A polivalência rende mais tempo em campo. Everton participou de 16 dos 18 jogos do Fla nessa temporada, cinco deles como titular, seja em uma das pontas ou em uma das alas. Foram quase 900 minutos em campo nos primeiros jogos do ano, o que deixa o jogador entre os 11 que mais tiveram oportunidade.
Everton é o mais cotado para jogar na possível ausência de Arrascaeta, que se recupera de lesão muscular e não treinou com o grupo nessa semana. O Flamengo começa a decidir o título do Campeonato Carioca com o Fluminense no próximo sábado, às 20h30 (de Brasília), no Maracanã.
Teste nas alas
O atacante ganhou o desafio novo na carreira justamente em clássicos. Foi contra Fluminense e Vasco (duas vezes) que Vítor Pereira improvisou Everton nas alas. Contra o Flu, o camisa 11 foi titular do lado esquerdo da defesa e, mesmo assim, fez um dos gols do jogo. Ele fez a mesma função nas semifinais contra o Vasco, ao substituir Ayrton Lucas no jogo de ida e assumir a ala direita no jogo de volta.
– Pelo fato de o Cebolinha estar em bom momento, em forma, achamos melhor começar com ele no lado direito. O Vasco forçou muito aquele corredor, e ele estava tendo dificuldades compreensíveis. Não fiquei desiludido com o Cebola, porque sei onde ele rende mais. No lado esquerdo ele tem mais argumentos – disse o treinador após a segunda vitória sobre o Vasco.
Como ala, Everton seguiu como opção de velocidade no corredor rubro-negro, mas com a obrigação de fechar a última linha de defesa. Esse teste não foi o primeiro a tirá-lo da posição de origem. Antes de chegar ao Fla, na passagem pelo Benfica, ele também foi deslocado, mas para jogar como meia esquerda.
Globo Esporte